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RÍTMOS Rock

No documento Apostila-de-Bateria - melhor (páginas 132-161)

Introdução ao Rock

O Rock tem constantemente mudado e contribuído para o aparecimento de novos estilos desde que ele apareceu. Assim como outros estilos, o Rock tembém tem, através dos anos, mantido certos elementos. Durante os últimos 20 anos a maioria dos rítmos de Rock tem se baseado numa combinação de colcheias e semicolcheias. Hoje em dia há dezenas de tipos de Rock, todos com um nome e um " feeling" diferente: Disco, Funk Rock, Jazz Rock, Country Rock, Acid Rock, Punk Rock, etc. Cada uma dessas variações contém elementos que a classificam como Rock, mas cada uma tem também algo que difere uma da outra.

O baterista deve conhecer essas diferenças e possuir habilidade para expressá-las. Muito bateristas inexperientes acham que eles sabem como tocar Rock porque eles ouvem isso no rádio todos os dias e parece um tanto simples. Mas eles não percebem que por trás destes arranjos simples, há um trabalho duro, com muitos anos de pesquisa e dedicação; que exige muito estudo e preparação da parte dos músicos. É claro que estamos falando aqui de Rock de Qualidade! Por isso vamos encarar os estudos com muita seriedade e disciplina, para mais tarde podermos desfrutar deles!

Variações de Bumbo e Caixa em colcheias

Num padrão básico de Rock, a mão direita toca colcheias no chimbal fechado. A mão esquerda toca os tempos 2 e 4 na caixa. Para completar esse padrão, o pé direito toca uma variedade de figuras rítmicas no bumbo. Se houver dificuldade de coordenação, deve-se diminuir o andamento até que fique confortável.

alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução (4 x para cada).

Faremos agora algumas variações na caixa:

Variações: repetir os exercícios anteriores com a mão direita no prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução (4 x cada).

Esta revisão deve ser feita do começo ao fim sem nenhum erro. Se houver dúvida em algum dos rítmos, deve-se estudá-lo separadamente. Observe que há um Ritornello no final do

compasso 16. Isso significa que devemos repetir o exercício todo. Faça a 1ª vez com a mão direita no chimbal e a 2ª (repetição) com a mão direita no prato de condução.

Variações de Bumbo e Caixa com Chimbal em semicolcheias

Em um compasso de 4/4, temos duas colcheias para cada tempo, como já foi visto anteriormente.

Exemplo:

Estudaremos alguns rítmos agora, com o chimbal em semicolcheias. Neste caso, temos 4 semicolcheias para cada tempo, cada uma valendo ¼ de tempo. Devemos prestar bastante atenção em qual das quatro semicolcheias "cai" o bumbo e a caixa.

Exemplo:

Estudaremos aqui algumas variações de bumbo com o chimbal em semicolcheias. Comece devagar e preste atenção em qual chimbal "cai" o bumbo e a caixa. Procure contar os tempos em voz alta.

Variações: passar a mão direita para o prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução.

Estes exercícios são semelhantes aos anteriores, porém com as variações para a caixa.

Variações: passar a mão direita para o prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução.

dos rítmos, deve-se estudá-lo separadamente. Observe que há um ritornello no final do compasso 16. Isso significa que devemos repetir o exercício todo. Faça a 1ª vez com a mão direita no

chimbal e a 2ª com a mão direita no prato de condução.

Variações de Bumbo e Caixa em semicolcheias

Faremos agora alguns exercícios com variação do bumbo em semicolcheias. Procure prestar atenção no som de cada célula rítmica, e tente memorizá-lo. Comece lento e vá aumentando o andamento aos poucos.

Mãos Alternadas no Chimbal

Quando tocamos um rítmo com as mãos alternadas (DEDE) em semicolcheias no chimbal, devemos observar que:

1. a mão direita "sai" do chimbal para tocar os tempos 2 e 4; 2. a mão direita toca as primeiras e terceiras semicolcheias; 3. a mão esquerda toca as segundas e quartas semicolcheias.

Devemos observar também qual das mãos toca simultaneamente com o bumbo. Exemplo:

Estudaremos mais tarde, a caixa na 2ª, 3ª e 4ª semicolcheias. Por isso é importante "sentir" as 4 semicolcheias que temos em cada tempo.

Temos aqui alguns exemplos de rítmos com as mãos alternadas em semicolcheias. Verifique qual chimbal coincide com o bumbo. Pratique devagar no começo e procurando memorizar os ritmos.

Nestes exemplos, vamos deslocar a caixa na 2ª, 3ª , 4ª semicolcheia de cada tempo e outras combinações. Observe que ao tocarmos a 1ª e 3ª semicolcheia, usaremos a mão direita; já na 2ª e 4ª semicolcheias, usaremos a mão esquerda. Procure contar os tempos em voz alta e, se possível, usando um metrônomo. Comece lento e aumente o andamento somente depois de ter dominado cada exercício.

Veremos aqui alguns exemplos simples de fill com as mãos alternadas. Em outra seção, estudaremos mais profundamente esse assunto.

Acentuações com Mãos Alternadas

Aplicaremos aqui algumas variações de acentos com as mãos alternadas no chimbal. Como nos exercícios de deslocamento da caixa, aqui devemos nos lembrar que a mão direita acentua a 1ª e 3ª semicolcheia e a mão esquerda acentua a 2ª e 4ª semicolcheia de cada tempo. Pratique devagar, procurando manter um mesmo nível (dinâmica) e diferenciando bem as notas

acentuadas das não acentuadas. Priorize a "limpeza" e igualdade entre as notas e não a velocidade.

Aplicação do Chimbal com o Pé Esquerdo

Nesta seção vamos aplicar o chimbal com o pé esquerdo (para os destros) na cabeça dos tempos e nos contra tempos. Vamos começar revisando as 8 variações de bumbo em colcheias vistas anteriormente.

Se você já dominou os exercícios anteriores, o próximo passo é passar a mão direita para o prato de condução e aplicar o chimbal com o pé esquerdo na cabeça dos tempos. Inicialmente se houver uma dificuldade neste exercício, experimente tocar o chimbal com o pé somente nos tempos 2 e 4, junto com a caixa; depois nos tempos 1 e 3 com o bumbo. E finalmente coloque o chimbal com o pé nos quatro tempos.

Vamos agora, colocar o chimbal com o pé nos contra tempos. Lembre-se de começar devagar, dando prioridade ao equilíbrio e igualdade entre as notas, não simplesmente correndo através dos exercícios. Procure perceber onde "cai" cada nota, contando os tempos em voz alta.

Vamos fazer agora uma pequena revisão dos exercícios anteriores. Colocaremos as 3

variações em sequência. Pratique cada exemplo separadamente, depois faça o exercício todo, do começo ao fim sem interrupção.

Blues e Shuffle Ritmicamente falando, existem dois tipos de "feeling":

múltiplos de 2. Por exemplo - em 4/4 a semínima é a unidade de tempo; então podemos subdividi-la em 2 colcheias, 4 semicolcheias, 8 fusas, etc. Nesta categoria temos o Rock, Funk, Samba, etc.

2. rítmos obtidos com a divisão e subdivisão da unidade de tempo em três partes, ou múltiplos de 3. Em outras palavras, todos os rítmos baseados em tercinas, sextinas, etc. Nesta categoria temos o Blues, o Gospel, Shuffle, Jazz, Ritmos Africanos, etc.

Blues

O Ritmo padrão de Blues é baseado em tercinas de colcheia. Há 3 colcheias tercinadas para cada semínima.

Exercícios preparatórios

Adicionando a caixa nos tempos 2 e 4

Algumas variações básicas de bumbo

Comumente encontramos o rítmo de Blues escrito em 12/8. Isto acontece porque os

arranjadores preferem usar a colcheia como unidade de tempo, eliminando aquele "3" colocado à cima da tercina, ficando assim, a partitura mais "limpa".

Usando a sextina no rítmo de Blues.

Quando o andamento é muito lento (56-76 bpm), a sextina pode ser usada para conduzir o rítmo de Blues. Neste caso há 6 semicolcheias para cada semínima.

Variações na condução

Disco

Introdução ao Disco

A principal característica do DISCO é o bumbo tocado na cabeça dos tempos. O chimbal toca tanto colcheias como semicolcheias, abrindo sempre nos contra tempos. Os andamentos variam de 92 a 132 batidas por minuto.

Exemplo de DISCO com chimbal em colcheias:

A manulação básica é DEDE, e a mão direita sai do chimbal para tocar na caixa nos tempos 2 e 4.

Adicionado a Abertura de Chimbal

Nos rítmos com mãos alternadas em semicolcheias, as duas mãos podem ser usadas para fazer a abertura de chimbal. Quando um "O" aparece sobre uma semicolcheia, deve-se abrir o chimbal e fechá-lo imediatamente na semicolcheia seguinte. Estude os exemplos à seguir, lembrando-se de deixar o chimbal firmemente fechado nas notas sem o "O".

Combinação de acentos e abertura de Chimbal

Parte 1 - Compreendendo a Clave

No Pop, Rock, Funk, etc - nós temos os acentos nos tempos 2 e 4 que são importantes para o feel e o groove da música moderna. Da mesma maneira, a clave é o coração da música Afro- Cubana. De acordo com a tradição africana, os jovens bateristas devem tocar a clave por um bom tempo antes de passar para a bateria. Para aprender esse estilo você deve dominar os tipos de claves antes de passar para os grooves.

Como instrumentos, as claves são apenas dois pedaços de madeira que são tocados um contra o outro.

A palavra clave, literalmente quer dizer chave, conseqüentemente a clave é a chave para os ritmos Afro-cubanos. Ela serve como a pulsação, o guia para a composição das músicas.

A clave é caracterizada por dois compassos, cada um tendo dois tempos. Em um compasso a clave contem 3 notas e no outro 2 notas. A "direção" da clave é determinada pela localização do compasso que possui 3 notas e pelo que possui 2 notas. Assim, temos a clave 3:2 (3 notas no primeiro compasso e 2 no segundo), e a clave 2:3 (2 notas no primeiro compasso e 3 no segundo). A direção da clave vai determinar como a música vai "soar".

Clave de Son 3:2

A clave son é o coração da maioria da música afro-cubana. Para interiorizar a clave, pratique o exercícios abaixo várias vezes. Neste exercício temos o bumbo marcando os tempos e os acentos da caixa formando o padrão da clave son 3:2.

Agora, toque a clave no aro da caixa com a mão esquerda enquanto marca os tempos com a mão direita no chimbal.

Neste exercício vamos adicionar o cowbell com a mão direita.

Clave de Son 2:3

Temos aqui o inverso da clave 3:2, com 2 notas para o primeiro compasso e 3 para o segundo.

Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa.

Finalmente, o padrão com o cowbell.

Pratique muitas vezes estes exercícios até dominá-los. Mas ainda tem mais!

Clave de Rumba 3:2

A Clave de Rumba é o desenvolvimento da Clave de Son e é muito usada no Guaguanco. Perceba como ela é parecida com a Clave de Son, porém com a terceira nota deslocada.

Pratique os acentos.

Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa.

Finalmente, pratique com o cowbell na mão direita.

Temos agora o inverso da Rumba Clave 3:2.

Pratique com os acentos.

Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa.

Faça agora o padrão do cowbell com a mão direita.

Pratique e procure interiorizar as várias formas da clave. Ao invés de tocar as claves apenas quando você se senta à bateria, procura cantá-las quando você anda pela rua, ou tocá-las com as mãos na perna quando você está num ponto de ônibus, etc. Desta forma você vai estar sempre em contato com o feel das claves e estará se familiarizando com ela, e não simplesmente as decorando.

Observação: a música Afro-cubana é originalmente escrita em 2/2. Estaremos apresentado os exercícios aqui em 2/4 para facilitar a leitura, mas não se esqueça de praticar a leitura em 2/2

também.

Samba

Estudaremos aqui alguns exercícios para o desenvolvimento da coordenação no rítmo de SAMBA. Usaremos as folhas de leitura como variações de mãos e pés.

1º. exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA, a mão direita faz a condução em semicolcheias no Ride e a mão esquerda toca as figuras da folha de leitura no aro da caixa. Exemplo:

2º. exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA, as mãos tocam as figuras da folha de leitura em uníssono no Ride e na caixa.

3º. exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA e as mãos tocam grupos de semicolcheias alternadas, acentuando as figuras da folha de leitura.

Exemplo:

4º. exercício: para andamentos mais rápidos, os pés fazem o padrão de SAMBA, a mão direita toca um grupo de 3 notas no Ride e a mão esquerda toca as figuras da folha de leitura no aro da caixa.

Exemplo:

Obs. O ritmo de samba é originalmente escrito em 2/4. Em nossos exemplos o samba está escrito em 4/4 para ser utilizado juntamente com as folhas de leitura que serão utilizadas para estudos de outros ritmos.

Baião Introdução ao Baião

Forma musical nordestina, originalmente executada pelas violas nos intervalos dos cantos nos desafios. Foi difundido a partir de 1946 pelo sanfoneiro pernambucano Luís Gonzaga, que o divulgou através das estações de rádio, o que lhe deu o título de Rei do Baião. Cantando a dureza da vida nordestina, mas com um ritmo contagiante, Gonzaga lançou também uma nova maneira de dançar o baião. A partir daí o baião começou a ser modificado pelas influências locais. Entre os sucessos de Gonzaga, em parceria com Humberto Teixeira, estão Asa Branca (1948) e Baião de Dois. Mulher Rendeira (1950), de Zé do Norte, também ficou bastante conhecido. Com artistas como Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti, o baião, assim como outros ritmos brasileiros, passou a ter uma fusão com o jazz e a música instrumental contemporânea, resultando numa infinidade de variações.

O baião é um ritmo escrito em 2/4, e como todo ritmo brasileiro, ele é originalmente composto por instrumentos de percussão como o pandeiro, ganzá, zabumba e triângulo. Assim, o que podemos fazer é apenas uma adaptação à bateria. É de extrema importância ouvirmos os principais artistas do gênero, para identificarmos os timbres, as células rítmicas usadas e principalmente incorporarmos o feeling do ritmo que estamos executando.

A Condução

Vamos começar com 4 padrões de pedais, lembrando que existem ainda outros. Note que o bumbo toca as células da zabumba, enquanto que o chimbal marca os contra-tempos simulando o ganzá. Pratique os exemplos em vários andamentos, mas comece bem devagar.

Adicionaremos agora a mão direita no chimbal. o acento que recai sobre o contratempo não significa realmente que a nota deva ser acentuada e sim apenas destacada sutilmente.

Passe a mão direita para o prato de condução e não se esqueça do chimbal com o pé esquerdo nos contra-tempos.

Tente permanecer o mais relaxado possível enquanto você toca, principalmente nos

andamentos mais rápidos. Lembre-se que a tensão inibe a execução. Esteja certo de que você dominou estes exercícios antes de passar para os seguintes.

No documento Apostila-de-Bateria - melhor (páginas 132-161)

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