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6 INTEGRAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE NO CURSO DE

6.2 A QUINTA SÉRIE DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA

A quinta série do CAU – UNP/Mossoró está inserida justamente na metade do curso. Para o semestre 2014.1, foram criadas duas turmas desse período – uma no horário matutino, com 54 alunos, e outra no horário noturno, com 49 alunos. O perfil dos alunos é de jovens e alguns adultos oriundos de Mossoró, de outras cidades vizinhas a Mossoró, dos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará.

Os componentes curriculares constantes deste período são:

• Apresentação Gráfica de Projetos

• História da Arquitetura: da Antiguidade à Revolução Industrial • Materiais de Construção

• Projeto de Arquitetura: Acessibilidade

• Projeto de Urbanismo: Instrumentos de Controle • Projeto Especial: Arquitetura da Paisagem • Topografia e Geoprocessamento

Ao chegar na quinta série, os alunos já tiveram oportunidade de cursar 26 componentes curriculares39. Para entender e conhecer a inserção do componente

39 Informática Aplicada às Exatas e Engenharias; Introdução à Educação Superior; Introdução à Arquitetura e Urbanismo; Leitura e Produção de Texto; Metodologia Científica; Pré-cálculo; Cálculo I; Ciências Aplicadas à Exatas e Engenharias; Desenho Básico para Arquitetura; Desenho Técnico; Gerenciamento de Projetos; Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente; Conforto Térmico e Eficiência Energética; Criatividade e Visualização; Introdução às Estruturas; Projeto de Arquitetura: percepção do espaço; Projeto de Urbanismo: Espaço Coletivo; Representação Gráfica Computacional I; Estética e

curricular na grade curricular ver (ANEXOS C e D).

Dentre os componentes curriculares constantes da quinta série, conforme mostrado acima e em capítulos anteriores, escolhemos o componente “Projeto de Arquitetura: Acessibilidade” para observação e análise, pois este é o que conduz o chamado “trabalho interdisciplinar”.

O referido componente curricular tem como carga horária semanal 5 horas, sendo uma teórica e quatro práticas. A carga horária é distribuída em um só dia.

Temos como ementa do componente “Normas de acessibilidade para Portadores de Necessidades Especiais – PNE em projetos de Unidades Educacionais” (UNIVERSIDADE POTIGUAR, 2014, p. 1).

No seu plano de ensino (ANEXO-E) o objetivo do componente curricular é: Propiciar ao aluno a capacidade de desenvolver o Projeto de Arquitetura Acessível, em especial da Edificação Educacional, bem como dar respostas coerentes ao mercado, como soluções técnicas, estéticas e funcionais, à luz da legislação pertinente (Ibid, loc. cit.).

Como habilidades e competências, observamos a preocupação com o aprendizado em elaboração de projetos considerando as técnicas e a teoria, normas de acessibilidade e desenvolvimento do PCA.

Para o conteúdo programático no plano do componente curricular temos: na primeira unidade está concentrada a questão da legislação, dos conteúdos relacionados conceitualmente e projetualmente a acessibilidade e a metodologia de projetos culminando com a construção do programa de necessidades.

Na segunda unidade, o desenvolvimento do componente curricular gira em torno do projeto propriamente dito, relacionando este com as características específicas de um projeto escolar.

História da Arte; Expressão Gráfica Aplicada à Arquitetura e Urbanismo; Conforto Acústico e lumínico; Projeto de Arquitetura: Habitação; Projeto de Urbanismo: Morfologia Urbana e Representação Gráfica Computacional II.

Figura 2 – Sala de aula da quinta série

Fonte: acervo próprio

Para o acontecimento das aulas, o espaço físico são as salas de aulas normais da UnP e um dos laboratórios de informática que pode ser agendado para uso (ver Figuras 2 e 3).

Figura 3 – Laboratório de informática

Fonte: acervo próprio

No semestre de 2014.1, período da pesquisa de campo, o componente curricular foi ministrado por um professor Arquiteto e Urbanista40.

40 Conforme informações do próprio docente no seu currículo lattes (http://lattes.cnpq.br/0411770721683029), o mesmo é formado pela UNP/Natal (2006), Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo - PPGAU da UFRN (2013), Stricto Sensu, tendo defendido dissertação de Mestrado com ênfase na organização e gestão de projetos sob o título "A organização do processo de projeto de arquitetura no meio profissional: uma análise da produção em escritório”, Especialista Lato Sensu em Gestão Eficaz de Obras e Projetos pela Universidade Cruzeiro do Sul - São Paulo. Tem experiência

Quanto à metodologia do “trabalho interdisciplinar” analisado, destaca-se que a proposta é uma tentativa de integração que une todos os componentes curriculares em um projeto de arquitetura. No período em estudo, o enfoque dado ao projeto foi o da arquitetura escolar. No quinto período, o enfoque do “Trabalho Interdisciplinar” é sempre arquitetura escolar. A ideia é de que cada componente curricular do período trabalhe, na segunda unidade, esse projeto. O PPC prevê um enfoque diferente de projeto para cada “trabalho interdisciplinar” ao longo do curso.

Conforme o próprio edital do “trabalho interdisciplinar”, os grupos são compostos por no mínimo três e no máximo cinco alunos. Quanto às visitas de campo, cada grupo efetuou a sua própria visita ao terreno escolhido para o projeto da escola, assim como alguns grupos visitaram escolas para fazer estudos de referências diretos.

Os itens avaliados pelo professor para cada unidade foram o produto projetual e o processo de projeto considerando as etapas. Os elementos que entraram como avaliação foram: para a unidade I, o Exame Integrado - EXIN41 (valendo 5,0 pontos), e os trabalhos sobre acessibilidade e a apresentação dos levantamentos iniciais do projeto da escola (qualificação do “trabalho interdisciplinar”) (valendo 5,0). E, para a segunda unidade, foi o trabalho interdisciplinar (valendo 7,0 pontos) e o acompanhamento do desenvolvimento nas aulas (valendo 3,0 pontos). Vale salientar que esta pontuação que foi definida pelo professor está diferente do edital do “Trabalho Interdisciplinar”, porque os professores tem liberdade de modificar esta avaliação, se acharem necessário.

Como critérios de avaliação, o professor considerou: partido arquitetônico (solução do projeto), a identificação de uma linha pedagógica, o zoneamento, representação gráfica, acessibilidade e apresentação.

profissional tanto no setor privado, onde atua desde 2008 desenvolvendo projetos de edificações, instalações, acompanhamento de obras e licenciamento urbanístico, como no setor público, onde foi analista de projetos do Departamento de Controle Urbanístico da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo do município de Macaíba/RN em 2010 e Assessor técnico responsável pelas obras do Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN - IDEMA em 2011.

41 Conforme já informado na Introdução na página 18, o EXIN (Exame Integrado) trata-se de uma avaliação que acontece em todos os cursos da UnP, com objetivos de medir o conhecimento acumulado pelo aluno até aquele ponto do curso. Podemos considerar como uma experiência de integração dos componentes curriculares.

Quanto ao atendimento com os grupos de alunos, o professor discutiu as soluções adotadas para o projeto, ajudando a dirimir dúvidas quanto a locação de alguns ambientes, soluções da cobertura, circulação, funcionalidade dos espaços e uso dos ambientes.

O “Projeto de Arquitetura Acessível para a Edificação Educacional” foi o “trabalho interdisciplinar” a ser desenvolvido com o apoio dos demais componentes curriculares do período.

Pelo exposto, podemos considerar que no CAU/UnP de Mossoró existem alguns momentos de integração e, a tentativa de fazer acontecer o “trabalho interdisciplinar”, está presente na intenção do edital deste trabalho; porém, necessita de uma reflexão e uma reelaboração deste edital com propostas direcionadas para um “trabalho integrado” que seja coerente com os conceitos e práticas como vimos anteriormente em alguns exemplos, como o do CAU/UFRN e a experiência do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ baseada na prática de Edgar Graeff na Católica de Goiás.

7 ANÁLISES DOS DADOS: O TRABALHO INTERDISCIPLINAR NA QUINTA 2014.1

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