• Nenhum resultado encontrado

REFLEXÕES METODOLÓGICAS E O PROCESSO DE APROXIMAÇÃO À ESCOLA

CAPÍTULO 4 – O LUGAR DA PESQUISA

4.2 REFLEXÕES METODOLÓGICAS E O PROCESSO DE APROXIMAÇÃO À ESCOLA

APROXIMAÇÃO À ESCOLA

Contato com as Professoras...

Retomamos os registros do “diário de campo” quando do contato com a diretora, coordenadoras e professoras do Colégio Municipal Presidente Castello Branco, visando apresentar a proposta de pesquisa às professoras e, futuramente, a marcação de entrevista com elas.

171 Não pensamos em transpor a íntegra desses registros, nem tão pouco temos a pretensão de apresentar esses registros com um formato de diário de campo, mas destacamos alguns momentos que consideramos pertinentes para contextualizar como foi realizada a pesquisa em pauta e as dificuldades encontradas para o seu desenvolvimento.

O contato direto no espaço físico do 1º segmento com as professoras foi se dar em março de 2019, justamente porque o ano de 2018 foi tenso com a longa greve e suas demandas e depois porque iniciamos o ano com a situação de uma possível mudança de espaço físico, o que tornou as relações mais tensas ainda para a entrada de mais uma pessoa no cotidiano das professoras.

Sexta feira, 29/03, reunião pedagógica, apresentei a proposta a 18 professoras, nos turnos manhã (12) e tarde (6). Entre as professoras presentes 17 aceitaram receber o questionário para responder. Professoras regentes55 e

professoras de apoio especializado56 são as nomenclaturas utilizadas neste estudo.

De acordo com CMNM-OP são 19 professoras Regentes e, em torno de 9 professoras de Apoio Especializado que acompanham os alunos com necessidades especiais em sala de aula. Algumas turmas têm um ou mais alunos com necessidades especiais e as professoras de apoio ficam nos dois turnos, manhã e tarde. Assim como tem turmas que não tem alunos com necessidades especiais ou não tem professor de apoio e neste caso o aluno está em casa aguardando o processo seletivo para o contrato desse professor.

Ao retornar à reunião seguinte (05/04) encontrei outras professoras (2) que aceitaram prontamente o questionário devolvendo-o posteriormente. Tive contato também com um (1) professor de apoio que não aceitou realizar a entrevista comigo e nem responder ao questionário por "não ter tempo"57. Outras professoras que

haviam aceitado receber o questionário na reunião que me apresentei, uma (1) me comunicou que não iria responder e que depois me devolveria a folha; outra (1) havia esquecido e até hoje não me entregou; outras duas (2) não retornaram e nem disseram nada. Totalizando, então, foram 14 questionários respondidos: seis (6) por

55São as professoras concursadas ou não que assumem a turma e ministram todas as disciplinas. 56São as professoras concursadas ou não que acompanham uma ou até três crianças com

necessidades especiais, desenvolvendo um trabalho em parceria com a professora regente.

57Mesmo sabendo que o sujeito da pesquisa é a mulher professora fiquei animada com a presença de

um professor de apoio na escola do 1º segmento o que é muito incomum visando perceber a sua compreensão a respeito dos pontos abordados na pesquisa.

172 professoras de Apoio Especializado em um universo de nove professoras; e oito (8) por professoras Regentes em um universo de 19 professoras. Mas mesmo assim considero muito difícil fazer pesquisa no ambiente escolar!

Nesta sexta feira não houve reunião pedagógica, os professores estavam reunidos na sala dos professores conversando sobre vários assuntos e neste dia a escola recebeu a professora ANG-DIR dirigente do turno manhã58. A mesma se

apresentou colocando-se à disposição dos professores e identificando como o turno passaria a ser conduzido. A dirigente do turno organiza a entrada e saída dos alunos assim como os horários de recreio, almoço e fica atenta a entrada dos professores, a falta e a dispensa das turmas caso o professor falte. O 1º turno estava sem este profissional deste o ano anterior ficando a cargo da coordenação pedagógica mais esta função.

Nas sextas feiras seguintes, 12 e 26 de abril e 03 de maio, obtive a devolução de 14 questionários59: 8 respondidos por professoras regentes e 6 por professoras de

apoio. As reuniões pedagógicas foram liberadas para o preenchimento de fichas de alunos e preenchimento do planejamento semanal. Se houve dificuldade de obter o retorno do questionário respondido, mais difícil foi conseguir tempo e disponibilidade para realizar a entrevista com as professoras, pois quando a coordenadora pedagógica libera as professoras para que preencham as fichas individuais dos alunos para o Conselho de Classe, que ocorreu nos dias 16 e 17 de maio, a maioria acaba saindo da escola para realizar questões particulares. Enquanto as professoras que dobram realizam outras tarefas, como correção de trabalhos, atividades avaliativas, provas, deixando a tarefa das fichas para depois ou para fazer em casa. Então não se colocavam à disposição para ficar um pouco mais para a realização de uma entrevista. Um ponto citado nas falas das professoras é o problema de comunicação. Pude conferir essa fala no dia 10 de maio porque a coordenadora pedagógica novamente havia liberado as professoras para a finalização das fichas dos alunos para o Conselho de Classe. Neste dia por volta das 9:40h a coordenadora da educação especial, RAF- NEE comunicou que havia agendado uma reunião e que seria realizada no

58 Como a Prof. ANG-DIR não autorizou a utilização do nome no estudo utilizaremos a sigla visando

manter o anonimato.

59 Nos Quadros 2 e 3 identificam-se por siglas as professoras que responderam somente ao

questionário porque não tivemos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado para divulgar os nomes das professoras neste estudo. Este momento de assinatura ocorria no instante da entrevista. São três as professoras regentes RSCN-PRq, AALC-PRq, ALB-PRq e três as professoras de apoio especializado IGMS-PAEq, NGR-PAEq e AFA-PAEq.

173 audiovisual, no prédio do 2º segmento, e era para todos, professores de apoio e professoras regentes. Às 10h todos teriam que descer para assistir a reunião, mas ninguém havia sido comunicado com antecedência da reunião. Uma professora de apoio recebeu a incumbência de comunicar de sala em sala que era para descer para a reunião porque não teria reunião pedagógica e a reunião seria com a educação especial. Algumas professoras permaneceram em suas salas preenchendo as fichas de seus alunos, de acordo com a orientação da coordenação pedagógica; outras professoras ficaram em reunião com a coordenadora educacional resolvendo questões de infrequência e comportamento de alunos, mas todas comunicaram a coordenadora RAF-NEE que não desceriam porque tinham várias tarefas para dar conta e demonstraram surpresa por não terem sido comunicadas com antecedência solicitando que na próxima fossem avisadas anteriormente.

Conselho de Classe, no dia 16 e 17 de maio as professoras falaram das demandas em sala, alunos com infrequência, comportamento e principalmente alunos com muitas dificuldades de aprendizagem e ausência da participação da família.

A reunião seguinte, 24 de maio, foi solicitada pela coordenação a preparação do Projeto de Ação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável porque está sendo cobrada pela Secretaria Municipal de Educação. As professoras individualmente começaram a fazer e apresentaram a coordenadora por escrito. Já a última reunião do mês de maio, no dia 31, as professoras foram liberadas mais cedo após a preparação do planejamento da semana.

As entrevistas foram realizadas entre os dias 12 de abril a 31 de maio com as professoras e equipe técnico-pedagógica, totalizando 13 entrevistas realizadas nesta ordem: MPSS (prof. Apoio Especializado), RTRA (prof. Regente), MSB (prof. Apoio Especializado), CCR (prof. Apoio Especializado), VCSB (prof. Regente), BFC (prof. Regente), JSO (prof. Regente), CMNM (Prof. Orientadora Pedagógica), SFF (Prof. Orientadora Educacional), MCSF (Diretora Geral), RMCCO (prof. Regente), MCFO (prof. Regente) e AFCA (prof. Regente). Para facilitar a identificação das professoras no texto optou-se por utilizar siglas acompanhado da letra AE ou R para professora de Apoio Especializado ou professora Regente (ex. AAA-PAE; BBBB-PR) e para as professoras da equipe técnico pedagógico as siglas acompanhadas da função na escola (CCC-OE, DD-OP, EEE-DR). Além da abreviatura de Professora (Prof.).

174 Fiz contato com as professoras regentes, apoio especializado e equipe técnico- pedagógico para a realização da entrevista na sala dos professores ou em suas próprias salas. Convidadas para realizar a nossa conversa em uma sala silenciosa por conta da gravação, prontamente aceitaram, com exceção da professora BFC-PR que não quis sair da sala dos professores por causa do ar condicionado. Todas concordaram com a gravação da entrevista assim como no uso do próprio nome no nosso estudo, abrindo, assim, mão do sigilo. No entanto, optamos por utilizar siglas para identificá-las.

Quem são as mulheres entrevistadas?

O Quadro 2 abaixo ilustra o perfil das mulheres entrevistadas, professoras e equipe técnico-pedagógica do Colégio Municipal Presidente Castello Branco. Identificamos os instrumentos de pesquisa, questionário e entrevista, utilizados no contato com os sujeitos da pesquisa. Foram realizados dois movimentos: um de aplicação de um questionário apresentado no primeiro contato durante a reunião pedagógica, que as professoras prontamente aceitaram e ficaram de preencher e devolver o instrumento de pesquisa. E o outro movimento foi a realização de entrevistas que permitiu um contato mais próximo de algumas professoras que responderam ao questionário e a realização de uma análise ainda mais qualitativa das falas e dos sujeitos envolvidos.

Nesse processo de contato e retorno dos instrumentos pude perceber que existem histórias de vida individuais e coletivas muito significativas entre as professoras da escola. Cada professora tem uma questão pessoal, individual, delicada em relação a sua história de vida familiar, de saúde, violência doméstica, separação de pais, separação do marido, que nos faz refletir sobre o papel de cada uma como professoras, orientadora educacional, pedagógica e/ou direção na relação com as crianças. Estão carregadas de dor, de marcas, feridas, que podem interferir no comando de suas atividades, por conta disso pode-se questionar se essas histórias não podem ser responsáveis pelo envolvimento ou não envolvimento com os temas pluralidade cultural, orientação sexual, diversidade, gênero, sexualidade?

RMCCO-PR, MCFO-PR e RTRA-PR por estar em período de aposentadoria assumem uma fala em defesa da educação, mais politizada em prol dos direitos dos

175 alunos e das minorias; AFCA-PR, BFC-PR e JSO-PR tendem pela defesa por uma ação pedagógica neutra o que se aproxima muito do debate promovido pelo Movimento Escola Sem Partido e “ideologia de gênero”; MSB-AE, MPSS-AE e CCR- AE por estarem a menos tempo no magistério, no cotidiano escolar, e atuam mais diretamente com crianças com necessidades especiais tendem a perceber a possibilidade de realizar os temas propostos por meios de projetos integrados, mas demonstram querer saber mais; VCSB-PR tende a se colocar no lugar das crianças e suas dificuldades, vive o problema de cada uma como seu procurando aproximar-se de suas realidades, mas teme ser mal interpretada; quanto a equipe técnico pedagógico, SFF-OE, CMNM-OE, MCSF-DG, conhecedoras das demandas da escola em todos os seus aspectos, tendem a assumir o papel de controle por conta das questões burocráticas estabelecidas pelo sistema.

Todas apresentaram dificuldades na abordagem dos temas em questão. Essas dificuldades estão presentes na fala das entrevistadas porque não sabem como o outro pode compreender a sua fala, a sua proposta; ou seja, existe uma preocupação ou ainda uma forma de proteção de não se tratar de determinados assuntos no ambiente da escola porque não se sabe como vão ser compreendidas. Precisam se resguardar quanto a isso, apesar de entenderem que é necessário debater tais temas na escola. Ficam esperando que seja uma determinação da Secretaria de Educação, além de obterem respaldo, apoio, da direção da escola, caso contrário consideram-se conteudistas voltando seu tempo para a leitura e a escrita. (JSO-PR, BFC-PR)

Para tornar familiar o não-familiar toma-se de empréstimo os conceitos espaço e lugar de Certeau (2008) e localizamos os sujeitos e o cenário deste estudo: os sujeitos são mulheres professoras do 1º segmento do Ensino Fundamental do Colégio Municipal Presidente Castello Branco, localizado no município de São Gonçalo/Rio de Janeiro; como afirma o autor, os sujeitos são construídos socialmente, na relação com o outro, alunos, família, equipe técnico pedagógica, com as coisas, com os objetos, com o corpo, com a natureza, com todas as formas de linguagem e, assim, vão se constituindo mulheres, professoras, diretoras, coordenadoras para além da própria prática pedagógica. A linguagem que se formaliza é a pedagógica.

Quem são as mulheres professoras entrevistadas?

Com base em suas falas pode-se afirmar que são mulheres que de fato escolheram a profissão docente por quererem contribuir com a formação de crianças,

176 cada uma com sua característica pessoal, sua história de vida, carregada de mais ou menos dor, mais ou menos alegrias, mas deixando em suas práticas diárias o seu jeito de ser. Em alguns momentos se percebem desanimadas, desestimuladas, desinteressadas por conta das situações vividas no cotidiano da escola e pelo descaso do poder público quanto ao trabalho pedagógico que desenvolvem, como se "nadassem de costas"; mas em outros momentos se sentem "guerreiras", fortes, comprometidas com a causa da profissão ser professora, escolhida sem apoio, na maioria da vezes pela família, no entanto, orgulhosas de poder de alguma forma contribuir com a aprendizagem de uma dezenas de crianças que chegam até elas com dificuldades emocionais, cognitivas, físicas, motoras e percebem que o seu olhar diferenciado interfere positivamente no crescimento de alguns que seguirão a vida mais preparados para enfrentar o mundo.

QUADRO 2: Professoras do Colégio Municipal Presidente Castello Branco que aceitaram participar

da pesquisa por meio de um ou dois instrumentos de pesquisa60

Nome Função Perfil Turno Instrumentos de

Pesquisa

Questionário Entrevista

SFF-OE Prof. Orientadora Educacional

Cor -, Religião -, tem 52 anos de idade, atua na rede há 23 anos, CMPCB desde 2013 no 2º segmento e em 2017 assumiu a Orientação Educacional no 1º segmento, possui Graduação em Pedagogia e Especialização em: Docência no Ensino Superior, Orientação e Supervisão e em Gestão Pública. Manhã - X CMNM-OP Prof. Orientadora Pedagógica

Branca, Católica, tem 45 anos de idade, atua no magistério há 17 anos no CMPCB e na rede municipal, possui Graduação em Pedagogia e Especialização em Administração, Supervisão e Orientação Educacional.. Manhã e Tarde - X

MCSF-DG Diretora Geral Branca, Católica não praticante, tem 48 anos de idade, atua no magistério há 32 anos e 15 anos no cargo de diretora no município de Manhã , Tarde e Noite - X

60Algumas informações, sobre idade e formação das mulheres entrevistadas, foram confirmadas

pessoalmente outras foram localizadas no quadro de horários disponibilizado pelo setor de Recursos Humanos do Colégio.

177 São Gonçalo (cargo

político), no CMPCB faz 2 anos na direção, possui Licenciatura Plena e Desporto em Educação Física e Especialização em: Educação Física Escolar, Psicopedagogia e em Ações Pedagógicas que engloba Administração, Supervisão e Orientação Educacional. MPSS-AE Professora de Apoio Especializado

Branca, Católica, tem 42 anos, no CMPCB atua há 8 anos, 1 matrícula, possui Graduação em Pedagogia e Especialização em Psicopedagogia e Orientação Educacional e Pedagógica. Manhã X X MSB-AE Professora de Apoio Especializado

Negra, Evangélica, idade 31 anos, atua no magistério e no CMPCB a menos de 3 anos,1 matrícula e 1 dobra, Ensino Médio Formação de Professores, Cursando Pedagogia. Manhã e Tarde X X CCR-AE Professora de Apoio Especializado

Branca, Evangélica, tem 50 anos, atua no Castello Branco há 6 anos, 1 matrícula, Ensino Médio Formação de Professores, Curso de Extensão Práticas Pedagógicas para atendimento NEE. Graduação em Pedagogia. Manhã X X RTRA-PR Professora Regente Negra, Religião: espiritualizada61, 54 anos, atua há 32 anos no magistério e no CMPCB há 28 anos, 2 matrículas, possui Graduação em Pedagogia e Letras; Especialização em: Gestão Educacional e em Supervisão e Orientação Educacional. Manhã X X VCSB-PR Professora Regente

Branca, católica, 40 anos, atua no CMPCB há 15 anos, possui 2 matrículas (1 matrícula de professora do EF e 1 matrícula de professora orientadora pedagógica do 2º segmento Manhã X X

61 A professora define-se como espiritualizada ao responder o item religião no questionário. Boff (2003;

2009) nos ajuda a compreender o termo ao revelar em seus estudos que a espiritualidade se encontra no equilíbrio entre as necessidades materiais, os cuidados espirituais e consequentemente na relação estabelecida consigo, com os outros e com a natureza.

178 do EF), Graduação em Pedagogia e Especialização em Psicopedagogia e em Orientação Educacional e Supervisão. JSO-PR Professora Regente

Negra, Católica, tem 44 anos, atua no magistério desde 2002, no CMPCB há 17 anos, possui 2 matrículas, Ensino Médio Formação de Professores. Licenciatura em História e cursando Especialização em História do Brasil (EaD).

Manhã e Tarde X X BFC-PR Professora Regente

Branca, Espírita, 65 anos, a 14 anos no CMPCB, 1 matrícula, Graduação em Pedagogia e Especialização em: Docência no Ensino Superior, Informática Educativa, Dificuldades de Aprendizagem e Psicopedagogia. Manhã X X RMCCO-PR Professora Regente

Negra, Católica, 53 anos, atua há 34 anos no magistério e 30 no CMPCB, 2 matrículas, Graduação em Pedagogia e Especialização em Administração, Supervisão e Orientação Educacional. Manhã e Tarde - X MCFO-PR Professora Regente

Branca, Católica, 51 anos, atua há 33 anos no magistério e 32 anos no CMPCB, 2 matrículas (está de licença prêmio na matrícula do turno da tarde), Graduação em Letras e em Direito.

Manhã - X

AFCA-PR Professora Regente

Branca, Evangélica, tem 47 anos de idade, no magistério e no CMPCB há 20 anos, 1 matrícula, possui Graduação em Pedagogia e Especialização em Psicopedagogia. Manhã X X RSCN-PRq Professora Regente

Branca, Católica, tem 48 anos, há 8 anos no CMPCB, 2 matrículas (1 matrícula com o 1º segmento - tarde e 1 matrícula com o 2º segmento - manhã), possui Graduação em Letras e Especialização Orientação e Supervisão. Manhã e Tarde X - AALC-PRq Professora Regente

Branca, Católica, tem 46 anos, no magistério há 29 anos, atua na rede

179 municipal de São Gonçalo

há 25 anos e no CMPCB há 11 anos, 1 matrícula, Ensino Médio Formação de Professores, Graduação Fonoaudiologia e Licenciatura em Educação Física. ALB-PRq Professora Regente Cor: Caucasiano62, Religião: -, 48 anos de idade, no magistério há mais de 28 anos, há 12 anos no CMPCB, 1 matrícula, Ensino Médio Formação de Professores. Cursando Graduação. Manhã X - IGMS-PAEq Professora de Apoio Especializado

Negra, Evangélica, 57 anos de idade, atua no magistério há 11 anos, atua no CMPCB há 8 anos, 2 matrículas em sala de recursos, possui Ensino Médio Formação de Professores; Graduação e Especialização. Manhã e Tarde X - NGR-PAEq Professora de Apoio Especializado (afastada de sala de aula)

Negra, Protestante, idade 28 anos, atua no magistério e CMPCB há 6 anos, 1 matrícula, possui Ensino Médio Formação de Professores, possui curso de Libras I, II, III, IV e Curso de Deficiência Visual; atualmente Cursa Graduação em Pedagogia. Tarde X - AFA-PAEq Professora de Apoio Especializado

Negra, “não tenho” Religião, 39 anos, atua no magistério há 4 anos, 2 matrículas no CMPCB, possui Ensino Médio Formação de Professores Manhã e Tarde X -

FONTE: Quadro montado com base no preenchimento do questionário respondido e /ou o resultado da

entrevista gravada pelos sujeitos da pesquisa: mulheres. Algumas informações foram autodeclaradas após entrevista, como por exemplo cor, religião e idade.

No Quadro acima registramos um total de seis (6) professoras de Apoio Especializado, dez (10) professoras Regentes, uma (1) Diretora Geral, uma (1) Orientadora Pedagógica, uma (1) Orientadora Educacional, totalizando 19 mulheres. Sendo que, duas (2) professoras Regentes e as Professoras que compõem a Equipe

62 A Prof. se utiliza do termo caucasiano para definir sua cor, branca. De acordo com Carvalho (2008),

o termo surge no período da história escravista entre "brancos" ocidentais, europeus em geral e muito particularmente os anglo-saxões, pessoas de pele clara, cabelos lisos e narizes finos, visando definirem um padrão de valor e beleza para toda a espécie humana.

180 Técnica Pedagógica (MCSF-DG, SFF-OE, CMNM-OP) não responderam ao questionário – apenas concederam a entrevista.

O perfil das mulheres quanto a cor é a seguinte: dez (10) se identificam como brancas, sete (7) como negras, uma (1) como caucasiana, e uma (1) não se identificou. Quanto a religião identifica-se: seis (6) não responderam, cinco (5) são católicas, quatro (4) Evangélicas, uma (1) "Espiritualizada", uma (1) Espírita, uma (1) Protestante, e uma (1) diz “não tenho religião!” (AFA-PAEq).

Aproximadamente 89,5% (17) possuem mais de 36 anos de idade e 10,5% (2) entre 26 a 35 anos. As professoras de Apoio Especializado são as mais novas no grupo de professoras. Quanto ao tempo de atuação no magistério, 68,42% (13) das mulheres entrevistadas atuam há mais de 10 anos; 26,31% (5) de 5 a 10 anos; e até 5 anos, 5,26% (1). Entre as professoras Regentes e a Equipe Técnico Pedagógica encontra-se o grupo de mulheres que está há mais tempo no município. As professoras de Apoio Especializado são mais novas atuando no magistério.

Referente a formação pode-se afirmar que o grupo de mulheres do Colégio Municipal Presidente Castello Branco busca atualizar-se visando atender às demandas que surgem no cotidiano da escola. Além de possuírem o Ensino Médio Formação de Professores, oito (8) possuem graduação em Pedagogia, três (3) licenciatura, nove (9) cursos de especialização lato sensu. Assim como entre as professoras que possuem somente o Ensino Médio (7), três (3) apontam que estão cursando a Graduação em Pedagogia.

VCSB-PR, casada, um filho adotado, 2 matrículas (Prof. Regente do 1º segmento e Prof. Coordenadora Pedagógica do 2º segmento), considera-se alegre, crítica, aberta a questionamentos, gosta do que faz, pois procura deixar seus