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Nosso objetivo nesta sec¸˜ao ´e provar que, se𝑢𝜀 s˜ao soluc¸˜oes do problema (𝐸𝜀), ent˜ao

𝐷𝑢𝜀 s˜ao uniformemente limitados em 𝜀. Veremos que essa ´e a regularidade ´otima que

podemos esperar (uniforme no parˆametro 𝜀). Nossa estrat´egia ´e inspirada por um argu- mento devido a Caffarelli. Inicialmente, vamos mostrar que a fam´ılia de soluc¸˜oes mini- mais s˜ao uniformemente limitadas.

Lema 2.1. Seja𝑢𝜀qualquer soluc¸˜ao (no sentido da viscosidade) da Equac¸˜ao(𝐸𝜀). Ent˜ao

0 ≤ 𝑢𝜀 ≤ ∥𝜑∥∞emΩ.

Demonstrac¸˜ao. Observe inicialmente que𝛽𝜀 ≥ 0. Defina ˜𝑢𝜀 := 𝑢𝜀 − ∥𝜑∥∞. Note que

˜

𝑢𝜀≤ 0 em ∂Ω e

𝐹 (𝐷2𝑢˜𝜀, 𝐷˜𝑢𝜀, 𝑥) = 𝐹 (𝐷2𝑢𝜀, 𝐷𝑢𝜀, 𝑥) ≥ 0.

A estimativa por cima segue imediatamente aplicando a estimativa ABP (Alexandroff- Bakelman-Pucci) adaptada para soluc¸˜oes de viscosidade (veja, [3] ou [7]). Vamos provar agora a n˜ao-negatividade de𝑢𝜀. Suponha, por contradic¸˜ao, que a regi˜ao

𝐴𝜀 := {𝑥 ∈ Ω : 𝑢𝜀(𝑥) < 0}

´e n˜ao vazia. Como𝛽𝜀possui suporte em[0, 𝜀],

𝐹 (𝐷2𝑢𝜀, 𝐷𝑢𝜀, 𝑥) = 0 em 𝐴𝜀,

no sentido da viscosidade. Contudo, como𝑢𝜀≥ 0 em ∂Ω, temos 𝑢𝜀 ≥ 0 em ∂𝐴𝜀, portanto,

aplicando novamente a estimativa Alexandroff-Bakelman-Pucci adaptada para soluc¸˜oes de viscosidade, conclu´ımos𝑢𝜀≥ 0 em 𝐴𝜀, levando a uma contradic¸˜ao.

Vamos agora mostrar que as soluc¸˜oes do problema(𝐸𝜀) s˜ao localmente uniformemente

Lipschitz, isto ´e, as soluc¸˜oes𝑢𝜀s˜ao localmente Lipschitz e a constante Lipschitz independe

de𝜀. Uma observac¸˜ao importante ´e que a mesma t´ecnica mostra que, no caso de problemas de duas fases (veja [12]-[13]) podemos deduzir limitac¸˜ao do gradiente para a parte n˜ao- negativa da soluc¸˜ao, se j´a sabemos que a parte n˜ao-positiva da soluc¸˜ao ´e Lipschitz.

Observac¸˜ao 2.1. Em [14], L. Caffarelli aplica as f´ormulas de monotonicidade para de-

duzir limitac¸˜ao do gradiente para a soluc¸˜ao do problema de perturbac¸˜ao singular de duas fases para o Laplaciano; veja tamb´em [8]. Na ausˆencia da f´ormula de monotonicidade, n˜ao somos capazes de provar um resultado semelhante ao que est´a em [14]. ´E evidente que uma nova t´ecnica dever´a ser desenvolvida para lidar com a mudanc¸a de sinal da soluc¸˜ao 𝑢𝜀 no caso de problemas de perturbac¸˜ao singular para operadores totalmente

n˜ao-lineares. Este problema continua em aberto e ´e muito tentador para o desenvolvi- mento da teoria.

Lema 2.2 (Renormalizac¸˜ao Lipschitz). Seja𝑢 ∈ 𝐶(𝐵𝑟(𝑥0)) soluc¸˜ao de viscosidade de

𝐹 (𝐷2𝑢, 𝐷𝑢, 𝑥) = 𝛽𝜀(𝑢). (2.2.1)

Defina𝑤 : 𝐵𝑟/𝜀(0) → ℝ, como

𝑤(𝑦) := 1

𝜀𝑢(𝑥0+ 𝜀𝑦).

Ent˜ao,𝑤 ∈ 𝐶(𝐵𝑟/𝜀(0)) ´e soluc¸˜ao de viscosidade de

𝐹𝜀(𝐷2𝑤, 𝐷𝑤, 𝑥) = 𝛽(𝑤),

onde os operadores 𝐹𝜀(𝑀, 𝑝, 𝑥) := 𝜀𝐹

(1

𝜀𝑀, 𝑝, 𝑥) s˜ao uniformemente el´ıpticos com as

mesmas constantes de elipticidade de 𝐹 . Al´em disso, se 𝑢 ´e diferenci´avel em 0, ent˜ao ∇𝑤(0) = ∇𝑢(𝑥0).

Demonstrac¸˜ao. De fato, seja 𝑃 (𝑦) um paraboloide tocando 𝑤, em algum ponto 𝑧0, por

baixo. Defina ˜ 𝑃 (𝑥) := 𝜀𝑃 ( 𝑥 − 𝑥0 𝜀 ) .

Ent˜ao, ˜𝑃 toca 𝑢 por baixo em 𝑥1 := 𝑥0+ 𝜀𝑧0. Como𝑢 ´e uma soluc¸˜ao de viscosidade de

(2.2.1), temos que

𝐹 (𝐷2𝑃 (𝑥˜

1), 𝐷 ˜𝑃 (𝑥1), 𝑥1

)

≤ 𝛽𝜀(𝑢𝜀(𝑥1)). (2.2.2)

Al´em disso, c´alculos diretos nos mostram que

∂𝑖𝑃 (𝑥˜ 1) = ∂𝑖𝑃 (𝑧0) ∂𝑖𝑗𝑃 (𝑥˜ 1) = 1 𝜀∂𝑖𝑗𝑃 (𝑧0) 𝜁𝜀(𝑢𝜀(𝑥1)) = 1𝜀𝜁(𝑣(𝑧0)). (2.2.3)

𝜀𝐹( 1 𝜀𝐷 2𝑃 (𝑧 0), 𝐷𝑃 (𝑧0), 𝑥0+ 𝜀𝑧0 ) ≤ 𝛽(𝑣(𝑧0)).

Tomando agora um paraboloide tocando 𝑤 por cima e argumentando de forma similar, conclu´ımos que𝑤 ´e uma soluc¸˜ao de viscosidade de

𝜀𝐹( 1 𝜀𝐷 2𝑤, 𝐷𝑤, 𝑥 0+ 𝜀𝑥 ) = 𝛽(𝑤) em 𝐵𝑟/𝜀. (2.2.4)

Se definirmos, como acima,

𝐹𝜀(𝑀, 𝑝, 𝑥) := 𝜀𝐹

( 1

𝜀𝑀, 𝑝, 𝑥 )

,

temos que 𝐹𝜀 ´e uniformemente el´ıptico com mesma constante de elipticidade de 𝐹 . De

fato, 𝐹𝜀(𝑀 + 𝑃, 𝑝, 𝑥) = 𝜀𝐹 ( 1 𝜀𝑀 + 1 𝜀𝑃, 𝑝, 𝑥 ) ≤ 𝜀 [ 𝐹 ( 1 𝜀𝑀, 𝑝, 𝑥 ) + Λ ( 𝑃 𝜀 )+ − 𝜆 ( 𝑃 𝜀 )− ] = 𝐹𝜀(𝑀, 𝑝, 𝑥) + Λ∥𝑃+∥ − 𝜆∥𝑃−∥. ´

E interessante observar que a renormalizac¸˜ao acima n˜ao altera as constantes de elipti- cidade de𝐹 . Isto significa que esta renormalizac¸˜ao n˜ao afeta as constantes que aparecem nas estimativas, bem como nas desigualdades de Harnack. A fam´ılia de operadores 𝐹𝜀

pode ser considerada como um s´o operador𝐹 . Lema 2.3. Seja𝑤 ∈ 𝐶1,𝛼(𝐵

1(0)) soluc¸˜ao de viscosidade de

𝐹 (𝐷2𝑤, 𝐷𝑤, 𝑥) = 𝑔(𝑥), ∥𝑔∥ 𝐿∞(𝐵

1(0)) ≤ 𝐷.

Se𝑤(0) ≤ 1, ent˜ao existe uma constante universal 𝐶0 > 0 tal que:

∣∇𝑤(0)∣ ≤ 𝐶0.

Demonstrac¸˜ao. De fato, da estimativa 𝐶1,𝛼 de Caffarelli para soluc¸˜oes de viscosidade

(veja Cap´ıtulo 1 ou [3]), existe constante𝐶, dependendo somente de 𝜆, Λ e da dimens˜ao 𝑁 , tal que

∣∇𝑤(0)∣ ≤ 𝐶{∥𝑤∥𝐿∞(𝐵

1/2)+ ∥𝑔∥𝐿𝑛(𝐵1/2)

}

Usando a desigualdade de Harnack (veja, por exemplo, [7] ou cap´ıtulo 1) existe uma con- stante universal ¯𝐶 tal que

∥𝑣∥𝐿∞(𝐵

1/2)≤ ¯𝐶. (2.2.6)

Combinando (2.2.5) e (2.2.6), temos finalmente a seguinte estimativa:

∣∇𝑤(0)∣ ≤ 𝐶0.

Agora, podemos afirmar e provar um lema interessante por si s´o, que pode ser aplicado em muitas situac¸˜oes

Lema 2.4. Seja0 ∈ ∂Ω, e 𝑣 ∈ 𝐶1,𝛼(Ω ∩ 𝐵1(0)) soluc¸˜ao de viscosidade n˜ao-negativa de

𝐹 (𝐷2𝑣, 𝐷𝑣, 𝑥) = 0 em Ω ∩ 𝐵1(0).

Suponha tamb´em que emΥ = ∂Ω ∩ 𝐵1(0), 𝑣 = 0 e ∣∇𝑣∣ ´e limitada. Ent˜ao, existe uma

constante universal𝐶 > 0 tal que:

(1) ∥𝑣∥𝐿∞(𝐵 1/2(0)∩Ω) ≤ 𝐶dist(𝑥, ∂Ω) sup Υ ∣∇𝑣∣; (2) ∥∇𝑣∥𝐿∞(𝐵 1/2(0)∩Ω)≤ 𝐶 sup Υ ∣∇𝑣∣.

Demonstrac¸˜ao. Vamos comec¸ar provando (1). Considere𝑥0 ∈ 𝐵1/2(0) ∩ Ω. Considere

os n´umerosℎ := dist(𝑥0, ∂Ω), 𝐴 := sup

Υ ∣∇𝑣∣, 𝑣(𝑥0) = 𝜏 ℎ. Vamos mostrar que 𝜏 ≤ 𝐶 𝐴,

para alguma constante universal𝐶 > 0. Considere a renormalizando de 𝑣 com relac¸˜ao `a distˆanciaℎ, isto ´e,

𝑤(𝑦) := 1

ℎ𝑢𝜀(𝑥0+ ℎ𝑦). Ent˜ao,𝑤(0) = 𝜏 e do Lema 2.2, 𝑤 ´e soluc¸˜ao de viscosidade de

𝐹ℎ(𝐷2𝑤, 𝐷𝑤, 𝑥) = 0 em 𝐵1(0).

Comoℎ = dist(𝑥0, ∂Ω), existe 𝑦1 ∈ ∂𝐵1(0), tal que 𝑤(𝑦1) = 0. Al´em disso, como

∇𝑤(𝑦) = ∇𝑣(𝑥0+ ℎ𝑦), 𝑦 ∈ 𝐵1(0),

temos que∣∇𝑤(𝑦1)∣ ≤ 𝐴. Agora, pela desigualdade de Harnack em 𝐵1/2(0), existe uma

constante universal𝑐 > 0 tal que:

1 1/2 z w Y Figura 2.2: Barreira

A ideia agora ´e construir uma barreira tocando𝑤 por baixo em 𝑦1. Seja 𝑧 soluc¸˜ao do

seguinte problema: ⎧ ⎨ ⎩ 𝐹ℎ(𝐷2𝑧, 𝐷𝑧, 𝑦) = 0 em 𝑅 = 𝐵1∖ 𝐵1/2 𝑧 ∂𝐵1 = 0, 𝑧 ∂𝐵1/2 = 1. (2.2.7)

Tal soluc¸˜ao pode ser obtida usando o m´etodo de Perron de Ishii discutido no Cap´ıtulo 1. Temos que,𝑧 ≥ 0, 𝑧 ∈ 𝐶1,𝛼( ¯𝑅). Definindo agora

𝑍ℎ(𝑦) = 𝑐𝜏 𝑧(𝑦), 𝑦 ∈ ¯𝑅,

ent˜ao

𝑍ℎ = 0 ≤ 𝑤 em ∂𝐵1(0) em 𝑍ℎ ≤ 𝑐𝜏 ≤ 𝑤 em ∂𝐵1/2(0).

Isto diz que,

𝐹ℎ(𝐷2𝑤, 𝐷𝑤, 𝑦) = 𝐹ℎ(𝐷2𝑍ℎ, 𝐷𝑍ℎ, 𝑦) em 𝑅, e 𝑤 ≥ 𝑍ℎ em ∂𝑅,

pelo princ´ıpio do m´aximo para soluc¸˜oes de viscosidade,

𝑤 ≥ 𝑍ℎ em 𝑅 e 𝑤(𝑦1) = 𝑍ℎ(𝑦1).

Em particular,

∂𝜈𝑤(𝑦1) ≥ ∂𝜈𝑍ℎ(𝑦1),

onde𝜈 ´e a normal unit´aria interior a 𝐵1(0) em 𝑦1. Aplicando o Lema de Hopf, se tomarmos

𝛿ℎ := inf ∂𝐵1(0)

∂𝜈𝑧,

A func¸˜ao𝑧 ´e 𝐶1,𝛼at´e a fronteira, donde conclu´ımos que

inf

0≤ℎ≤1/2𝛿ℎ ≥ 𝛿 > 0,

onde𝛿 independe de ℎ. Ent˜ao

𝐴 ≥ ∣∇𝑤(𝑦1)∣ ≥ ∂𝜈𝑤(𝑦1) ≥ 𝑐𝜏𝛿,

provando a primeira parte do Lema. A segunda parte segue da estimativa𝐶1,𝛼e aplicando

a desigualdade de Harnack, ∣∇𝑤(0)∣ ≤ ¯𝐶 1 dist(𝑥0, ∂Ω)∥𝑢∥𝐿 ∞(𝐵 1/2(0)) ≤ ¯ 𝐶𝐶 dist(𝑥0, ∂Ω)𝑤(0) ≤ ¯ 𝐶𝐶𝐴.

Vamos agora provar a regularidade Lipschitz das soluc¸˜oes de (𝐸𝜀). Antes, ´e conve-

niente introduzirmos algumas notac¸˜oes que ser˜ao ´uteis para simplificar as demonstrac¸˜oes dos teoremas no decorrer do trabalho

Ω𝛼 := {𝑥 ∈ Ω 0 ≤ 𝑢𝜖(𝑥) ≤ 𝛼} . Ω+ 𝛼 := {𝑥 ∈ Ω 𝑢𝜖(𝑥) > 𝛼} . 𝑑𝛼(𝑥) := dist(𝑥, Ω𝛼).

Daqui por diante, vamos considerarΩ′ ⋐Ω, Δ = dist(Ω′, ∂Ω).

Teorema 2.3 (Regularidade Lipschitz). Dado um subconjuntoΩ′ ⋐Ω, existe uma constan-

te𝐶 dependendo de ∥𝜑∥,∥𝛽∥,Ω′, dimens˜ao, elipticidade e da norma𝐶𝜇de𝐹 (𝑀, 𝑝, ⋅),

mas independente de𝜀, tal que, qualquer fam´ılia de soluc¸˜oes de viscosidade, {𝑢𝜀}𝜀>0, da

Equac¸˜ao(𝐸𝜀) ´e 𝐶-Lipschitz cont´ınua em Ω, isto ´e

sup

𝑥∈Ω′∣∇𝑢𝜀(𝑥)∣ ≤ 𝐶.

Em particular, a fam´ılia{𝑢𝜀}𝜀>0 ´e localmente uniformemente Lipschitz.

Demonstrac¸˜ao. Seja 𝑥0 ∈ Ω′ e considere 𝜀 < Δ = dist(Ω′, ∂Ω). A prova se baseia na

obtenc¸˜ao de estimativas pontuais do gradiente dependendo de onde𝑥0 est´a localizado.

(A) Caso 1:𝑥0 ∈ Ω𝜀.

Como𝐵𝜀(𝑥0) ⊂ Ω podemos considerar a renormalizac¸˜ao Lipschitz 𝑤 = 𝑤𝜀de 𝑢𝜀

nesta bola,

𝑤(𝑦) = 1

Pelo Lema 2.2,∇𝑤(0) = ∇𝑢𝜀(𝑥0), e 𝑤 ´e uma soluc¸˜ao de viscosidade de

𝐹𝜀(𝐷2𝑤, 𝐷𝑤, 𝑥) = 𝛽(𝑤) em 𝐵1(0).

Segue agora do Lema 2.3 que

∣∇𝑤(0)∣ ≤ 𝐶0

onde𝐶0 ´e universal.

(B) Caso 2:𝑥0 ∈ Ω+𝜀 e𝑑𝜀(𝑥0) < Δ3.

Da hip´otese, temos que 3𝑑𝜀(𝑥0) < dist(𝑥0, ∂Ω). Seja 𝑦0 ∈ ∂Ω𝜀 satisfazendo as

seguintes condic¸˜oes:𝑑𝜀(𝑥0) = ∣𝑥0− 𝑦0∣ e 𝑑 = dist(𝑦0, ∂Ω). Agora, vamos definir a

renormalizac¸˜ao Lipschitz de𝑢𝜀emΩ+𝜀 ∩ 𝐵𝑑(𝑥0), isto ´e,

𝑤(𝑦) = 𝑢𝜀(𝑦0+ 𝑑𝑦) − 𝜀 𝑑 , 𝑦 ∈ 𝐵1(0) ∩ 𝐷𝜀, onde𝐷𝜀= 𝑇−1(Ω+𝜀), 𝑇 (𝑦) = 𝑦0+ 𝑑𝑦. {u <e}e Ge:= {u =e}e We:= {u >e}e Lue under control ueis harmonic in W e X0 h ue(X )= lh 0

Figura 2.3: Limitac¸˜ao do Gradiente

Como𝑤 = 0 e ∣∇𝑤∣ ´e limitada ao longo de 𝐵1(0) ∩ ∂𝐷𝜀, usando o Caso 1, e o fato

de que

𝐹𝑑(𝐷2𝑤, 𝐷𝑤, 𝑥) = 0 em 𝐵1(0) ∩ 𝐷𝜀

conclu´ımos, usando o Lema 2.4, que ∥∇𝑤∥𝐿∞(𝐵

A estimativa acima, traduzida em termos de𝑢𝜀, ´e equivalente a:

∥∇𝑢𝜀∥𝐿∞(𝐵

𝑑/2(𝑦0)∩Ω+𝜀) ≤ 𝐶.

Para concluir este caso, ´e suficiente mostrar que,𝑥0 ∈ 𝐵𝑑/2(𝑦0). De fato,

2∣𝑥0− 𝑦0∣ = 2𝑑𝜀(𝑥0) < dist(𝑥0, ∂Ω) − 𝑑𝜀(𝑥0) ≤ dist(𝑦0, ∂Ω) = 𝑑. (C) Caso 3:𝑥0 ∈ Ω+𝜀 e𝑑𝜀(𝑥0) ≥ Δ3. Temos 𝐹 (𝐷2𝑢, 𝐷𝑢, 𝑥) = 0 em Ω+𝜀 e Ω′′= Ω′∩ {𝑥 ∈ Ω : 𝑑𝜀(𝑥) ≥ Δ 3} ⋐ Ω + 𝜀, com dist(Ω′′, ∂Ω+𝜀) ≥ Δ 3. Ent˜ao usando estimativa𝐶1,𝛼, existe constante universal𝐶 > 0 tal que:

∥∇𝑢𝜀∥𝐿∞′′) ≤ 𝐶

onde𝐶 = 𝐶(Δ/3), concluindo assim a prova do Teorema.

Observac¸˜ao 2.2. Vale a pena destacar que a prova da regularidade Lipschitz ´e v´alida

para qualquer soluc¸˜ao do problema(𝐸𝜀) (n˜ao necessariamente soluc¸˜oes minimais).

Observac¸˜ao 2.3. Como∣∇𝑢𝜀∣ ´e localmente limitada por uma constante que independe de

𝜀, temos que o conjunto {𝑢𝜀} ´e equicont´ınuo e totalmente limitado. Portanto, pelo teorema

de Ascoli-Arzel´a, existe uma func¸˜ao𝑢0 ∈ Liploc(Ω), tal que, a menos de subsequencia,

𝑢𝜀→ 𝑢0uniformemente em subconjuntos compactos deΩ, quando 𝜀 → 0. Nosso objetivo

´e mostrar que𝑢0 ´e a soluc¸˜ao do nosso problema de fronteira livre citado na introduc¸˜ao do

Cap´ıtulo 3

Crescimento linear e

n˜ao-degenerescˆencia

Neste cap´ıtulo, iremos destacar algumas propriedade geom´etricas importantes dos con- juntos de n´ıvel{𝑢𝜀 = 𝜆𝜀}, das soluc¸˜oes minimais do problema

(𝐸𝜀){ 𝐹 (𝐷 2𝑢

𝜖, 𝐷𝑢𝜀, 𝑥) = 𝛽𝜖(𝑢𝜖) em Ω

𝑢𝜖 = 𝜑 em ∂Ω.

A primeira informac¸˜ao geom´etrica importante que queremos ´e a n˜ao-degenerescˆencia uni- forme, a qual permite uma compreens˜ao mais profunda da regularidade da fronteira livre. O m´etodo da menor supersoluc¸˜ao possui uma propriedade bastante interessante, ele nos permite provar que soluc¸˜oes minimais𝑢𝜀de (𝐸𝜀) possuem uma taxa de crescimento

linear e uniforme ao longo das 𝜀-superf´ıcies de n´ıvel. Vers˜oes variacionais dessa pro- priedade est˜ao em conex˜ao com v´arios trabalhos recentes, por exemplo, em um recente ar- tigo (veja [37]), E. Teixeira e D. Moreira provaram que soluc¸˜ao para equac¸˜oes da forma di- vergente (abordagem variacional) ℒ[𝑢] = div(𝐴(𝑥)𝐷𝑢) possuem a propriedade de cresci- mento linear. Neste cap´ıtulo generalizamos este resultado para operadores totalmente n˜ao- lineares e, portanto, uma abordagem n˜ao-variacional.

3.1

Crescimento linear

Nesta sec¸˜ao, discutiremos alguns aspectos geom´etricos das soluc¸˜oes minimais para o problema(𝐸𝜀). Provaremos que soluc¸˜oes minimais deste problema possuem crescimento

linear ao longo das superf´ıcies de n´ıvel𝜀. Devido `a limitac¸˜ao do gradiente, provada no cap´ıtulo anterior, o crescimento linear ´e a taxa ideal de crescimento uniforme no parˆametro 𝜀.

Em geral, essas propriedades n˜ao s˜ao v´alidas para qualquer tipo de soluc¸˜ao da equac¸˜ao (𝐸𝜀). De fato, para equac¸˜oes variacionais, essas propriedades s˜ao v´alidas para mini-

mizantes do funcional de Euler-Lagrange (veja [21]). A abordagem utilizada nesta sec¸˜ao ´e puramente n˜ao-variacional e pode ser usadas para lidar com classes mais gerais de prob- lemas de EDPs el´ıpticas singulares da forma variacional ou n˜ao variacional.

Para simplificar a afirmac¸˜ao dos resultados, usaremos as notac¸˜oes do cap´ıtulo anterior. Dado um n´umero positivo𝛼, denote

𝐵★ 𝛼 := 𝐵𝛿𝜀(𝑥𝜀), onde 𝑢𝜀(𝑥𝜀) = 𝛼 e 𝛿𝜀 = 1 2dist(𝑥𝜀, ∂Ω) Ω𝛼 := {𝑥 ∈ Ω 0 ≤ 𝑢𝜖(𝑥) ≤ 𝛼} . Ω+ 𝛼 := {𝑥 ∈ Ω 𝑢𝜖(𝑥) > 𝛼} . 𝑑𝛼(𝑥) := dist(𝑥, Ω𝛼).

Nossa estrat´egia para provar o crescimento linear ´e baseada no princ´ıpio de comparac¸˜ao. De fato, a ideia da prova ´e construir uma supersoluc¸˜ao no sentido da viscosidade para a equac¸˜ao (𝐸𝜀), cujos valores num disco r´ıgido interno s˜ao menores que seus valores na

fronteira. Depois, vamos provar que, se compararmos essa func¸˜ao com a nossa soluc¸˜ao (m´ınima), obtemos um crescimento linear limitando por baixo𝑢𝜀 em termos da distˆancia

do ponto a𝜀-superf´ıcie de n´ıvel ∂Ω+ 𝜀 ∩ Ω.

Proposic¸˜ao 3.1. Suponha que 0 ∈ Ω. Dado 0 < 𝜂 < dist(0, ∂Ω), existem uma func¸˜ao

sim´etrica radialΘ𝜖 ∈ 𝐶1,1(Ω) e constantes universais 0 < 𝜅2 e0 < 𝜅1 < 1 tais que

i) Θ𝜀 ≡ 𝜀4 em𝐵𝜅1𝜂

ii) Θ𝜀 ≥ 𝜅2𝜂 em Ω ∖ 𝐵𝜂

iii) Para𝜀 ≪ 1, Θ𝜀 ´e uma supersoluc¸˜ao no sentido da viscosidade para

𝐹 (𝐷2𝑢, 𝐷𝑢, 𝑥) = 𝛽𝜀(𝑢) em Ω.

Demonstrac¸˜ao. Vamos inicialmente estudar o caso𝜀 = 1. A supersoluc¸˜ao sim´etrica radial (no sentido da viscosidade)Θ𝜀 ser´a constru´ıda, baseado num argumento de reescalona-

mento, a partir deΘ1. Observe inicialmente que existe constante𝜏0 > 0 tal que

𝜁(𝑡) ≥ 𝜏0 para𝑡 ∈ [1/4, 3/4], (3.1.1)

portanto, daqui em diante, vamos denotar a seguinte constante universal

𝐴0 :=

𝜏0

Comec¸aremos nossa construc¸˜ao escolhendo um n´umero𝐿 ≥ √8 2𝐴0. Considere a constante universal 𝛼 := max { 1, (𝑁 − 1)Λ 𝜆 − 1 } (3.1.3) e defina ¯ Θ(𝑟) = ⎧ ⎨ ⎩ 1 4, para 0 ≤ 𝑟 ≤ 𝐿 𝐺(𝑟) = 𝐴0(𝑟 − 𝐿)2+ 14, para 𝐿 ≤ 𝑟 ≤ 𝐿 + √2𝐴1 0 𝜙(𝑟) := 𝑀1− 𝑀2𝑟−𝛼, para 𝑟 ≥ 𝐿 + √2𝐴1 0. (3.1.4)

As constantes positivas𝑀1e𝑀2s˜ao escolhidas de tal modo que

𝜙 ( 𝐿 +1 2𝐴0 ) = 3 4 e 𝜙𝑟 ( 𝐿 + 1 2𝐴0 ) =√2𝐴0.

De fato, podemos escolher

𝜙(𝑟) = 3 4+ √ 2𝐴0 𝛼 ( 𝐿 + 1 2𝐴0 ) − √ 2𝐴0 𝛼 ( 𝐿 + 1 2𝐴0 )𝛼+1 𝑟−𝛼 := 𝐾𝐿− 𝑓(𝑟).

Observe que para todo𝜅 > 0 satisfazendo

𝜅−𝛼 < 1 2 ( 8 9 )𝛼+1 , vale 2𝐴0 𝛼 ( 9 8 )𝛼+1 𝜅−𝛼𝐿 ≤ 1 2 √ 2𝐴0 𝛼 ( 𝐿 +1 2𝐴0 ) Em termos de𝐾𝐿e𝑓 (𝑟), temos 𝑓 (𝜅3𝐿) ≤ 1 2𝐾𝐿, para 𝜅 −𝛼 3 = 1 4 ( 8 9 )𝛼+1 < 1.

Em particular, como𝜙 ´e crescente

𝜙(𝑟) > 1 2𝐾𝐿 ≥ 𝜅4𝐿 para𝑟 ≥ 𝜅3𝐿, onde 𝜅4 = √ 2𝐴0 2𝛼𝐿 .

Definimos, ent˜ao, a seguinte func¸˜ao sim´etrica

Θ(𝑥) := ¯Θ(∣𝑥∣).

Podemos calcular a hessiana de Θ dentro da faixa 𝐿 ≤ ∣𝑥∣ ≤ 𝐿 + √1

2𝐴0 e estimar em

termos da ordem da matriz da seguinte forma:

0 ≤ 𝐷𝑖𝑗Θ(𝑥) = 2𝐴0 ( 1 − 𝐿 ∣𝑥∣ ) 𝛿𝑖𝑗 + 2𝐴0𝐿 𝑥𝑖𝑥𝑗 ∣𝑥∣3 ≤ 4𝐴0𝛿𝑖𝑗.

Lembre-se que dentro da faixa𝐿 ≤ ∣𝑥∣ ≤ 𝐿 +√1

2𝐴0, temos 1 4 ≤ Θ(𝑥) ≤ 3 4. Portanto, pela elipticidade e (3.1.1), estimamos 𝐹 (𝐷2Θ, 𝐷Θ, 𝑥) ≤ 4𝑁𝐴0 = 𝜏0 ≤ 𝛽(Θ(𝑥)).

Isto ´e,Θ ´e supersoluc¸˜ao na faixa 𝐿 ≤ ∣𝑥∣ ≤ 𝐿 + √1

2𝐴0. Vamos, agora, nos concentrar na

regi˜ao∣𝑥∣ ≥ 𝐿 + √1

2𝐴0. Nos pontos da forma𝑥 = (∣𝑥∣, 0, . . . , 0), obtemos

𝐷𝑖𝑗Θ(𝑥) = 0 se𝑖 ∕= 𝑗

𝐷11Θ(𝑥) = −𝑀2𝛼(1 + 𝛼)∣𝑥∣−𝛼−2

𝐷𝑖𝑖Θ(𝑥) = 𝑀2𝛼∣𝑥∣−𝛼−2 para𝑖 > 1.

Por simetria rotacional e definic¸˜ao de𝛼, temos, para ∣𝑥∣ ≥ 𝐿 +√1

2𝐴0, que 𝐹 (𝐷2Θ, 𝐷Θ, 𝑥) ≤ 𝔐+ ( 𝐷2𝜙, 𝜆 𝑁, Λ ) = 𝑀2𝛼 [ Λ(𝑁 − 1) − 𝑁𝜆(𝛼 + 1) ] ∣𝑥∣−𝛼−2 ≤ 0 ≤ 𝛽(Θ),

devido `a nossa escolha conveniente do expoente 𝛼 em (3.1.3). Agora, note que, pela renormalizac¸˜ao do operador, 𝐹 (𝐷2Θ, 𝐷Θ, 𝑥) = 0 ≤ 𝛽(Θ) para 0 ≤ ∣𝑥∣ ≤ 𝐿. Verifi-

camos, assim, queΘ ´e uma supersoluc¸˜ao da equac¸˜ao totalmente n˜ao-linear 𝐹 (𝐷2𝜓, 𝐷𝜓, 𝑥) = 𝛽(𝜓).

Al´em disso, por construc¸˜ao,Θ(𝑥) := ¯Θ(∣𝑥∣) ∈ 𝐶1,1(Ω). Note que as constantes acima s˜ao

el´ıptica totalmente n˜ao-linear 𝐺(𝐷2𝜓, 𝐷𝜓, 𝑥) = 𝛽(𝜓), quando 𝐺 possui a mesma con-

stante de elipticidade de𝐹 .

Para fornecer a supersoluc¸˜ao desejada para qualquer 𝜀 pequeno, argumentamos da seguinte forma: dado𝜂 > 0, para 𝜀 < 𝜅𝜂

3𝐿, achamos, como acima, uma func¸˜aoΘ, a qual

satisfaz, para q.t.p. 𝑥 ∈ 𝐵𝜂, a desigualdade diferencial

𝜀𝐹 (𝜀−1𝐷2Θ(𝑥), 𝐷Θ, 𝑥) ≤ 𝛽(Θ(𝑥)).

Vale a pena observar que o operador escalonado𝐹𝜀(𝑀, 𝑝, 𝑥) := 𝜀𝐹 (𝜀−1𝑀, 𝑝, 𝑥) possui a

mesma constante de elipticidade de𝐹 . Defina

Θ𝜀(𝑥) :=

1

𝜀Θ (𝜀𝑥) .

AssimΘ𝜀 ∈ 𝐶1,1(ℝ𝑁) e ela ´e uma supersoluc¸˜ao para a equac¸˜ao 𝐹 (𝐷2𝜓, 𝐷Ψ, 𝑥) = 𝛽𝜀(𝜓).

As condic¸˜oes desejadas𝑖) e 𝑖𝑖) est˜ao satisfeitas tomando 𝜅1 = 𝜅13 e𝜅2 = 𝜅𝜅43. A prova est´a

completa.

Finalmente, usando a construc¸˜ao da func¸˜ao sim´etrica radial e a existˆencia de soluc¸˜oes minimais de(𝐸𝜀), obtemos

Teorema 3.1 (Crescimento Linear). Seja {𝑢𝜀} fam´ılia de soluc¸˜oes minimais de (𝐸𝜀).

Dado 𝐶1 > 1, existe uma constante universal 𝑐2 > 0, dependendo de 𝐶1, tal que, se

𝑥0 ∈ 𝐵𝜀★ e𝑢𝜀(𝑥0) ≥ 𝐶1𝜀, ent˜ao

𝑢𝜀(𝑥0) ≥ 𝑐2𝑑𝜀(𝑥0).

Free Bo undary

u

Distance to the Free Boundary

Demonstrac¸˜ao. Suponha, sem perda de generalidade, que𝑥0 = 0. Vamos denotar

𝑑𝜀(0) = dist(0, {𝑢𝜀≤ 𝜀}) =: 2𝛾.

Em𝐵2𝛾,𝑢𝜀satisfaz𝐹 (𝐷2𝑢𝜀, 𝐷𝑢𝜀, 𝑥) = 0 portanto, pela desigualdade de Harnack, temos

𝑢𝜀 ≤ 𝐶𝑢𝜀(0) in 𝐵𝛾,

para alguma constante universal 𝐶. Seja Θ𝜀 a supersoluc¸˜ao, no sentido da viscosidade,

dada pela Proposic¸˜ao 3.1 em𝐵𝛾. Portanto

a) Θ𝜀 = 14𝜀 < 𝑢𝜀(0) em 𝐵𝜅1𝛾,

b) Θ𝜀 ≥ 𝜅2𝛾 em Ω ∖ 𝐵𝛾,

c) Para𝜀 suficientemente pequeno, Θ𝜀 ´e uma supersoluc¸˜ao de viscosidade para

𝐹 (𝐷2𝑢, 𝐷𝑢, 𝑥) = 𝛽𝜀(𝑢) em Ω.

Afirmac¸˜ao 1. Existe um ponto𝑧 ∈ ∂𝐵𝛾 tal que

Θ𝜀(𝑧) < 𝑢𝜀(𝑧).

De fato, suponha queΘ𝜀 ≥ 𝑢𝜀em∂𝐵𝛾. Defina a seguinte func¸˜ao

¯

𝑤𝜀={ min{𝑢𝜀, Θ𝜀}, em 𝐵𝛾

𝑢𝜀, em Ω ∖ 𝐵𝛾.

Ent˜ao, por b) e c),𝑤¯𝜀∈ 𝒮. Al´em disso por a), temos que

¯

𝑤𝜀 ≡ Θ𝜀 ≡

𝜀

4 < 𝜀 < 𝑢𝜀 em 𝐵𝜅1𝛾,

e𝐵𝜅1𝛾 ⊂ 𝐵𝛾, uma contradic¸˜ao, pois𝑢𝜀 ´e soluc¸˜ao minimal para a Equac¸˜ao(𝐸𝜀). Portanto,

para algum𝑧 ∈ ∂𝐵𝛾,

𝜅𝛾 ≤ Θ𝜀(𝑧) < 𝑢𝜀(𝑧) ≤ 𝐶𝑢𝜀(0),

e a prova est´a completa.

Uma consequˆencia imediata do teorema 3.1 ´e o seguinte corol´ario.

Color´ario 3.1 (Crescimento linear ao longo das superf´ıcies de n´ıvel). Dado um sub-

dom´ınio Ω′ ⋐ Ω, existe constante universal 𝐶 = 𝐶(Ω), independente de 𝜀, tal que,

se𝑥0 ∈ Ω′∩ {𝑢𝜀≥ 𝐶1𝜀}, 𝑑𝜀(𝑥0) ≤ Δ4,

𝑐2𝑑𝜀(𝑥0) ≤ 𝑢𝜀(𝑥0) ≤ 𝐶𝑑𝜀(𝑥0).

Demonstrac¸˜ao. A primeira desigualdade segue do teorema 3.1, apenas observando que

se 𝑑𝜀(𝑥0) < Δ3, ent˜ao 𝑥0 ∈ 𝐵𝜀★, como no caso 2 do teorema 2.3. Aplicando o mesmo

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