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Representação das cargas que acessam à Rede Básica

III.13 Base de dados

III.13.4 Representação das cargas que acessam à Rede Básica

Critério Gerais

128.

A representação das cargas na base de dados do ciclo tarifário 2015-2016 considera as

premissas elencadas abaixo:

Representação da carga das distribuidoras com a média dos MUST efetivamente

contratados para os anos 2015 e 2016. Para os CUST que apresentem mais de um valor de

MUST em seus anexos, o MUST representado é aquele aderente à rede elétrica em operação

comercial em junho de 2015, agregadas as instalações previstas para entrarem em operação

comercial até junho de 2016; e

Representação da carga de unidades consumidoras com acesso à Rede Básica com a

média dos MUST efetivamente contratados para os anos 2015 e 2016 em caráter permanente.

Para contratação de CUST em outras modalidades, o consumidor é representado com valor da

carga igual a 0,1 MW, quando a barra a qual esta unidade consumidora se conecta não tenha

outra carga permanente. Caso a barra já possua carga permanente, ela é representada com

valor de carga igual a zero. Os pontos de importação/exportação são representados da mesma

forma.

Distribuidoras CEA e AmE

129.

No ciclo 2013-2014, as distribuidoras Companhia Energética do Amapá - CEA e Amazonas

Distribuidora de Energia – AmE, ainda não haviam celebrados seus respectivos CUST, de forma que a

consideração deste mercado de MUST no cálculo da TUST dos demais usuários poderia afetar a arrecadação

dos recursos necessários para cobertura dos custos de transmissão, como determina a Lei nº 9.427, de 1996.

Como alternativa, foram modelados os MUST previstos no Parecer de Acesso das distribuidoras e realizados

Pág. 31 da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

um cálculo em separado para obtenção das TUST para os pontos de conexão que deveria ser contratados pela

CEA e AmE.

130.

No decorrer do ciclo 2013-2014, a AmE celebrou o CUST nº 069/2013, em 25 de junho de

2013, e a CEA celebrou o CUST nº 087/2013, em 10 de outubro de 2013.

131.

Em 19 de novembro de 2013, o Despacho ANEEL nº 3.886 apresentou nos itens (i) e (ii):

“(i)

a Amazonas Energia – AmE e a Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA

deverão celebrar os Contratos de Uso dos Sistemas de Transmissão – CUST e os

Contratos de Conexão da Transmissão – CCT, vinculando os pagamentos à data de

disponibilização pelas concessionárias de transmissão das instalações que

interligarão, respectivamente, Manaus e Macapá ao Sistema Interligado Nacional

– SIN; (ii) a AmE e a CEA terão os encargos dos CUST e CCT devidos a partir da

data estabelecida nos respectivos contratos e somente serão considerados no

cálculo da tarifa do consumidor final da concessionária de distribuição a partir da

respectiva prestação do serviço, sem efeitos retroativos;” (grifo nosso)

132.

Desta forma, os CUST da AmE e da CEA devem vincular os pagamentos à data de

disponibilização pelas concessionárias de transmissão das instalações que interligaram, respectivamente,

Manaus e Macapá ao SIN.

133.

Por meio do Ofício nº 118/2014-SRT/ANEEL, de 06/05/2014, a SRT informou ao ONS que,

conforme disposto na carta ONS – 0286/100/2014, de 6 de março de 2014, a entrada em operação comercial

das instalações que completaram a interligação de Manaus ao SIN, ocorreu em 3 de julho de 2013, sendo

devido os encargos de uso da AmE a partir desta data.

134.

Informou ainda que a entrada em operação comercial das instalações que completaram a

interligação de Macapá ao SIN, conforme Carta ONS – 0197/100/2014, de 12 de fevereiro de 2014, e Carta

ONS – 0238/100/2014, de 19 de fevereiro de 2014, ocorreu em 22 de janeiro de 2014. Portanto, conforme

estabelecido no inciso (i) do Despacho nº 3.886, de 2013, essa data deve ser utilizada no CUST celebrado pela

CEA para início do pagamento do respectivo encargo.

135.

Com base nisto, as distribuidoras CEA e Amazonas foram modeladas na base de dados de

cálculo da TUST do ciclo 2015-2016 de forma integrada ao Sistema Interligado Nacional, participando, assim,

do rateio da RAP.

Pontos de fronteira com a Rede Básica

136.

A compatibilidade da base de dados e do ambiente contratual leva em consideração a data de

entrada em operação das instalações de transmissão, os valores dos MUST e as datas de contratação por

parte dos usuários.

137.

Para os pontos de contratação de fronteira foram encontrados pontos em que há um

descasamento entre a data de previsão de disponibilidade das instalações e a data de contratação do MUST.

Pág. 32 da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

138.

Para o ciclo 2014-2015, os seguintes pontos de conexão de Rede Básica de fronteira deverão

ser cobrados diretamente por meio de encargos, conforme Art.29 da REN 399, de 2010: Jauru 138 kV, Juba

138 kV e Parecis 138 kV. Desta forma, caberá ao ONS calcular diretamente os valores associados aos

duodécimos mensais, a partir do valor aprovado de RAP constante do Processo nº 48500.000313/2015-48, que

contempla o reajuste de receitas das transmissoras.

139.

Os pontos de conexão Sinop e Ji-Paraná, todos em 13,8 kV, têm MUST iguais a zero, porém

estão associados ao grupo de fronteira dos pontos de conexão de Sinop 138 kV, Ji-Paraná 69 kV e Rio Branco

69 kV, de forma que a TUST-FR é calculada com base nos MUST desses pontos.

140.

O ponto de conexão Itutinga 138 kV teve parcela de ajuste maior que o valor de RAP

associado ao ponto no ciclo 2014-2015, de forma que a TUST-FR é nula.

141.

O ponto de conexão apontado na base de dados como Jirau 69 kV da Ceron, refere-se ao

seccionamento da linha de transmissão Abunã – Porto Velho 230 kV, em que está conectada a carga da UHE

Jirau, de forma que não há TUST-FR para este ponto.

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