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4. Realização da Prática Profissional

4.3 Realização

Neste capítulo, e de acordo com Matos, (2012) seguindo as normas orientadoras deste Estágio Profissional, esta é uma etapa onde se deseja conduzir com eficácia a realização da aula. Ou seja, pretende-se que o Estudante-Estagiário atue de acordo com as tarefas didáticas, tendo em conta as diferentes dimensões da intervenção pedagógica, isto é, o Estudante- Estagiário deve ser capaz de:

I. Promover aprendizagens significativas; II. Usar terminologia específica da disciplina;

III. Envolver os alunos de forma ativa no processo de ensino; IV. Otimizar o tempo potencial de aprendizagem;

V. Otimizar a instrução, o feedback pedagógico, o clima, a gestão e a disciplina da aula.

Para que se denomine processo de ensino aprendizagem, tendo em conta todas as diferentes dimensões pedagógicas, em cima retratadas, é necessário uma interação de saberes entre o Professor (que ensina) e o aluno (que aprende). Esta interação deverá ser o objetivo primordial da educação, com o fim de os alunos aprenderem.

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De acordo com o que acabei de referir, durante todo este ano letivo, tentei funcionar como uma ponte de transmissão dos conhecimentos, em consonância com os objetivos que propus para a turma e a sua consolidação, por parte dos alunos.

Respeitando, obviamente, todas as dimensões da intervenção pedagógica, o uso de palavras-chaves durante a instrução e o feedback foram, assim, um atalho na obtenção desses objetivos. Não obstante, deviam ser limitados a uma ou duas palavras-chaves por cada conteúdo em cada plano de aula, evitando uma sobrecarga de informação que levariam a que os alunos desviassem a atenção do que realmente era importante.

Por outro lado, além de estimular a aprendizagem das diversas habilidades motoras específicas a cada modalidade, pretendi que os alunos cooperassem com os colegas e com o professor. Neste sentido, urge a necessidade de adotar uma terminologia específica da disciplina. Numa primeira fase, existe a necessidade de explicar aos alunos o significado das palavras mas, pouco e pouco, são eles que as aplicam. Por exemplo, nos jogos desportivos coletivos, em termos defensivos, utilizava a palavra dissuadir. Após aplicar o termo esperava alguns segundos até que algum aluno se pronunciasse, caso contrário, questionava-os sobre o seu significado e elucidava-os. Além disso aplicava alguns conceitos transdisciplinares com preferência para a anatomia, nas denominações das diferentes partes do corpo e músculos. A título de exemplo, os alunos desconheciam o termo supinação e pronação, quando os empreguei na manchete em voleibol. Também, alguns alunos desconheciam que o braço era composto por duas partes (braço e antebraço), e que a perna era composta por três partes (coxa, perna e pé). Neste aspeto é curioso, observar como os alunos captam a mensagem, ficando um pouco incrédulos pela nossa sabedoria, mas também pelos “palavrões” próprios de anatomia.

Nesta fase da adolescência, revelou-se no meu entendimento, preponderante o uso deste vocabulário, pois, além de captar naturalmente a atenção do aluno e evitar repetir as mesmas palavras que chegam a um certo

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tempo, entram e saem sem provocar qualquer tipo de efeito no comportamento do aluno. Desta forma, também contribuímos para o uso de diferente vocabulário nos diálogos dos alunos.

Inicialmente era meu desejo, centrar todas as decisões em mim, não dando lugar a qualquer tipo de autonomia dos alunos, por forma a controlar a turma e evitar situações de desconforto. Este meu sentimento devia-se ao facto de alguns colegas que exercem o ensino da Educação Física neste momento em escolas públicas, comentarem-me que não devemos ser permissíveis nas primeiras aulas, pelo facto de corrermos o risco de os alunos abusarem e nunca mais os segurarmos. Após uma conversa com o meu Professor Cooperante (conversa que modificou o rumo que tomei na instrução), este comentou-me para agir naturalmente, mas, e de acordo com as mais diversas situações que poderiam ocorrer, devia adaptar-me ao contexto modificando a minha forma de atuar. Ou seja, não devia apresentar-me perante os alunos com uma postura “artificial”. Adotei alguns modelos de instrução durante o ano, numa primeira fase, e ainda coincidindo com o estabelecimento de rotinas, adotei o modelo de instrução direta que, segundo Rosado e Mesquita (2011), praticamente a globalidade das decisões no que concerne ao processo de ensino aprendizagem está centrado no professor. É, também, papel do Professor o controlo administrativo, determinando as regras, rotinas de gestão e a ação dos alunos. Ainda segundo estes autores acima citados, o modelo induz uma certa passividade à aula, no entanto, a sua eficácia passará também, por uma participação ativa, empenhada e responsável por parte dos alunos.

O que acabei de referir é de certa forma, o que cada Professor almeja no seu quotidiano. O meu empenho nas aulas fazia com que transmitisse aos alunos essa dedicação, para que desta forma, adotassem uma postura de constante empatia, compromisso, empenho e evolução na tarefa. Como estratégia, adotei pequenas rotinas, quer fosse jogar com eles, dar mais feedbacks positivos, atribuir-lhes responsabilidade entre outros. Percebi que

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tinha os alunos do meu lado e, segundo eles, as aulas “passavam rápidas”, com alegria nos rostos, de prazer e satisfação.

Sentindo a necessidade de lhes dar algo mais, valorizando o jogo desde o início do ano letivo em todas as aulas, recorri ao modelo de ensino dos jogos para a sua compreensão. Mais uma vez Rosado e Mesquita (2011), apontam que este modelo pretende que o desenvolvimento das habilidades básicas do jogo seja deslocado para o desenvolvimento da capacidade do jogo através da compreensão tática do jogo. Este tipo de modelo permite aos alunos perceber o porquê e o para quê, das habilidades motoras, através de situações problema, sendo estes estimulados a encontrar as soluções.

Este tipo de modelo, vem em concordância com aquilo que o meu Professor Cooperante me transmitia, no sentido de dar importância ao jogo, dos alunos perceberem o que é o jogo, porque, dizia ele, para os formar como jogadores temos os treinadores dos clubes.

Desta forma ao longo das aulas, realizei situações reduzidas de jogo, modificando por vezes as suas regras, onde observava o empenho e compromisso dos alunos. No entanto, não descurava uma intervenção, sempre e quando fosse necessário. Nessa altura, muitas foram as vezes, em que ficávamos mais de um minuto a olharmos uns para os outros, questionava os alunos sobre o porquê daquela ação, ou qual a melhor decisão a ser tomada. Outro aspeto fundamental era não descurar um trabalho mais analítico da técnica individual. Nessa altura, apelava ao ensino entre pares, ou seja, colocava os alunos mais hábeis, com alunos menos hábeis, responsabilizando e instruindo os mais hábeis, na ajuda dos alunos com mais dificuldades. Foi engraçado ver a humildade dos alunos menos hábeis a aceitar a ajuda dos colegas que, por sua vez, sentiam uma grande responsabilidade. O meu papel, além de coordenador dos pares, era enfatizar alguns feedbacks. Desta forma, melhorava as relações interpessoais, evitava os grupinhos que normalmente se forma entre os mais hábeis e, mais interessante ainda, os alunos estavam rigorosamente empenhados na tarefa.

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“Apelei ao ensino entre pares. Coloquei os alunos com melhor desempenho no serviço por cima a auxiliar os colegas com mais dificuldades. Senti que foi uma etapa ganha, uma vez que além das melhoras, os alunos cooperavam, estavam empenhas e compenetrados na tarefa. Em aulas futuras, irei adotar, mais vezes, este método.” (Reflexão nº 12).

Apesar de não possuir um modelo de instrução bem definido, colhi de cada um as suas vantagens, de acordo com o que a turma me ia pedindo e atendendo às suas necessidades. Desta forma, considero que consegui envolver ativamente os alunos no processo de ensino aprendizagem.

Ainda de acordo com Matos (2012) irei agora, abordar a otimização do tempo potencial de aprendizagem. O tempo útil de aula, conforme abordei no capítulo anterior, pode ser definido como o espaço de tempo que o Professor e alunos dispõem para a aula. Graça (1991) destaca que o tempo potencial de aprendizagem pode ser definido como o tempo que o aluno passa em confronto direto com a matéria de ensino a um nível de dificuldade acessível, isto é, um nível elevado de sucesso na tarefa parece ser o ponto determinante que nos indica estarmos a alcançar a nossa meta.

Após esta contextualização consegui otimizar o tempo potencial de aprendizagem?

De acordo com Sarmento et al. (1998) os fatores a dominar para otimizar o tempo potencial de aprendizagem são o clima, a disciplina, a instrução e a gestão. Observando estes fatores verifico que, o clima da aula bem como a disciplina nunca foram um obstáculo, no entanto, recordo-me, no início do ano, de algumas reflexões que fui realizando, sobre as dificuldades que sentia na gestão do tempo de aula, bem como na constante intervenção verbal na instrução.

O meu Professor Cooperante alertou-me para este facto, ainda numa fase prematura, onde referiu que teria que me controlar, apesar de me considerar um bom comunicador e apontou esta característica como talvez o principal fator para esta causa.

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Confesso que foi das coisas que mais trabalho me deu durante todo o estágio, saber controlar a minha espontaneidade para intervir. No entanto, revendo algumas das reflexões então produzidas sobre as minhas aulas, esta espontaneidade interventiva foi diminuindo, pois, já observava mais do que intervinha.

“Tentei cumprir com o plano que tinha projetado para esta aula, no entanto e após muitas intervenções, quer em feedbacks, quer em aspetos relacionados com a gestão da aula, não consegui cumprir com o tempo previamente estabelecido para cada exercício. Por este motivo a minha turma foi a última a sair do espaço de aula e como tal, na próxima aula terei que ter mais cuidado com este facto”. (Reflexão nº 4).

No que respeita à distribuição do material, com a matéria dispersa em estímulos, torna-se mais complicado montar e desmontar os exercícios. Penso que aqui, também foi um fator que influenciou negativamente o tempo potencial de aprendizagem. Outro aspeto negativo prende-se com o facto de ter que exemplificar por mais que uma vez os exercícios ao trocar os grupos / equipas de um estímulo para o outro.

Para um Professor poder lecionar num ambiente favorável à aprendizagem, tem de ter em ponderação todos estes fatores (o clima; a disciplina; a instrução e a gestão). Nenhum destes fatores se sobrepõem, no entanto, podem ocorrer momentos em que uns se evidenciem em detrimento de outros, devendo o Professor distribuir a atenção por todos eles.

No que ao controlo e à confiança da turma diz respeito, percebo através de relatos de colegas docentes que este poderá ser um problema de muitos Professores, com anos e anos de experiência. Neste sentido a palavra de Professor Estagiário para os alunos, e revendo-me como aluno, fazia com que muitos colegas meus se aproveitassem da bondade do professor. Por tudo isto e, também pelo que referi anteriormente, vinha com uma ideia mal concebida, de como devia ser a minha postura perante os alunos. No entanto, e como já referi anteriormente, em conversa com o Professor Cooperante, mudei radicalmente a minha forma de atuação perante os alunos e procurei estabelecer aquilo que, segundo Masdevall et. al. (1993), apelidam de

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“disciplina democrática”. Este conceito corresponde ao conjunto de estratégias que favorecem a segurança e a auto governação, chegando a um equilíbrio entre autoritarismo e permissividade. Desta forma, havendo um equilíbrio, evitava recorrer à remediação, apostando na prevenção. O bom senso também costuma funcionar na resolução de muitos casos numa escola, onde a diversidade é por demais evidente, deve imperar também o bom senso.

O meu controlo sobre a turma, começou logo na e durante a aula de apresentação. Neste sentido, estabeleci um conjunto de regras de funcionamento que deveriam ser aceites por todos, sendo eu o agente que as ia fazer cumprir. Logo aqui, estabeleci um compromisso com os meus alunos, mas também comigo mesmo, pois caso não conseguisse fazer com que se cumprissem as regras, estaria a dar um mau exemplos aos alunos.

Em relação aos alunos que pediam dispensa da aula, por exemplo, disse aos alunos que apelava a responsabilidade de cada um, no entanto, teriam que me justificar, “olhos nos olhos”, o motivo, cabendo-me a decisão da dispensa. Alertei também para o facto de que podiam-me enganar uma vez, mas a segunda tentativa seria muito difícil. Outra situação que vinquei foi o facto de não admitir que enquanto eu falasse, algum aluno estivesse também a falar, pois corria o risco de quando falasse para mim eu também não o respeitasse. Fruto disso, durante o ano, quando sentia que os alunos não respeitavam esta regra comentava o seguinte:

“- Malta é assim, quanto mais tempo demorarem a calarem-se, menos tempo de jogo vão ter, pois, vou ter que descontar este tempo em algum momento da aula e vai ser naquele que mais gostam”.

Durante o ano letivo, não tive nenhum ato de indisciplina ou qualquer situação que dissesse que lhes ia marcar falta disciplinar. Alguns colegas diziam-me que era pelo facto de os meus alunos serem bem comportados ou pela minha fisionomia, curioso foi o facto de quase ninguém me atribuir responsabilidades por este clima. Penso que, a forma como comuniquei com os alunos, desde o primeiro momento (aula de apresentação), foi essencial para este tipo de comportamentos da parte deles. Muitas vezes, ao contrário do

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que falamos ainda neste capítulo, devemos usar a terminologia própria de um estudante, desta forma, aproximamo-nos deles, senti muitas vezes isto, ao longo do ano letivo. Outras vezes, olhava o aluno nos olhos e simplesmente perguntava o porquê de estar a querer chamar a atenção. Também e não menos importante, procurava estabelecer uma empatia com todos eles, dentro e fora da aula, onde percebia as suas preocupações, ouvia os seus desabafos entre outros motivos. Sempre fui muito brincalhão com eles, durante todo o ano letivo. Inicialmente esta opção teve os seus custos, uma vez que os alunos ainda não sabiam dissociar os momentos de brincadeira dos momentos de empenhamento motor e aprendizagem. Durante todo o Estágio Profissional reinou um clima positivo entre todos, onde estabeleci um compromisso de responsabilidade e de confiança entre eles, o que possibilitou um bom controlo da turma.

Com respeito a este aspeto, ao controlo da turma, penso que a minha própria personalidade, e também a experiência adquirida no treino, facilitaram o processo. Ao estabelecer rotinas funcionais com a turma no início do ano, também comecei por lhes mostrar quais os momentos em que há possibilidade de relaxarem, ou os momentos que devem estar empenhados. Através de simples olhares fixos, diferentes tons de voz, pausas no discurso, os alunos vão-se adaptando e são eles próprios, que se começam a responsabilizar os companheiros sobre o seu comportamento: “ olha aí o stor está a olhar”; “Deixa o stor falar” entre outras frases. Também em questões de segurança, fui sempre muito incisivo, não permitindo grandes aberturas aos alunos, nomeadamente, na utilização de materiais de risco, como o minitrampolim. Neste sentido, recordo-me que nas primeiras aulas disse:

“- Meus amigos, o minitrampolim é para ser utilizado com segurança, só devem realizar o que eu vos peço. Quando a pista estiver fechada, este está colocado de lado na vertical. Portanto qualquer uso fora destas circunstâncias, arriscam-se a dar com a cabeça na parede e sabem que mais? A parede ganha sempre!”

Outros dos aspetos a destacar foi o facto de me posicionar sempre de frente para os alunos, não permiti, em todo o ano letivo, deixar ninguém nas

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minhas costas e até ao meu lado. Preocupei-me também, em colocar-me de forma a observar toda a turma sem exceção. Os alunos devem sentir um acompanhamento visual do Professor, para isso, não devemos estar enraizados no mesmo local muito tempo, mas sim em constante movimento, criando assim, fatores dissuasores de comportamentos menos próprios por parte dos alunos. É normal, numa primeira fase, que os professores, pouco habituados a estas andanças, permaneçam e lecionem no mesmo sítio. Comigo isto não se passou, fruto da minha experiência como treinador. Este constante movimento, permitiu-me muitas vezes comunicar com o corpo, evitando o desgaste das palavras, ou seja, um simples toque no aluno, quando não está empenhado na tarefa, um simples toque, seguido de um movimento de exemplificação também, foram técnicas que usei regularmente.

Durante o ano, senti necessidade de intervir, sempre e quando, pressentia que o clima não era o ideal, ou por muita desconcentração na tarefa, ou por muito relaxamento dos alunos. Numa primeira fase, nas aulas que lecionava às sextas-feiras, os alunos apresentavam-se talvez, devido ao cansaço acumulado ao longo de uma semana de aulas, desconcentrados, distraídos e pouco empenhados na tarefa. Perante estes acontecimentos optei por ser bastante rigoroso e interventivo não permitindo qualquer mudança de atitude ou comportamento. Este rigor revelou-se fundamental para o resto do ano pois, os alunos percebiam que apesar do cansaço não podiam mudar a sua atitude e o seu comportamento durante a aula.

“Às sextas-feiras, pelo que tenho vindo a constatar os alunos costumam estar mais irrequietos, desconcentrados. Hoje não foi exceção á regra, não quero com isto dizer que o comportamento é mau, no entanto, estou habituado a uns índices de concentração, de comportamento acima da média. Qualquer atitude que fuja desses índices já noto diferenças.”

Por outro lado, evitei ao máximo, uma atitude agressiva, com uso de sorrisos e expressões irónicas, por forma a evitar respostas indesejadas dos meus alunos. Posso afirmar que estou extremamente satisfeito pelo controlo e disciplina da turma. Este sentimento deveu-se ao estabelecimento de

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compromissos que realizei com os alunos, alicerçado numa capacidade de antecipar problemas, segurança, confiança, e experiência adquirida no âmbito do treino desportivo.

Um Professor que seja competente faz-se respeitar e é respeitando, acabando os alunos por reconhecer a sua liderança naturalmente, através dos seus conhecimentos e não por imposição, ou por força do cargo que ocupa, prevalecendo um clima ótimo de aprendizagem e harmonia entre todos.

Por último, exponho aqui uma afirmação, que demonstra o que venho a afirmar, por parte de um Professor do Grupo de Educação Física:

“- Há pouco, vim ao gabinete, nem parecia que estava a haver aula no ginásio, quem me dera que a minha turma fosse assim”

Outro aspeto facilitador do controlo da turma é o tipo de feedback que usamos Magill (2007) categoriza os feedbacks extrínsecos em três diferentes tipos: o motivacional, para um incremento do esforço, por exemplo na prova da milha, quando os alunos estão em dificuldade. O feedback de reforço, e o de punição. Estes dois últimos exercem um papel fundamental no controlo da aula. Se, por um lado, há tendência para o feedback negativo de punição, devemos equilibrar a balança com o feedback positivo. Neste sentido, e de acordo com Mesquita1, os professores tendem a organizar os seus feedbacks de forma negativa, centrado nos erros. O feedback positivo, permite melhorar o clima de aula, promove o empenho dos alunos e reforça os aspetos fortes da prestação. Por tudo isto, o professor deve estar constantemente atento à prática, garantindo o controlo da turma, que proporcionará um clima ótimo de aprendizagem.

. Com respeito à gestão do tempo de aula, foi o aspeto onde, inicialmente tive algumas dificuldades (mais à frente neste capítulo irei explicar

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Slides elaborados pela Professora Isabel Mesquita aquando da sua apresentação na aula de Didática Geral do curso de 2º ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

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as razões). O objetivo de uma boa gestão é rentabilizar o tempo de aula, evitando o seu desperdício noutras tarefas, tais como, tarefas de organização.

Nas minhas conversas com o Professor Cooperante, este sempre me alertou para a necessidade de fomentar rotinas de funcionamento. Ditas rotinas levaram-me todo o primeiro período a ser implementadas. Para que ocorra a implementação destas rotinas, o professor, pode optar antes de iniciar a aula, pela formação de grupos apelando à autonomia dos alunos, estabelecer sinais, organizar os exercícios nos mesmos locais, entre outros.

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