O funcionamento seguro dos sistemas e que minimize as situações potenciais de risco compreende todo um conjunto de ações que se situam nos planos de manutenção preventiva das instalações e de monitoramento constante do funcionamento operacional.
Para o funcionamento seguro dos sistemas as responsabilidades devem envolver os níveis institucionais como a seguir:
a) Prestadores: é a quem se atribui a responsabilidade operacional das ações preventivas. As ações são as listadas nos itens anteriores deste capítulo, às quais os prestadores deverão ter planos preventivos detalhados, que serão submetidos a aprovação prévia do Ente Regulador.
b) Ente Regulador: aprova os planos detalhados das ações de manutenção preventiva, e acompanha o cumprimento dos planos.
7.2 Regras de segurança operacional dos sistemas de água e de esgotos
a) Controle dos mananciais
- Controle de vazões: mananciais superficiais – medição de vazão e controle nas estiagens; mananciais subterrâneos - níveis e rebaixamento, tempo diário de funcionamento;
- Limitações aos usos do solo na bacia de captação superficial;
- Monitoramento da bacia: registro de produtos químicos utilizados, controle sanitário e da atividade humana, controle das descargas de águas residuárias; - Fiscalização regular na bacia hidrográfica contra atividades poluidoras
b) Controle das instalações de produção
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- Monitoramento dos pontos de controle de ETA e ETE;
c) Controle dos equipamentos
- Horas trabalhadas e consumo de energia; - Corrente, tensão, vibração e temperatura; - Controle de equipamentos reserva.
d) Monitoramento do sistema distribuidor
- Vazões encaminhadas aos setores; - Pressão e regularidade na rede;
- Programação de limpeza e desinfecção periódica dos reservatórios.
e) Gestão da manutenção
- Cadastro de equipamentos e instalações; - Programação da manutenção preventiva;
- Programação da manutenção preditiva em equipamentos críticos; - Programação de limpeza periódica da captação;
- Programação de inspeção periódica em tubulações adutoras; - Programação de limpeza periódica na ETA;
- Registro do histórico das manutenções.
f) Prevenção de acidentes nos sistemas
- Plano de ação nos casos de incêndio;
- Plano de ação nos casos de vazamento de cloro; - Plano de ação nos casos de outros produtos químicos;
- Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos do meio ambiente.
7.3 Regras de segurança operacional do sistema de limpeza urbana
a) Gestão da manutenção
- Cadastro de equipamentos e instalações; - Programação da manutenção preventiva;
- Programação de inspeção periódica em equipamentos e veículos; - Registro do histórico das manutenções.
b) Prevenção de acidentes
- Plano de ação nos casos de incêndio;
- Plano de ação no caso de acidente com coleta ou transporte;
- Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos de meio ambiente.
7.4 Regras de segurança operacional do sistema de drenagem urbana
a) Gestão da manutenção
- Cadastro das instalações;
- Limpeza e desassoreamento dos talvegues, cursos d’água e instalações; - Plano de manutenção preventiva das estruturas e obras de arte;
- Registro do histórico das manutenções;
- Monitoramento dos níveis dos canais de macrodrenagem e cursos d’água.
b) Prevenção de acidentes
- Montagem de Sistema de ALERTA, que consiste de sinal de vigilância usado para avisar uma população vulnerável sobre uma situação em que o perigo ou risco é previsível em curto prazo (pode acontecer);
- Montagem de Sistema de ALARME, que consiste de sinal e informação oficial usado para avisar sobre perigo ou risco iminente, e que deve ser acionado quando existir certeza de ocorrência da enchente (vai acontecer).
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REFERÊNCIAS
ANDREW, D. E. et al. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21. ed. Washington, DC: American Public Health Association, 1998.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2014. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso em: 10 dez. 2014. DINGMAN, S. L. Physical Hydrology. 2. ed. Long Grove: Waveland Press, 2008.
JI, Zhen-Gang. Hydrodynamics and water quality: modelling rivers, lakes and estuaries. [S.l.]: Wiley-Interscience, 2008.
MONSEN, N. E. et al. A comment on the use of flushing time, residence time, and age as transport time scales. Limnol, Oceanogr, v. 47, n. 5, p. 1545-1553, 2002.
SÃO LUÍS. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal Extraordinária de Projetos Especiais. Programa de Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida da Bacia do Bacanga: Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico PMISB de São Luís – MA: plano de metas, programa de obras e ações, plano de emergências e avaliação da
sustentabilidade. São Luís, 2011.
TUCCI, C. E. M. (Org.). Modelos hidrológicos. 2. ed. Porto Alegre: UFRGS Editora/ABRH, 2005.
EQUIPE TÉCNICA
José Renato Marques Borralho Junior - Eng. Agrônomo Mestre em
Agroecologia - Especialista em Engenharia Ambiental - CREA: 8917D/MA
José Pereira de Alencar
Químico Industrial – Esp. em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria CRQ 11200021 – 11ª Região
Anderson Pires Ferreira
Biólogo - CRBio 77596/05D
Telma Costa Thome
Administradora, Especialista em Gestão Pública e Planejamento Estratégico
Marcio Costa Fernandes Vaz dos Santos Biólogo, PhD em Ciências Ambientais
Valéria Galdino Silva e Silva
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Marcelo H. B. Costa de Alencar
Engenheiro Civil, Mestre em Saúde e Ambiente
Yury Maciel Couto
Engenheiro Ambiental
Samme Sraya Oliveira Santos Produtora de Eventos