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RECONHECIMENTO DO SUBSOLO

No documento manual-de-projetos (páginas 195-200)

1. CONCEITO

As investigações de reconhecimento do subsolo visam a caracterização geotécnica das camadas constituintes do subsolo, o que envolve a identificação da posição das camadas e do nível d’água, a classificação dos materiais presentes, a determinação de parâmetros geomecânicos e, em casos especiais definidos pela CDHU, a realização de sondagens e ensaios especiais de campo e a coleta de amostras de solo para a realização de ensaios de laboratório.

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

2.1. Insumos

Planta topográfica ou croqui de situação do terreno;

Relatório de investigação geotécnica de superfície, incluindo o plano de investigação de reconhecimento do subsolo.

2.2. Normas técnicas, regulamentos e leis aplicáveis • NBR 8044/84 Projeto geotécnico

• NBR 6484/80 Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos • NBR 7250/82 Identificação e descrição de amostras de solo obtidas em

sondagens de simples reconhecimento dos solos • NBR 9603/86 Sondagens a trado

3. PARÂMETROS E DIRETRIZES TÉCNICAS

De maneira geral, o reconhecimento do subsolo é realizado a partir de sondagens a percussão SPT e/ou sondagens a trado. Em casos específicos definidos pela CDHU, podem ser realizadas investigações complementares, compostas por sondagens especiais (como poços exploratórios, trincheiras, sondagens para extração de amostras indeformadas ou sondagens rotativas), investigações geofísicas, ensaios de campo (permeabilidade “in situ”, ensaio da palheta, ensaio de penetração do cone etc.) ou ensaios de laboratório. As diretrizes para solicitação, execução e apresentação de resultados de sondagens a percussão SPT e sondagens a trado são definidas nesta norma.

Quanto às investigações complementares, devem ser seguidas as recomendações da norma NBR 8044/83 da ABNT.

3.1. Sondagens a percussão SPT

3.1.1. As sondagens a percussão SPT serão denominadas pela sigla SP, seguida do número indicativo do ponto de sondagem fornecido no plano de investigação de reconhecimento do subsolo. Têm por finalidade a determinação dos tipos de solo, suas respectivas profundidades de ocorrência, a posição do nível d’água e os índices de resistência à penetração SPT.

3.1.2. Os furos de sondagem, quando da sua locação, deverão ser marcados com a cravação de um piquete de madeira ou material apropriado. Este piquete deverá ter gravada a identificação do furo e estar suficientemente cravado no solo para servir de referência de nível para a execução da sondagem e seu posterior nivelamento topográfico.

3.1.3. A aparelhagem a ser utilizada deve obedecer rigorosamente às prescrições da NBR 6484/80. O executor deverá fornecer obrigatoriamente equipamento para execução de sondagens de até 20 (vinte) metros e, eventualmente, para profundidades maiores desde que solicitado pela CDHU. O executor deverá substituir qualquer equipamento considerado inadequado pela CDHU.

3.1.4. O procedimento de execução do ensaio, compreendendo as operações de perfuração, amostragem, ensaio de penetração dinâmica, ensaio de avanço da perfuração por lavagem e observação do nível d’água freático, deve seguir rigorosamente as disposições da NBR 6484/80.

3.1.5. Os ensaios de penetração dinâmica devem ser realizados a cada metro de profundidade. Além disso, deve-se realizar um ensaio logo abaixo da camada vegetal (solo superficial com grande porcentagem de matéria orgânica), devendo ser indicada a espessura da camada vegetal. No caso de ausência da camada vegetal, o primeiro ensaio deverá ser realizado na superfície do terreno (profundidade 0,0), devendo ser indicado no perfil “camada vegetal ausente”.

3.1.6. As sondagens a percussão serão paralisadas quando forem atingidos solos impenetráveis, definidos de acordo com os critérios da NBR 6484/80, ou quando forem atingidas as profundidades solicitadas pela CDHU.

3.1.7. As amostras de solo obtidas na sondagem devem ser identificadas e descritas de acordo com os critérios definidos na NBR 7250/82.

3.1.8. As amostras obtidas da sondagem devem ser conservadas em laboratório e colocadas à disposição da CDHU pelo prazo mínimo de 3 (três) meses, contados a partir da entrega do relatório final.

3.1.9 Os resultados da sondagem de percussão SPT deverão ser apresentados em perfis individuais (Anexo GEO 01), elaborados de acordo com as disposições da NBR 6484/80 e apresentados no padrão A4 da CDHU.

3.2. Sondagens a trado

3.2.1. As sondagens a trado serão denominadas pela sigla ST, seguida do número indicativo do ponto de sondagem fornecido no plano de investigação de reconhecimento do subsolo. Têm por finalidade a coleta de amostras deformadas e a determinação dos tipos de solo, suas respectivas profundidades de ocorrência e a profundidade do nível d’água.

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3.2.2. Os furos de sondagem, quando da sua locação, deverão ser marcados com a cravação de um piquete de madeira ou material apropriado. Este piquete deverá ter gravada a identificação do furo e estar suficientemente cravado no solo para servir de referência de nível para a execução da sondagem e seu posterior nivelamento topográfico.

3.2.3. A aparelhagem a ser utilizada deve obedecer rigorosamente às prescrições da NBR 9603/86. O executor deverá fornecer obrigatoriamente equipamento para execução de sondagens de até 5,0 (cinco) metros e, eventualmente, para profundidades maiores desde que solicitado pela CDHU. O executor deverá substituir qualquer equipamento considerado inadequado pela CDHU.

3.2.4. O procedimento de execução do ensaio deve seguir rigorosamente as disposições da NBR 9603/86.

3.2.5. As sondagens a trado serão paralisadas quando forem verificadas as condições prescritas pela NBR 9603/86 ou quando forem atingidas as profundidades solicitadas pela CDHU.

3.2.6. As amostras de solo obtidas na sondagem devem ser identificadas e descritas de acordo com os critérios definidos na NBR 7250/82.

3.2.7. As amostras obtidas da sondagem devem se conservadas em laboratório e colocadas à disposição da CDHU pelo prazo mínimo de 3 (três) meses, contados a partir da entrega dos resultados.

3.2.8. Deverá ser indicada, em todos os perfis, a espessura da camada vegetal atravessada.

3.2.9. Os resultados da sondagem a trado deverão ser apresentados em perfis individuais (Anexo GEO 02), elaborados de acordo com as disposições da NBR 9603/86 e apresentados no padrão A4 da CDHU.

4. PRODUTOS

4.1. Relatório de sondagens a percussão SPT

O responsável pelas sondagens a percussão SPT deverá emitir relatório final, em original e mais 3 (três) vias, onde deverá constar, obrigatoriamente e no mínimo, o que segue:

• identificação do local das sondagens;

• planta de locação das sondagens em papel vegetal normografado nos padrões A4 ou A1 e na escala indicada pela CDHU;

• perfis individuais de sondagem;

• originais dos boletins de campo das sondagens, elaborados de acordo com a NBR 6484/80;

4.2. Relatório de sondagens a trado

O responsável pelas sondagens a trado deverá emitir um relatório final, em original e mais 3 (três) vias, onde deverá constar, obrigatoriamente e no mínimo, o que segue:

• identificação do local das sondagens;

• planta de locação das sondagens em papel vegetal normografado nos padrões A4 ou A1 e na escala indicada pela CDHU;

• perfis individuais de sondagem;

• originais dos boletins de campo das sondagens; • nome e assinatura dos responsáveis pelos serviços.

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