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CAPÍTULO IV: Conclusões e Recomendações

4.2 Recomendações

Uma grande e importante perspectiva da filosofia para criança no Brasil é realizar o desafio de ser o porta-voz da questão da cidadania das crianças. E, para que isso ocorra de maneira realmente efetiva, é necessário um envolvimento integral de escolas públicas e privadas nesse trabalho. A maioria das crianças brasileiras pode e precisa exercitar a capacidade de pensar por si mesmas.

Filosofia para crianças pode também ocupar outros espaços de socialização que não as escolas. Pode estar presente, por exemplo, nas famílias, nos trabalhos de rua, nas organizações comunitárias, nas organizações intermediária, tais como sindicatos, organizações não governamentais e outras, bem como no rádio, TV, jornais, internet, e outros.

Isso porque, ainda que haja relação entre esses diversos espaços sociais, um não tem como substituir a especificidade do outro. E, se a filosofia para criança pode

contribuir para a ampliação do espaço da criança na sociedade, precisa perpassar os diversos meios de socialização (SÁTIRO, 1999).

Segundo a diretora, a inserção do projeto em todas as escolas de ensino fundamental, mais precisamente nas turmas de 1ª a 4ª série, seria conveniente pois a implementação do projeto faria com que todos, professores, alunos e cidadãos refletissem mais sobre a vida, a origem e as causas dos problemas.

O sucesso do projeto, no entanto, segundo a diretora está condicionado a um preparo adequado dos professores através de cursos, a um permanente acompanhamento para detectar possíveis falhas, a investimentos mais expressivos e ao aumento na adesão de professores e profissionais afins ao projeto da UnB.

Diante da pesquisa realizada é possível inferir que o sucesso do projeto está intimamente associado à mudança da prática pedagógica dos professores. Tal mudança deve estar fundamentada a um estilo participativo que favoreça a formação de um aluno crítico e com grande potencial argumentativo.

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APÊNDICE

Roteiros das Entrevistas

1. Diretora da escola

a) Chegada da filosofia à escola

b) A prática pedagógica antes e depois da introdução da filosofia c) Os temas mais frequentemente abordados pelos alunos

d) Eventuais benefícios do ensino de filosofia para alunos e professores e) Evolução critica e reflexiva dos alunos

2. Coordenadora da Escola

Diferencial observado entre o antes e depois, em termos de comportamento, de alunos e Professores.

3. Professora da Turma

a ) Postura dos alunos, quanto às suas falas, antes da prática filosófica.

b) Participações dos alunos em sala de aula antes das oficinas, e no decorrer de cada oficina realizada.

c) Diferença observada, após a participação nas oficinas de filosofia, no comportamento dos alunos no convívio de sala de aula.

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