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Para levantar dados sobre o público alvo e seu estilo de vida foi colocado em prática a fase Ouvir do HCD. Visando coletar dados dos possíveis usuários do produto foi elaborado um questionário com dez perguntas, disponibilizado na internet. O número total de respostas foi de 54 usuários.

As três primeiras perguntas foram elaboradas para identificar o tipo de residência do usuário, disponibilidade de espaço livre e número de pessoas que vivem no local.

A primeira pergunta foi “Em que tipo de residência você mora?”. 29 pessoas responderam apartamento e 25 responderam casa (Gráfico 01).

Gráfico 01: Pergunta 1

Fonte: Autoria própria, 2017

A segunda pergunta foi “Quanto espaço tem onde você mora?” (Gráfico 02). 24 pessoas responderam que têm bastante espaço livre em suas residências, já 30 pessoas marcaram que possuem pouco espaço livre.

Gráfico 02: Pergunta 2

Fonte: Autoria própria, 2017

Partindo de tal resultado vê-se a necessidade do produto não ocupar grandes espaços, sendo necessário conceber uma alternativa compacta, possibilitando a adequação em diversos espaços.

estruturada para entender qual a dimensão apropriada para uma horta, de acordo com o número de pessoas que residem no local. O número de residentes e suas preferências de cultivo vão influenciar diretamente no volume da horta. A terceira pergunta foi “Quantas pessoas vivem onde você mora? (Incluindo você)” (Gráfico 03). Observando as respostas foi possível perceber que o maior número de respostas foi de dois indivíduos morando na mesma residência, tendo 21 respostas. Seguido disso dez pessoas afirmaram que três pessoas residem no mesmo local, e nove pessoas responderam que quatro indivíduos moram na mesma residência. Seis pessoas afirmaram que moram sozinhas. Houve uma resposta referente a oito indivíduos morando no mesmo local e uma resposta sobre sete indivíduos na mesma residência. Mesmo que o maior número de respostas foi em duas pessoas no mesmo local, o fato de ter várias respostas diferentes faz com que a ideia de modularidade se torne atrativa para o projeto, uma vez que sendo possível adaptar o produto, o número de pessoas a serem contempladas aumenta.

Gráfico 03: Pergunta 3

Fonte: Autoria própria, 2017

A pergunta de número quatro focou na forma de descarte dos resíduos dos usuários, “Como você separa o lixo domiciliar?”. Dentre as respostas (Gráfico 04),

apenas a minoria (16,7%) dos usuários separam os resíduos da forma ideal ( Reciclável, orgânico e rejeito). 33,3% não separam, jogando todos os resíduos junto. A maioria (48,1%) separa apenas reciclável e orgânico e 1,9% responderam que descartam de outra forma.

Gráfico 04: Pergunta 4

Fonte: Autoria própria, 2017

Foi questionado na pergunta de número cinco qual a razão pela atual maneira de descarte na residência. A resposta mais frequente foi referente à forma que o usuário aprendeu, sendo na escola ou em casa com a família. Muitos afirmaram que o motivo de não separar o rejeito do orgânico é devido a não ter tal opção no local da coleta onde moram, então por comodidade acabam por unir essas duas matérias. Como exemplo citado por um usuário, o prédio onde reside recolhe apenas reciclável e orgânico, por não ter conhecimento de outra forma de descarte possível, vem a descartar juntos, “Aqui no edifício que moro é separado apenas o orgânico e o reciclável, e como não sabem nem o que vai em cada um, imagina separar de outra forma. Tinha gente botando fralda suja no reciclável, aí colocaram uma placa do que pode ir em cada um.”

Outro usuário afirmou descartar todos os resíduos juntos justificou o ato pela praticidade e pela falta de informação: “Pela praticidade e por não saber ao certo como

separar. Se o filtro de café estiver sujo com café, então o filtro passa a ser orgânico ou ainda faz parte de lixo reciclável como papel? (esse é o tipo de pergunta que faz com que eu acabe juntando tudo por desconhecer).”

Na pergunta número seis e sete foi questionado o interesse do usuário em ter uma composteira e horta em sua residência. A maioria das respostas foi positiva para ambas as questões. A maioria das pessoas mostraram interesse por ter, não somente a composteira para descartar os resíduos orgânicos, mas também em ter uma horta para poder usar o adubo gerado pela compostagem. O resto das respostas variou entre não ter espaço para realizar tal processo de reciclagem e não ter interesse. Pode-se observar nas respostas um certo equívoco em relação ao espaço que uma composteira ocupa, e qual as necessidades de ambiente para mante-la. A exemplo disso um usuário afirmou ter bastante espaço livre, mas por não conter grama em seu pátio, não teria espaço nem para uma composteira, como para uma horta.

Foi questionado na pergunta de número oito (Gráfico 05) que tipo de horta seria interessante para o usuário. Tal pergunta trouxe exemplo de hortas, e se o usuário teria interesse em uma com mais variedade, com verduras, ervas e temperos, ou algo mais básico, como apenas temperos. A pergunta visou saber qual o volume e tamanho apropriado para o público alvo: 32,6% dos usuários afirmaram que têm interesse em uma horta pequena, com alguns temperos, já 47,8% gostaria de uma horta bem variada, tanto com vegetais quanto com temperos e ervas. 11,4% dos usuários responderam que gostariam apenas alguns tipos de verduras e 8,2% outros.

Gráfico 05: Pergunta 8

Fonte: Autoria própria, 2017

As perguntas de número nove e dez questionavam que fatores levariam o usuário tornar-se adepto à prática de reciclagem de resíduo orgânico através da compostagem e qual fator os levariam a aderir à uma horta domiciliar. Dezesseis das respostas afirmaram que o fator mais relevante para aderir a uma composteira é a questão sustentável junto com a oportunidade de promover o descarte ideal. Já sobre a horta, os principais fatores seriam a saúde, o meio ambiente e também lazer. A exemplo disso há a seguinte resposta de um dos usuários: ‘’Alimentação, questões estético-sensoriais, conforto térmico, sombreamento. O contato com as plantas e o acompanhamento de seu desenvolvimento também se mostra uma atividade prazerosa e tranquilizante por si só. ‘’

As respostas obtidas fizeram com que fosse possível levantar alguns requisitos (Figura 16), como a necessidade de modularidade no produto, para que seja possível adaptar o conjunto para os diferentes tipos de usuários, e a necessidade de verticalização , uma vez que os locais disponíveis para dispor o produto tendem a ser espaços pequenos.

Figura 16: Modularidade e verticalização

Fonte: Autoria própria, 2017

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