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Redução do Intervalo de Ressuprimento – I.R

CAPÍTULO II: SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

3.7 Propostas de Melhorias nos Procedimentos Utilizados na Gestão de Estoques

3.7.6 Redução do Intervalo de Ressuprimento – I.R

Analogamente aos casos anteriores, a variável de tempo, Intervalo de Ressupri- mento, consiste do tempo decorrido entre duas emissões de Pedido de Suprimento sucessivos.

Ela determina o giro do estoque, tendo portanto influência direta na quantidade de itens a se- rem repostas e o respectivo valor imobilizado em estoque.

Nesse aspecto, saber reconhecer e identificar qual o melhor momento de efetivar suas reposições tem sido motivo de análises constantes desenvolvidas pelos analistas, gerando expectativas motivadoras com tendências de se buscar um trabalho conjunto com as áreas de compras que resultem em uma redução gradativa do tempo efetivo de compras com uma me- lhor qualidade dos produtos, dos prazos de pagamento melhores e a minimização dos custos financeiros.

Dessa forma, por ser uma variável que incide diretamente nas quantidades a serem adquiridas, o impacto é significativo no que diz respeito ao montante de capital a ser desem- bolsado pela empresa em função de uma decisão certa ou errada no momento em que está sen- do definida e registrada.

Para isso, saber identificar os vários fatores que influenciam na definição dessa variável é fundamental, pois, decidir pela reposição dos estoques, com maior ou menor fre- qüência , pode resultar às vezes em investimentos desnecessários decorrentes de uma análise mal elaborada.

Entretanto, para o caso de materiais sobressalentes, essa variável de tempo não tem uma relevância fundamental, pois, devido a aleatoriedade de consumo, é adotada uma políti- ca que tem como base principal o histórico de consumo registrado no sistema, as quantidades instaladas nos diversos equipamentos e sistemas auxiliares da usina, além da experiência dos técnicos responsáveis que são os fatores responsáveis para a definição dos valores a serem definidos para cada material.

Assim sendo, outro fator a ser considerado diz respeito aos custos envolvidos na elaboração dos Pedidos de Suprimentos, uma vez que em função de representarem na sua maioria em custos fixos, a decisão de se comprar em freqüências maiores ou menores não é fator principal e relevante dentro desse enfoque.

3.8 COMENTÁRIOS FINAIS

Diante do exposto, conclui-se pelo que foi apresentado nesse capítulo, que os itens abordados são considerados de extrema importância na administração dos recursos materiais e patrimoniais das empresas, pois são particularmente as variáveis de maior relevância na de- terminação de quando e quanto devem ser repostos nos estoques além de serem imprescindí- veis ao cumprimento dos cronogramas de manutenção dos equipamentos e processos de gera-

ção de energia das empresas dessa natureza.

Na prática tem – se evidenciado que é cada vez maior o número de empresas que têm percebido como o seu sucesso está fortemente condicionado ao desempenho da rede de negócios em que está colocada e operando. Esta rede incluis os seus fornecedores, distribuido- res e clientes.

Estas empresas reconhecem que, mesmo atingindo a excelência em seus processos internos, a sua capacidade de superar as expectativas de seus clientes é inteiramente depen- dente do desempenho de seus fornecedores e distribuidores.

Nesse sentido, os gerentes criativos estão estendendo o conceito de cadeia de valor além das fronteiras de suas organizações, e procuram integrar os seus fornecedores e distribui- dores no desafio de entregar aos seus clientes produtos e serviços de alta qualidade, a custos competitivos e nos prazos desejados. Fazer negócios juntos é o novo pensamento empresarial com relação a cadeia de suprimentos, reconhecendo a interdependência e criando interesses comuns.

A obtenção da qualidade de produtos e serviços em uma organização é um fator preponderante para aqueles que pretendem participar de um mercado cada vez mais competiti- vo. A qualificação dos colaboradores através de programas de qualidade, a integração e coope- ração entre parceiros comerciais é de grande importância para o desenvolvimento dos proces- sos internos das organizações.

Há uma necessidade constante e contínua de melhoria dos processos de compras, distribuição, movimentação, armazenamento de materiais, por isso, torna-se essencial traba- lhar para minimizar os custos e otimiza os processos estabelecendo uma política voltada para a qualidade. É preciso utilizar todas as ferramentas disponíveis no mercado, além de capacitar o pessoal para a implementação dos mesmos.

Portanto, a qualidade dentro de uma organização não deve ser vista de forma se- parada, isolada, mas de forma integrada onde todos participem dos processos, procurando ele- var cada vez mais a qualidade de segmento que estão atuando.

Nos DIAS atuais, várias metodologias de gerenciamento de materiais estão sendo introduzidas e invariavelmente sendo perseguidas pelas empresas, como forma de aprimorar a qualidade de seus processos com um todo, além de viabilizar a redução do imobilizado em estoques. Nesse sentido, a adoção de um sistema ou modelo de gestão têm sido analisado crite- riosamente pelas empresas, na tentativa de encontrar a melhor maneira de gerir seus recursos financeiros.

cedores devem mandar os suprimentos `a medida que eles vão sendo necessários à produção, busca eliminar tudo que não agrega valor ao produto ou serviço, utilizando-se de baixos in- ventários desde o fornecedor até o produto acabado posto no cliente. Visa atender a demanda instantaneamente, com qualidade e sem desperdícios, possibilitando a produção eficaz em termos de custo, assim como o fornecimento da quantidade necessária de componentes, no momento e em locais corretos, utilizando o mínimo de recursos.

Para muitas empresas atualmente, o nome do jogo é a competição baseada no tem- po. Para elas, o meio principal de captarem fatia de mercado é encontrando maneiras de en- curtar o ciclo do pedido à entrega.

Assim sendo, as empresas procurando otimizar os recursos aplicados no gerencia- mento dos estoques, estão implementando uma nova sistemática de administrar alguns itens de materiais, através da “consignação” dos mesmos, ou seja, por meio de contratos de parce- rias, seus fornecedores disponibilizam uma certa quantidade que em função de uma previsão de demanda, possam ser consumidos e efetivamente pagos a medida que são requisitados. Esta medida possibilita que as empresas reduzem o investimento de capital, bem como os custos decorrentes da manutenção desses materiais em estoques.

Nesse contexto, para esse estudo deverá ser realizada uma pesquisa de campo, em empresas públicas de geração de energia elétrica, procurando conhecer e identificar seus sis- temas de gestão de materiais, bem como os procedimentos adotados pelas mesmas, no que corresponde ao planejamento de materiais e as reposições de estoques.

Portanto, considera–se que essa pesquisa possa permitir uma melhor visualização da sistemática adotada com relação ao gerenciamento de materiais nas empresas públicas de geração de energia, selecionando para um estudo de caso, uma empresa que, pela sua caracte- rística, pôde permitir uma análise mais abrangente e detalhada das suas atividades operacio- nais e, dentro de certas limitações, permitiram sugerir adequações pertinentes e exeqüíveis.

4.1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo será realizado um estudo de caso, na empresa Itaipu Binacional, onde, a partir do mês de maio de 2000 já com a concordância e ciência da gerência da área, foi possível iniciar os trabalhos, concentrando-se na área de Gestão de Estoques, abordando as atividades básicas desenvolvidas nessa área e quais os reflexos que poderiam resultar para uma melhoria dos processos na empresa.

No entanto, o objetivo será apresentar alternativas que através de ações práticas sejam aplicáveis às Empresas do Setor Público de Geração de Energia Elétrica, possibilitando a otimização dos estoques de materiais com a conseqüente redução do capital investido por meio de uso constante e aumento gradativo dos recursos disponíveis na empresa .

Enfim, com essa tentativa espera-se que o presente trabalho possa servir às em- presas como subsídio ao desenvolvimento e operacionalização de seus sistemas de Gestão de Estoques, apresentando sugestões aplicáveis na administração de materiais, especificamente voltadas à previsão e controle de estoques, orçamentos e ressuprimento de material, como forma de capacitar e torná-las mais eficientes e competitivas em seu segmento de mercado.