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5. RELATO DE EXPERIÊNCIA

5.1 RELATOS DE EXECUÇÃO DE CADA ETAPA

Conforme determinação do Conselho de Ética, o primeiro passo antes do início da intervenção é uma reunião com os pais, na qual a pesquisa intitulada “Uma proposta de círculo de leitura a partir das obras A marca de uma lágrima e Mariana de Pedro Bandeira” é esclarecida e caso eles concordem com a participação dos filhos no projeto, eles assinam um TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). Os 32(trinta e dois) pais presentes na reunião concordaram com a participação de seus filhos, entendendo os benefícios do projeto, como o acesso à leitura compartilhada de duas obras literárias, reflexão sobre a leitura, aprimoramento da escrita através dos diários de leitura e da oralidade. A presença de todos os pais na reunião foi um fato inédito na escola. Apesar de sempre contarmos com os pais nas reuniões, a presença de todos é muito difícil. Entendemos essa participação intensa como resultado da explanação feita por mim, na qual expus a importância dos pais para que os alunos pudessem participar do projeto proposto.

Após a reunião com os pais, os alunos também foram esclarecidos sobre o funcionamento das aulas relacionadas à proposta. Em concordância todos assinaram os seguintes documentos: termo de assentimento, autorização de voz e imagem. Logo em seguida, responderam um questionário sobre seus hábitos de leitura.

1º momento: motivação (1h/a) Objetivos:

• Incentivar o interesse pela leitura das obras; • Reconhecer o que é ser adolescente;

• Conhecer algumas curiosidades sobre as obras;

• Identificar opiniões sobre os temas tratados nas obras e sobre o que é ser adolescente.

Na etapa da motivação, assistimos um vídeo de 2 minutos e 25 segundos, no qual falava- se “O que é ser adolescente”. Em seguida, conversamos abertamente sobre o tema, e eles falaram como se identificaram com o que foi mostrado no vídeo, principalmente em relação aos conflitos com a família, praticamente todos disseram que há problemas de convivência em suas famílias por não entenderem suas vontades e atitudes. A mudança em relação ao corpo e pensamento, os medos e expectativas para a fase adulta foram questões que chamaram a atenção deles. Em seus relatos mostraram-se tranquilos sobre o futuro, pois preferem não se preocupar

com isso agora. Para deixar uma expectativa quanto a leitura, falou-se que as personagens dos livros também vivenciam esses conflitos com a família, e com essas mudanças que ocorrem nessa fase da vida.

Segundo Cosson (2009), a motivação tem o objetivo de preparar o aluno para entrar no texto, estabelecer laços estreitos, mas sem determinar sua leitura. Como Cosson (2009), acreditamos que o elemento lúdico ajuda a aprofundar a leitura da obra literária, por isso a escolha de vídeos de youtubers que têm uma linguagem bem jovem e fazem parte do universo digital no qual estão inseridos a maioria dos jovens da atual sociedade.

Logo após essa conversa, assistimos um vídeo de uma youtuber chamada Tayná Targino, da série Livros Queridinhos. Em quatro minutos e cinquenta e dois segundos ela comenta o livro A marca de uma lágrima de Pedro Bandeira. Sem entrar muito na história, ela comenta o quanto a trama é emocionante, misteriosa e romântica. Em seus comentários carregados de emoção, ela elogia a obra e incentiva sua leitura. Em seguida assistimos o vídeo da Estante digital, no qual a youtuber Angélica Brito em 3 minutos e 27 segundos oferece o livro Mariana de Pedro Bandeia como dica de leitura incentivando sua leitura.

Após os vídeos deixamos um espaço aberto para comentários sobre suas expectativas e foi observado que o livro A marca de uma lágrima instigou mais a imaginação e todos queriam lê-lo. Mas a turma seria dividida em dois grupos e assim, dezesseis alunos ficariam com A

marca de uma lágrima e os outros dezesseis com a obra Mariana.

2º momento: Introdução (1 h/a) Objetivos:

• Conhecer o autor das obras;

• Promover o primeiro contato com as obras.

Nessa etapa de introdução, era o momento de conhecer o autor das obras, para isso, relatei uma pequena biografia de Pedro Bandeira e depois assistimos um vídeo com uma rápida entrevista com o autor no qual ele fala como a leitura literatura é importante para ele e porque gosta de escrever para crianças e adolescentes. Logo após conversamos descontraidamente sobre o que acharam do autor.

Os alunos comentaram o fator do autor já ter mais de 70 anos, pois achavam que como eram livros para adolescentes, ele seria mais jovem. Então, atentamos que o livro A marca de

uma lágrima foi escrito em 1986, quando o autor era mais jovem e baseado em um livro que

ele leu quando bem mais jovem, além do fato de não precisar ser adolescente para escrever para esse público. Se o autor se identifica com o público, ele se informa, estuda e entra no universo

jovem para escrever com mais segurança, e foi isso que fez o autor Pedro Bandeira. Eles também comentaram que o autor tinha realmente um jeito jovem de falar.

Fotografia 2 – Etapa da introdução

Fonte: acervo da autora (2019)

Nesse dia, trinta e um alunos estavam presentes. Por isso, a turma foi dividida em dois grupos, sendo um com quinze alunos e o outro com dezesseis. A partir daí formamos o círculo de leitura, respeitando a divisão dos grupos. Essa divisão foi feita de acordo com o número da chamada, para não haver reclamação quanto a formação do grupo. O grupo que ficou com quinze alunos foi o da obra A marca de uma lágrima, no entanto na distribuição dos livros entre eles, o exemplar do aluno que não havia comparecido ficou guardado.

3º momento: Leitura (2 h/a) Objetivos:

• Ler o primeiro capítulo de cada obra.

• Socializar as impressões, curiosidades, reflexões e expectativas. • Escrita do diário de leituras.

Organizados em círculo, fizemos a leitura do primeiro capítulo de cada obra. Essa primeira leitura foi realizada em voz alta por mim, respeitando a entonação.. Primeiro a leitura do capítulo da obra A marca de uma lágrima que é dividida em três partes: “Paixão que nasce”, “Paixão que mata”, “Paixão que ressuscita”, totalizando 18 capítulos. Lemos o primeiro

capítulo, “Uma gota de sangue”, da primeira parte, “Paixão que nasce”. Nesse capítulo conhecemos um pouco da Isabel, a personagem principal da história e um pouco de seu conflito com o espelho.

Fotografia 3 – O círculo de leitura

Fonte: acervo da autora (2019)

Logo em seguida, lemos o primeiro capítulo de Mariana, obra dividida em 12 capítulos, esse capítulo é intitulado “Notícias da festa de ontem”. Nesse capítulo já foi possível conhecer duas personagens: Mariana e sua amiga Clarisse e as mentiras em que Mariana está envolvida. A leitura em voz alta era muito comum no Brasil no final do século XIX, era um forte instrumento de exercício da sociabilidade, servindo de momento de interação entre as pessoas e para transmissão de informações àqueles que não sabiam ler. Mesmo com a mudança de hábitos, a leitura em voz alta ainda é importante na formação do leitor.

As leituras compartilhadas são importantes para descobrir aspectos que provavelmente não ficariam claros em uma leitura individual, pois nessa leitura há troca de ideias, hipóteses, de experiência leitora. Nos comentários compartilhados sobre a leitura há uma ponte de entendimento da obra. Dessa forma, conhecemos diversas interpretações e pode haver uma progressão da leitura compreensiva para uma leitura interpretativa. Para isso, as atividades de leitura devem favorecer a reflexão e uma exploração conjunta de significado.

E são as atividades de leitura dirigida e compartilhada, aquelas em que meninos e meninas vêm elucidar-se, ante os seus olhos, o modo de ler que devem interiorizar: como se antecipa o que se pode esperar na narrativa que leem coletivamente; analisar o que seria cumprir as regras do gênero nessa obra, o que seria desobedecê-las e qual

pode ser o propósito do autor para fazê-lo dessa maneira; comprovar as hipóteses realizadas; notar os fios ainda soltos ou as incongruências que derivam de uma falta de compreensão pontual; buscar os detalhes do texto que validam uma interpretação e invalidam outra; etc. (COLOMER, 2007, P. 65)

No momento de compartilhamento dessas leituras, o grupo de A marca de uma lágrima comentou sobre suas expectativas sobre a obra como o fato da personagem precisar de amor próprio, de se valorizar mais. Observaram que Isabel acredita que o espelho é seu inimigo, que ele fala com ela em sua imaginação e sempre deixando-a com a autoestima baixa. Para eles, já no primeiro capítulo, a história mostra que a vida de um adolescente não é fácil, que Isabel representa a “íntima realidade da nossa juventude.” Definiram a história como interessante, do tipo que desperta a curiosidade.

O grupo de Mariana comentou que o livro fala sobre como os adolescentes se comportam, mas que a personagem deveria parar de mentir. Já no primeiro capítulo eles notaram que Mariana criou um mundo de mentiras, com pessoas que não existiam, uma avó e um namorado, pessoas com prestígio, dinheiro, coisas que ela não tinha. Isso tudo para poder impressionar as amigas. Na opinião deles, ela precisa valorizar-se mais, parar de mentir, pois isso pode prejudicá-la no futuro. Diante dessa situação inicial, ficaram curiosos em saber o que iria acontecer com Mariana.

Após essa conversa sobre o primeiro capítulo de cada obra, o círculo de leitura foi desfeito e cada grupo se reuniu para a escritura do Diário de leituras. O gênero Diário foi estudado em aulas anteriores (conforme sequência didática em anexo) antes de iniciarmos a intervenção do projeto.

Mesmo que o gênero Diário de leituras tenha sido estudado anteriormente, retomamos a ideia do que é esse gênero e orientamos da seguinte forma:

À medida que você for lendo, vá registrando (sempre com frases completas):

a) as relações que você puder ir estabelecendo entre os conteúdos do texto e qualquer outro tipo de conhecimento que você já tenha: livros ou textos que você leu, aulas, músicas, filmes, páginas de internet, sua experiência de vida entre outras coisas;

b) as contribuições que julga que o texto está trazendo para: qualquer tipo de aprendizado que ele lhe traga, o desenvolvimento de sua prática de leitura, sua vida pessoal.

c) suas opiniões sobre o texto, sobre sua forma e seu conteúdo, vá discutindo as ideias do autor: concordando ou discordando, levantando dúvidas, pedindo exemplos, vá registrando as dificuldades de leitura que você encontrar, e anotando os trechos que não compreender ou aqueles de que você mais gostar, vá sintetizando as ideias que o autor coloca como mais importantes.

Após as orientações, eles escreveram a primeira página de seus diários de leitura, em grupo, escolheram o escrevente do dia e cada um foi participando com suas ideias e o escrevente registrando. Por tratar-se de um gênero de estrutura um pouco livre, eles foram registrando o que haviam pensado até agora, sem precisar de uma rigorosidade de formato, estrutura.

A leitura dos próximos capítulos seria realizada em casa, aos poucos, sob orientação do professor. Portanto, o grupo de A marca de uma lágrima ficou com a responsabilidade de ler os capítulos 2 a 4: “Lindo como um deus”; “Um domingo de espera”; “A primeira marca”. E o grupo de Mariana ficou com a leituras dos capítulos 2 e 3: “Mais um domingo sozinha”; “A ficada de Clarisse”. A escolha da leitura dos capítulos em casa deve-se pela extensão da obra. O andamento da leitura foi verificado no círculo de leitura e registrado no diário de leituras. Conforme Cosson (2009) nos sugere,

Quando o texto é extenso, o ideal é que a leitura seja feita fora da sala de aula, seja na casa do aluno ou em um ambiente próprio, como a sala de leitura ou a biblioteca por determinado período. Durante esse tempo, cabe ao professor convidar os alunos a apresentar os resultados de sua leitura no que chamamos de intervalos. Isso pode ser feito por meio de uma simples conversa com a turma sobre o andamento da história ou de atividades mais específicas. (COSSON, 2009. p. 62.)

4º momento (2 h/a) INTERVALO ENTRE AS LEITURAS Objetivos:

• Verificar o andamento da leitura das obras; • Identificar o processo de compreensão. • Escrita do diário de leitura.

O intervalo entre a leitura do primeiro capítulo e os capítulos propostos para leitura em casa foi de uma semana. Segundo COSSON (2009, p.64), é no intervalo que o professor perceberá as dificuldades de leitura dos alunos. Retomamos o círculo de leitura, todos juntos, apenas a divisão de lados para cada grupo.

Muitas leituras literárias geram reflexões, descobertas, para isso, é necessário deixar fluir a leitura, sem querer controlar as demandas. Se gerar discussões, reflexões, melhor ainda. Isso é bom para o desenvolvimento do aluno, pois é uma oportunidade de expor sua opinião sem avaliação.

Privilegiar o debate, sobretudo, por ser um instrumento democrático, por ser um momento de todos revelarem, se quiserem, seus pontos de vista, suas discordâncias, certos de que não estão sendo avaliados. Muitas vezes, por causa de uma nota, os alunos fazem e dizem aquilo que supõem que queremos ouvir. Se a aula se torna espaço de aprendizagem em que não se ridiculariza ninguém por ter um pensamento diverso (de “direita” ou “esquerda”, “tradicional” ou “avançado” e outros), os alunos

se colocam mais livremente porque sabem que não serão rotulados. O enfrentamento das ideias não deve ter, sobretudo em sala de aula, caráter de disputa no sentido de saber quem perdeu ou quem ganhou. A função do professor como aquele que media o debate, aponta excessos, levanta pontos que alimentem a discussão de ideias, cuida para que não se caia na agressão individual, é das mais importantes. O professor deve ser também aquele que indica fontes de aprofundamento, que fornece bibliografia adequada. A indicação de fontes de estudo deveria ser incentivada desde cedo. (ALVES, 2002, p. 66)

O debate é importante por abrir espaço para exposição de opiniões, mas também para avaliação do processo, da atividade em geral. O professor tem papel primordial de mediador, incentivador, também pode participar com opiniões, não esquecendo que o principal é deixar os alunos exporem suas ideias, a voz do aluno é o fator principal do debate.

O grupo de Mariana foi o primeiro a apresentar suas impressões, comentários, suas expectativas de leitura. Do capítulo “Mais um domingo sozinha” eles observaram o quanto Mariana é sozinha, pois evita sair para as festas para não ser questionada sobre seu namorado imaginário. E que ela tem como amiga a Clarisse e um rapaz chamado Jorginho, quem lhe socorre nos momentos de solidão. O que chamou atenção deles foi a permissão da mãe de Mariana para ela ir a festa e o fato da menina não querer ir. Os comentários foram relacionados às suas vidas, o fato de suas mães não os deixarem sair para festas. “Bem queria que minha mãe deixasse eu ir para festas, não perdia a oportunidade”, disse a aluna V. L.

Da leitura do capítulo “A ficada de Clarisse” eles observaram que Mariana cada vez mais se enrola em suas mentiras, dessa vez, ela inventou que recebeu uma carta do namorado Fernando que está nos Estados Unidos como aluno de intercâmbio. Ficaram curiosos em saber como Mariana vai se livrar da amiga Clarisse, já que ela pediu para ler a carta de Fernando. Confessaram que tiveram vontade de ler mais capítulos para matar a curiosidade.

O grupo de A marca de uma lágrima ficou de ler três capítulos “Lindo como um deus”; “Um domingo de espera”; “A primeira marca”. Logo no início dos relatos houve uma dificuldade de controlar a euforia, pois todos queriam falar de uma vez. Acalmados os ânimos, eles relataram que a história é muito interessante, emocionante, destacando a parte do beijo e o fato de Isabel ter ficado bêbada. Chamaram essa parte de “legal”. Observaram que ela se sentiu mulher por causa do beijo, até esperavam uma mudança de comportamento diante do espelho por isso. Chamou-lhes a atenção a relação de Isabel com seu pai, no capítulo “Um domingo de espera”, e comentaram que muitos pais são assim: “muitos pais são assim, até aqueles que moram com a gente”, comentou I.R. E chegaram à conclusão de que não foi dessa vez que a autoestima de Isabel melhorou, ela continua “brigando” com o espelho.

Sobre o capítulo “A primeira marca”, relataram que a personagem tem a imaginação muito fértil para escrever poemas relacionados às aulas de física e tendo Cristiano como inspiração. As alunas L.G. e M.O. confessaram que já haviam avançado um pouco mais na leitura. Esse fato já era esperado, por isso só pedimos para que elas não contassem a parte que estavam lendo aos outros.

Após a conclusão dos comentários no círculo de leitura, os grupos se reuniram para escrever os diários de leitura. O escrevente do dia do grupo A marca de uma lágrima, o aluno H. M. relatou a dificuldade de juntar a ideia de todos. Então foi preciso a intervenção do mediador com o objetivo de ajudá-lo na tarefa. Essa intervenção foi feita através de perguntas que poderiam auxiliar na escrita, como: “o que há de comum nas ideias?”, “qual foi a ideia discordante?”. Dessa forma, ele conseguiu juntar as ideias e escrever. O grupo de Mariana não mudou o escrevente do dia anterior, pois ninguém se voluntariou. Houve uma conversa sobre isso, na tentativa de que pelo menos na próxima vez alguém se sinta à vontade de fazê-lo. No entanto, o escrevente do dia anterior não se incomodou em escrever novamente.

Depois da escrita do diário, destinamos mais capítulos para a leitura em casa. O grupo

A marca de uma lágrima: capítulo 5: “Na escuridão do laboratório”; capítulo 6: “Um poema

para Cristiano”; capítulo 7: “Só, com o inimigo”. O grupo Mariana ficou com a leitura dos capítulos 4, “O macarrão de ontem” e o capítulo 5, “Carta de Fernando”.

5º momento (2 h/a) INTERVALO ENTRE AS LEITURAS Objetivos:

• Verificar o andamento da leitura das obras; • Identificar o processo de compreensão. • Escrita do diário de leitura.

O intervalo de leitura entre os capítulos propostos para casa foi de uma semana. Retomamos mais uma vez ao círculo de leitura. O primeiro grupo a falar foi o grupo A marca

de uma lágrima que expressou suas impressões sobre os capítulos 5, 6 e 7. O aluno F.J.

expressou uma dúvida em relação ao capítulo 5, “Na escuridão do laboratório”, e alguns concordaram que era meio confuso, por isso foi realizada uma leitura em voz alta com intervalos para a compreensão. A ação desse capítulo acontece no laboratório, e nesse momento da história começa um mistério que tornará o enredo instigante. A dúvida referia-se às pessoas que entraram no laboratório, no entanto, uma pessoa fica no mistério da história que só será desvendado depois. A dúvida foi sanada, então retomamos a conversa e eles falaram que tirando esse capítulo 5, os outros eram um pouco monótonos, esperavam mais surpresas. Destacaram,

dessa vez, a nova ilusão de Isabel, que ao receber o bilhete de Cristiano pensava que ia ser pedida em namoro, no entanto, o menino declara que gosta de Rosana, a melhor amiga de Isabel. E ficaram refletindo sobre a situação em que Isabel se encontrava, aquele triângulo amoroso no qual ela ficava no meio de dois apaixonados que pediam ajuda a ela. E entre eles ficaram questionando-se se ajudariam. Concluíram que não. E novamente a curiosidade: o que ela vai fazer, além de enfrentar o espelho? A expectativa ficou sobre o que era aquele mistério no laboratório.

O grupo de Mariana ficou com a tarefa de ler o capítulo 4, “O macarrão de ontem” e o capítulo 5, “Carta de Fernando”. Sobre o capítulo 4, eles observaram que puderam saber um pouco mais da história da mãe de Mariana e de como a menina e Jorginho são amigos a ponto de almoçarem juntos, escovar os dentes e não ter segredo um com o outro. No entanto, Mariana tinha um segredo e precisava escrever uma falsa carta do namorado fictício. O grupo ressaltou que Mariana inventou a mentira do namorado e cada vez mais se enrolava nisso, tinha uma mente fértil para imaginar, mas ao mesmo tempo se atrapalhava. E nessa situação, acabou por envolver seu melhor amigo em suas mentiras, quando pediu ao rapaz para passar a carta “a limpo”. Novamente aquela dúvida: “como ela vai sair dessa mentira sem fim?”. Eles concordaram que ela não deveria ter envolvido seu melhor amigo.

Para a escritura dos diários os grupos se reuniram e escolheram o escrevente do dia.

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