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O Relatório de Qualidade do Meio Ambiente – RQMA é uma

Ambiente (SVMA), em atendimento ao inciso XIII da Lei municipal nº 14.887/09. É um documento que visa destacar as principais ações empreendidas pelo Departamento de Controle da Qualidade Ambiental (DECONT).

De acordo com o Relatório, Um dos resultados do Protocolo de Kyoto foi a introdução do conceito MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) que consiste em promover o investimento em tecnologias e projetos que eliminem ou reduzam a emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa) em países em desenvolvimento. Após a implantação, o projeto ou a tecnologia é submetida a um rigoroso processo de validação, registro, monitoramento e verificação que culmina com a emissão das RCE (Reduções Certificadas de Emissão – os chamados “Créditos de Carbono”).

Estes papéis podem ser negociados livremente nos mercados de ações, adquiridos por países listados no Anexo I do Protocolo (países “desenvolvidos”) sendo contabilizados para o cálculo do alcance das metas propostas de redução de GEE destes países.

Os Aterros Sanitários são grandes geradores de GEE, uma vez que o gás emitido durante a decomposição dos resíduos sólidos, chamado biogás, é composto basicamente por dióxido de carbono e metano, dois dos principais gases causadores do efeito estufa.

A cidade de São Paulo possui dois grandes aterros desativados: o Bandeirantes na região de Perus, desativado em

2007, e o São João na região de São Mateus, desativado em 2009. Em ambos foram implantados projetos para captura, queima e aproveitamento para produção de energia elétrica a partir dos GEE. Essa exploração se dá na forma de concessão, sendo as empresas Biogás Energia Ambiental S/A e São João Energia Ambiental S/A as concessionárias responsáveis. Todos os RCE gerados nesses empreendimentos são divididos entre a concessionária e a Prefeitura de São Paulo na proporção de 50% para cada.

A prefeitura de São Paulo leiloa na Bolsa de valores Mercadoria e Futuros de São Paulo os créditos de Carbonos gerados nos aterros Bandeirantes e São João. A receita obtida com a venda dos créditos de carbono é revertida para o Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA) e é aplicada em projetos ambientais nos distritos onde estão instalados os aterros.

É importante relembrar que a COP-3, realizada em 1997,

marcou a adoção do Protocolo de Kyoto, com metas de redução de emissões e mecanismos de flexibilização dessas metas. A entrada em vigor do acordo vinculou-se à ratificação de no mínimo 55 países que somassem 55% das emissões globais de gases do efeito estufa, que aconteceu apenas em 16 de fevereiro de 2005, depois de vencida a relutância da Rússia.

Os Estados Unidos, um dos países que mais emitem gases poluentes no mundo, abandonaram o Protocolo de Kyoto em 2001,

com a justificativa de que cumprir as metas estabelecidas comprometeria seu desenvolvimento econômico.

Inicialmente os Estados Unidos aderiram ao acordo,

comprometendo-se com a redução de 7% dos gases poluentes; contudo, esse compromisso não foi levado adiante. Aliás, uma das maiores críticas ao governo do presidente norte-americano Obama está exatamente na falta de comprometimento com as questões ambientais, entre as quais se incluem o Protocolo de Kyoto.

Em 2012, acabou o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kyoto, contudo esses foram renovados. Durante a Conferência de Durban (COP-17), África do Sul, ficou decidido que o Protocolo de Kyoto seria mantido, com o compromisso de se dar início a um novo marco legal que incluísse todos os países no combate aos efeitos da mudança climática. Este novo instrumento legal, provavelmente outro protocolo, deverá vigorar, no máximo, a

partir de 2020 – o que foi duramente criticado pelos ambientalistas,

pois, segundo eles, isso demonstraria falta de preocupação com a questão do desenvolvimento sustentável.

Assim, o Protocolo de Kyoto passa a ter um segundo período de validade, que irá de 2012 a 2017, podendo, inclusive, chegar a 2020, caso seja estendido. Em outras palavras, o Protocolo de Kyoto terá validade até 2017. Então, até o fim de sua vigência nesse ano, é possível que o prorroguem por mais um período, que iria até 2020.

A "Plataforma de Durban", como foi batizado o conjunto de resultados obtidos na conferência das Nações Unidas, também incluiu avanços, apesar de modestos, no debate de redução de emissões por desmatamento (conhecidas pela sigla REDD), na transferência de tecnologias verdes e no fundo de adaptação para os países que já sofrem com enchentes e secas intensas.

A estratégia para se conseguir algum avanço na negociação internacional em Durban partiu da União Europeia, que prometia manter o Protocolo de Kyoto, desde que todos os outros países se comprometessem em participar de um novo protocolo.

Nós sabemos, pessoal, que o planeta vive uma crise ambiental sem precedentes. Essa crise decorre de um padrão de crescimento econômico e de consumo associados ao desperdício e ao uso inadequado de recursos naturais, comprometendo não somente as possibilidades de desenvolvimento econômico sustentável, mas também a própria existência humana.

Existe uma gama de sinais dessa crise que se materializa em diversos problemas, tais como o desequilíbrio da produção de alimentos, a desertificação de grandes áreas, alterações nos regimes pluviais, extinção de espécies da fauna, desestabilização de biomas, proliferação de organismos transmissores de doenças e epidemias e contaminação do solo e da águas por agentes químicos.

Assim, acredita-se que o mundo precisará fazer uma transição rápida de uma economia baseada no carbono, que ameaça a vida e o clima no planeta, para uma economia baseada em formas alternativas e limpas de energia. Infelizmente as economias dependem do consumo crescente e insustentável de combustíveis fósseis. Petróleo e gás respondem por aproximadamente 80% da matriz energética do mundo. O carvão, outro poluidor, também possui parcela significativa.

Na União Europeia e em outros países ricos, nos quais ocorrem problemas na distribuição e oferta de energia, há grandes

investimentos para o desenvolvimento de tecnologias

ambientalmente sustentáveis. Todavia, na maior parte dos países em desenvolvimento não há condições financeiras nem tecnológicas para investir nessa transição. Não parece justo comprometer o desenvolvimento dos países emergentes, que visam à superação dos graves problemas estruturais e a busca pela melhoria na qualidade de vida. O problema é que, por vivermos em uma mesma atmosfera, tornamo-nos todos responsáveis pela superação destes problemas.

1.7. Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata

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