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Reposicionamento
da
Missão
do
MACBA,
a
entrevistada revelou
que
a


CIDOB CCCB

Subcategoria
1.4)
 Reposicionamento
da
Missão
do
MACBA,
a
entrevistada revelou
que
a


Instituição
 repensou
 sobre
 a
 forma
 como
 atuava
 junto
 das
 comunidades
 e
 que,
 efetivamente,
 alterou
 a
 sua
 postura
 face
 a
 elas,
 pois
 tornou‐se
 muito
 mais
 próxima
 e
 interventiva
 em
 termos
 sociais,
 ainda
 que
 sem
 perder
 do
 horizonte
 as
 diretrizes
 que
 o
 definem.
Todavia,
ressalvava
também,
que
tendo
essas
questões
ficado
bem
definidas
junto
 da
Direção
do
Museu,
algumas
vozes
dissonantes,
dentro
da
própria
instituição,
insurgiram‐ se
 contra,
 uma
 vez
 que
 viam
 com
 desconfiança
 essa
 mudança
 de
 postura
 em
 função
 da
 criação
 de
 projetos
 participativos
 online.
 Essas
 discordâncias
 foram
 sanadas
 em
 pouco
 tempo,
sobretudo
quando
foram
assimiladas
as
potencialidades
dessas
ferramentas,
tanto
 para
os
públicos,
como
para
o
Museu,
nomeadamente
ao
nível
da
partilha
de
conteúdos.
 sim,
sim,
absolutamente
 
 quando
escrevemos
o
projeto
de...
da
nova
Web,
que
naturalmente
passou
o
visto
da
direção
da
casa,
e
construiu‐se,
digamos,
 baseando‐se
também
nas
linhas
diretrizes,
não?,
que
nos
marcam,
e
se
algum
dos
pontos,
que
primeiro
tínhamos
que...que
 discutir
e
não
valia
um
cinzento,
tinha
de
ser
ou
sim
ou
não.
Não?
Um
branco
ou
um
negro
 


pôr
 o
 usuário
 no
 centro
 do
 projeto
 tem
 tantas
 implicações
 dentro
 da
 instituição,
 da
 organização,
 que
 com
 muito
 esforço,
 existem
outras
pessoas,
que
não
estão
diretamente
implicadas
no
projeto
Web,
que
estão
a
começar
a
dar‐se
conta,
que
estão
 a
enganchar‐se,
positivamente,
a
essa
oportunidade
de,
Hum...
isso,
de
gerar
conteúdos
entre
todos
 
 o
Museu
é
também
um
espaço
de
preservação
e
de
geração
de
discurso,
mas
é
também,
ou
deve
ser
também,
um
espaço
para
 o
intercâmbio
de
ideias
e
intercâmbio
de
discussões
e
um
espaço,
idealmente,
socialmente
mais
centrado
do
que
é
agora,
não?
 
 estou
nessa
fase,
ainda,
como
de
querer
gritar:
“–
Vejam
tudo
o
que
temos,
e
é
público,
e
é
vosso!”,
“Temo‐lo
aqui,
podeis
usá‐ lo?”
 


Em
suma,
as
questões
formuladas
neste
primeiro
tema,
Ferramentas
da
Web
2.0
e
 Contextos
de
Adesão
do
MACBA,
permitiram
percecionar
que
as
motivações
e
contextos
que
 conduziram
 o
 MACBA
 na
 construção
 de
 um
 Projeto
 2.0,
 estiveram
 relacionadas
 com
 a
 renovação
 do
 seu
 website,
 cujas
 funcionalidades
 se
 encontravam
 desatualizadas,
 mas
 igualmente
ao
fato
do
Museu
estar
interessado
em
divulgar
e
partilhar
os
conteúdos
por
si
 produzidos.
 Em
 nenhum
 momento
 esta
 adesão
 pretendeu
 dar
 resposta
 a
 solicitações
 exteriores
ao
Museu,
nomeadamente
por
parte
das
comunidades
online
e
vizinhas
do
Bairro
 do
Raval,
uma
vez
que
as
mesmas
não
existiram,
ainda
que
alguns
visitantes
da
instituição
 questionassem
 o
porquê
 do
 MACBA
não
 ter
aderido
 ao
Facebook
ou
 ao
Twitter.
Também
 não
 exerceu
 pressão
 sobre
 o
 Museu
 o
 fato
 de
 outros
 Museus
 da
 cidade
 terem
 aderido
 a
 algumas
ferramentas
2.0.
Verificou‐se
que
antecederam
à
adesão
vários
questionamentos,
 concretamente
 relacionados
 com
 o
 modo
 como
 o
 MACBA
 iria
 comunicar
 com
 os
 seus
 públicos
ou
dar
utilidade
aos
conteúdos
por
eles
produzidos,
mas
igualmente
com
o
fato
do
 Museu
recear
que
os
comentários
advindos
das
exposições
contemporâneas,
geradoras
de
 inúmeras
controvérsias,
pudessem
ser
produzidos
e
divulgados
através
do
mundo
2.0,
pelo
 que
não
se
sentia
ainda
preparado
para
recebê‐los
ou
geri‐los.
Uma
terceira
preocupação,
 causadora
 da
 indecisão,
 relacionava‐se
 com
 a
 necessidade
 de
 haver
 recursos
 humanos
 suficientes,
no
sentido
de
dar
continuidade
ao
projeto
2.0.
Estes
três
fatores
foram
bastante
 ponderados
 pela
 instituição
 e
tardaram
à
adesão
 e
à
efetivação
das
 ferramentas.
Quando
 questionado
sobre
se
algum
Museu
Nacional
ou
Internacional
tinha
exercido
influência
no
 desenvolvimento
do
Projeto
2.0,
aferiu‐se
que
o
MACBA
estava
consciente
dos
programas
 participativos
 de
 outras
 instituições,
 Nacionais
 e
 Internacionais,
 e
 que
 se
 identificou
 mais
 com
os
programas
desenvolvidos
pelo
Brooklyn
Museum,
o
Whitney
Museum,
o
Victoria
&
 Albert
Museum
e
a
com
a
Tate
Modern,
tendo
adotado
algumas
particularidades
de
cada
um
 deles.
 Todavia,
 ressalvava
 que
 outros
 contextos,
 que
 não
 propriamente
 museológicos,
 podiam
contribuir
para
a
conceção
de
um
projeto
2.0,
como
por
exemplo
uma
plataforma
 como
 o
 Amazon,
 um
 catálogo
 online
 ou
 um
 videojogo
 como
 o
 Angry
 Birds.
 Por
 último,
 a
 conceção
do
Projeto
2.0
determinaria
a
reavaliação
da
Missão
do
Museu,
tornando‐o
mais
 próximo
 e
 interventivo
 junto
 das
 comunidades.
 Estas
 mudanças
 causariam
 desconfiança
 inicial
 a
 alguns
 Departamentos,
 que
 se
 dissiparam
 quando
 foram
 assimiladas
 as
 potencialidades
de
cada
uma
das
ferramentas,
no
sentido
da
partilha
de
conteúdos.


No
 que
 concerne
 ao
 segundo
 tema,
 Ferramentas
 da
 Web
 2.0
 e
 a
 Equipa
 MACBA,
 pretendeu‐se
conhecer
o
grau
de
complexidade
existente
na
construção
do
Projeto
2.0
do
 MACBA,
 mais
 especificamente
 saber
 quais
 foram
 os
 Departamentos
 envolvidos
 na
 sua
 conceção,
 os
 principais
 constrangimentos
 sentidos
 e
 o
 grau
 de
 satisfação
 daqueles
 que
 participaram,
mas
também
percecionar
se
foi
contemplada
nessa
construção
a
participação
 das
 comunidades
 vizinhas
 do
 Museu
 e
 qual
 foi
 a
 forma
 dessa
 participação.
 Procurou‐se
 também
 conhecer
 qual
 o
 número
 de
 membros
 que
 constituía
 a
 equipa
 Web,
 áreas
 de
 formação
ou
se
houve
um
aumento
da
equipa
para
uma
melhor
gestão
das
ferramentas
ao
 nível
da
manutenção,
revisão,
atualização,
aquisição,
moderação
e
utilização
dos
conteúdos
 produzidos
pelos
usuários,
com
vista
a
perceber
se
as
ferramentas
estavam
a
ser
utilizadas
 como
canais
de
comunicação
multidirecionais
ou
unidirecionais,
ou
seja,
se
as
ferramentas
 eram
entendidas
como
veículo
de
relacionamento
cívico,
entre
o
MACBA
e
as
comunidades
 online,
 ou
 se
 constituíam
 um
 instrumento
 de
 divulgação
 e
 propaganda
 dos
 conteúdos
 produzidos
 pelo
 Museu78.
Neste
 segundo
 tema
 foram
 definidas
 três
 categorias
 e
 nove
 subcategorias.
A
categoria
2)
Equipa
Web
2.0,
composta
por
cinco
subcategorias:
2.1)
Área
 de
 Formação
 da
 Equipa
 Web;
 2.2)
 Formações
 Realizadas
 para
 Administração
 das
 Ferramentas;
 2.3)
 Participação
 das
 Comunidades
 no
 Projeto
 2.0;
 2.4)
 Relacionamento
 Interdepartamental;
e
2.5)
Voluntariado
MACBA.
A
categoria
3)
Projeto
Web
2.0,
composta
 por
 duas
 subcategorias:
 3.1)
 Custos
 de
 Projecto;
 e
 3.2)
 Ferramentas
 Participativas.
 E
 a
 categoria
 4)
 Gestão
 das
 Ferramentas
 Web
 2.0,
 composta
 por
 uma
 subcategoria:
 4.1)
 Ferramentas
e
Programas
mais
Populares79.

Na
Categoria
2,
deste
segundo
tema,
identificada
como
Equipa
Web
2.0,
procurou‐se
 conhecer
o
número
de
membros
que
constituíam
a
equipa
Web
do
MACBA.
Aferiu‐se
que
 esta
 se
 compunha
 por
 uma
 pessoa
 e
 meia
 devido
 a
 cortes
 no
 orçamento
 em
 todos
 os
 Departamentos
do
Museu
(sendo
que
esta
meia
pessoa
representa
a
própria
entrevistada,
 que
se
encontrava
a
meia
jornada
de
trabalho,
devido
a
licença
de
maternidade),
mas
que,
 até
há
cerca
de
dois
meses
atrás,
era
constituída
por
três
funcionários
fixos.
Porém,
referia
 ainda,
que
contava
na
atualidade
com
o
auxílio
de
um
estagiário,
que
administrava
alguns
 conteúdos
da
Web.


 






 78
Vide
Apêndice
16
“II
Tema.
Ferramentas
da
Web
2.0
e
a
Equipa
MACBA”
in
Matriz
de
Análise
de
Conteúdos.
 Categorias
e
Subcategorias
e
Respetiva
Descrição.


79
 Apêndice
 17
 II
 “Tema.
 Ferramentas
 da
 Web
 2.0
 e
 a
 Equipa
 MACBA”
 in
 
 Matriz
 de
 Análise
 de
 Conteúdos.



 agora
somos
uma
pessoa
e
meia
(risos).
A
meia
sou
eu
(risos),
a
meia
sou
eu
 
 também
conto
com
a
ajuda
pontual
de
uma
companheira
do
Departamento
que
carrega
conteúdos
quando
estou
a
fazer
outras
 coisas
 
 até
há
dois
meses
a
equipa
Web
eram...
três
pessoas...
três
pessoas
 
 conto
com
a
ajuda
de
um
estagiário
e...
que
pode
fazer
tarefas,
pois
só
carregar
fotografias
e
administrar
pequenos
conteúdos
 
 Lamentava,
por
isso,
que
não
era
um
bom
momento
para
descrever
como
funcionava
 o
 Departamento
 da
 Web
 do
 MACBA,
 face
 a
 esses
 condicionalismos,
 desvendando
 que
 o
 MACBA
 não
 estava
 muito
 distante
 da
 realidade
 dos
 Museus
 de
 Barcelona,
 com
 equipas
 compostas
 por
 dois
 ou
 três
 elementos.
 Esse
 seria
 um
 fundamento
 proeminente
 para
 que
 não
estabelecessem
comparações
com
grandes
Museus
Internacionais,
como
por
exemplo
a
 Tate
Modern,
cuja
equipa
Web
se
compõe
por
vinte
e
cinco
membros.

 não
é
um
bom
momento
para
explicar‐te
como
funciona
um
Departamento
Web,
porque
estamos
um
pouco
desarticulados
 
 a
Web
visitam‐na
cinquenta,
sessenta
mil
pessoas
por
mês,
pessoas,
ah?,
não
visitas,
Hum...
conduzem‐na
duas
pessoas...
três,
 quando
têm
uma
boa
equipa
 
 esta
é
uma
realidade
de
muitos
Museu
de
aqui
 
 na
Tate,
não
sei
quantos
são,
mas
ainda
são
vinte
e
cinco,
o
que
é
muito
diferente,
muito
diferente
 


Quanto
 à
 área
 de
 formação
 dos
 recursos
 humanos
 da
 equipa,
 categorizados
 na