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REPRESENTATIVIDADE NAS REDES SOCIAIS

REDES SOCIAIS

A comunicação na era digital transformou a maneira como as pessoas se relacionam com o conhecimento e umas com as outras. O que antes era feito predominantemente por meio impresso com jornais, livros, revistas e cartas em papel, agora é feito em um grande volume pelos meios digitais em seus mais diversos formatos como e-mail, blogs, aplicativos de mensagens e redes sociais.

A universalização da internet e o barateamento de equipamentos eletrônicos como computadores, tablets e, principalmente, os smartphones contribuíram para a popularização dessas chamadas redes sociais que vem ganhando espaço e credibilidade em todas as camadas da população. Acessadas pelo navegador da internet no computador ou mesmo por aplicativos instalados diretamente no aparelho celular, comunidades como Facebook, Youtube, Instagram, WhatsApp, Twitter e LinkedIn já fazem parte do cotidiano da população mundial, influenciando diretamente seus hábitos de interação social e atuação profissional.

Sobre isto, Tomaél e Marteleto (2006) afirmam:

As redes sociais são ligações formadas por pessoas, organizações sociais e corporações com interesses em comum ou por amizade para a interação e o compartilhamento de informações ou conteúdos e constroem e reconstroem a estrutura social (TOMAÉL; MARTELETO, 2006, p. 75).

Por que precisamos de Bibliotecários? 165

No Brasil, pesquisas demonstram que os celulares se tornaram o principal meio de acesso à internet pela população. O perfil dos usuários que consomem conteúdos na internet por meio das redes sociais, bem como sua faixa etária, se enquadra perfeitamente no grupo de usuários atendidos pelas bibliotecas em suas diversas tipologias: alunos de escolas públicas e privadas, estudantes universitários, profissionais institucionalizados, empreendedores das mais variadas áreas, pesquisadores, dentre outros.

O crescente número de páginas de bibliotecas e perfis de bibliotecários em diferentes redes sociais compartilhando suas práticas profissionais e oferecendo serviços demonstra que, independentemente das mudanças que ocorrem na sociedade e das novas tecnologias ascendentes, o campo da Biblioteconomia está longe de se tornar ultrapassado ou extinto. Pelo contrário, bibliotecas e bibliotecários só têm a ganhar aderindo às novas tecnologias. É o que defende Maness (2007):

Redes sociais permitiriam que bibliotecários e usuários não somente interagissem, mas compartilhassem e transformassem recursos dinamicamente em um meio eletrônico. Usuários podem criar vínculos com a rede da biblioteca, ver o que os outros usuários têm em comum com suas necessidades de informação, baseado em perfis similares, demografias, fontes previamente acessadas, e um grande número de dados que os usuários fornecem (MANESS, 2007, p. 48).

Por que precisamos de Bibliotecários? 166

Com o advento da pandemia do novo Coronavírus no último ano de 2020, a utilização da internet e redes sociais teve um grande aumento no Brasil. Muitos trabalhadores perderam seus postos de trabalho, dentre eles bibliotecários que precisaram se reinventar e criar estratégias empreendedoras para exercer a profissão. Bibliotecas de instituições públicas e privadas passaram a atender seu público de forma remota e buscaram novas alternativas de interação com ele.

A internet transformou-se no principal veículo de oferta de produtos e serviços na sociedade brasileira. Os números crescentes de empresas implantando a chamada entrega “delivery” demonstra isso. Segundo o site da Revista Isto é Dinheiro, de janeiro a junho de 2020, os gastos com aplicativos de delivery no Brasil cresceram cerca de 103% (MOBILIS, 2020). Da mesma forma, tornou-se comum a oferta de serviços à distância, as chamadas consultorias online para clientes de diferentes setores do mercado, tendo em vista que muitas pessoas buscaram atualizar seus negócios nos meios digitais e investir em qualificação profissional durante o período. Os usuários reais e potenciais das bibliotecas e serviços de informação passaram a ficar em casa em tempo integral, devido ao isolamento social demandado pela pandemia. Esses usuários, então, buscaram os serviços de informação na internet.

O surgimento dessas práticas em diversas redes sociais, destacando-se a plataforma Instagram, uma rede social online de

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compartilhamento de fotos e vídeos que permite aplicar filtros digitais e compartilhá-los em uma variedade de serviços de outras redes sociais. Dois anos antes, já em 2018, a rede social possuía 1 bilhão de usuários ativos e mais de 500 milhões de acessos por dia. Em 2019, a Socialbakers, uma empresa global de marketing de mídia social com inteligência artificial que oferece uma plataforma de software como serviço de marketing, elegeu a plataforma como a rede social de maior engajamento de público.

Diante disso, observamos que inúmeras páginas em aplicativos como o Facebook e perfis no próprio Instagram foram criados no último ano para divulgar serviços especializados oferecidos por bibliotecários empreendedores. A normalização de trabalhos acadêmicos e pesquisas científicas, os cursos preparatórios para concursos públicos na área da Biblioteconomia, a editoração de publicações institucionais das esferas públicas e privadas, a consultoria para otimização de serviços em bibliotecas e centros de documentação, os cursos e oficinas de Biblioterapia, contação de histórias, escrita científica, preenchimento de currículo em plataformas acadêmicas, utilização de bases de dados, além de serviços de marketing para bibliotecas nas mídias sociais e mentorias de carreira para bibliotecários são alguns desses serviços, ofertados em sites relacionados à área e nas principais redes sociais do momento.

Da mesma forma, muitos bibliotecários trabalhando em casa, de forma remota, viram no isolamento social uma oportunidade de maior

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tempo disponível para criar conteúdos relacionados a sua área de atuação. Esses profissionais investiram na criação de perfis em redes sociais visando ao aprimoramento profissional e até mesmo à troca de experiências com outros profissionais, contribuindo para a divulgação e promoção da profissão na internet.