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Livro Eletrônico. Aula 00. Realidades Municipais p/ APPGG/SP Professor: Rodrigo Barreto DEMO

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Aula 00

Realidades Municipais p/ APPGG/SP

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AULA 0

SUMÁRIO PÁGINA

1. Meio ambiente urbano 4

1. 2. Agenda 21 9

1.3. Agenda Ambiental da Administração Pública 19

1.4. Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente 29

1.5. Relatório de Áreas Contaminadas do Municípios 43

1.6. Relatório Qualidade do Meio Ambiente 45

1.7. Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica 50 2. Questões comentadas 53 3. Lista de questões 68 4. Gabarito 77 APRESENTAÇÃO

Olá, preparados para essa jornada rumo à APROVAÇÃO?

É com imensa satisfação que damos início ao curso de Realidades Municipais para APPGG/SP. Antes de começarmos com o conteúdo de fato, gostaria de me apresentar.

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Meu nome é Rodrigo Barreto, sou bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense e atualmente sou servidor efetivo do Senado Federal na área de Processo Legislativo, assessorando a Comissão de Educação, Esporte e Cultura. Além disso, sou professor presencial em alguns cursos de Brasília e online aqui no Estratégia Concursos, onde leciono as matérias Atualidades, Sociologia, Ciências Políticas, Políticas Sociais, Estudos Sociais, Realidade Brasileira e História.

É importante lembrar que Realidades Municipais será um

enorme diferencial no concurso. Isso porque, além de ela ser uma novidade, o que por si só já trará dificuldades para todos os candidatos, há uma gama imensa e diversificada de assuntos a serem tratados: meio ambiente, segurança, demografia, urbanismo, saneamento, etc. Além disso, grandes disciplinas permeiam nossos estudos: Geografia, História, Políticas Públicas, etc. Vemos, então, que haverá grandes dificuldades.

Para aumentar nossas dificuldades, não há cobrança anterior deste nosso conteúdo em concursos, ou seja, nossa matéria é “carne nova”. Isso implica que não há questões específicas de Realidades Municipais da Vunesp nem de outras bancas. Portanto, para não ficarmos sem treinar, trarei questões de outras bancas que tratem pontualmente de assuntos do nosso edital e, quando necessário, formularei questões inéditas.

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Todavia, a despeito da inexistência de questões anteriores de nossa disciplina, é importante lembrar que, a tirar pelas outras matérias, a Vunesp costuma ser direta no seu modo de questionar. É muito comum haver uma introdução do tema e, logo depois, já haver a cobrança de conceitos, definições ou processos.

Vocês perceberam que o assunto desta aula está diferente do inicialmente programado no cronograma inicial do curso, mas não se preocupem: é apenas uma inversão na ordem dos tópicos. Todos os assuntos do edital serão abordados!

Para finalizar, gostaria de desejar a todos ótimos estudos e uma grande preparação. Qualquer dúvida, crítica, elogio ou sugestão pode ser enviada pelo fórum do curso ou pelo e-mail profrodrigobarreto@gmail.com

Dito isto, vamos ao que interessa, pois ninguém tem tempo a perder!

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1. Meio ambiente urbano

Primeiramente, pessoal, para que possamos compreender as discussões que permeiam o campo Meio Ambiente Urbano, faz-se necessário que voltemos no tempo, revisitando as ideias que

convergiram na noção de sustentabilidade. Isso porque é este

conceito que balizará as atuais políticas públicas para o meio ambiente. Ademais, a sustentabilidade é um norte a ser seguido pelos gestores públicos de todas as esferas governamentais. Então, começaremos nossos estudos reconstruindo esse histórico. A partir daqui, vocês terão uma ampla base teórica para o entendimento de qualquer política pública voltada para o meio ambiente. Vamos lá!

A preocupação com a questão ambiental ganhou maior relevo após a Segunda Guerra Mundial, quando a era nuclear fez surgir temor em relação à radiação, aos problemas ambientais e aos de saúde que deles decorreriam. O consumo também aumentava e, consequentemente, a produção de poluição e de lixo decorrentes dele também. É bom ressaltar que políticas de saneamento, a despeito de serem mais antigas, passaram a caminhar cada vez mais próximas às questões ambientais, sobretudo nas cidades.

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Em 1962, Rachel Carson publicou um livro cujo título era “A

Primavera Silenciosa” e no qual havia uma preocupação com os

riscos da utilização de pesticidas na produção agrícola. Podemos dizer que tal publicação já era sinal da entrada da questão ambiental na agenda de debates políticos e econômicos.

Ao fim dos anos 60, a questão ambiental já estava de fato

dentro da agenda de debates – passando a consistir cada vez mais

em uma preocupação global. Com o crescimento do debate sobre desenvolvimento sustentável e ecologia, a Organização das Nações

Unidas promoveu em 1972 a Conferência das Nações Unidas sobre o

Ambiente Humano, em Estocolmo, Suécia, que foi a primeira conferência internacional a debater o tema.

Em tal Conferência apareceriam discussões acerca de contradições relacionadas ao desenvolvimento e ao meio ambiente. No mesmo ano de realização da Conferência em questão, foi

solicitado, junto ao renomado Massachusetts Institute of

Technology, nos Estados Unidos, um estudo sobre as condições da

natureza, o qual foi chamado de “desenvolvimento zero”.

De acordo com esse estudo, haveria uma série de impactos ambientais de âmbito internacional, provocados pelo modelo de desenvolvimento capitalista instituído. Nele foi proposta a estagnação total do crescimento econômico como forma de impedir tragédias ambientais de grandes proporções no mundo. Solução que, obviamente, não agradava aos países subdesenvolvidos, que

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almejavam obter desenvolvimento a fim de garantir melhor qualidade de vida às suas populações, nem a países desenvolvidos cujas economias se baseavam numa lógica agressiva de mercado, como os Estados Unidos, a Inglaterra e a França.

Em razão dessa discordância, a Conferência marcou-se pela

disputa dos partidários do chamado “desenvolvimento zero”,

então defendida por alguns cientistas e representantes de países

desenvolvidos; e os partidários do “desenvolvimento a qualquer

custo”, defendido principalmente por nações subdesenvolvidas, além dos Estados Unidos. Nessa mesma polarização, encontravam-se os ecologistas radicais, que defendiam um crescimento zero para colocar fim ao esgotamento dos recursos. E, por outro lado, estavam aqueles que acham que o progresso tecnológico poderia se aliar às perspectivas ambientais, resolvendo os problemas do meio ambiente.

O marco fundamental da Conferência de Estocolmo foi a

elaboração da Declaração da ONU sobre o Meio Ambiente, que

consistiu em uma série de manifestações sobre os princípios ambientais pelos quais os países deveriam se pautar. A Declaração prevê em um de seus trechos que “chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Por meio da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem. Por outro lado, através do maior conhecimento e de

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ações mais sábias, podemos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com um meio ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças humanas”.

No mesmo ano, a Assembleia Geral, valendo-se do clima gerado pela Conferência do Meio Ambiente, criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que pauta as ações da ONU no que diz respeito às questões ambientais. Atualmente as prioridades do PNUMA são aspectos ambientais das catástrofes e conflitos, a gestão dos ecossistemas, a governança ambiental, as substâncias nocivas, a eficiência dos recursos e as mudanças climáticas.

No início dos anos 80, foi estabelecida a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. As recomendações feitas pela Comissão levaram à realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que colocou o assunto diretamente na agenda pública, de uma maneira nunca

antes feita.

Realizada no Rio de Janeiro, em 1992, a “Cúpula da

Terra”, como ficou conhecida, adotou a Agenda 21, que é um documento que visa à proteção do nosso planeta e seu desenvolvimento sustentável. Assim, a Agenda 21 se trata da culminação de duas décadas de trabalhos que se iniciaram em Estocolmo em 1972. Essa conferência realizada no Rio de

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Foi nesse mesmo momento que, após a elaboração de um relatório da Comissão sobre os resultados da Conferência de Estocolmo, chegou-se a um conceito mais claro e preciso do que

seria o desenvolvimento sustentável – que logo seria incluído

nos debates internacionais sobre o meio ambiente.

Por desenvolvimento sustentável, podemos entender a ideia de um desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações, ou seja, trata-se de um modelo de desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. As políticas públicas, então, passaram a adotar essa noção como perspectiva. Em outras palavras, podemos dizer que os gestores públicos passaram a identificar em suas políticas instrumentos de proteção ao meio ambiente, a fim de que não haja esgotamento dos recursos disponíveis.

Segundo a organização não governamental WWF, cuja preocupação fundamental é o meio ambiente,

“o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente”.

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Assim, a sustentabilidade está relacionada a questões sociais e, por isso, a política ambiental está no rol de políticas sociais, se configurando como uma política de caráter transversal que interfere decisivamente nas condições de vida da população brasileira.

1.2. Agenda 21

Foi exatamente na ECO-92 que a relação entre o meio ambiente e o desenvolvimento, além da necessidade imperativa para o desenvolvimento sustentável, foi vista e reconhecida em todo o mundo.

A Agenda 21, documento resultante de tal Conferência, estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais e na tomada delas.

Dessa forma, a Agenda 21 é um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, conciliando proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

Cada país desenvolve a sua própria Agenda 21 e, no Brasil, as discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). Desse modo, a Agenda 21 se constitui em um importante

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instrumento que visa à conversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio, promovendo a qualidade de vida e não apenas o crescimento econômico.

Interessante notar que a Agenda 21 foi além das questões ambientais para abordar os padrões de desenvolvimento que causam danos ao meio ambiente. Elas incluem: a pobreza e a dívida externa dos países em desenvolvimento; padrões insustentáveis de produção e consumo; pressões demográficas e a estrutura da economia internacional. O programa de ação também recomendou

meios de fortalecer o papel desempenhado pelos grandes grupos –

mulheres, organizações sindicais, agricultores, crianças e jovens,

povos indígenas, comunidade científica, autoridades locais,

empresas, indústrias e ONGs – a fim de alcançar o desenvolvimento sustentável.

A Agenda 21 possui 3 níveis: o global, o nacional e o local. Então trabalhemos a definição de cada um desses níveis:

A Agenda 21 global é definida como um instrumento por meio do qual se planeja a construção de sociedades sustentáveis, nas diversas regiões geográficas, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Por conseguinte, a Agenda global é considerada um Plano de Desenvolvimento Sustentável que deverá envolver todo o planeta, sem fronteiras, ou seja, de acordo com a noção de cooperação internacional. A Agenda

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foi pensada, estruturada e proposta buscando alterar o atual modelo de desenvolvimento adotado pela sociedade em escala mundial que não é sustentável e poderá até mesmo tornar inviável a vida humana na Terra.

A emergência do capitalismo, com seu posterior

desenvolvimento até a fase atual, fez com que o consumismo fosse a tônica do comportamento vigente. O consumismo faz com que haja a lógica de busca pelo lucro, fomentando a produção e a demanda. Todavia, esse modelo impacta o meio ambiente agressivamente. A Agenda 21 se preocupa com o agravamento da questão ambiental e, assim, propõe um modelo mais equilibrado.

A Agenda 21 brasileira, por sua vez, é um processo e um mecanismo para o planejamento participativo, na busca do desenvolvimento sustentável. Ela possui como eixo principal a sustentabilidade, fazendo convergir a conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico. A Agenda 21 brasileira foi construída a partir das diretrizes da Agenda 21 global. Ou seja, os princípios da Agenda brasileira decorrem dos da Agenda global. Desse modo, se trata de um instrumento fundamental para a construção da democracia participativa e da cidadania ativa no país, engajando os brasileiros na questão socioambiental.

O processo de desenvolvimento da Agenda 21 brasileira se deu de 1996 a 2002, sendo coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS) e

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contou com a participação de aproximadamente 40 mil pessoas de todo o país. O documento Agenda 21 Brasileira foi concluído em 2002.

A partir de 2003, a Agenda 21 brasileira não apenas entrou na fase de implementação assistida pela CPDS, como também foi elevada à condição de Programa do Plano Plurianual (PPA 2004-2007) pelo governo federal. Com status de programa a Agenda nacional adquire maior capacidade política e institucional, tornando-se um instrumento fundamental para a construção de um Brasil sustentável, coadunando-se com as diretrizes da política ambiental de governo, de transversalidade, de desenvolvimento sustentável e de participação social.

Outro ponto importante é que a Agenda 21 brasileira não se estrutura somente como sendo um conjunto hierarquizado e interdependente de recomendações gerais que possam vir a esconder tensões e conflitos econômicos e político-institucionais que emergem durante sua implementação e desenvolvimento definitivo. As políticas de desenvolvimento sustentável quase nunca são jogos de soma positiva, apenas com ganhadores. Ao contrário, durante a consulta nacional com frequência surgiram conflitos e tensões políticas e sociais, contrapondo os objetivos restritos do crescimento econômico às exigências mais amplas da sustentabilidade. Na verdade, muitas vezes as políticas ambientais entram em choque com interesses diversos.

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Historicamente as experiências de exploração predatória dos mais diversos biomas demonstram os desafios da sustentabilidade, dentro da lógica atual de acumulação e de crescimento econômico do país. Dessa mesma maneira, o processo de produção, que é um gerador de impactos negativos para o meio ambiente, é o mesmo que produz benefícios do crescimento do emprego, da renda e da arrecadação tributária, o que traz à tona inúmeros conflitos de interesses entre diferentes atores sociais, e entre instituições públicas e organizações privadas.

Assim, pessoal, fica claro que na implementação das políticas públicas voltadas para o meio ambiente há choques de interesses. Ao mesmo tempo que o governo busca atender as reivindicações ambientalista, de outro modo ele deve se preocupar com a economia, indústria, emprego, renda, produção etc. Conjugar esses vetores é um desafio que não pode ser ignorado pela Administração Público nem por seus gestores.

A Agenda 21 brasileira pretender, pois, implementar uma harmonia negociada entre os objetivos e as estratégias das políticas ambientais e de desenvolvimento econômico e social, a fim de consolidá-los em um processo de desenvolvimento sustentável. Essa compreensão é indispensável, já que os planos de desenvolvimento no Brasil tendem, em geral, a listar objetivos e diretrizes potencialmente conflitivos, sem explicitar para o poder público os valores e preferências envolvidos.

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Por sua vez, a Agenda 21 local é um processo de

planejamento participativo para um determinado território,

envolvendo a implementação, nesse local, de um Fórum de Agenda 21. Esse Fórum é composto pelo governo e pela sociedade civil, sendo responsável pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que deve estruturar as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos.

No Fórum de Agenda 21 são definidos os mecanismos de implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e ações. A Agenda 21 local pode ser construída e implementada em municípios ou em quaisquer outros

arranjos territoriais - como bacias hidrográficas, regiões

metropolitanas e consórcios intermunicipais, por exemplo.

Vejamos agora alguns dos objetivos da Agenda 21:

Produção e consumo sustentáveis contra a cultura do

desperdício

 Incentivar “ecoeficiência” e responsabilidade social das

empresas

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Fomentar a informação e o conhecimento para o desenvolvimento sustentável

 Buscar a inclusão social para uma sociedade solidária

Promover a saúde e evitar as doenças, democratizando o SUS

Fomentar a inclusão social e a distribuição de renda

 Proteger os segmentos mais vulneráveis da população

(mulheres, negros, jovens, idosos)

Universalizar o saneamento ambiental protegendo o ambiente

e a saúde

Promover a reforma do Estado, dentro da nova filosofia do

federalismo cooperativo, tornando-o mais ativo e promotor do desenvolvimento urbano sustentável

 Promover a agricultura sustentável e os modelos de economia

solidária

Bom, amigos e amigas, acho que não precisa nem falar que a Agenda 21 possui objetivos em diversas frentes, não é? Agricultura, meio ambiente, saneamento, saúde e por aí vai.

Diante dessa nova lógica sustentável, evidenciou-se também a necessidade de o Estado rever seu papel. A perspectiva de que o Estado, ou seja, a Administração Pública possui grande potencial

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regulatório, quer como agente quer como destinatário, coloca o poder público como gestor e prestador de serviços, considerando que ele (Estado) também produz e reproduz as culturas organizacionais; sendo, portanto, um indutor de comportamento.

A administração pública tem a responsabilidade de contribuir no enfrentamento das questões ambientais, buscando estratégias inovadoras que repensem os atuais padrões de produção e consumo, os objetivos econômicos, inserindo componentes sociais e ambientais. Assim as instituições públicas têm sido motivadas a implementar iniciativas específicas e desenvolver programas e projetos que promovam a discussão sobre desenvolvimento e a adoção de uma política de Responsabilidade Socioambiental do setor público.

Fica evidente que se tem percebido que o Estado pode ser capaz de promover um ajuste e estruturar os princípios do desenvolvimento sustentável. Para isso é fundamental que haja um planejamento estratégico em todos os níveis federativos, tendo como foco a incorporação da perspectiva sustentável. Podemos dizer que a adequação do modelo administrativo ao paradigma sustentável faz parte da proposta de uma nova maneira de se fazer administração pública.

Nesse sentido, a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) se tornou o mais importante programa da administração pública na gestão socioambiental. O referido programa vem sendo

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implementado nos mais variados órgãos e instituições públicas das três esferas de governo, no âmbito dos três poderes, podendo inclusive ser utilizado como um modelo para a gestão socioambiental nos outros segmentos da sociedade.

É fundamental que a Administração Pública tenha participação plena durante a implementação e gestão das políticas públicas para o meio ambiente, já que o Poder Público é o principal interlocutor junto à sociedade, possuindo uma ampla penetração e o papel de ser o condutor mais importante para tornar as iniciativas atuais, e também as futuras, mais transparentes, estimulando a inserção de critérios de sustentabilidade em suas atividades e integrando as ações sociais e ambientais com o interesse público.

Além da capacidade de conduzir, de ser o modelo de comportamento e gestão, o poder deve buscar a mobilização de importantes setores da economia exercidos pelas compras governamentais. Essas compras devem ser usadas a fim de garantir a mudança e a adoção de novos padrões de produção e consumo, procurando conseguir a redução dos impactos socioambientais negativos gerados pela atividade pública. De tal modo, a Administração Pública deve procurar contribuir com o crescimento da perspectiva sustentável, promovendo a responsabilidade socioambiental e respondendo às expectativas sociais.

Em 2001 foi criado o Programa Agenda Ambiental na Administração Pública e, em 2002, a A3P chegou a ser reconhecida

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pela Unesco, em razão da relevância do trabalho desempenhado e dos resultados positivos obtidos ao longo do seu desenvolvimento. Diante dessa nova diagramação institucional, a A3P foi se fortalecendo, enquanto Agenda de Responsabilidade Socioambiental do Governo, e passou a ser uma das mais importantes políticas públicas para proposição e estabelecimento de um novo compromisso governamental ante as atividades da gestão pública, englobando critérios ambientais, sociais e econômicos a tais atividades.

São objetivos da A3P:

- orientar os gestores públicos para a adoção de princípios e critérios de sustentabilidade em suas atividades;

- apoiar a incorporação de critérios de gestão socioambiental nas atividades públicas;

- promover a economia de recursos naturais e eficiência de gastos institucionais;

- contribuir para revisão dos padrões de produção e consumo e na adoção de novos referenciais de sustentabilidade no âmbito da administração pública.

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a) Gestão de resíduos b) Licitação sustentável

c) Qualidade de vida no ambiente de trabalho d) Sensibilização e capacitação de servidores e) Uso racional de recursos

Qualquer instituição pertencente à Administração Pública, independentemente de qual for a esfera de governo, poderá e deverá implementar a A3P, cabendo a ela decidir e promover suas ações, desde que observados os princípios e os eixos temáticos. Que tal falarmos um pouco mais sobre isso?

1.3. Agenda Ambiental da Administração Pública

A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é um projeto que teve início no Ministério do Meio Ambiente e que possui de maneira estratégica na modificação dos padrões produtivos e de consumo, além de pretender adotar novos referenciais alinhados com a sustentabilidade socioambiental, no âmbito da administração pública.

Desse modo, a A3P possui o objetivo fundamental de fomentar os gestores públicos a incorporarem os princípios e os critérios da

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gestão ambiental em suas atividades rotineiras, ou seja, incentivar

a adoção de práticas sustentáveis no gerenciamento da

Administração Público, levando à economia de recursos naturais e à redução de gastos institucionais por meio do uso racional dos bens públicos e da gestão adequada dos resíduos.

Não podemos deixar de perceber que a A3P é uma iniciativa cuja adesão é voluntária e também é uma chamada a um maior engajamento tanto individual quanto coletivo, a partir do comprometimento pessoal e da disposição para a incorporação dos conceitos preconizados, para a mudança de hábitos e a difusão do programa.

A agenda ambiental atualmente possui os seguintes eixos temáticos:

a) Gestão de resíduos b) Licitação sustentável

c) Qualidade de vida no ambiente de trabalho d) Sensibilização e capacitação de servidores e) Uso racional de recursos

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Gestão de resíduos -> a Lei nº 12.305 de 2010, que institui

a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), contém

instrumentos fundamentais para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Essa Lei prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, possuindo como proposta nuclear a prática de hábitos de consumo sustentável, além de um conjunto de instrumentos que visam a propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

Desse modo, Política Nacional de Resíduos Sólidos institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens consumo e pós-consumo. Ela também cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

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Licitação sustentável -> A licitação é o procedimento

administrativo formal em que a Administração Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços. O objetivo é garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o comparecimento ao certame do maior número possível de concorrentes, fato que favorece o próprio interesse público.

O procedimento de licitação busca permitir que a

Administração contrate aqueles que reúnam as condições necessárias para o atendimento do interesse público, levando em consideração aspectos relacionados à capacidade técnica e econômico-financeira do licitante, à qualidade do produto e ao valor do objeto.

Com base no art. 3º da Lei nº 8.666 de 1993, licitação sustentável é aquela que se destina a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. Nesse sentido, pode-se dizer que a licitação sustentável é o procedimento administrativo formal que contribui para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, mediante a inserção de critérios sociais, ambientais e econômicos

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nas aquisições de bens, contratações de serviços e execução de obras. Vejam o que diz o artigo 3º da Lei 8.666 de 1993:

Art. 3o

A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Portanto, meus amigos e amigas, podemos dizer que, sem dúvida alguma, as licitações e as contratações sustentáveis possuem um papel estratégico para os órgãos públicos e, quando adequadamente realizadas promovem a sustentabilidade nas atividades públicas. Por isso, é fundamental que os compradores públicos consigam delimitar corretamente as necessidades da sua instituição e conheçam a legislação aplicável e características dos bens e serviços que poderão ser adquiridos.

Qualidade de vida no ambiente de trabalho -> a

Administração Pública tem o dever de procurar permanentemente uma melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho e para isso deve promover e fomentar ações voltadas para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus servidores. Para tanto, as instituições públicas devem desenvolver e implementar programas específicos que envolvam o grau de satisfação da pessoa com o ambiente de trabalho, melhoramento das condições ambientais gerais, promoção

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da saúde e segurança, integração social, desenvolvimento das capacidades humanas, entre outros fatores.

Sensibilização e capacitação de servidores -> a

Administração Pública deve criar a chamada “consciência cidadã da responsabilidade socioambiental” nos gestores e servidores públicos. Fazê-lo é um grande desafio, mas a implantação da A3P depende bastante de que os servidores sejam integrados no processo para seu sucesso. As modificações de hábitos, comportamento, cultura e padrões de consumo de todos os servidores influencia diretamente a preservação de recursos naturais, contribuindo para a qualidade ambiental e proporcionando a redução da poluição.

Para que essas transformações aconteçam é necessário que também ocorra um engajamento individual e coletivo, porquanto somente dessa maneira será possível criar-se uma nova cultura institucional de sustentabilidade das atividades do setor público, sejam essas relacionadas à área meio ou à área fim. O processo de sensibilização dos servidores implica a realização de campanhas que chamem a atenção para os temas socioambientais importantes, como o papel de esclarecer a necessidade e os impactos de cada um no processo.

Dessa forma, a capacitação é um processo que contribui para o desenvolvimento de melhorias institucionais e individuais nas questões relativas à gestão socioambiental e, ao mesmo tempo,

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fornece aos servidores uma oportunidade para desenvolver suas habilidades e atitudes na tentativa de se obter um melhor desempenho das suas atividades, valorizando os que participam de iniciativas inovadoras e que buscam a sustentabilidade. Os processos de capacitação fomentam também o acesso democrático a informações, novas tecnologias e troca de experiências, contribuindo para a formação de redes sustentáveis no setor público.

Uso racional de recursos -> Diante dos atuais padrões de

produção e consumo, a cultura do desperdício ganha força, ultrapassando as camadas de alta renda e paradoxalmente atingindo as camadas menos favorecidas economicamente. Assim sendo, é importante que pensar a origem e a hegemonia de uma cultura que se pauta pelo desperdício. Tanto a proteção ambiental, em razão da crescente demanda, como a potencialização de novas possibilidades de oferta ambiental, ganham muita importância, tendo invista que a influência sobre o desenvolvimento se torna cada vez mais relevante.

A valorização de recursos que ainda não haviam sido incorporados à atividade econômica é uma necessidade da

Administração Pública. No atual momento histórico, os

conhecimentos técnicos nos permitem a utilização dos recursos socialmente aceitáveis. Por isso se cunhou a frase “o que é recurso hoje não foi recurso ontem”. Do mesmo modo, poderá ser recurso amanhã o que não foi percebido hoje enquanto recurso. Diante

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dessas alterações sistemáticas oriundas de novas visões e novas tecnologias, é fundamental que o setor público respeite os recursos, utilizando-os de maneira racional.

Sendo o meio ambiente um potencial de recursos mal aproveitados, sua inclusão no horizonte de negócios pode gerar atividades que proporcionem lucro ou pelo menos se paguem com a poupança de energia, de água, ou de outros recursos naturais. Reciclar resíduos, por exemplo, é transformá-los em produtos com valor agregado. Conservar energia, água e outros recursos naturais, é reduzir custos de produção.

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Em relação à logística sustentável, no âmbito federal, a Instrução Normativa nº 10 estabelece as regras para elaboração dos

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Planos de Gestão de Logística Sustentável (PLS). Os PLS são

ferramentas de planejamento que permitem aos órgãos ou entidades estabelecer práticas de sustentabilidade e racionalização de gastos e processos na Administração Pública. Ou seja, o Plano visa a incentivar órgãos e instituições públicas a usarem de forma racional seus recursos financeiros e naturais, promovendo a sustentabilidade. Cada ente federativo deve elaborar seu Plano;

Todos os órgãos e entidades da Administração Pública direta,

autárquica, fundacional e as empresas estatais deveriam

implementar essa nova gestão, uma vez que os PLS são ferramentas de planejamento que têm por objetivos definir,

organizar e consolidar as ações de sustentabilidade de

racionalização de gastos públicos.

Essas ações buscam a melhoria da qualidade do gasto público associada aos critérios de sustentabilidade, reduzindo o desperdício e aumentando a eficiência dos recursos utilizados. Entram no PLS iniciativas nas áreas de energia elétrica, água, reaproveitamento de papel, gerenciamento de frota de veículos e contratações públicas, por exemplo.

A adoção dos PLS é desse modo um processo que necessariamente passa por uma transformação na conduta individual de cada servidor, com especial valor em seu efeito multiplicador e educativo, bem como por uma transformação do

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internamente com ações na participação e num senso de propósito comum, seu aperfeiçoamento cíclico será crucial para que a Administração possa cumprir o seu papel constitucionalmente estabelecido de defesa e preservação ambiental.

1.4. Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Em São Paulo, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) foi criada em 1993 (Lei nº 11426, de 1993). Desde então vem passando por reorganizações para dar conta das questões ambientais da cidade de São Paulo, sendo que a última aconteceu em 2009 (Lei n. 14887/09).

Compete à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente:

- planejar, ordenar e coordenar as atividades de defesa do meio ambiente no Município de São Paulo, definindo critérios para conter a degradação e a poluição ambiental;

- manter relações e contatos visando à cooperação técnico-científica com órgãos e entidades ligados ao meio ambiente, do Governo Federal, dos Estados e dos Municípios brasileiros, bem como com órgãos e entidades internacionais; e

- estabelecer com os órgãos federal e estadual do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA critérios visando à

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otimização da ação de defesa do meio ambiente no Município de São Paulo.

Sua estrutura é composta dos seguintes departamentos:

- Departamento de Controle da Qualidade Ambiental (DECONT)

- Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ)

- Departamento de Parques e Áreas Verdes (DEPAVE)

- Departamento de Planejamento Ambiental (DEPLAN)

- Departamento de Gestão Descentralizada (DGD)

- Departamento de Administração e Finanças (DAF)

- Departamento de Participação e Fomento a Políticas Públicas (DPP)

Em relação às competências de cada Departamento, não queimem os neurônios. Leiam, compreendam a estrutura, percebam

as prioridades e sigam em frente. Não tentem decorar isso! Há

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Cabe ao Departamento de Controle da Qualidade

Ambiental (DECONT):

- planejar, ordenar, coordenar e orientar as atividades de controle, monitoramento e gestão da qualidade ambiental e da biodiversidade, no que se refere às atribuições da Secretaria como órgão local do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA;

- estudar, propor, avaliar e fazer cumprir normas e padrões pertinentes à qualidade ambiental do ar, água, solo, ruídos, vibrações e estética, tomando as medidas necessárias à sua implementação;

- elaborar e manter atualizados cadastros e registros relativos ao controle ambiental;

- propor, executar e participar de projetos que visem o monitoramento e o controle da qualidade ambiental;

- orientar outros órgãos do Município, dando-lhes suporte técnico nas questões ambientais;

- participar do sistema integrado de gerenciamento de recursos hídricos e demais recursos naturais;

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- participar do sistema de saneamento;

- participar dos sistemas de Defesa Civil nos diversos níveis de Governo;

- participar, juntamente com o Estado, no controle da produção, armazenamento, transporte, comercialização, utilização e destino final de substâncias, que comportem risco efetivo ou potencial para a qualidade de vida e meio ambiente, com ênfase nos produtos químicos perigosos;

- representar à Procuradoria Geral do Município, da Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos, os casos concretos de poluição ou degradação ambiental, para adoção das providências cabíveis;

- promover o desenvolvimento de normas e padrões de controle da poluição, em todas as suas formas;

- promover o acompanhamento, avaliação e controle da qualidade das águas, do solo, do ar e dos resíduos, em todas as suas formas;

- emitir, anualmente, Relatório de Qualidade do Meio Ambiente do Município - RQMA;

- promover, em conjunto com o Departamento de Gestão Descentralizada, a definição de diretrizes e o apoio necessário para

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o desempenho das funções fiscalizatórias a serem desenvolvidas pelos Núcleos de Gestão Descentralizada.

Cabe ao Departamento de Educação Ambiental e Cultura

de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ):

- coordenar e executar programas e ações educativas para promover a participação da sociedade na melhoria da qualidade ambiental;

- apoiar as ações de educação ambiental promovida por outras instâncias de governo e da sociedade civil;

- desenvolver programas de capacitação de servidores e estagiários da Secretaria nas temáticas ambientais;

- elaborar e divulgar ações pertinentes à preservação ambiental;

- planejar e executar atividades científicas, culturais e educacionais no campo da educação ambiental;

- manter serviços de arquivo, documentação e instrumentação científica na área de educação ambiental, promovendo intercâmbio com entidades congêneres;

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- atuar como apoio técnico em programas de educação ambiental a cargo da Secretaria Municipal de Educação e demais instituições públicas ou privadas, em todos os níveis de educação, mediante acordos formais de cooperação;

- ministrar cursos de jardinagem destinados à população, incentivando-a a participar da melhoria da qualidade do meio ambiente;

- planejar e executar atividades científicas, culturais e educacionais no campo da astronomia e ciências congêneres;

- coordenar o funcionamento dos Planetários, da Escola Municipal de Jardinagem, da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz e da Escola Municipal de Astrofísica;

- desenvolver, por meio da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, programa de formação aberta, ampla e permanente para cidadãos de diferentes faixas etárias e escolaridade, com o propósito de contribuir para uma convivência socioambiental sustentável e pacífica na cidade de São Paulo, articulando temas ambientais e a cultura de paz e não-violência, disseminando conhecimentos e tecnologias de mediação de conflitos;

- adquirir, selecionar, organizar e divulgar toda documentação técnica que compõe o acervo, nas suas diferentes formas de

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apresentação, com vistas a oferecer ao usuário subsídios para estudos e pesquisas;

- organizar Educação Ambiental e Cultura de Paz nos Parques, diretamente ou por meio de parcerias;

- desenvolver atividades de rotinas administrativas, bem como projetos e trabalhos técnicos pertinentes.

Cabe ao Departamento de Parques e Áreas Verdes

(DEPAVE):

- projetar, contratar projetos e gerenciar obras e serviços de construção civil e ajardinamento para viveiros, parques urbanos, parques lineares e parques naturais, praças, jardins e demais logradouros públicos ou outras unidades a ele subordinadas;

- promover a produção de mudas ornamentais em geral e a execução de arborização e ajardinamento em vias públicas e de implantação de viveiros, parques, praças, jardins e demais logradouros públicos;

- promover pesquisa, estudo, experimentação e divulgação das atividades ligadas às suas atribuições, funções e objetivos, estabelecendo normas e padrões dos serviços a serem executados;

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- promover, em conjunto com as demais unidades da Secretaria, a administração, preservação, conservação e manejo de parques ou de outras unidades a ele subordinadas, com todos os seus equipamentos, atributos e instalações, provendo suas necessidades, dispondo sobre as modalidades de uso e conciliando o manejo com a utilização pelo público;

- orientar outros órgãos da Prefeitura, dando-lhes suporte técnico em matéria de sua competência;

- executar a política referente ao Sistema de Áreas Verdes - SAV;

- promover a preservação e a conservação da fauna, com acompanhamento médico-veterinário curativo, profilático, biológico, sanitário, nutricional e reprodutivo;

- estimular o reflorestamento, a arborização e o

ajardinamento, com fins ecológicos e paisagísticos, no âmbito do Município de São Paulo;

- promover, supletivamente, no âmbito do Município de São Paulo, a proteção e o equilíbrio da paisagem e do meio físico ambiente, no que se refere aos recursos naturais e demais fatores que, dentro do campo de interesse de suas atividades, influam na qualidade da vida humana.

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Cabe ao Departamento de Planejamento Ambiental

(DEPLAN):

- estudar, planejar e implementar as ações necessárias para adequação da cidade ao novo cenário de mudanças climáticas;

- delinear um plano de ação estratégico com a definição de políticas, programas e projetos pautados nesse novo cenário de mudança compulsória, assim como implementar os novos programas de adaptação, auxiliando os órgãos da Prefeitura na formulação das políticas setoriais;

- sugerir instrumentos de melhoria da qualidade ambiental no planejamento do uso do solo;

- promover estudos, normas e padrões de planejamento ambiental;

- estudar e desenvolver, em cooperação com outros órgãos da Prefeitura, normas e padrões ambientais a serem adotados na Administração Pública Municipal;

- desenvolver, em conjunto com a Secretaria Municipal de Planejamento, a aplicação dos instrumentos urbanísticos e ambientais previstos no Plano Diretor Estratégico e demais legislações afins;

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- desenvolver o Plano de Gestão de Áreas Públicas de interesse ambiental e o Programa de Intervenções Ambientais, voltados para

ampliação do Sistema de Áreas Verdes, aumento da

permeabilidade, controle das inundações, recuperação e

preservação de recursos hídricos, reabilitação de áreas

contaminadas e preservação das áreas de mananciais;

- elaborar o zoneamento ambiental do Município de São Paulo e sistematizar as informações sobre terrenos com potencial para a implantação de áreas verdes e demais melhoramentos ambientais;

- coordenar, no âmbito da Secretaria, os processos de revisão do Plano Diretor Estratégico e demais legislações afins;

- promover a participação da Secretaria, nos Comitês de Bacias Hidrográficas e nos Consórcios de Municípios da Região Metropolitana;

- implantar, estruturar e gerenciar o Sistema de Informações Ambientais da Secretaria, mantendo suas bases de dados alfanuméricos e espaciais;

- manter informações sistematizadas de aspectos de interesse ambiental referente ao Município de São Paulo;

- manter atualizado Sistema de Indicadores Ambientais para subsidiar a elaboração do Diagnóstico Ambiental do Município de

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São Paulo e o desenvolvimento e avaliação das políticas públicas incidentes sobre o meio ambiente;

- coordenar a produção das informações de interesse da Secretaria, promovendo o intercâmbio de dados e informações dos sistemas de informação produzidos pelo Departamento com as demais unidades da Secretaria e da Administração Municipal, Estadual e Federal;

- elaborar e manter atualizado cadastro de áreas de interesse ambiental;

- apoiar, em conjunto com os demais órgãos municipais, o desenvolvimento e o fomento de políticas públicas sustentáveis para a cidade, com vistas ao fortalecimento do transporte não motorizado, da ocupação e uso racionais do território do Município, da melhoria da drenagem das águas pluviais e redução das enchentes, da proteção das áreas ambientalmente mais frágeis, da implementação de ações para a mitigação e adaptação da Cidade

aos efeitos negativos das mudanças climáticas e de

desenvolvimento econômico sustentável;

- fomentar programas de incentivo para a elaboração de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL no Município de São Paulo pela Administração Municipal ou por particulares, bem como outros instrumentos que vierem a ser

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criados no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima.

Cabe ao Departamento de Gestão Descentralizada

(DGD):

- coordenar as atividades das Divisões Técnicas dos Núcleos de Gestão Descentralizada e a integração, articulação interinstitucional das ações entre SVMA, Subprefeituras e outros órgãos, dirigidas ao meio ambiente;

- coordenar e desenvolver, por meio das Divisões Técnicas dos Núcleos de Gestão Descentralizada, ações da Secretaria relativas à fiscalização, educação ambiental, implantação, manutenção e gestão dos Parques e outros componentes do sistema de áreas verdes;

- coordenar e articular as ações desenvolvidas no âmbito das Subprefeituras, relacionadas ao meio ambiente.

Cabe ao Departamento de Administração e Finanças

(DAF):

- planejar, desenvolver e gerenciar as atividades ligadas às áreas de finanças e orçamento, patrimônio, suprimentos, gestão de pessoas, informática e atividades complementares;

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- promover o entrosamento de suas atividades financeiras com o órgão normativo central;

- elaborar a proposta orçamentária da Secretaria;

- implementar ações relativas à execução orçamentária;

- realizar atividades de natureza contábil e financeira;

- promover o levantamento das necessidades de compras e contratações de serviços, bem como propor a realização das respectivas modalidades de licitação;

- planejar, executar e monitorar as atividades referentes à gestão dos recursos de informática das diversas áreas da Secretaria;

- exercer o controle permanente do pessoal;

- ministrar cursos de capacitação profissional, observadas as diretrizes formuladas pela Secretaria Municipal de Gestão;

- coordenar a política de estágio no âmbito da Secretaria, de acordo com as diretrizes fixadas para o Sistema Municipal de Estágios, da Secretaria Municipal de Gestão;

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- controlar a movimentação de papéis e documentos de interesse da Secretaria;

- apoiar os serviços administrativos de suprimentos de materiais, de transportes de bens e pessoas e outros necessários ao desempenho de todas as unidades da Secretaria;

- administrar e supervisionar as atividades de serviços gerais e de manutenção, englobando as atividades de zeladoria, vigilância e limpeza, assim como a manutenção de equipamentos e instalações prediais;

- fornecer subsídios para a elaboração de programas e projetos, dentro de sua área específica.

Cabe ao Departamento de Participação e Fomento a

Políticas Públicas (DPP):

- estimular a participação da sociedade no planejamento e gestão das políticas ambientais;

- organizar e garantir o funcionamento do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

- organizar e garantir o funcionamento do Conselho do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

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- organizar e garantir o funcionamento do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

- apoiar o funcionamento dos Conselhos Gestores dos Parques;

- apoiar o funcionamento dos Conselhos Regionais de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz;

- coordenar as atividades necessárias para a execução das suas atribuições, cumprindo e fazendo cumprir as determinações legais e as normas estatutárias e regimentais.

1.5. Relatório de Áreas Contaminadas do Município

De acordo com o Decreto Municipal nº 51.436/2010, que regulamenta a Lei Municipal nº 15.098/2010, compete à Secretaria

Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA a publicação do

Relatório de Áreas Contaminadas do Município.

Para elaboração desta listagem, foram utilizados os relatórios gerados pelo Sistema de Informação de Gerenciamento de Áreas

Contaminadas – SIGAC, desenvolvido pela PRODAM, interligado ao

Boletim de Dados Técnicos – BDT. Este sistema tem como objetivo

aprimorar a Gestão de Áreas Contaminadas no Município de São Paulo, por meio de um banco de dados disponível aos Órgãos Municipais relacionados à SVMA, que visa informatizar, armazenar e

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atualizar informações sobre as áreas com potencial de contaminação, suspeita de contaminação e contaminada.

Uma vez que cabe à SVMA manifestação sobre a aprovação de projeto de parcelamento do solo, edificação, mudança de uso ou instalação de equipamentos em terrenos públicos ou privados

considerados contaminados ou suspeitos de contaminação,

conforme o Artigo 201 da Lei Municipal nº 13.885/2004, que disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo no Município, todas as áreas contaminadas que estiveram ou estejam sob análise no Grupo Técnico Permanente de Áreas Contaminadas (GTAC), por solicitação dos órgãos de aprovação da Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP) ou de órgão externos (CETESB, Ministério Público, Câmara de Vereadores, COVISA etc.), foram incluídas no relatório em epígrafe.

As definições das classificações das áreas estão descritas abaixo e são baseadas na Lei Estadual nº 13.577, de 8 de julho de 2009, que dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo, e na Decisão de Diretoria nº 103/2007/C/E, de 22 de junho de 2007 da CETESB:

Área Contaminada: área, terreno, local, instalação,

edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou

concentrações de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger;

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Área Contaminada sob Investigação: área contaminada na

qual estão sendo realizados procedimentos para determinar a extensão da contaminação e os receptores afetados;

Área em processo de monitoramento para reabilitação:

área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria, na qual foram implantadas medidas de intervenção e atingidas as metas de remediação definidas para a área, ou na qual os resultados da avaliação de risco indicaram que não existe a necessidade da implantação de nenhum tipo de intervenção para que a área seja considerada apta para o uso declarado, estando em curso o monitoramento para encerramento.

Área reabilitada para o uso declarado: área, terreno, local,

instalação, edificação ou benfeitoria, que após a realização do monitoramento para encerramento, for considerada apta para o uso declarado.

Vocês podem acessar o relatório no link

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/meio_a mbiente/19_GTAC_Jul_2015.pdf

1.6. Relatório da Qualidade do Meio Ambiente

O Relatório de Qualidade do Meio Ambiente – RQMA é uma

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Ambiente (SVMA), em atendimento ao inciso XIII da Lei municipal nº 14.887/09. É um documento que visa destacar as principais ações empreendidas pelo Departamento de Controle da Qualidade Ambiental (DECONT).

De acordo com o Relatório, Um dos resultados do Protocolo de Kyoto foi a introdução do conceito MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) que consiste em promover o investimento em tecnologias e projetos que eliminem ou reduzam a emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa) em países em desenvolvimento. Após a implantação, o projeto ou a tecnologia é submetida a um rigoroso processo de validação, registro, monitoramento e verificação que culmina com a emissão das RCE (Reduções Certificadas de Emissão – os chamados “Créditos de Carbono”).

Estes papéis podem ser negociados livremente nos mercados de ações, adquiridos por países listados no Anexo I do Protocolo (países “desenvolvidos”) sendo contabilizados para o cálculo do alcance das metas propostas de redução de GEE destes países.

Os Aterros Sanitários são grandes geradores de GEE, uma vez que o gás emitido durante a decomposição dos resíduos sólidos, chamado biogás, é composto basicamente por dióxido de carbono e metano, dois dos principais gases causadores do efeito estufa.

A cidade de São Paulo possui dois grandes aterros desativados: o Bandeirantes na região de Perus, desativado em

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2007, e o São João na região de São Mateus, desativado em 2009. Em ambos foram implantados projetos para captura, queima e aproveitamento para produção de energia elétrica a partir dos GEE. Essa exploração se dá na forma de concessão, sendo as empresas Biogás Energia Ambiental S/A e São João Energia Ambiental S/A as concessionárias responsáveis. Todos os RCE gerados nesses empreendimentos são divididos entre a concessionária e a Prefeitura de São Paulo na proporção de 50% para cada.

A prefeitura de São Paulo leiloa na Bolsa de valores Mercadoria e Futuros de São Paulo os créditos de Carbonos gerados nos aterros Bandeirantes e São João. A receita obtida com a venda dos créditos de carbono é revertida para o Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA) e é aplicada em projetos ambientais nos distritos onde estão instalados os aterros.

É importante relembrar que a COP-3, realizada em 1997,

marcou a adoção do Protocolo de Kyoto, com metas de redução de emissões e mecanismos de flexibilização dessas metas. A entrada em vigor do acordo vinculou-se à ratificação de no mínimo 55 países que somassem 55% das emissões globais de gases do efeito estufa, que aconteceu apenas em 16 de fevereiro de 2005, depois de vencida a relutância da Rússia.

Os Estados Unidos, um dos países que mais emitem gases poluentes no mundo, abandonaram o Protocolo de Kyoto em 2001,

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com a justificativa de que cumprir as metas estabelecidas comprometeria seu desenvolvimento econômico.

Inicialmente os Estados Unidos aderiram ao acordo,

comprometendo-se com a redução de 7% dos gases poluentes; contudo, esse compromisso não foi levado adiante. Aliás, uma das maiores críticas ao governo do presidente norte-americano Obama está exatamente na falta de comprometimento com as questões ambientais, entre as quais se incluem o Protocolo de Kyoto.

Em 2012, acabou o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kyoto, contudo esses foram renovados. Durante a Conferência de Durban (COP-17), África do Sul, ficou decidido que o Protocolo de Kyoto seria mantido, com o compromisso de se dar início a um novo marco legal que incluísse todos os países no combate aos efeitos da mudança climática. Este novo instrumento legal, provavelmente outro protocolo, deverá vigorar, no máximo, a

partir de 2020 – o que foi duramente criticado pelos ambientalistas,

pois, segundo eles, isso demonstraria falta de preocupação com a questão do desenvolvimento sustentável.

Assim, o Protocolo de Kyoto passa a ter um segundo período de validade, que irá de 2012 a 2017, podendo, inclusive, chegar a 2020, caso seja estendido. Em outras palavras, o Protocolo de Kyoto terá validade até 2017. Então, até o fim de sua vigência nesse ano, é possível que o prorroguem por mais um período, que iria até 2020.

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A "Plataforma de Durban", como foi batizado o conjunto de resultados obtidos na conferência das Nações Unidas, também incluiu avanços, apesar de modestos, no debate de redução de emissões por desmatamento (conhecidas pela sigla REDD), na transferência de tecnologias verdes e no fundo de adaptação para os países que já sofrem com enchentes e secas intensas.

A estratégia para se conseguir algum avanço na negociação internacional em Durban partiu da União Europeia, que prometia manter o Protocolo de Kyoto, desde que todos os outros países se comprometessem em participar de um novo protocolo.

Nós sabemos, pessoal, que o planeta vive uma crise ambiental sem precedentes. Essa crise decorre de um padrão de crescimento econômico e de consumo associados ao desperdício e ao uso inadequado de recursos naturais, comprometendo não somente as possibilidades de desenvolvimento econômico sustentável, mas também a própria existência humana.

Existe uma gama de sinais dessa crise que se materializa em diversos problemas, tais como o desequilíbrio da produção de alimentos, a desertificação de grandes áreas, alterações nos regimes pluviais, extinção de espécies da fauna, desestabilização de biomas, proliferação de organismos transmissores de doenças e epidemias e contaminação do solo e da águas por agentes químicos.

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Assim, acredita-se que o mundo precisará fazer uma transição rápida de uma economia baseada no carbono, que ameaça a vida e o clima no planeta, para uma economia baseada em formas alternativas e limpas de energia. Infelizmente as economias dependem do consumo crescente e insustentável de combustíveis fósseis. Petróleo e gás respondem por aproximadamente 80% da matriz energética do mundo. O carvão, outro poluidor, também possui parcela significativa.

Na União Europeia e em outros países ricos, nos quais ocorrem problemas na distribuição e oferta de energia, há grandes

investimentos para o desenvolvimento de tecnologias

ambientalmente sustentáveis. Todavia, na maior parte dos países em desenvolvimento não há condições financeiras nem tecnológicas para investir nessa transição. Não parece justo comprometer o desenvolvimento dos países emergentes, que visam à superação dos graves problemas estruturais e a busca pela melhoria na qualidade de vida. O problema é que, por vivermos em uma mesma atmosfera, tornamo-nos todos responsáveis pela superação destes problemas.

1.7. Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA)

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA), instituído no artigo 38 da Lei da Mata Atlântica nº 11.428, de dezembro de 2006, é um instrumento legal que

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direciona e possibilita que os municípios atuem proativamente na conservação e recuperação da vegetação nativa da Mata Atlântica.

Integrado ao novo Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade, sancionado em 2014, o PMMA está sendo desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). Sua elaboração também conta com o apoio das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Urbano (SMDU) e de Coordenação das Subprefeituras (SMSP), da Fundação SOS Mata Atlântica, do Sesc e da Universidade Nove de Julho.

O objetivo do Plano é o de apontar ações prioritárias e áreas para a conservação, manejo, fiscalização e recuperação da vegetação nativa e da biodiversidade da Mata Atlântica, baseando-se no mapeamento de remanescentes existentes na cidade de São Paulo. O PMMA incentiva, também, experimentos tecnológicos sustentáveis, gestão de ações que conciliem a conservação do bioma com o desenvolvimento econômico e cultural do município, fortalecendo a organização social e a participação do cidadão na gestão das políticas públicas.

Outras ações que derivam diretamente do Plano são o uso sustentável dos recursos naturais, o fomento à educação ambiental, a gestão integrada dos resíduos sólidos, o ecoturismo, a conservação da biodiversidade e a pesquisa científica. Também será capaz de fornecer subsídios ambientais para a manutenção da Reserva da Biosfera e para outros planos e programas de ação da

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capital, como, por exemplo, as políticas públicas derivadas do Plano Municipal de Saneamento Básico, do Plano de Bacia Hidrográfica, do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e do próprio PDE.

A Mata Atlântica ocupa grande parte da costa leste do Brasil, estendendo-se do Rio Grande do Norte a Santa Catarina. O bioma é composto por formações de florestas diversas, sendo elas a Floresta Ombrófila Densa, a Ombrófila Mista (Mata de Araucárias), a Estacional Decidual e a Ombrófila Aberta, além de ecossistemas associados, como as restingas, manguezais, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais no nordeste.

Apesar de serem chamadas de forma diferente, as florestas citadas possuem condições geoclimáticas similares, com um alto volume e uniformidade de chuvas, por isso, mesmo com algumas diferenças, elas formam um todo comum.

Originalmente a Mata Atlântica possuiu cerca de 1.110.182 Km² de extensão, mas, atualmente, conta com aproximadamente 22% da sua cobertura original, sendo apenas 7% em fragmentos bem conservados. Entre os fatores causadores da degradação e desmatamento, destaca-se o fato dos principais ciclos econômicos do Brasil ocorrerem, historicamente, em áreas de cobertura vegetal da Mata Atlântica.

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A preservação e a recuperação do bioma são de grande importância para a cidade, pois contribuem diretamente para a melhora na qualidade de vida da população. Alguns exemplos destes benefícios são a manutenção do ciclo hidrológico, a fertilidade do solo, a proteção das áreas de risco, a produção e a limpeza da água, a manutenção da qualidade do ar, o sequestro de carbono, o equilíbrio climático e a proteção da diversidade biológica da fauna e da flora.

2 – Questões comentadas

1) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior - Conhecimentos básicos para os cargos de 1 a 5 e 7 a 9) O aquecimento global é considerado atualmente um problema de dimensão preocupante por envolver mudanças climáticas que afetam a vida no planeta.

Aquecimento global é “o aumento da temperatura terrestre

(não só numa zona específica, mas em todo o planeta) e tem preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs”. Dessa forma, percebemos que o aquecimento global não se relaciona a uma zona específica, sendo GLOBAL, ou seja, mundial. Questão certa.

Referências

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