• Nenhum resultado encontrado

A comparação do escore total da Universidade I com o escore total da

Universidade II não demonstrou significância estatística. De forma geral, as duas

Universidades oferecem o preparo ético aos graduando de forma similar,

independente da diferença curricular.

O conteúdo programático da disciplina de Ética em Filosofia da

Universidade I aborda os seguintes temas: ética e moral; deontologia; código de

ética; entidades de classe; comissões de ética; fiscalização profissional; direitos

dos pacientes; deveres do fisioterapeuta, postura profissional; honorários e

bioética.

as noções da bioética oferecidas na Universidade I, somada à agregação dos

valores inerentes dos graduandos e valores adquiridos ao longo do curso, foram

capazes de promover um preparo básico semelhante ao da Universidade com a

disciplina de bioética.

Em relação ao preparo bioético básico na fisioterapia, Purtilo (2000)

defende que o primeiro passo necessário no ensino da ética é desenvolver o

raciocínio ético no contexto profissional. Esta afirmação é confirmada com os

dados apresentados que mostram que as duas Universidades cumprem os

requisitos gerais para a prática clínica.

Na análise das questões agrupadas em: 1- relacionamento

fisioterapeuta-paciente e 2- relacionamento fisioterapeuta e colegas de profissão ou outros

profissionais da saúde, foi evidenciado que na Universidade II o escore foi mais

alto no segundo grupo de questões, que mostra que estes graduandos

apresentam um preparo melhor no relacionamento interprofissional.

A respeito do conteúdo programático da Universidade II, na disciplina de

História e Fundamentos de Fisioterapia são administrados os assuntos: história

da fisioterapia e reabilitação; legislação que regulamenta a profissão; áreas de

atuação da fisioterapia e especializações regulamentadoras; diretrizes

curriculares nacionais; eixos norteadores do currículo; habilidades e competências

da fisioterapia; entidades de classe; conceito de saúde e doença; modelo de

capacidade funcional; população que utiliza os serviços de fisioterapia; a relação

terapeuta-paciente e código de ética profissional; conceito de

multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade; mercado de

trabalho; e liderança e aspectos gerais da gestão em fisioterapia.

Já na disciplina de Bioética, o conteúdo programático apresenta: ética e

moral; gênese, desenvolvimento e abrangência da bioética; princípios da bioética;

bioética e tecnologia; bioética e meio ambiente; bioética e o início da vida; bioética

e o fim da vida; experimentação em seres vivos; comitês de ética em pesquisa;

resolução 196/96; bioética do cotidiano e interdisciplinaridade; e dilemas da

bioética: aborto, transplante de órgãos, alocação de recursos, reabilitação e

violência.

Existe um enfoque importante na grade curricular desta Instituição, nas

duas disciplinas que abordam a ética, a respeito do relacionamento

interprofissional do fisioterapeuta. A abordagem de conceitos como

interdisciplinaridade, definida por Aiub (2006) como ação recíproca com relação à

disciplina, oferecem base para o trabalho em equipe respeitoso e solidário. Na

Universidade I, não constam estes temas no conteúdo programático disciplinar,

que justifica o melhor preparo dos graduandos da Universidade II frente a estes

dilemas éticos específicos.

Sobre os desafios da bioética na reabilitação, Hossne e Zaher (2006)

defendem que o ponto de maior consideração é o próprio paciente. Porém

existem outros fatores que geram polêmicas tais como: equipe de profissionais da

saúde, família e sociedade, que abrange desde problemas técnicos, profissionais

educativos e sociológicos.

No grupo de questões referentes ao relacionamento do

fisioterapeuta-paciente, não houve diferença nos dois grupos estudados. Sugerimos diante

deste fato, que a abordagem no foco principal da reabilitação encontra-se no

mesmo nível nas duas Instituições. Os graduandos da Universidade I apresentam

maior facilidade para identificar e conduzir um dilema relacionado ao paciente, do

que em um dilema de outra ordem, igualando o patamar com a Universidade com

Bioética.

Vale ressaltar que, o foco do ensino da fisioterapia evoluiu com o

surgimento da Bioética. Considerar o paciente como objeto, não é mais como

mencionou Gava (2004), uma prevalência na área. Foi possível perceber por meio

desta, que os estudantes se preocupam e se importam com o ser humano que é

cuidado por eles.

O resultado positivo para a Universidade I e com dados similares ao da

Universidade II, com exceção ao relacionamento interprofissional, pode também

ser atribuído a outros fatores: 1- os alunos do sétimo semestre já cursaram todas

as disciplinas de conhecimentos específicos da área. Dentro deste conteúdo, a

abordagem indireta dos dilemas éticos e dificuldades com o paciente pode suprir

as lacunas que seriam preenchidas com as discussões com enfoque bioético; 2-

os universitários no processo final de graduação podem ser considerados como

indivíduos dotados de bom-senso para responder hipoteticamente os

questionamentos sugeridos; 3- e última suposição, os graduandos ao aceitarem

participar da pesquisa tinham implícita a idéia que precisariam oferecer o melhor

que poderiam, o que tendenciou as respostas para a conduta considerada ideal.

Para que esta suposição seja eliminada seria necessária, a realização de uma

pesquisa qualitativa com foco na atuação prática dos universitários com os

pacientes.

Os mesmos fatores podem ser levados em consideração a respeito da

Universidade II, porém a presença da disciplina de Bioética não é uma suposição,

mas sim um fato. Fato este que proporciona aos alunos uma reflexão a respeito

dos dilemas específicos.

Hossne e Zaher (2006) consideram que a formação em Bioética é de

extrema importância, no processo de graduação e pós-graduação dos

profissionais que atuam nas áreas de reabilitação. E também ressaltam que, é

necessário equacionar o processo de formação bioética no exercício profissional

clínico e cotidiano, ou na pesquisa.

Com a finalidade de aprimorar o preparo bioético dos graduandos

sugerimos que esteja presente na grade curricular de todos os cursos de

Fisioterapia, a disciplina de Bioética que facilita o raciocínio ético na tomada de

decisões nos dilemas referentes ao relacionamento terapeuta-paciente e ao

relacionamento interprofissional.

Para as Universidades que apresentam a disciplina de Bioética,

acreditamos que o conteúdo programático possa ser direcionado de maneira mais

enfática aos dilemas específicos da reabilitação, por meio de um processo de

ensino-aprendizagem com aulas expositivas e também vivências práticas de

acompanhamento de atendimentos, para que otimize ainda mais o nível do

preparo bioético dos universitários.

CONCLUSÃO

Por meio desta pesquisa, foi possível concluir que os graduandos de

fisioterapia apresentam carência no conhecimento do Código de Ética da

profissão.

Foi identificada dificuldade para a tomada de decisões frente aos dilemas

éticos existentes na prática clínica. Nas duas Universidades, o maior déficit na

escolha da conduta adequada foi encontrado, frente ao conflito de dois

referencias da Bioética na mesma situação clínica: autonomia do paciente versus

beneficência, que ressalta preferência pela visão paternalista dos graduandos. E

na Universidade sem bioética, a falta de responsabilidade com os colegas de

trabalho foi um fator importante identificado neste grupo.

A disciplina de Bioética possibilita a formação de um número menor de

fisioterapeutas com preparo ruim do ponto de vista bioético, já que oferece

melhores condições de aprendizagem para os graduandos que necessitam de um

maior desenvolvimento dos valores e virtudes requeridas na profissão.

Por meio dela, estabelece-se uma base mais adequada para as ações

vinculadas ao relacionamento interprofissional, fator importante para o

crescimento do status da fisioterapia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AIUB M. Interdisciplinaridade: da origem à atualidade. O Mundo da Saúde.

jan/mar 30; 1: 107-116, 2006.

ALONSO AH. Ética e deontologia profissional. Os códigos deontológicos. In: Ética

das Profissões, São Paulo: EDIÇÕES LOYOLA, 2006.

ANJOS MF. Introdução. In: Bioética no Brasil tendências e perspectivas. Anjos

MF, Siqueira JE. SP: Idéias & letras; São Paulo: Sociedade Brasileira de Bioética,

2007.

BARNITT RE. Facilitating ethical reasoning in student physical therapists. Journal

of Physical Therapy Education. Winter, 2000. Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3969/is_200001/ai_n8892194. Acesso em

12 jun. 2005.

BEAUCHAMP TL., CHILDRESS JF. Moralidade e Justificação Moral In: Princípios

de Ética Biomédica. São Paulo: EDIÇÔES LOYOLA, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho federal de Educação. Diário Oficial da

União de 10/12/2001, Seção 1, p. 22. Parecer CNE/CES no. 1210/2001. Proposta

de Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Fisioterapia,

Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pces1210_01.pdf.

BRASÍLIA (DF). Código de Ética Profissional de Fisioterapia e Terapia

Ocupacional, Diário Oficial da União, resolução nº 10, de 03 de julho de 1978.

CARVALHO FT, MULLER MC, RAMOS MC. Ensino à distância: uma proposta de

ampliação do estudo em bioética. DST-J bas Doenças Sex. Trasm. 17; 3:

CROSS S., SIM J. Confidentiality within physiotherapy: perceptions and attitudes

of clinical practitioners. J. Med. Ethics. 26: 447-453, 2000.

DIERUF K. Ethical decision-making by students in Physical and Occupational

Therapy. Journal of Allied Health. Spring; 33: 24-30, 2004. Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa4040/is_200404/ai_n9360961. Acesso em

12 jun. 2005.

EKELMAN B., BELLO-HAAS VD., BAZYK J., BAZYK S. Developing cultural

competence in occupational therapy and physical therapy education: A field

immersion approach. Journal of Allied Health. Summer; 33: 24-30, 2003.

Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa4040/is_200307/ai_n9271272. Acesso em

12 Jun 2005.

FERNANDEZ, Javier Gafo 10 palavras chave em Bioética. Paulinas: São Paulo,

2000.

FERRER JJ., Alvarez JC. Ética, Moral e Bioética In: Para fundamentar a Bioética

– Teorias e paradigmas teóricos na bioética contemporânea. São Paulo:

EDIÇÕES LOYOLA, 2005.

GAVA MV. Retrospecto da formação do fisioterapeuta no Brasil. In: Gava MV.

Fisioterapia: Historia, Reflexões e Perspectivas. São Bernardo do Campo:

UMESP, 2004. p. 27-77.

GREENFIELD B. The role of emotions to ethical decision making implications for

physical therapist education. Journal of Physical Therapy Education. Spring,

2007. Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3969/is_200704/ai_n19511176. Acesso em

04 out. 2007.

673-676, 2006.

HOSSNE WS., ZAHER VL. Bioética e Reabilitação. O Mundo da Saúde. 30; 1:

11-19, 2006.

JARSKI RW, KULLG K, OLSON RE. Clinical teaching in physical therapy and

teacher perceptions. Physical Therapy. 70; 3: 173-178, 1990.

JENSEN GM, GWYER J, SHEPHARD KF, HACK LM. Expert practice in physical

therapy. Physical Therapy, 80; 1: 28-43, 2000.

LOLAS FS. Aspectos éticos de la investigación biomédica: conceptos frecuentes

em las normas escritas. Ver. Méd. Chile, 129; 6: 680-684, 2001.

MOSTROM E. Moral and ethical development in physical therapy practice and

education: Crossing the threshold. Journal of Physical Therapy Education:

Guest Editorial. Winter, 2000 Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3969/is_200001/ai_n8893931. Acesso em

12 jun. 2005.

NASCIMENTO MC, SAMPAIO RF, SALMELA JH, MANCINI MC, FIGUEIREDO

IM. A profissionalização da fisioterapia em Minas Gerais. Rev. brás. Fisioter, 10;

2: 241-247, 2006.

NOSSE LJ, SAGIV L. Theory-Based study of the basic values of 565 physical

therapists. Physical Therapy. 85; 9: 834-850, 2005.

POVAR GJ, BLUMEN H, DANIEL J, et. al. Ethics in practice: managed care and

changing health care environment. Annals of Internal Medicine, 14; 2: 132-137,

2004.

PURTILO RB. A time to harvest, a time to sow: ethics for a shifting landscape.

PURTILO RB. Moral courage in times of changes: Visions for the future. Journal

of Physical Therapy Education.14, 3: 4-6, 2000. Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3969/is_200001/ai_n8892195. Acesso em

12 jun. 2005.

REBELATTO JR, BOTOMÉ SP. Fisioterapia no Brasil: fundamentos para uma

ação preventiva e perspectivas profissionais. 2.ed., São Paulo: Manole, 1999.

ROMANELLO M. The "ethic of care" in physical therapy practice and education:

Challenges and opportunities. Journal of Physical Therapy Education.14, 3:

20-25, 2000. Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3969/is_200001/ai_n8890888. Acesso 12

jun. 2005.

ROMANELLO, ML. Integration os cultural competence in physical therapist

education. Journal of Physical Therapy Education, Spring, 2007. Disponível

em: http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3969/is_200704/ai_n19511178. Acesso

em 04 out. 2007.

SÁ AL. Elementos de Ética – Conduta do ser humano em sua comunidade e em

sua prática. In: Ética Profissional, 6ª ed., São Paulo: ATLAS, 2005.

SAMPEDRO R. Cartas do inferno.São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2005.

SÃO PAULO. Comissão de Especialistas em busca da qualidade na fisioterapia.

Revista O COFFITO, São Paulo, n.9, p. 16-21, Dez. 2000.

SILVA FL, SEGRE M, SELLI L. Da ética profissional para a bioétca. In: Bioética

no Brasil tendências e perspectivas. Anjos MF, Siqueira JE. SP: Idéias & letras;

São Paulo: Sociedade Brasileira de Bioética, 2007.

States: social, cultural, and historical influences and their relationship to education.

Journal of Physical Therapy Education, Winter, 2000. Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3969/is_200001/ai_n8902518. Acesso em

04 out. 2007.

SWISHER LL. A retrospective analysis of ethics knowledge in physical therapy

(1970-2000). Physical Therapy, 82:692-706, 2002.

TRIEZENBERG HL. Beyound the code of ethics: Educating physical therapists for

their role as moral agents. Journal of Physical Therapy Education. 14, 3: 48-58,

2000. Disponível em:

http://findarticles.com/p/articles/mi_qa3969/is_200001/ai_n8902517. Acesso em

12 jun. 2005.

TRIEZENBERG HL. The identification of ethical issues in physical therapy

Apêndice I - Instrumento da Pesquisa – Questionário

1.Na graduação você teve aulas de ética profissional? ( ) sim ( ) não 2. Você conhece o Código de Ética da sua Profissão? ( ) sim ( ) não

3. Quantifique o seu conhecimento sobre o Código de Ética: ( ) baixo ( ) médio ( ) alto

4. Capítulo II (do exercício profissional); Art. 7º, item V - respeitar o natural pudor e a intimidade do cliente;

Durante a terapia, ao realizar um determinado manuseio, de grande importância ao tratamento, o paciente em questão relata estar intimamentedesconfortável nesta posição. Você:

explica a importância do mesmo, porém não mais o realiza até que o paciente dê o consentimento novamente; (BIOÉTICA)

pára imediatamente e não realiza mais, respeitando o pudor do paciente; (CÓDIGO de ÉTICA)

explica a importância do mesmo e continua a realizá-lo, por considerar que este manuseio trará benefícios para ele. (NÃO ÉTICA)

5. Capítulo II (do exercício profissional); Art. 7º, item VI - respeitar o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa e seu bem estar;

Você variou a conduta rotineira com um paciente usando, numa sessão, um recurso fisioterapêutico de ótima qualidade pra patologia em questão. Na sessão seguinte porém, ele lhe diz que não gostaria de usá-lo novamente pois não se sentiu bem, apresentando dores durante toda a semana. Diante desta situação, você:

explica os benefícios, no entanto, dá autonomia ao paciente de decidir por si mesmo o que ele julga melhor; (BIOÉTICA)

não mais utiliza o recurso, respeitando o direito do paciente de decidir sobre seu bem estar;

(CÓDIGO de ÉTICA)

explica os benefícios do recurso e combina com o paciente em empregar tal método mais uma vez, para realmente ter certeza de que o mesmo foi o causador do mal estar. Sendo a resposta negativa, você continuará com esta nova forma de tratamento. (NÃO ÉTICA)

6. Capítulo II (do exercício profissional); Art. 7º, item VII - informar ao cliente quanto ao diagnóstico e prognóstico fisioterápico e/ou terapêutico ocupacional e objetivos do tratamento, salvo quando tais informações possam causar-lhe dano;

Você considera como seu DEVER, informar seu paciente e/ou familiares quanto ao diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico, mesmo que essas informações possam acarretar sérios danos para o paciente?

sim, já que todos tem o direito de saber a verdade a respeito da sua própria vida, independente de trazer pioras significativas ao quadro; (BIOÉTICA)

informação seria benéfica; (CÓDIGO de ÉTICA)

não considera um dever, pois estas informações são responsabilidades do médico. (NÃO ÉTICA)

7. Capítulo II (do exercício profissional); Art. 7º, item VIII - manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional e exigir o mesmo comportamento do pessoal sob sua direção;

O paciente lhe relata confidencialmente o que lhe ocorreu, para estar necessitando de fisioterapia. E pede para este fato não ser revelado a ninguém. Você acredita ser seu DEVER manter sigilo ABSOLUTO sobre o assunto?

só seria permitido quebrar o sigilo, quando houvesse um imperativo categórico de consciência moral para fazê-lo ou quando as circunstâncias indicarem uma necessidade inevitável para tal;

(BIOÉTICA)

sim, pois a confidencialidade, sigilo e fidelidade deve ser mantida no relacionamento fisioterapeuta-paciente; (CÓDIGO de ÈTICA)

não, já que revelar estas informações a outras pessoas não irá alterar ou prejudicar o quadro de saúde do paciente. (NÃO ÉTICA)

8. Capítulo II (do exercício profissional); Art. 8º, item XXII - desviar, para clínica particular, cliente que tenha atendido em razão do exercício de cargo, função ou emprego.

Seu colega de trabalho, atuante com você em uma Instituição, pede demissão e convida alguns dos pacientes dele para acompanhá-lo para seu consultório particular. Do ponto de vista ético, sua opinião é:

só seria adequado eticamente, caso ele tivesse mais recursos terapêuticos para oferecer.

(BIOÉTICA)

não julga adequado. (CÓDIGO de ÉTICA)

julga este procedimento adequado do ponto de vista ético. (NÃO ÉTICA)

9. Capítulo II (do exercício profissional); Art. 10º - O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional reprovam quem infringe postulado ético ou dispositivo legal e representam à chefia imediata e à instituição, quando for o caso, em seguida, se necessário, ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Você presencia, de um grande companheiro de trabalho, um delito do ponto de vista ético durante o expediente.

conversa seriamente com seu colega, aponta seus erros e explica os princípios éticos profissionais envolvidos, para que o fato não se repita; (BIOÉTICA)

informa imediatamente seu superior e/ou encarregado já que atitudes assim podem causar danos sérios às pessoas envolvidas; (CÓDIGO de ÉTICA)

não toma nenhuma providência, pois conversar diretamente com ele seria intromissão na sua vida profissional e informar para o superior seria anti-ético. (NÃO ÉTICA)

10. Capítulo II (do exercício profissional); Art. 13º - O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, à vista de parecer diagnóstico recebido e após buscar as informações complementares que julgar convenientes, avaliam e decidem quanto à necessidade de submeter o cliente à fisioterapia e/ou terapia ocupacional, mesmo quando o tratamento é solicitado por outro profissional.

Paciente chega ao seu consultório com encaminhamento médico, solicitando tratamento fisioterapêutico. Ao avaliar o caso, você conclui que este paciente não necessita de fisioterapia. Você:

entra em contato com o médico, explica as razões pelas quais a fisioterapia não irá funcionar e põe-se à disposição para informar o paciente; (BIOÉTICA)

não atende e explica ao paciente que ele não necessita do tratamento já que a fisioterapia não irá melhorar o seu problema; (CÓDIGO de ÉTICA)

atende o paciente mesmo assim, e realiza o tratamento, pois ele possui indicação médica para tal. (NÃO ÉTICA)

11. Capítulo IV; Art. 24º - O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional que solicita, para cliente sob sua assistência, os serviços especializados de colega, não indica a este a conduta profissional a observar.

Você precisa encaminhar seu paciente ao seu colega de trabalho, já que no seu local atuante, falta um recurso fundamental ao tratamento do mesmo. Ao fazer isso, você:

explica o caso ao fisioterapeuta e sugere uma conduta a ser seguida com o propósito de continuidade da reabilitação, associada ao recurso em questão; (BIOÉTICA)

explica o caso ao fisioterapeuta e deixa que ele mesmo estabeleça a conduta que achar adequada, associada ao recurso que possui; (CÓDIGO de ÈTICA)

explica o caso para o fisioterapeuta e estabelece a conduta fisioterapêutica a ser realizada, além do recurso em questão. (NÃO ÉTICA)

12. Capítulo IV; Art. 25º - O fisioterapeuta e/ou terapeuta ocupacional que recebe cliente confiado por colega, em razão de impedimento eventual deste, reencaminha o cliente ao colega uma vez cessado o impedimento.

Outro fisioterapeuta lhe encaminha seus pacientes, pois está afastado do trabalho temporariamente. Você os atende por um certo período de tempo, até que o fisioterapeuta retorna apto a trabalhar novamente. Nesta situação, você:

informa os pacientes do retorno do fisioterapeuta e só mantém os que se manifestarem expressamente desejosos de ficar; BIOÉTICA

imediatamente reencaminha os pacientes ao fisioterapeuta responsável; CÓDIGO de ÉTICA

Apêndice II - Questionário apresentado aos graduandos

1. Na graduação você teve aulas de ética profissional? ( ) sim ( ) não 2. Você conhece o Código de Ética da sua Profissão? ( ) sim ( ) não

3. Quantifique o seu conhecimento sobre o Código de Ética: ( ) baixo ( ) médio ( ) alto

4. Durante a terapia, ao realizar um determinado manuseio, de grande importância ao tratamento, o paciente em questão relata estar intimamente desconfortável nesta posição. Você:

( ) explica a importância do mesmo e continua a realizá-lo, por considerar que este manuseio trará benefícios para ele;

( ) explica a importância do mesmo, porém não mais o realiza até que o paciente dê o consentimento novamente.

( ) pára imediatamente e não realiza mais, respeitando o pudor do paciente;

5. Você variou a conduta rotineira com um paciente usando, numa sessão, um recurso fisioterapêutico de ótima qualidade pra patologia em questão. Na sessão seguinte porém, ele lhe diz que não gostaria de usá-lo novamente pois não se sentiu bem, apresentando dores durante toda a semana. Diante desta situação, você:

( ) explica os benefícios do recurso e combina com o paciente em empregar tal método mais

Documentos relacionados