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Rótulos Ecológicos

No documento ANÁLISE DOS RESULTADOS (páginas 29-33)

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-EMPÍRICA

2.1. MARKETING VERDE

2.1.4. Rótulos Ecológicos

Um rótulo ecológico é a certificação de produtos com qualidades ambientais que

atesta (através de uma marca colocada no produto ou na embalagem) que

determinado produto é adequado ao uso apresenta, o menor impacto ambiental em

relação a outros produtos “comparáveis” disponíveis no mercado, ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT (1995).

Os rótulos ambientais, mais conhecidos como selos verdes, são efetivamente normas

de produtos e \ ou processo de produção. Eles estabelecem padrões e procedimentos

para a fabricação de produtos que pretendam obter certificado através do organismo

responsável pela sua concessão.

A atribuição de Rótulos Ecológicos (Selos Verdes), similarmente ao que já é feito no

Brasil para a qualidade de produtos (marcas de conformidade), tem por objetivo

promover a melhoria da qualidade ambiental de produtos e processos, mediante a

mobilização de forças de mercado, pela conscientização dos consumidores e

produtores, ABNT (1995).

Assim, o “ selo verde” é o grau mais alto de conformidade. Além de atestar a

conformidade, atesta também que o produto não impacta ou impacta minimamente o

ambiente.

Inicialmente, o selo verde era atribuído somente a produtos; posteriormente, incluíram-se

também os processos, em vários níveis de adequação.

• nível 1: produtos biodegradáveis;

• nível 2: produtos biodegradáveis e recicláveis;

• nível 3: produtos embalagens biodegradáveis e recicláveis

• nível 4: idem, elaborados por processo com pouco ou nenhum impacto ambiental;

• nível 5: idem, com transformação de tecnologia hard em soft, com menor impacto, menor custo,

menos matéria-prima, maior produtividade, menos resíduos e rejeitos.

NAHUZ (1995, p.57),

Muitas organizações e empresas estão tentando formalizar e estabelecer selos de

aprovação confiáveis para dar assistência ao consumidor. Nos Estados Unidos, duas

novas organizações surgiram: a Cruz Verde e o Selo Verde. A Cruz Verde usa uma

grossa cruz verde sobre um dos cantos de um globo azul, e o Selo Verde usa uma

longa tarja verde onde está escrito“ conferido” cruzando uma esfera azul. As duas

companhias possuem seus próprios conjuntos de padrões ambientais e, para dar sua

aprovação, permitem a afixação de seu selo nos produtos. O governo federal

norte-americano também procura participar com a Lei de Publicidade Ambiental que

determina as linhas de conduta do marketing verde e estabelecer quando as

empresas podem e não podem usar palavras como “reciclado” e “biodegradável”,

MOHR et al (1998); OTTMAN (06.1996).

Outros países também participam da padronização de publicidade ambiental. A

Alemanha tem o selo Anjo Azul, o Canadá tem o selo Escolha Ambiental e o Japão

tem o selo EcoMark, DASHEFSKY (1997, p.252).

Em produtos de alimentação, é muito comum encontrar selos referentes as suas

condições de produção, o tipo de agricultura, geralmente orgânica entre outros.

condições de produção e, eventualmente, de transformação e conservação. Para ser

aprovado, um produto deve ser caracterizado por:

• um modo particular de produção: emprego de adubos orgânicos e controle natural

de pragas

• uma lista limitada de fertilizantes e produtos de tratamento de estocagem e

conservação.

Os produtos que aderiram à agricultura biológica utilizam métodos de produção

baseados na reciclagem de materiais orgânicos e sobre a rotação de culturas.

Também se preocupam com as condições de conforto dos animais e utilizam métodos

profiláticos ao invés de curativos, INSTITUTO BIODINÂMICO DE

DESENVOLVIMENTO RURAL.- IBD (1997).

Na França, um certificado para os alimentos chamado Agriculture Biologique foi

instituído pela lei de 4 de julho de 1980, beneficiando os “ produtos verdes” . Esta

denominação de agricultura biológica é atribuída a produtos agrícolas transformados

ou não, fabricados sem produtos químicos e que seguem modos de produção

particulares.

O aspecto de marketing ligado aos produtos verdes na área de alimentação é

bastante interessante, pois são proibidos todos os produtos químicos, hormônios e

outros anabolizantes, métodos intensivos de criação de animais e poluição do solo e

lençol freático,

Entretanto, a produtividade médias das lavouras tende a cair, em decorrência destas

restrições. Logicamente os custos de produção de um produto com selo de

Agricultura Biológica serão mais elevados do que para produtos que utilizam técnicas

mais intensivas de produção.

DASHEFSKY (1997) cita o SELO FLIPPER DE APROVAÇÃO ”como exemplo de selo

verde para produtos de alimentação, que Earthtrust (organização cuja tradução

aproximada seria“ Cartel da Terra criou o Selo Flipper de Aprovação, que mostra um

golfinho parecido com o famoso Flipper. Seu objetivo é informar aos consumidores

quais atuns não foram capturados com malhas de arrastão, que capturam golfinhos

por engano. Apenas aqueles enlatados contendo atuns capturados de acordo com as

Conforme observa SPERS e CHADDAD (1996, p.63), o produto é definido por suas

regras estabelecidas pelo Instituto Ilha da Terra podem usar o Selo Flipper de

Aprovação.

Os selos verdes para produtos de alimentação muitas vezes são denominados selos

de produtos orgânicos, natural entre outros. BURROS (1997) denuncia uma falta de

regulamentação nos Estados Unidos onde qualquer produtor pode afixar uma etiqueta

em seu produto e chamá-lo de orgânico. Os padrões existentes variam grandemente,

compondo uma trama de regulamentos provenientes de 33 agências privadas

diferentes de certificação e 11 agências estaduais.

Pela proposta de regulamentação do selo orgânico do Departamento de Agricultura

dos Estados Unidos, esse poderá somente ser aplicado em produtos crus que são

100% orgânicos: cultivados e manufaturados sem adição de hormônios e o uso de

pesticidas ou fertilizantes sintéticos; e, alimentos processados contendo 95% de

ingredientes orgânicos.

ALIMENTOS PROCESSADOS CONTENDO DE 50 A 95% DE INGREDIENTES

ORGÂNICOS PODERÃO SER ROTULADOS COMO“ PRODUZIDOS COM CERTOS

INGREDIENTES ORGÂNICOS” , ENQUANTO PRODUTOS COM MENOS DE 50%

DESTES INGREDIENTES PODERÃO USAR A PALAVRA ORGÂNICO SOMENTE

NA LISTA DE INGREDIENTES. O SOLO NÃO PODERÁ TER SIDO TRATADO COM

PRODUTOS SINTÉTICOS DESAPROVADOS POR TRÊS ANOS, PARA QUE A

CULTURA ALI PLANTADA POSSA SER CHAMADA DE ORGÂNICA.

Na Região Metropolitana de Curitiba na Associação de Produtores Orgânicos existem

duas certificações estabelecidas através de diretrizes que determinam os padrões

mínimos a serem garantidos pelo uso (mediante contrato) dos selos DEMÉTER para

produtos biodinâmicos e ORGÂNICO “INSTITUTO BIODINÂMICO” para produtos

orgânicos, INSTITUTO BIODINÂMICO DE DESENVOLVIMENTO RURAL- IBD

(1997).

No documento ANÁLISE DOS RESULTADOS (páginas 29-33)