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S U P E R I N T E N D Ê N C I A D E

G E S T Ã O T A R I F Á R I A

Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL

Brasília, 19 de junho de 2015

E S T A B E L E C I M E N T O D A S T A R I F A S D E U S O

D O S I S T E M A D E T R A N S M I S S Ã O - T U S T

P A R A O C I C L O 2 0 1 5 - 2 0 1 6

. . . . . .

Agência Nacional de Energia Elétrica

Superintendência de Gestão Tarifária SGAN 603 / Módulo “I” – 1º andar CEP: 70830-030 – Brasília – DF Tel: + 55 61 2192-8695 Fax: + 55 61 2192-8679

(2)

ÍNDICE

I – DO OBJETIVO ... 1

II – DOS FATOS ... 1

III – DA ANÁLISE ... 3

III.1 Composição da Rede Básica e da TUST – Resolução Normativa nº 67, de 2004 ... 3

III.2 Procedimento de cálculo da TUST – Resolução Normativa nº 559, de 2013 ... 5

III.3 Impactos do cálculo da TUSDg – Resolução Normativa nº 349, de 2009 ... 7

III.4 Tarifas de Importação/Exportação e de Interligações internacionais ... 7

III.5 Tarifas para a contratação em caráter temporário – TUST TEMP ... 10

III.6 Tarifa de Transporte de Itaipu ... 10

III.6 Encargos setoriais: Conta de Desenvolvimento Energético – CDE ... 11

III.8 Apuração de ultrapassagem de potência de usuários ... 12

III.9 Parcela Variável – Resolução Normativa nº 270, de 2007 ... 12

III.10 Passivos de Encargo de Uso do Sistema de Transmissão ... 12

III.10.1 Vale Vargem Grande ... 12

III.10.2 UTE ERB Candeias ... 13

III.11 Cálculo da Receita Anual Permitida do ciclo 2015-2016 ... 13

III.11.1 Da RAP a ser arrecadada por TUST-RB ... 14

III.11.2 Da RAP a ser arrecadada por TUST-FR ... 21

III.12 Cálculo da RAP prospectiva para o segmento geração ... 23

III.13 Base de dados ... 27

III.13.1 Análise de contribuições da Audiência Pública nº 023/2015 ... 27

III.13.2 Tratamento das instalações de corrente contínua ... 29

III.13.3 Tratamento dos custos de reposição das instalações ... 29

III.13.4 Representação das cargas que acessam à Rede Básica ... 30

III.13.5 Representação das centrais de geração que acessam à Rede Básica ... 32

III.14 Cálculo da TUST do ciclo 2015-2016 ... 37

IV – DO FUNDAMENTO LEGAL ... 38

V – DA CONCLUSÃO ... 38

VI – DA RECOMENDAÇÃO ... 40

ANEXO I - TARIFAS DE USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO APLICÁVEIS ÀS CENTRAIS DE GERAÇÃO CONECTADAS À REDE BÁSICA ... 41

ANEXO II - TARIFAS DE USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO APLICÁVEIS A CONSUMIDORES LIVRES, CONSUMIDORES POTENCIALMENTE LIVRES E AUTOPRODUTORES, COM UNIDADES CONSUMIDORAS CONECTADAS À REDE BÁSICA ... 63

ANEXO II-A – TARIFAS DE USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO - TUST ENCARGOS - CDE APLICÁVEIS A CONSUMIDORES LIVRES, CONSUMIDORES POTENCIALMENTE LIVRES E AUTOPRODUTORES, COM UNIDADES CONSUMIDORAS CONECTADAS À REDE BÁSICA ... 69

ANEXO III - TARIFAS DE USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO APLICÁVEIS AOS AGENTES DE IMPORTAÇÃO E DE EXPORTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (TUST imp/exp) ... 69

ANEXO III-A – TARIFAS DE USO DAS INTERLIGAÇÕES INTERNACIONAIS (TUII) ... 69

ANEXO IV – TARIFAS DE USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO APLICÁVEIS ÀS CENTRAIS DE GERAÇÃO COM CONTRATAÇÃO EM CARÁTER TEMPORÁRIO (TUSTTEMP) ... 70

ANEXO V - TARIFAS DE USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO APLICÁVEIS ÀS CONCESSIONÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO. ... 71

ANEXO VI - ENCARGOS DE USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO A SEREM PAGOS PELAS DISTRIBUIDORAS DE ACORDO COM REN 349/2009 (TUSDg-T E TUSDg-ONS) ... 94

ANEXO VII – RELAÇÃO RAP x INVESTIMENTO ... 95

(3)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL

Em 19 de junho de 2015.

Processo: 48500.000314/2015-92.

Assunto: Estabelecimento do valor das Tarifas de

Uso do Sistema de Transmissão – TUST, da Tarifa

de Transporte de Itaipu, da TUST-CDE, dos

encargos das distribuidoras associados à TUSDg e

aprovação da base de dados de cálculo da TUST

para o ciclo tarifário 2015-2016.

I – DO OBJETIVO

1.

Esta Nota Técnica tem por objetivo propor, para vigorarem entre 1º de julho de 2015 e 30 de

junho de 2016:

a)

os valores das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão – TUST;

b)

os valores das Tarifas de Transporte de Itaipu;

c)

os valores das TUST encargos referentes à Conta de Desenvolvimento Energético –

CDE;

d)

os valores das TUST

IMP/EXP

importação/exportação e das Tarifas de Uso das

Interligações Internacionais – TUII;

e)

os valores das TUST

TEMP

para contratação em caráter temporário;

f)

os valores dos encargos anuais de uso do sistema de transmissão que deverão ser

mensalmente aplicados às distribuidoras que possuam em sua área de concessão

centrais geradoras conectadas em nível de tensão de 138 e 88 kV, de acordo com os

arts. 7º e 8º da Resolução Normativa nº 349, de 13 de janeiro de 2009; e

g)

a base de dados de cálculo da TUST.

II – DOS FATOS

2.

A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, com redação dada pela Lei nº 10.848, de 15 de

março de 2004, dispõe sobre a competência da ANEEL para calcular a TUST:

(4)

Fl. 2

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

“Art. 9º A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, passa a vigorar com as seguintes

alterações:

"Art. 3º Além das atribuições previstas nos incisos II, III, V, VI, VII, X, XI e XII do art.

29 e no art. 30 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, de outras incumbências

expressamente previstas em lei e observado o disposto no § 1º, compete à ANEEL:

(...)

XVIII - definir as tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição, sendo que

as de transmissão devem ser baseadas nas seguintes diretrizes:

a) assegurar arrecadação de recursos suficientes para cobertura dos custos dos

sistemas de transmissão; e

b) utilizar sinal locacional visando a assegurar maiores encargos para os agentes

que mais onerem o sistema de transmissão;”

3.

A Resolução nº 281, de 1º de outubro de 1999, estabelece as condições gerais para a

contratação do acesso e do uso do sistema de transmissão.

4.

A Resolução Normativa nº 67, de 8 de junho de 2004, estabelece os critérios para a

composição da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional e para cálculo das TUST.

5.

A Resolução Normativa nº 267, de 5 de junho de 2007, altera a sistemática de cálculo da

TUST para os novos empreendimentos de geração participantes de leilões de energia nova.

6.

A Resolução Normativa nº 349, de 15 de janeiro de 2009, estabelece os critérios para o

cálculo locacional das Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição – TUSDg aplicáveis às centrais geradoras

conectadas no nível de tensão de 138 kV ou 88 kV.

7.

A Resolução Normativa nº 399, de 13 de abril de 2010, regulamenta as novas condições de

contratação do uso do sistema de transmissão em caráter permanente, flexível e temporário, as formas de

cálculo dos encargos e dá outras providências.

8.

A Resolução Normativa nº 442, de 26 de julho de 2011, regulamenta as disposições relativas

às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais de que tratam os

§§ 6º e 7º do art. 17 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, incluídos pela Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de

2009, e o art. 21 do Decreto nº 7.246, de 28 de julho de 2010, estabelecendo o adicional de tarifas de uso

específico.

9.

A Resolução Normativa nº 559, de 27 de junho de 2013, estabelece o procedimento de

cálculo das TUST e revoga o art. 16 e o anexo da Resolução nº 281, de 1999; o art. 9º da Resolução

Normativa nº 399, de 2010; o § 2º do art. 18 e o § 3º do art. 22-A da Resolução Normativa nº 349, de 2009; a

Resolução Normativa nº 117, de 2004; a Resolução Normativa nº 267, de 2007 e a Resolução Normativa nº

523, de 2012.

10.

A Resolução Homologatória nº 1.833, de 2 de dezembro de 2014, estabelece os valores de

TUST-PROINFA para o ano de 2015.

(5)

Fl. 3

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

11.

A Resolução Homologatória nº 1.857, de 27 de fevereiro de 2015, estabelece o montante da

quota anual da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE para o ano de 2015 para as concessionárias de

transmissão, com base no disposto no art. 45 da Resolução Normativa nº 427, de 22 de fevereiro de 2011.

12.

A Audiência Pública nº 023/2015, de 24 de abril de 2015, foi instaurada para obter subsídios

relativos à base de dados preliminar para o cálculo das TUST e das TUSDg do ciclo tarifário 2015-2016.

13.

Em 02 de junho de 2015, o Operador Nacional do Sistema - ONS encaminhou os fax n. 0013

a 0019/240/2015 solicitando as TUST-RB na modalidade consumo para o ciclo 2014-2015 aplicáveis às

centrais geradoras EOL Ventos de Santa Joana IX, X, XI, XII, XIII, XIV e XV, uma vez que não constam na

REH nº 1.758/2014, que aprovou as TUST do referido ciclo.

14.

Em resposta ao Memorando nº 175/2015-SGT/ANEEL, de 18 de maio de 2015, a

Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira – SFF informou, por meio do Memorando nº

388/2015-SFF/ANEEL, de 05 de junho de 2015, o valor do orçamento do ONS para o período entre

01/07/2015 a 30/06/2016, a ser arrecadado com recursos provenientes da TUST no valor de R$

597.302.000,00.

15.

Em resposta ao Ofício nº 21/2015-SGT/ANEEL, de 05 de março de 2015, o ONS encaminhou

a carta ONS-0951/100/2014, de 5 de junho de 2015, informando que as solicitações para o processo de

reajuste das RAP e de estabelecimento das TUST para o ciclo 2015-2016 foram encaminhadas por

correspondência eletrônica para a Superintendência de Gestão Tarifária da ANEEL.

16.

O ONS encaminhou por mensagem eletrônica os arquivos para o Programa Nodal para os

ciclos 2015-2016, 2016-2017, 2017-2018 e 2018-2019.

17.

O aplicativo Nodal foi aperfeiçoado para a versão 5.2, permitindo o cálculo das TUST e

TUSDg nos termos da regulamentação vigente.

III – DA ANÁLISE

III.1 Composição da Rede Básica e da TUST – Resolução Normativa nº 67, de 2004

18.

A REN nº 67, de 2004, discorre em seus arts. 3º e 5º sobre a classificação das instalações

que compõem a Rede Básica e as componentes da TUST, in verbis:

“Art. 3° Integram a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional – SIN as Instalações

de Transmissão, definidas conforme inciso II do artigo anterior, que atendam aos

seguintes critérios:

I – linhas de transmissão, barramentos, transformadores de potência e equipamentos

de subestação em tensão igual ou superior a 230 kV; e

II – transformadores de potência com tensão primária igual ou superior a 230 kV e

tensões secundária e terciária inferiores a 230 kV, bem como as respectivas conexões

e demais equipamentos ligados ao terciário, a partir de 1° de julho de 2004.

(6)

Fl. 4

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Art. 4° Não integram a Rede Básica e são classificadas como Demais Instalações de

Transmissão, as Instalações de Transmissão que atendam aos seguintes critérios:

I – linhas de transmissão, barramentos, transformadores de potência e equipamentos

de subestação, em qualquer tensão, quando de uso de centrais geradoras, em caráter

exclusivo ou compartilhado, ou de consumidores livres, em caráter exclusivo;

II – instalações e equipamentos associados, em qualquer tensão, quando de uso

exclusivo para importação e/ou exportação de energia elétrica e não definidos como

instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações

internacionais; e

III – linhas de transmissão, barramentos, transformadores de potência e equipamentos

de subestação, em tensão inferior a 230 kV, localizados ou não em subestações

integrantes da Rede Básica.

Art. 5° A Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão – TUST será constituída por duas

componentes, conforme a seguir:

I – TUST

RB

: aplicável a todos os usuários do SIN; e

II – TUST

FR

: aplicável apenas à concessionária ou permissionária de distribuição que

utilize as instalações descritas no art. 3°, inciso II, em caráter exclusivo ou

compartilhado, ou que se conecte as instalações a que se refere o art. 4°, inciso III, em

caráter compartilhado.

§ 1° A TUSTRB será calculada de acordo com a metodologia descrita no anexo da

Resolução n° 281, de 1° de outubro de 1999, e levará em conta as parcelas da

Receita Anual Permitida – RAP associadas às instalações citadas no art. 3°, inciso I,

desta Resolução.

§ 2° A TUSTFR levará em conta as parcelas da RAP, associadas às instalações

citadas no inciso II deste artigo, e será rateada pelos Montantes de Uso do Sistema de

Transmissão – MUST contratados pela respectiva concessionária ou permissionária de

distribuição nos horários de ponta e fora de ponta.

...

§ 6º O ONS fica autorizado a administrar a cobrança diretamente por meio de encargos

de uso quando forem iguais a zero os MUSTs contratados por concessionárias ou

permissionárias de distribuição que utilizem as instalações descritas no art. 3°, inciso

II, em caráter exclusivo ou compartilhado, ou que se conectem às instalações a que se

refere o art. 4°, inciso III, em caráter compartilhado.”

19.

Assim, a TUST-RB, aplicável a todos os usuários do sistema de transmissão, destina-se a

remunerar as instalações pertencentes à Rede Básica, ou seja, aquelas dispostas no inciso I, art. 3° da

Resolução Normativa n° 67, de 2004.

(7)

Fl. 5

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

20.

Já a TUST-FR é aplicável apenas às concessionárias ou permissionárias de distribuição,

destinando-se a remunerar os transformadores de fronteira e as Demais Instalações de Transmissão – DIT

compartilhadas, ou seja, as instalações referentes ao art. 3º, inciso II da REN nº 067, de 2004, e aquelas

dispostas no art. 4º, inciso III, apenas em caráter compartilhado.

21.

A exceção à regra são as unidades consumidoras ALCOA - Poços de Caldas e Rima

Industrial S.A.. A ALCOA – Poços de Caldas teve seu acesso excepcionalmente caracterizado como direto à

Rede Básica pela Resolução Autorizativa nº 501, de 4 de abril de 2006, apesar de sua conexão ser a uma

DIT compartilhada em 138 kV na subestação de FURNAS em Poços de Caldas. Desta forma, este

consumidor remunera os ativos de fronteira de Rede Básica daquela subestação, sendo calculada uma

correspondente TUST-FR.

22.

A Rima Industrial S.A. também teve seu acesso excepcionalmente caracterizado como direto

à Rede Básica pelo Despacho ANEEL nº 4.909, de 20 de dezembro de 2011, apesar de sua conexão à DIT

138 kV da SE Montes Claros 2, de responsabilidade da CEMIG-GT. Da mesma forma, este consumidor

remunera os ativos de fronteira de Rede Básica daquela subestação, sendo calculada uma correspondente

TUST-FR.

III.2 Procedimento de cálculo da TUST – Resolução Normativa nº 559, de 2013

23.

Em 27 de junho de 2013, a REN nº 559 estabeleceu o procedimento de cálculo da TUST. De

acordo com o normativo, para o segmento geração, a TUST será calculada com base no horizonte do Plano

Decenal de Expansão de Energia Elétrica – PDE vigente. Assim, serão utilizados os dados de planejamento

de curto prazo oriundos do ONS e de longo prazo provenientes da EPE.

24.

Para as novas centrais de geração participantes de leilões de energia nova e que se

sagrarem vencedoras, as tarifas calculadas terão validade durante a vigência da sua outorga, sendo a tarifa

inicial homologada junto ao Edital do Leilão. Para as demais centrais de geração a TUST será estabelecida

por um período de 10 ciclos tarifários, a partir do ciclo correspondente ao início do faturamento do seu

Contrato de Uso do Sistema de Transmissão – CUST.

25.

Para aquelas que já possuem TUST definida com base na REN nº 267, de 2007, após o

término da sequência tarifária publicada antes do leilão de energia nova, será calculada nova TUST para o

período de 10 ciclos tarifários.

26.

Também foi estabelecida regra de transição para os geradores existentes pelo período de 2

ciclos tarifários, após o término da validade da TUST.

27.

As diferenças de encargos anuais apuradas a cada ciclo tarifário, para mais ou para menos,

entre as TUST estabelecidas para as centrais de geração e aquelas efetivamente obtidas para o mesmo ciclo

mediante cálculo anual, serão contabilizadas e atribuídas ao segmento consumo, com a finalidade de dirimir

as incertezas associadas a parcela de custo do sistema de transmissão inclusa no preço da energia elétrica

ofertada pelo segmento geração.

28.

Para o segmento consumo, a TUST é estabelecida a cada ciclo tarifário, nos horários de

ponta e fora de ponta, com o montante a ser arrecadado rateado de forma proporcional ao total de MUST

contratado em cada horário, conforme art. 10 da REN nº 559, de 2013.

(8)

Fl. 6

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

29.

As TUST e passivos financeiros considerados a cada ciclo tarifário são atualizados pelo

Índice de Atualização da Transmissão – IAT, calculado pela composição dos índices de reajustes dos

contratos de transmissão associados às instalações da Rede Básica em operação a cada ciclo tarifário,

ponderados pelas receitas associadas a cada contrato.

30.

Assim, considerando que os índices de reajuste dos contratos de transmissão atualmente são

o IPCA

1

e o IGP-M

2

, obtém-se o IAT conforme equação (1):

IATi = (IGP-Mj x CIGP-M i) + (IPCAj x CIPCA i)

(1)

Onde:

IATi:

Índice de Atualização da Transmissão no ciclo tarifário i;

IGP-Mj:

IGP-M acumulado no ciclo tarifário j;

IPCAj:

IPCA acumulado no ciclo tarifário j;

CIGP-Mj:

Proporção da RAP das instalações de Rede Básica em operação com

contratos de concessão reajustados por IGP-M no início do ciclo tarifário i;

CIPCA j:

Proporção da RAP das instalações de Rede Básica em operação com

contratos de concessão reajustados por IPCA no início do ciclo tarifário i;

i:

ciclo tarifário atual; e

j:

ciclo tarifário anterior, que considera os índices de maio do ciclo (i-1) a maio

do ciclo (i).

31.

Para o ciclo 2015-2016 o IAT é 6,706%, composto pelo IGP-M e IPCA de acordo com a

Tabela 1:

Tabela 1: Composição do Índice de Atualização da transmissão – IAT para o ciclo 2015-2016

Índices Índice acumulado

Proporção de RAP de Rede Básica em operação (jun/14 a jun/15) 2015-2016 IGP-M 4,110% 40,49% IPCA 8,473% 59,51% IAT 6,706%

1 IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 2 IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado

(9)

Fl. 7

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III.3 Impactos do cálculo da TUSDg – Resolução Normativa nº 349, de 2009

32.

A REN nº 349, de 2009, afeta o critério de rateio de custos entre os segmentos consumo e

geração vigente para a Rede Básica ao estabelecer:

CAPÍTULO X

DO CÁLCULO DA TUST

Art. 20. O cálculo da TUST das centrais geradoras deverá considerar:

I - a partir do ciclo tarifário 2009/2010, a receita recuperada pela TUSDg-ONS;

II - a partir do ciclo tarifário 2013/2014, a receita recuperada pela TUSDg-T.

33.

Conforme artigo 20 da REN nº 349/2009, o cálculo da TUST das centrais geradoras deverá

considerar a partir do ciclo tarifário 2013-2014, a receita recuperada pela TUSDg-T (parcela relativa ao fluxo

de exportação para a rede básica) a ser arrecadada das centrais de geração em âmbito de distribuição para

pagamento de custos da Rede Básica. Para o ciclo 2015-2016, este valor está estimado em R$

37.849.693,84, a preços de junho de 2015.

34.

O referido artigo dispõe ainda que o cálculo da TUST das centrais geradoras deverá

considerar a partir do ciclo tarifário 2009-2010 os recursos provenientes da TUSDg-ONS (parcela relativa ao

custeio do ONS). Para o ciclo 2015-2016, este valor está estimado em R$ 49.545.565,26, a preços de junho

de 2015.

III.4 Tarifas de Importação/Exportação e de Interligações internacionais

35.

A Lei nº 12.111, de 2009, dispôs, entre outros temas, sobre as instalações de transmissão

destinadas às interligações internacionais, alterando o art. 17 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995. Alterou

também os incisos XVIII e XX do art. 3º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, atribuindo à ANEEL a

competência de “definir adicional de tarifas de uso específico das instalações de interligações internacionais

para exportação e importação de energia elétrica, visando à modicidade tarifária dos usuários do sistema de

transmissão ou distribuição.”

36.

As instalações de Garabi 1 e 2, autorizadas à CIEN

3

, respectivamente por meio das

Resoluções ANEEL nº 129 e 130, ambas de 1998, foram equiparadas, para fins de efeitos técnicos e

comerciais, aos concessionários de serviços público de transmissão de energia elétrica conforme Portarias

MME nº 210 e 211 de 2011.

(10)

Fl. 8

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

37.

No mesmo sentido, a Portaria MME nº 624, de 25 de novembro de 2014 equipara as

Instalações de Transmissão Necessárias aos Intercâmbios Internacionais de Energia Elétrica autorizadas por

meio das Portarias DNAEE nº 179, de 19 de setembro de 1983, nº 324, de 5 de abril de 1994, sob

responsabilidade da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. (Estação Conversora Uruguaiana 230 kV e LT Paso de

Los Libres – Uruguaiana 132 kV)

38.

De acordo com o art. 17 da REN nº 399, de 2010, o Contrato de Uso do Sistema de

Transmissão – CUST de importação/exportação considerará no mesmo contrato os montantes de uso de

importação e de exportação, determinados pela máxima potência elétrica injetável e pela máxima potência

elétrica a ser demandada na Rede Básica, respectivamente, no período do contrato.

39.

Caso o importador/exportador seja usuário das Interligações Internacionais de que trata o art.

1º da REN n° 442, de 2011, o CUST deverá ser celebrado considerando o ponto de conexão entre essas

instalações e a Rede Básica.

40.

O § 6º do art. 5º da REN nº 442, de 2011, autorizou o ONS a calcular o valor do Adicional de

Tarifa de Uso Específico – ADTUE, a partir da receita estabelecida pela ANEEL para o ciclo tarifário

2014-2015. O ONS informou por meio de correspondência eletrônica no dia 11/06/2015 que não foram apurados

valores referentes ao ADTUE no ciclo 2014-2015, a serem revertidos em modicidade tarifária para os

usuários do sistema de transmissão para o ciclo 2015-2016.

41.

Em 23 de junho de 2015, na 22º Reunião Publica da Diretoria da ANEEL, os artigos 5º e 6º

da REN nº 442, de 2011, foram revogados, dispondo na Resolução Normativa resultante da AP nº 30/2015,

nova forma de cálculo do adicional de tarifa de uso específico, de que tratam os incisos XVIII e XX do art. 3º

da Lei nº 9.427, de 1996, ora denominado de Tarifa de Uso das Interligações Internacionais – TUII e das

TUST importação/exportação, conforme transcrito a seguir:

“Art. 17 O CUST de importação/exportação considerará no mesmo contrato os montantes de

uso de importação e de exportação, determinados pela máxima potência elétrica injetável e

pela máxima potência elétrica a ser demandada na Rede Básica, respectivamente, no

período do contrato.

(..)

§ 2º A TUST aplicável à condição de contratação de que trata o caput fica estabelecida da

seguinte forma:

𝑇𝑈𝑆𝑇

𝐼𝑀𝑃/𝐸𝑋𝑃

[

𝑅$

𝑀𝑊. ℎ

] = 𝑓.

12[𝑚ê𝑠]. 1000 [𝑘𝑊]

8760[ℎ]. 1[𝑀𝑊]

.

(𝑇𝑈𝑆𝑇

𝐺

+ 𝑇𝑈𝑆𝑇

𝐶−𝑃

)

2

[

𝑅$

𝑘𝑊. 𝑚ê𝑠

]

onde:

TUST

IMP/EXP

– TUST aplicável no ponto de conexão à Rede Básica contratado para

importação ou exportação de energia elétrica, em R$/MW.h;

TUST

G

– TUST aplicável ao segmento geração no ponto de conexão à Rede Básica em que

ocorrer a importação ou exportação, em R$/kW.mês;

(11)

Fl. 9

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

TUST

C-P

– TUST aplicável ao segmento consumo no horário de ponta no ponto de conexão à

Rede Básica em que ocorrer a importação ou exportação, em R$/kW.mês; e

f – fator de conversão da modalidade de pagamento por disponibilidade para pagamento por

uso, dado pela relação entre a soma das potências instaladas e a soma das garantias físicas

dos geradores em operação comercial em 1° de junho de cada ano, em MW/(MW.h/h).

§ 3º Os encargos de uso para fins de importação/exportação serão apurados mensalmente e

devidos a partir dos valores medidos de energia elétrica, da seguinte forma:

𝐸𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑈𝑠𝑜[𝑅$] = 𝑇𝑈𝑆𝑇

𝐼𝑀𝑃/𝐸𝑋𝑃

[

𝑅$

𝑀𝑊. ℎ

] . 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎[𝑀𝑊. ℎ]

§ 4º Caso o importador/exportador seja usuário das Interligações Internacionais, de que trata

o art. 1º da Resolução Normativa n° 442, de 26 de julho de 2011:

I - o CUST deverá ser celebrado considerando o ponto de conexão entre essas instalações e

a Rede Básica;

II - os encargos de uso para fins de importação/exportação serão apurados mensalmente e

devidos a partir dos valores medidos de energia elétrica, da seguinte forma:

𝐸𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑈𝑠𝑜[𝑅$] = (𝑇𝑈𝑆𝑇

𝐼𝑀𝑃/𝐸𝑋𝑃

[

𝑅$

𝑀𝑊. ℎ

] + 𝑇𝑈𝐼𝐼 [

𝑅$

𝑀𝑊. ℎ

]) . 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎[𝑀𝑊. ℎ]

onde:

TUII – Tarifa de Uso das Interligações Internacionais, de que trata o art. 1º da Resolução

Normativa n° 442, de 2011, dada por:

𝑇𝑈𝐼𝐼 [

𝑅$

𝑀𝑊. ℎ

] = 𝑓.

𝑅

𝐼

[𝑅$]

𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒[𝑀𝑊] ∗ 8760[ℎ]

R

I

– somatório de Receitas Anuais Permitidas das Interligações Internacionais, de que trata o

art. 1º da Resolução Normativa n° 442, de 2011, disponibilizadas ao importador/exportador,

em R$;

Capacidade – capacidade das Interligações Internacionais, de que trata o art. 1º da

Resolução Normativa n° 442, de 2011, conforme estabelecido no CPST, disponibilizadas ao

importador/exportador, em MW;”.

42.

Estas tarifas foram estabelecidas para o ciclo tarifário 2015-2016 conforme Anexos III e III-A,

de modo que os encargos de uso oriundos de sua aplicação serão considerados no cálculo das TUST com

fins de modicidade tarifária para os usuários do sistema de transmissão no ciclo tarifário seguinte, conforme

preconizado no inciso XX do art. 3º da Lei nº 9.427, de 1996.

(12)

Fl. 10

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III.5 Tarifas para a contratação em caráter temporário – TUST

TEMP

43.

A contratação do uso do sistema de transmissão em caráter temporário é caracterizada pelo

uso de capacidade remanescente do sistema de transmissão por tempo determinado, para escoamento da

energia elétrica produzida por central geradora, após declaração do ONS da importância sistêmica da sua

permanência no SIN, e enquanto inexistirem contratos de venda de energia elétrica em execução junto à

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

44.

A TUST associada à contratação em caráter temporário é calculada de acordo com o inciso V

do art. 14 da Resolução Normativa resultante da AP nº 030/2015, transcrito a seguir, e está disposta no

Anexo IV:

“V – a TUST aplicável à contratação em caráter temporário, TUST

TEMP

, em R$/MW.h, será

calculada da seguinte forma:

𝑇𝑈𝑆𝑇

𝑇𝐸𝑀𝑃

[

𝑅$

𝑀𝑊. ℎ

] = 𝑓.

12[𝑚ê𝑠]. 1000 [𝑘𝑊]

8760[ℎ]. 1[𝑀𝑊]

. 𝑇𝑈𝑆𝑇

𝐺𝐸𝑅

[

𝑅$

𝑘𝑊. 𝑚ê𝑠

]

onde:

TUST

TEMP

– TUST aplicável no ponto de conexão à Rede Básica contratado em caráter

temporário, em R$/MW.h;

TUST

GER

– TUST do ciclo tarifário vigente estabelecida para a central de geração, em

R$/kW.mês; e

f – fator de conversão da modalidade de pagamento por disponibilidade para pagamento por

uso, dado pela relação entre a soma das potências instaladas e a soma das garantias físicas

dos geradores em operação comercial em 1° de junho de cada ano, em MW/(MW.h/h).”.

III.6 Tarifa de Transporte de Itaipu

45.

A Tarifa de Transporte de Itaipu, relativa às DIT de uso exclusivo (instalações dedicadas

àquela central geradora e não integrantes da Rede Básica), é calculada a partir do Encargo de Conexão

devido a FURNAS para o ciclo 2015-2016 e das Parcelas de Ajuste – PA referentes à previsão da Demanda

Anual de potência do ciclo 2014-2015 e às variações de RAP oriundas de revisão ou outros ajustes, como por

exemplo, parcela associada à incorporação do Custo Anual de Instalações Móveis e Imóveis – CAIMI,

conforme Tabela 2.

(13)

Fl. 11

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Tabela 2: Parâmetros de cálculo da Tarifa de Transporte de Itaipu

Parâmetros de cálculo Ciclo 2014-2015 Ciclo 2015-2016 Variação Encargo de Conexão (R$) 216.993.573,97 246.013.853,20 13,4%

PA RAP (R$) - 26.586.343,51 N/A

PA DEMANDA ANUAL (R$) 2.635.625,18 1.344.446,90 -49,0%

Encargo a ser arrecadado (R$) 219.629.199,15 273.944.643,61 24,7%

Tarifa de Transporte Itaipu (R$/MW) 1.652,59 2.085,77 26,2%

46.

De acordo com a Resolução Homologatória nº 1.829, de 25 de novembro de 2014, obtém-se

os valores de potência contratada pelas distribuidoras que detém cota-parte da UHE Itaipu, previstos para o

ano civil de 2015

4

, no valor de 131.340 MW.ano. Para utilização no ciclo tarifário 2015-2016, adotamos esta

mesma quantia como previsão para a Demanda Anual, uma vez que a PA

DEMANDA ANUAL

recupera no ciclo

seguinte as variações de potência decorrentes do descasamento entre ano civil e ciclo tarifário. De porte

desses parâmetros, procede-se o cálculo da Tarifa de Transporte de Itaipu conforme equação (2):

) / $ ( 77 , 085 . 2 Itaipu de Transporte 131340 61 , 643 . 944 . 273 Itaipu de Transporte Ajuste de Parcela Conexão de Encargo Itaipu de Transporte 20152016 2015-2016 MW R anual Demanda     

(2)

47.

O encargo resultante da aplicação da Tarifa de Transporte de Itaipu de R$ 2.085,77/MW à

potência contratada mensal de cada distribuidora deverá ser pago diretamente à FURNAS pelos contratantes

da energia da Itaipu Binacional.

48.

A variação do Encargo de Conexão de 13,4% em relação ao valor do ciclo anterior deve-se à

incidência do IPCA (8,473%) decorrente do processo de reajuste das receitas e a incorporação do CAIMI

(4,92%) à RAP de FURNAS. No ciclo 2014-2015 não houve PA oriunda de variações de receita, o que não

ocorreu no ciclo 2015-2016 em razão do advento do CAIMI. Além disso, houve redução da PA

DEMANDA ANUAL

de cerca de 50%, resultando em aumento de 24,7% do Encargo a ser arrecadado e de 26,2% da Tarifa de

Transporte de Itaipu.

III.6 Encargos setoriais: Conta de Desenvolvimento Energético – CDE

49.

A partir de julho de 2004, os encargos de uso do sistema de transmissão de consumidores

livres e de autoprodutores com unidades consumidoras com acesso à Rede Básica passou a considerar os

encargos setoriais do segmento consumo, CCC, CDE e PROINFA em sua composição, em conformidade

com o disposto no § 1º do art. 1º do Decreto nº 4.562, de 2002, no art. 3º da Lei nº 10.604, de 2002, e no art.

13 da Lei nº 10.848, de 2004. A Lei nº 12.783 de 11 de janeiro de 2013, nos arts. 23 e 24, extinguiu a

cobrança do encargo setorial CCC, e consequentemente da TUST-CCC.

(14)

Fl. 12

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

50.

A TUST-PROINFA é definida em processo específico, para o ano civil. Para 2015 o valor foi

estabelecido na REH Nº 1.833, de 2014.

51.

Os valores das tarifas referentes à CDE para o período de 1º de julho de 2015 a 30 de junho

de 2016 correspondem aos custos unitários definidos no art. 1º da Resolução Homologatória nº 1.857, de

2015, aos quais devem ser acrescidos os custos dos tributos Programa de Integração Social – PIS e

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, conforme regime de tributação de cada

transmissora.

52.

O Anexo II-A apresenta os valores dessa tarifa, sendo que a forma de apuração e

contabilização dos encargos referentes à CDE deverá observar o estabelecido na Resolução Normativa nº

427, de 22 de fevereiro de 2011.

III.8 Apuração de ultrapassagem de potência de usuários

53.

Para o período de junho de 2014 a maio de 2015 foi apurado a título de ultrapassagem de

potência (injetada ou demandada), de acordo com a REN nº 399, de 2010, o montante de R$ 59.404.926,72,

sendo R$ 52.995.381,28 na Rede Básica e R$ 6.409.545,43 na Rede Básica de Fronteira. Tais valores estão

considerados no total de Parcela de Ajuste, revertidos para a modicidade tarifária no ciclo 2015-2016.

III.9 Parcela Variável – Resolução Normativa nº 270, de 2007

54.

A Parcela Variável – PV, conforme dispõe a Resolução Normativa nº 270, de 2007, é o

desconto na RAP das transmissoras em função da indisponibilidade ou restrição operativa das instalações

integrantes da Rede Básica sob sua responsabilidade. Durante o período de junho de 2014 a maio de 2015

foi descontado da receita das transmissoras o valor de R$ 138.505.435,34, considerado nos valores apurados

da parcela de ajuste. Deste valor, conforme o disposto na Resolução Normativa nº 270, de 2007, obtém-se o

valor de Adicional à RAP a ser repassado às concessionárias de transmissão com melhores desempenhos,

que corresponde a R$ 24.979,98 que será acrescentado à receita do ciclo 2015-2016.

III.10 Passivos de Encargo de Uso do Sistema de Transmissão

III.10.1 Vale Vargem Grande

55.

A Companhia Vale do Rio Doce S.A. – VALE solicitou à ANEEL suspensão de suas

obrigações associadas ao Contrato de Uso do Sistema de Transmissão - CUST nº 100/2013 firmado em 30

de dezembro de 2013, em decorrência de decisão judicial (Agravo de Instrumento nº

0019898-43.2014.4.01.0000/DF) que suspendeu, em 22 de maio de 2014, os efeitos da Resolução Autorizativa nº

4.314, de 3 de setembro de 2013, sem prejuízo à disponibilidade do sistema de transmissão, a ela

assegurada pelo próprio CUST.

56.

A Diretoria da ANEEL, por meio do Despacho nº 1.259, de 2015 decidiu:

“(i) suspender os efeitos do CUST nº 100/2013 e do CCT nº 020/2014, não havendo

obrigação de pagamento e consequentemente direito de reserva do sistema para o Projeto

Vargem Grande da VALE; (ii) converter os EUST associados ao CUST nº 100/2013 pagos

pela VALE, de agosto de 2014 a março de 2015 em crédito em favor da VALE, no valor R$

(15)

Fl. 13

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

8.320.416,00 (oito milhões, trezentos e vinte mil, quatrocentos e dezesseis reais), a preços de

junho de 2014; e (iii) caso os efeitos da Resolução Autorizativa nº 4.314, de 3 de setembro de

2013 deixem de estar suspensos, condicionar a execução do CUST nº 100/2013 e do CCT nº

020/2014 à revalidação do Parecer de Acesso nº RE 2.1/014/2010 pelo ONS.”

57.

Dessa forma, o consumidor não será modelado na base e não será feita provisão de crédito à

Vale do Rio Doce S.A. para o ciclo 2015-2016. Quando da revalidação do Parecer de Acesso nº RE

2.1/014/2010 e posterior execução do CUST nº 100/2013 e do CCT nº 020/2014, será estabelecida TUST

para a unidade consumidora. Essa medida visa não onerar desnecessariamente a receita a ser paga pelos

usuários da Rede Básica. Considerando o IAT do ciclo 2015-2016, o valor do crédito em favor da Vale é de

R$ 8.878.410,69 (Oito milhões, oitocentos e setenta e oito mil, quatrocentos e dez reais e sessenta e nove

centavos), a preços de junho de 2015.

III.10.2 UTE ERB Candeias

58.

A Resolução Autorizativa nº 3.726, de 23 de outubro de 2012, autoriza a empresa ERB

Aratinga S.A. a implantar e explorar a Usina Termelétrica – UTE ERB Candeias, sob o regime de Produção

Independente de Energia Elétrica – PIE, localizada no município de Candeias, no estado da Bahia.

59.

A UTE ERB Candeias sagrou-se vencedora do Leilão de Energia Nova nº 010/2013-ANEEL e

recebeu TUST, por meio da REH nº 1.651, de 2013, no valor de 3,448 R$/kW.mês a preços de junho de

2013. Tal tarifa, conforme REN nº 559, de 2013 possui vigência a partir da publicação da Resolução em 12 de

novembro de 2013 até o fim da outorga da usina.

60.

O ONS após firmar o CUST nº 088/2013 com a UTE ERB Candeias, com MUST de 12,29

MW e início de pagamento em novembro de 2013, solicitou a TUST da referida usina à ANEEL, visto que não

havia sido publicada para o ciclo 2014-2015 pela REH nº 1.555, de 2013. Desta forma, por meio da REH nº

1.684, de 2014, foi calculada e publicada nova TUST para a usina com valor de 3,556 R$/kW.mês, a preços

de junho de 2013. Todavia, esta usina já possuía TUST estabelecida pela REH nº 1.651, de 2013.

61.

A correção se faz por meio da atualização da TUST homologada pela REH 1.651, de 2013, a

preços de junho de 2015, conforme Anexo I, revogação da REH nº 1.684, de 2014, e cálculo de passivo

financeiro a ser creditado ao empreendedor, conforme Tabela 3.

Tabela 3: Cálculo do Passivo da UTE ERB Candeias

Período Diferença Encargo (R$) IAT Atualização a Junho/2015 (R$)

Junho/13 a Junho/15 10.618,56 1,141247169 12.118,40

Junho/14 a Junho/15 15.927,84 1,067063317 16.996,01

Total (R$) 29.114,42

III.11 Cálculo da Receita Anual Permitida do ciclo 2015-2016

62.

A Receita Anual Permitida – RAP, para o período de 1º julho de 2015 a 30 de junho de 2016,

encontra-se detalhada no Processo nº 48500.000313/2015-48. São consideradas as instalações de

transmissão autorizadas pela ANEEL, bem como as obras resultantes de processos licitatórios previstos para

entrar em operação até 30 de junho de 2016.

(16)

Fl. 14

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

63.

O déficit ou superávit de arrecadação do período anterior é compensado neste período pela

Parcela de Ajuste – PA arrecadada tanto por meio de TUST-RB (Rede Básica) como pela TUST-FR (Rede

Básica de Fronteira e Demais Instalações de Transmissão Compartilhadas por Distribuidoras).

64.

Ressalta-se que para o cálculo das tarifas foram consideradas informações constantes no

Sistema de Gestão da Transmissão – SIGET em 16 de junho de 2015.

65.

A arrecadação dos recursos para pagamento às concessionárias de transmissão no ciclo

2015-2016 será realizada pelos usuários da Rede Básica: centrais de geração, concessionárias ou

permissionárias de distribuição, autoprodutores, unidades consumidoras e importadores/exportadores de

energia elétrica que acessam o sistema de transmissão.

III.11.1 Da RAP a ser arrecadada por TUST-RB

66.

Para o cálculo da TUST-RB é necessário estabelecer o valor da receita de Rede Básica para

o ciclo 2016. Este valor servirá de base para o cálculo da TUST do segmento consumo no ciclo

2015-2016 e como parâmetro inicial para prospecção das RAP do segmento geração.

67.

A Tabela 4 e Tabela 5 apresentam os valores e cálculos efetuados para a obtenção da

receita de Rede Básica para o ciclo 2015-2016.

Tabela 4: Parâmetros de arrecadação das Receitas Anuais Permitidas (RAP) associados aos contratos de

concessão de transmissão do ciclo 2015-2016

Rede Básica Ciclo 2014-2015 (R$) Ciclo 2015-2016 (R$) Variação %

I - Parcela da RAP referente às instalações de transmissão Licitadas -

RBL 5.962.747.771,75 7.020.222.539,92 17,7%

II - Parcela da RAP referente às instalações de transmissão existentes, integrantes da Rede Básica, conforme as Resoluções nº

166 e nº 167, de 2000 - RBSE 2.126.518.402,96 2.406.749.076,83 13,2% III - Parcela da RAP correspondente às novas instalações

autorizadas, integrantes da Rede básica e com receitas estabelecidas por resolução específica após a publicação da Resolução ANEEL nº 167, de 2000 - RBNI

210.708.096,29 361.773.112,58 71,7% IV - Parcela da RAP correspondente às melhorias nas instalações de

transmissão, conforme REN nº 443, de 2011- RMEL N/A 8.778.576,03 N/A V - Interligações Internacionais 320.963.016,58 310.749.641,47 -3,2% VI - Previsão de receita para novas instalações de transmissão em

implantação até 30/06/2016 922.297.518,13 620.138.675,36 -32,8%

VII - Adicional REN 270/07 - Valor adicionado à RAP estabelecido pela ANEEL como incentivo à melhoria da disponibilidade das instalações de transmissão, tendo como referência a receita da Parcela Variável por Indisponibilidade.

(17)

Fl. 15

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Rede Básica Ciclo 2014-2015 (R$) Ciclo 2015-2016 (R$) Variação %

VIII - Outros Ajustes - Ajustes dos ciclos anteriores. 169.099.586,87 -10.633.729,16 -106,3%

IX - PA Apuração 74.817.826,72 -732.903.541,44 1079,6%

-X - PA PIS/COFINS -965,99 -1.075,02 -11,3%

XI - PA Autorizações instaladas sem RAP prévia 1.064.631,02 22.404.845,47 2004,5%

XII - Previsão de receita a ser utilizada no estabelecimento das

tarifas nodais de uso do sistema de transmissão - TUST-RB 9.788.221.045,90 10.007.303.102,02 2,2%

68.

A parcela referente ao adicional da REN nº 270, de 2007 (item VII), é o valor estabelecido

pela ANEEL acrescido à RAP estabelecido pela ANEEL como incentivo à melhoria da disponibilidade das

instalações de transmissão, tendo como referência a receita da Parcela Variável Por Indisponibilidade.

69.

A variação de -106,3 % da parcela “Outros Ajustes - Ajustes dos ciclos anteriores” (item VIII)

é causada pelo ajuste no ciclo anterior em função do impacto nas transmissoras devido à obrigatoriedade do

repasse de encargos setoriais (CCC, CDE e Proinfa) à Eletrobrás.

70.

A PA Apuração (item IX) compensa déficits ou superávits de arrecadação que ocorrem no

âmbito da apuração realizada pelo ONS. Para o ciclo 2015-2016, observa-se que houve superávit de

arrecadação referente ao ciclo 2014-2015, ou seja, as transmissoras receberam acima do valor de RAP

previsto, devendo este valor ser abatido no ciclo seguinte das receitas provisionadas.

71.

A variação de 1.079,6 % é explicada majoritariamente pela não realização de obras de

transmissão previstas (aprox. 380 milhões), bem como excesso de arrecadação do segmento geração (aprox.

160 milhões) no ciclo 2014-2015. O primeiro fator leva a uma arrecadação a maior para as transmissoras em

operação, dado que não são realizados pagamentos às transmissoras que atrasam as obras. No segundo

fator, a arrecadação de recursos fica majorada uma vez que houve entrada de mais geração que o previsto.

Outros fatores como a arrecadação de Parcela Variável (aprox. 100 milhões) e arrecadação adicional pela

entrada de novos usuários no sistema ao longo do ciclo (aprox. 10 milhões) contribuem para aumentar este

valor.

72.

A parcela de ajuste referente à PA PIS/Cofins compensa as diferenças de receitas do período

tarifário anterior referente à diferença entre as alíquotas regulatórias vigentes do PIS/Pasep e da Cofins e a

utilizada no cálculo da receita nas resoluções autorizativas.

73.

Observa-se assim, aumento do valor de receita a ser provisionada para a Rede Básica de

2,2% em relação ao ciclo 2014-2015.

74.

Além da RAP das transmissoras previstas para o ciclo, a receita a ser arrecadada por meio

de TUST considera também a parcela do orçamento do ONS arrecadada por meio de encargos de uso e

eventuais passivos financeiros ocorridos por determinações da diretoria da ANEEL ao longo do ciclo.

(18)

Fl. 16

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

75.

A SFF informou

5

que o orçamento total do ONS previsto para o ciclo 2015-2016 é de R$

597.302.000,00.

76.

A Tabela 5 detalha os recursos adicionais provisionados para o ciclo 2015-2016.

Tabela 5: Despesas e Recursos adicionais não classificados como Receitas Anuais Permitidas

Parâmetros Ciclo 2014-2015 (R$) Ciclo 2015-2016 (R$) Variação %

XII - Previsão de receita a ser utilizada no estabelecimento das tarifas nodais de uso do sistema

de transmissão - TUST-RB 9.788.221.045,90 10.007.303.102,02 2,2%

XIII - Estimativa do orçamento do ONS: 507.782.000,00 597.302.000,00 17,6%

XIV - Passivo Termonorte II -40.397.481,48 - -

XV - Passivo Celtins - Despacho nº 1.730/2013 -8.350.371,11 - -

XVI - Passivo UTE ERB Candeias - 29.114,42 -

XVII - Previsão de total de arrecadação no ciclo 2014-2015 a ser utilizada no estabelecimento das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão de Rede Básica – TUSTRB

10.247.255.193,31 10.604.634.216,44 3,5%

77.

O valor previsto para arrecadação do ciclo 2015-2016, R$ 10.604.634.216,44, será utilizado

como parâmetro inicial de cálculo da RAP prospectiva para os geradores.

78.

Este valor deve ser dividido, entre os segmentos carga e geração, considerando como critério

de partida o rateio em 50% para cada segmento. Contudo, o resultado final é influenciado pelo:

i.

repasse para o segmento consumo das diferenças oriundas das tarifas estabilizadas das centrais

de geração, de acordo com a REN nº 267, de 2007, e a REN nº 559, de 2013;

ii.

repasse para o segmento consumo da correção de déficits de arrecadação de centrais geradoras

que entram ao longo do ciclo (EUST Parcial);

iii.

repasse para o segmento consumo a correção de déficits de arrecadação de centrais geradoras

que motorizam ao longo do ciclo (MUST Parcial);

iv.

repasse para o segmento consumo a correção de déficits de arrecadação de centrais geradoras

que possuem desconto de fonte incentivada (TUST Parcial);

v.

recuperação de parte da receita pelo encargo arrecadado pelas distribuidoras associado aos

componentes tarifários TUSDg-T e TUSDg-ONS, nos termos da REN nº 349, de 2009.

79.

A Tabela 6 mostra os valores das parcelas referentes à TUSDg-T e TUSDg-ONS

(detalhamento no Anexo VI), utilizadas no cálculo das tarifas das centrais de geração.

(19)

Fl. 17

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Tabela 6: Rateio dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão

PARÂMETROS Ciclo 2015-2016 (R$) Composição %

I - Receita inicial do Segmento Geração (50%) 5.302.317.108,22 50,0% II - Encargo arrecadado pelas distribuidoras associado a componente tarifária TUSDg

ONS -49.545.565,26 -0,5%

III - Encargo arrecadado pelas distribuidoras associado a componente tarifária TUSDg T -37.849.693,84 -0,4% IV - Diferença das Tarifas estabilizadas pela REN 267/2007 1.337.194.930,00 12,6% V - Diferença das Tarifas estabilizadas pelo art. 4º da REN 559/2013 5.164.308,00 0,0% VI - Diferença das Tarifas estabilizadas pelo art. 5º da REN 559/2013 1.015.837.844,00 9,6% VII - TUST Parcial - Parcela referente ao desconto estabelecido no art. 26 § 1º da Lei nº

9.427 -223.673.670,00 -2,1%

VIII - MUST Parcial - Parcela referente a diferença entre o MUST contratado e o MUST

equivalente utilizado para fins de arrecadação -291.751.049,00 -2,8%

IX - EUST Parcial - Parcela referente à arrecadação de centrais de geração com

entrada em operação ao longo do ciclo -12.341.362,00 -0,1%

X- TOTAL Segmento Geração: 7.045.352.850,12 67,26%

XI - Receita inicial Segmento Consumo (50%) 5.302.317.108,22 50,0% XII - Diferença das Tarifas estabilizadas pela REN 267/2007 -1.337.194.930,00 -12,6% XIII - Diferença das Tarifas estabilizadas pelo art. 4º da REN 559/2013 -5.164.308,00 0,0% XIV - Diferença das Tarifas estabilizadas pelo art. 5º da REN 559/2013 -1.015.837.844,00 -9,6% XV - TUST Parcial - Parcela referente ao desconto estabelecido no art. 26 § 1º da Lei nº

9.427 223.673.670,00 2,1%

XVI - MUST Parcial - Parcela referente a diferença entre o MUST máximo contratado

para o ciclo tarifário e o MUST equivalente utilizado para fins de arrecadação 291.751.049,00 2,8%

XVII - EUST Parcial- Parcela referente a arrecadação de centrais de geração com

entrada em operação ao longo do ciclo 12.341.362,00 0,1%

XVIII - TOTAL Segmento Consumo: 3.471.886.107,22 32,74%

XIX - Previsão de Encargos Geração e Consumo TUST-RB: (X + XVIII) 10.517.238.957,34 99,2% XX - Encargo arrecadado pelas distribuidoras associado a componente tarifária TUSDg

ONS 49.545.565,26 0,5%

XXI - Encargo arrecadado pelas distribuidoras associado a componente tarifária TUSDg

T 37.849.693,84 0,4%

XXII - Previsão Total de Receitas : [XIX + XX+XXI] 10.604.634.216,44 100%

TUST Parcial

80.

O art. 26 Lei nº 9.427, de 1996, dispõe em seu § 1º sobre o desconto aplicado às tarifas de

uso dos sistemas de transmissão e distribuição das centrais de geração, que atendem aos critérios nela

estabelecidos.

“Art. 26 § 1

o

Para o aproveitamento referido no inciso I do caput deste artigo, para os

empreendimentos hidroelétricos com potência igual ou inferior a 1.000 (mil) kW e para

(20)

Fl. 18

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa e co-geração qualificada, conforme

regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou

distribuição seja menor ou igual a 30.000 (trinta mil) kW, a ANEEL estipulará percentual de

redução não inferior a 50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às tarifas de uso dos

sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da

energia comercializada pelos aproveitamentos.”

81.

Considerando os montantes crescentes de centrais de geração com direito ao referido

desconto, torna-se importante prever na arrecadação da receita a parcela de recursos que o segmento

consumo passa a arcar, ora denominado TUST Parcial, uma vez que não há previsão de fundo de custeio

para esta finalidade, diferentemente do que ocorre com a TUSD, que houve previsão de custeio dos efeitos

deste desconto por meio da CDE, conforme disposto no Decreto nº 7.891, de 2013:

“Art. 1º A Conta de Desenvolvimento Energético-CDE, além de suas demais finalidades,

custeará os seguintes descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do

serviço público de distribuição de energia elétrica, nos termos do inciso VII do caput do art. 13

da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002:

I - redução na tarifa de uso do sistema de distribuição incidente na produção e no consumo

da energia comercializada por empreendimento enquadrado no §1º do art. 26 da Lei nº 9.427,

de 26 de dezembro de 1996;”

82.

No caso das centrais geradoras é possível determinar o percentual de desconto observando

o ato de outorga da central geradora ou Resolução Autorizativa específica. No caso, do consumo da energia

comercializada que também se beneficia do desconto, a estimativa dos valores não é possível e portanto os

montantes concedidos de desconto são considerados na parcela de ajuste do ciclo seguinte.

MUST Parcial

83.

De acordo com o disposto no § 4º do art. 2º da REN nº 399, de 2010, a usina deve declarar

montantes de uso conforme cronograma contido no respectivo ato de outorga.

“Art. 2º Os CUSTs firmados por centrais de geração, inclusive por produtores independentes

ou autoprodutores, quando a potência instalada superar a carga própria, trarão

separadamente, além dos montantes de uso contratados, os valores de potência instalada e

carga própria, de acordo com o art. 14, §4º da Resolução nº 281/1999.

§ 4º As datas para contratação do uso que constarão dos novos CUSTs firmados por novos

usuários de que trata o caput serão aquelas estabelecidas no ato de outorga vigente para

assinatura do CUST, sendo que o contrato de uso deverá trazer identificado o ato de outorga

originário.”.

84.

Desta forma, as usinas que passam por período de motorização até atingir a potência

outorgada, contratam MUST que reflitam este processo, ensejando na apuração de encargos de uso que

variam ao longo do ciclo de forma crescente.

(21)

Fl. 19

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

85.

Ocorre que o cálculo tarifário comporta apenas um valor de MUST, dado pela máxima

potência injetável a fim de refletir a máxima utilização da rede pelo usuário, conforme disposto no § 4º do art.

14 da Resolução nº 281, de 1999. Desta forma, no processo de cálculo, a arrecadação desta usina fica

majorada por um montante que não será utilizado para apurar todos os encargos de uso do ciclo, gerando um

déficit de arrecadação.

86.

Portanto, faz-se necessário implementar mecanismo que ajuíze o pagamento mais preciso da

usina, chamado de MUST Parcial. Neste cálculo adota-se o conceito do MUST equivalente, dado pela razão

entre o somatório dos MUST escalonados no ciclo tarifário e os 12 meses do ciclo, que representa a parcela

de contribuição da central de geração no rateio da receita a ser arrecadada no ciclo. A receita mensal

associada à rubrica MUST Parcial é dada pela multiplicação do resultado da diferença entre o MUST máximo

contratado no ciclo e o MUST equivalente pela respectiva TUST.

EUST Parcial

87.

As centrais de geração devem contratar o uso do sistema de transmissão conforme as datas

estabelecidas na outorga, nos termos do art. 2º, § 4º da REN nº 399/2010, de modo que o início de execução

do MUST possa ocorrer em qualquer mês do ciclo tarifário.

88.

Contudo, o cálculo tarifário considera as usinas com pagamentos constantes durante o ciclo,

num total de 12 meses, ocasionando a majoração dos encargos de uso pelas novas centrais de geração.

Desta forma, faz-se necessário implementar mecanismo que determine o real pagamento da usina, desde o

início da contratação, denominado de EUST Parcial.

89.

Com relação aos mecanismos supracitados, TUST Parcial, MUST Parcial e EUST Parcial,

justifica-se suas implementações com a finalidade de evitar a majoração dos encargos de uso por parte do

segmento geração, e consequente déficit de receita ao fim do ciclo, assegurando assim, a arrecadação de

recursos suficientes para cobertura dos custos dos sistemas de transmissão, conforme preconizado na alínea

a, inciso XVIII, do art. 3º da Lei nº 9.427, de 1996.

90.

Cumpre destacar que caso esses recursos não sejam provisionados para pagamento no

ciclo tarifário, eles serão pagos por meio de Parcela de Ajuste no próximo ciclo. Assim, o provisionamento

permite identificar um montante de recurso que, de outra forma, seria considerado uma incerteza até a

apuração pelo ONS da Parcela de Ajuste. Portanto, as parcelas MUST Parcial, EUST Parcial e TUST Parcial,

não representam custos adicionais, mas sim uma diminuição da incerteza associada ao acréscimo de valores

positivos a Parcela de Ajuste.

Evolução da alocação da receita

91.

A Figura 1 apresenta o rateio da RAP a ser arrecadada por meio de TUST-RB entre os ciclos

2011-2012 e 2015-2016. Observa-se que nos ciclos de 2011-2012 e 2012-2013 o segmento consumo arcava

com montantes superiores aos 50% da receita inicial de partida. A partir da prorrogação das concessões no

final de 2012, este patamar foi para 30% até 2013-2014, subindo nos ciclos tarifários 2013-2014 e 2014-2015.

92.

Para o ciclo 2015-2016, prevê-se uma redução deste patamar para 32%, motivado

principalmente pelo valor da Parcela de Ajuste - PA e pela estabilização tarifária do segmento geração, que é

indexada a inflação (IAT) e inerte a PA.

(22)

Fl. 20

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência. * Revisão extraordinária da TUST

Figura 1 – Rateio da RAP arrecadada via TUST-RB entre segmento consumo e geração

93.

A Figura 2 apresenta o perfil do EUST, MUST total e TUST média do segmento consumo

entre o ciclo 2012-2013 e 2015-2016, incluindo o efeito das prorrogações das concessões no fim de 2012, e

adota-se como referência o ciclo 2012-2013.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2011-2012 2012-2013 2012-2013* 2013-2014 2014-2015 2015-2016 46,50% 47,26% 68,67% 69,66% 57,24% 67,26% 53,50% 52,74% 31,33% 30,34% 42,76% 32,74%

Rateio TUST-RB

Carga

Geração

(23)

Fl. 21

da Nota Técnica nº 162/2015-SGT/ANEEL, de 19/06/2015.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência. * Revisão extraordinária da TUST

Figura 2 – Variação do segmento consumo

III.11.2 Da RAP a ser arrecadada por TUST-FR

94.

A TUST-FR é aplicada às distribuidoras e considera as parcelas da RAP associadas aos

transformadores e conexões com tensão primária igual ou superior a 230 kV e as instalações classificadas

como DIT de uso compartilhado, bem como a parcela de ajuste proveniente das diferenças entre a RAP e o

valor recebido das distribuidoras no ciclo anterior. Este valor de RAP é rateado na proporção dos MUST

contratados em cada ponto de conexão, pela respectiva distribuidora, nos horários de ponta e fora de ponta,

conforme art. 10 da REN nº 559, de 2013.

95.

Quando a contratação de MUST for igual a zero em pontos de conexão de fronteira pelas

distribuidoras, deverá ser cobrado diretamente encargo de uso, conforme art. 29 da REN nº 399, de 2010.

96.

As parcelas de ajuste de fronteira referentes à “PA - Apuração" e "PA - Outros Ajustes" são

consideradas juntamente com a RAP para o cálculo da TUST-FR.

97.

A Tabela 7 apresenta os valores para cálculo da TUST-FR, informando os valores totais

referentes aos transformadores de fronteira e as DIT de uso compartilhado, já considerando os efeitos

econômicos da revisão tarifária das transmissoras.

Tabela 7: Valores para cálculo da TUST-FR para o ciclo 2015-2016

Rede Básica de Fronteira Ciclo 2014-2015 (R$) Ciclo 2015-2016 (R$) Variação %

I - Parcela da receita anual permitida referente às

instalações de transmissão Licitadas - RBL 159.438.145,21 210.605.391,77 32,1% II - Parcela da receita anual permitida referente às

instalações de transmissão existentes, integrantes da

Rede Básica, conforme as Resoluções nº 166 e nº 167, 374.083.846,95 423.875.348,59 13,3%

100% 33% 38% 60% 45% 100% 100% 104% 108% 112% 100% 33% 37% 56% 40% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 2012-2013 2012-2013* 2013-2014 2014-2015 2015-2016

Variação do Segmento Consumo

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