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4 DA INVESTIGAÇÃO DA METODOLOGIA APLICADA NA ESFERA DA

4.3 REMIÇÃO PELA LEITURA NO ESTADO DE SANTA CATARINA

No Estado de Santa Catarina, conforme informação enviada pela Coordenadoria do Núcleo de Direitos Humanos do Poder Judiciário de Santa Catarina, (PIAIA, 2016), as comarcas, tem instituído projetos de remição pela leitura por meio de portarias publicadas pelos juízes das Varas de Execuções Penais. A partir de tal informação, fora disponibilizado pela Assessoria Correicional do Núcleo V de Direitos Humanos da Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (2018) as Portarias publicadas pelas Comarcas de Araranguá, Barra Velha, Blumenau, Brusque, Capital (Florianópolis), Chapecó, Curitibanos, Imbituba, Indaial, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Mafra, São José, Tubarão e Videira. Nesse sentido, na Comarca de São José, no ano de 2014, a juíza da Vara de Execuções Penais, à época, Alexandra Lorenzi da Silva, por meio da Portaria nº 004/2014/GAB/VEP instituiu o projeto de remição pela leitura denominado “Leitura dos Vagalumes”. Considerando a Recomendação nº 44/2013 do CNJ, o referido projeto segue as mesmas diretrizes recomendadas pelo Conselho, dispondo no item 2 da referida Portaria, que a participação é dada de forma voluntária aos presos que possuem a capacidade da leitura e da escrita, com pequenas diferenças, essencialmente quanto ao modo de avaliação. Nos termos do item 4 da referida portaria:

4. O participante do “Projeto de Leitura dos Vagalumes” terá o prazo de 30 dias para leitura do livro indicado, e, findo o período de leitura, no prazo de 10 (dez) dias, será avaliado através de uma prova composta por seis questões referentes à obra lida ou elaborar uma resenha de no máximo 30 (trinta) linhas.

Assim, tem-se que o projeto de remição pela leitura não se subsume à leitura e resenha de obra literária, podendo o preso ser avaliado por meio de prova referente ao assunto do livro lido, diferente do que dispõe a Recomendação nº44/2013 do CNJ, ampliando assim as possibilidades de apuração e operacionalização do benefício. Para conseguir a remição, o sentenciado deve obter nota mínima de 7,0 (sete) pontos, em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).

O projeto prevê ainda que caso o apenado não obtenha a nota mínima na avaliação para ser beneficiado com a remição, poderá repetir a avaliação no prazo de 10 (dez) dias, conforme disposto no item 7, da Portaria nº 004/2014/GAB/VEP, possibilitando uma segunda chance ao participante, incentivando e ampliando o âmbito do benefício de remição pela leitura. Na Comarca de Tubarão, no ano de 2013, a juíza da 2ª Vara Criminal, à época, Liene Francisco Guedes, enquanto corregedora dos presídios da referida comarca, instituiu, por meio da Portaria nº 01/2013, a possibilidade de remição pela leitura, nos moldes da Recomendação n.º 44/2013 do CNJ, com sutis diferenças quanto ao método de avaliação.

O processo de avaliação consiste em exposição oral da obra ou resenha quanto ao assunto da mesma, conforme dispõe artigo 09 da referida portaria. Prevê, ainda, que o prazo para leitura é de 30 (trinta) dias, prorrogável por mais 15 (quinze) (artigo 8ª), ficando a prorrogação a critério da(o) pedagoga(o) responsável pelo caso que definirá a necessidade de extensão do prazo com base em critérios múltiplos, dentre eles a complexidade da obra trabalhada.

Destaca-se como a diferença mais relevante na Portaria nº 01/2013, que define a possibilidade de remição da pena pela leitura na Comarca de Tubarão, a disposta no artigo 9º, que diz:

Artigo 9º - A contagem de tempo para fins de remição de pena pela leitura, será computada a razão de um dia de pena para cada 03 dias de leitura, quando não cumulada com trabalho externo ou interno; havendo cumulação, será de 04 dias de pena para cada 12 obras lidas e avaliadas.

Assim sendo, na Comarca de Tubarão, no Estado de Santa Catarina, o projeto de remição pela leitura, difere o benefício em razão da cumulação ou não com a hipótese de remição pelo trabalho, incentivando a prática da leitura concomitantemente as atividades laborais.

Na Comarca de Videira, no ano de 2015, por meio da Portaria nº 01/2015, o juiz André Luiz Andrain Trentini, no exercício de suas atribuições legais, e considerando a finalidade da pena privativa de liberdade para além da repressão, instituiu o projeto “remição pela leitura”. Trazendo como diferencial em relação aos demais projetos supracitados a disposição do benefício de remição de pena pela leitura exclusivamente aos presos dos regimes semiaberto e fechado, quer por condenação definitiva, quer por condenação provisória.

O referido projeto dispõe a possibilidade da remição pela leitura em módulos segmentados, por meio de publicação digital, com seleção de apenas uma obra específica remetida a todos os participantes do projeto (art. 5º §2º, inciso I). O prazo de leitura e avaliação também é um diferencial do projeto, já que não estipula prazo certo, ficando a definição do período de leitura e avaliação a critério da organização do projeto, em observância a complexidade da obra literária e o nível médio de instrução dos detentos participantes.

Nos termos do artigo 6º, da Portaria nº 1/2015, da Comarca de Videira, o processo de avaliação consiste em prova escrita composta por 10 questões objetivas. Diferença substancial do referido projeto está na forma de cálculo do benefício de remição em consonância e proporcionalidade a nota recebida pelo detendo na avaliação, nos termos do artigo 7º, da portaria nº 01/2015, da Comarca de Videira, que prevê:

I – O apenado que atingir média 07, receberá um dia de remição; II – O apenado que atingir média 08, recebera 02 dias de remição III - O apenado que atingir média 09, receberá 03 dias de remição; IV - O apenado que atingir média 10, receberá 04 dias de remição;

Nesse sentido, o projeto de remição pela leitura da Comarca de Videira, é substancialmente diferente dos demais projetos aqui apresentados, na medida em que condiciona o quantitativo de benefício ao rendimento do preso no processo de avaliação. Aspecto peculiar, que tende a estimular o processo de aperfeiçoamento da leitura e escrita, porém, também condiciona o recebimento do benefício nos moldes da Recomendação nº 44/2013 do CNJ, qual seja, 04 dias de remição por obra, ao aproveitamento total e rendimento perfeito do participante.

Já no art. 8º, da referida portaria, condiciona a participação à aquisição da obra literária a ser lida, seja por seus próprios recursos financeiros ou empréstimos de entidades públicas. Inegável é que tal condição restringi sobremaneira a participação de muitos.

Na Comarca de Mafra, por meio da Portaria nº 54/2016, o juiz André Luiz Lopes de Souza autorizou a instituição do projeto de remição de pena por leitura. Dispôs acerca da necessidade de espaço físico adequado para a operacionalização do projeto, bem como a contratação de professores para auxiliar na leitura, conforme instrução normativa SED nº 10/2011/2012, item 14.25. No mais, o referido projeto, está modulado aos parâmetros da Recomendação n.º 44/2013, do CNJ.

Em Joinville, através da Portaria nº 08/2013, o Juiz João Marcos Buch, instituiu o projeto de remição pela leitura no Presídio Regional SD. Jackson dos Santos e na Penitenciária Industrial Jucemar Cesconetto, considerando os objetivos da execução penal, previstos na Lei de Execução Penal, em especial aos direitos do preso, previstos no artigo 41 da LEP, como à assistência educacional.

Com efeito, considerou a Resolução 03/2010 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e a Resolução n. 02/2010 do Conselho Nacional de Educação (educação de jovens e adultos em situação de privação de liberdade) para a implementação do projeto da remição pela leitura destinado aos reeducandos que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto. Fundamentando, ainda, a implementação do projeto como instituto fortalecedor da política de ressocialização e humanização do preso, visando garantir o direito à educação para todos, nos termos do art. 205, da CF/88.

A referida portaria prevê a possibilidade de cumulação de remição pelo trabalho, sem qualquer diferenciação quanto ao gozo do benefício nas hipóteses de trabalho e leitura concomitantemente. Pondera que as obras disponibilizadas no acervo do Presídio Regional

seriam arrecadadas em campanha junto ao Conselho Carcerário de Joinville. No mais, segue o modelo padrão da Recomendação nº 44/2013 do CNJ.

Na Comarca de Brusque, o Juiz Edemar Leopoldo Schlosser instituiu a remição pela leitura por meio da Portaria nº 01/2016, que resolve pela possibilidade de cumulação da remição pela leitura com a remição pelo trabalho, mas afasta a possibilidade daquela com outro tipo de remição de pena por estudo. Prevê, ainda, que a leitura da obra será feita pelo preso no interior da cela que ocupa, não dispondo acerca de espaço físico adequado para a realização das atividades. Dispõe também acerca da penalidade de exclusão do programa ao preso que de alguma forma deteriorar o livro que estará sob seus cuidados.

Quanto ao método de avaliação, prevê que o benefício será creditado ao reeducando que atingir nota mínima de seis, mas dispõe sobre a possibilidade de uma segunda tentativa, no prazo de 10 (dez) dias subsequentes a primeira avaliação, caso o preso não tenha atingido a nota mínima para aquisição do benefício na primeira prova. Caso o participante não atinja a nota mínima necessária após a leitura de três diferentes obras literárias, será desligado do programa, conforme dispõe o art. 12, parágrafo único da Portaria 01/2016, da Comarca de Brusque.

Na Comarca de Chapecó, a Portaria nº 003/2016/GAB/VEP, editada pelo Juiz de Direito Gustavo Emelau Marchiori, instituiu o projeto “Remição pela Leitura: transformar o ócio em criativo”, buscando resgatar a autoestima dos reeducandos e transformar momentos de ócio em momentos produtivos de busca pelo conhecimento. A referida portaria segue o padrão da Recomendação nº 44/2013 do CNJ, mas dispõe ainda quanto aos critérios de avaliação da resenha feita pelo participante do projeto, quais sejam: estética da escrita, limitação ao tema da obra lida e fidedignidade (proibição de plágio).

Em Itajaí, Jaraguá do Sul e na região de Curitibanos, por meio das Portarias nº 02/2013, 01/2016 e 01/2016, respectivamente, a possibilidade de remição pela leitura foi instituída também no mesmo padrão da Recomendação nº 44/2013 do CNJ, também com o acréscimo dos critérios de avaliação de estética, limitação ao tema e fidedignidade, condicionantes para a concessão da remição.

No entanto, as portarias referentes às três supracitadas comarcas, há a previsão de negativa de remição ao reeducando que fizer utilização de plágio na elaboração da resenha do livro, através de comunicação da situação pela comissão responsável ao juiz, que decretará a impossibilidade de concessão do benefício em razão do plágio.

Na Comarca de Joaçaba, por meio da Portaria nº 01/12/GJ, o Juiz Márcio Umberto Bragaglia instituiu o projeto “Reeducação do Imaginário” no Presídio Regional de Joaçaba. O referido projeto teve início em 2012, sendo, portanto, anterior a Recomendação nº 44/2013 do CNJ, dentre os pioneiros no Estado de Santa Catarina.

No artigo 6º, da Portaria nº 01/12/GJ, está previsto que a remição pela leitura se dará na proporção de 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de leitura, dividida, no mínimo, em 3 (três) dias cada período, o que possibilita uma remição de tempo maior ou menor em relação ao padrão (4 dias de pena por obra lida no período de 30 dias e avaliada), a depender da obra lida e do tempo de leitura. O método de avaliação será mediante prova escrita ou oral, nos termos do edital que inicia cada módulo do projeto.

O art. 8º, da referida portaria, traz um diferencial em relação a maioria dos projetos de remição pela leitura, na medida em que prevê a aquisição do acervo literário preferencialmente por meio dos condenados a penas restritivas de direito como prestação pecuniária a ser convertida na obrigação de dar coisa certa, neste caso, os livros selecionados para serem trabalhados, dando maior respaldo a estrutura do projeto que requer acervo bibliográfico adequado.

Por fim, na Comarca de Imbituba, através da Portaria nº 02/2013, foi instituído o programa de remição pela leitura na Unidade Prisional Avançada de Imbituba. O projeto prevê que a obra lida para alcançar o benefício deve conter, no mínimo, 200 (duzentas) páginas, ou a soma de obras que totalizem tal numeração de páginas. O prazo para leitura varia de 16 (dezesseis) a 30 (trinta) dias, sendo que, o reeducando que optar por realizar a leitura da obra em 16 (dezesseis) dias deverá dedicar 3 horas diárias à leitura, no mínimo. Prevê ainda a possibilidade de cumulação da remição pela leitura com outras espécies de remição, desde que respeito o período mínimo de descanso ao reeducando de 8 (oito) horas diárias.

Assim, tem-se que, no Estado de Santa Catarina, as comarcas operacionalizam a remição de pena por meio da leitura através de portarias instituídas pelos juízes das Varas de Execuções Penais, na falta de regulamento mediante Lei Estadual dispondo sobre o tema.

4.3.1 Elenco das penitenciárias que disponibilizam o instituto de remição por leitura

Buscou-se junto à Gerência de Gestão de Modalidades, Programas e Projetos Educacionais da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED) informações sobre o Projeto Despertar pela Leitura, projeto realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, que visa orientar pedagogicamente a aplicação de projetos de leitura com fins de remição de pena, pelos professores, gestores, tutores, técnicos e demais profissionais nas instituições que adotem a Educação Carcerária no Estado, conforme Projeto anexo.

Devido ao propósito do referido projeto, em parceria entre as secretarias, há um controle das vagas ofertadas aos estabelecimentos prisionais do Estado de Santa Catarina pela SED, pois há a necessidade de profissionais da educação capacitados para a aplicação do

projeto. Deste modo, fora fornecido pela SED uma relação com as unidades prisionais do Estado de Santa Catarina que ofertam o projeto, dados elencados na tabela a seguir:

Tabela 1 - Unidades prisionais do Estado de Santa Catarina que possuem projetos educacionais

GERED MUNICÍPIO UNIDADE ESCOLAR ALUNOS

ARARANGUÁ ARARANGUÁ UD PRESIDIO REGIONAL DE ARARANGUA 118

BLUMENAU BLUMENAU UD PENITENCIARIA INDUSTRIAL DE BLUMENAU 216

BRUSQUE BRUSQUE UD UNIDADE PRISIONAL AVANCADA DE BRUSQUE 70

BRUSQUE TIJUCAS UD PRESIDIO REGIONAL DE TIJUCAS 160

CAÇADOR CAÇADOR UD DO PRESIDIO REGIONAL DE CACADOR 168

CANOINHAS PORTO UNIÃO UD UNIDADE PRISIONAL AVANÇADA PORTO UNIAO 62

CHAPECÓ CHAPECÓ UD PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CHAPECÓ 117

CHAPECÓ CHAPECÓ UD PENITENCIARIA AGRICOLA DE CHAPECO 232

CHAPECÓ CHAPECÓ UD PRESIDIO REGIONAL DE CHAPECO 38

CONCÓRDIA CONCÓRDIA UD PRESIDIO REGIONAL DE CONCORDIA 120

CRICIÚMA CRICIÚMA UD PENITENCIÁRIA FEMININA 107

CRICIÚMA CRICIÚMA UD PENITENCIARIA SUL 318

CRICIÚMA CRICIÚMA UD PRESIDIO REGIONAL DE CRICIUMA 256

CURITIBANOS SÃO CRISTOVÃO DO SUL UD PENITENCIARIA ESTADUAL DE SAO CRISTOVAO DO SUL 121

GRANDE FPOLIS FLORIANÓPOLIS UD COMPLEXO PENITENCIARIO DE FLORIANOPOLIS 292

GRANDE FPOLIS PALHOÇA UD COLONIA PENAL AGRICOLA DE PALHOÇA 176

GRANDE FPOLIS SÃO JOSÉ UD PRESÍDIO DE BIGUAÇU 39

GRANDE FPOLIS SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA UD COMPLEXO PENIT DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA 93

ITAJAÍ ITAJAÍ UD DO COMPLEXO PENITENCIARIO DO VALE DO ITAJAI 237

ITAJAÍ ITAJAÍ UD PRESIDIO REGIONAL DE ITAJAI FEMININO 115

ITAJAÍ ITAPEMA UD UPA DE ITAPEMA 42

JARAGUÁ DO SUL JARAGUÁ DO SUL UD PRESIDIO REGIONAL DE JARAGUA DO SUL 124

JOINVILLE JOINVILLE UD PRESÍDIO REGIONAL DE JOINVILLE 234

JOINVILLE JOINVILLE UD PENITENCIARIA IND JUCEMAR CESCONETTO JLLE 47

LAGES LAGES UD PRESIDIO MASCULINO DE LAGES 107

LAGES LAGES UD PRESIDIO REGIONAL DE LAGES 60

LAGUNA IMBITUBA UD UNIDADE PRISIONAL AVANCADA DE IMBITUBA 51

LAGUNA LAGUNA UD UNIDADE PRISIONAL AVANCADA DE LAGUNA 70

MAFRA/SÃO BENTO

DO SUL MAFRA UD PRESIDIO REGIONAL DE MAFRA 32

SÃO MIGUEL DO

TIMBÓ INDAIAL UD UNIDADE PRISIONAL AVANÇADA DE INDAIAL 61

TUBARÃO TUBARÃO UD PRESIDIO FEMININO DE TUBARAO 65

TUBARÃO TUBARÃO UD PRESIDIO REGIONAL MASCULINO DE TUBARAO 416

VIDEIRA VIDEIRA UD UNIDADE PRISIONAL AVANÇADA DE VIDEIRA 46

XANXERÊ XANXERÊ UD PRESIDIO REGIONAL DE XANXERE 119

TOTAL DE ALUNOS (DETENTOS) 4592

Fonte: Secretaria de Estado da Educação – Santa Catarina. 24.out.2018

Atualmente, no Estado de Santa Catarina, são contempladas, pelo Projeto Despertar pela Leitura, 35 unidades prisionais, totalizando 4.592 presos, que participam do projeto, possibilitando a remição de suas penas.

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