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Etapa 5: Elaboração do Relatório de Dissertação

4.2. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA DE TERRAS – SAAAT.

4.2.5 Representação Gráfica da Aptidão das Terras

Conforme fora citado anteriormente, a simbologia utilizada é marcada por números e letras que caracterizam a aptidão das terras para determinados tipos de cultivos. Assim, os números de 1 a 5 representam os grupos de aptidão agrícola, respectivamente: lavouras, pastagem plantada, silvicultura e pastagem natural. No grupo caracterizado pelo número 6 requer aprofundamento específico no que tange a sua aptidão.

Quanto às letras, são simbologias dos níveis de manejo para os grupos 1, 2 e 3, ou seja, para lavouras. As letras A, B e C podem aparecer sob a forma de maiúsculas, minúsculas e minúsculas entre parênteses, representando então as classes de aptidão: boa, regular e restrita, respectivamente. Existe ainda a possibilidade de inaptidão, quando houver ausência de letra representativa. No entanto, essa inaptidão justifica-se somente pelo não enquadramento de uma aptidão especifica, podendo o solo apresentar utilidade para outros usos menos intensivos.

De encontro aos objetivos cartográficos da apresentação da aptidão agrícola, convencionaram-se cores que permitem a visualização mais rápida de um mapa. Dessa forma, cada grupo está relacionado com uma cor básica e os sub-grupos resultam em tonalidades dessas cores principais. Os grupos são indexados da seguinte forma:

Grupo 1 – Verde; Grupo 2 – Marrom; Grupo 3 – Laranja; Grupo 4 – Amarelo; Grupo 5 – Róseo; Grupo 6 – Cinzento.

 

Para outras classificações não contempladas aqui, existem convenções adicionais que podem ser incorporadas à medida que seja necessária sua representação. Exemplificando os casos avençados, são mostradas, nas Tabelas 4.2 e 4.3, as simbologias adotadas.

Tabela 4.2 – Simbolização da aptidão agrícola das terras.

Subgrupo Caracterização

1ABC Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras nos níveis de manejo A, B e C 1ABc Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras nos níveis de manejo A e B, e regular no nível C

1bC Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras no nível de manejo C, regular no nível B e inaptas no nível A

2ab(c) Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras nos níveis de manejo a e b, e restrita no nível C

2(b)c Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras nos níveis de manejo C, restrita no B e inapta no nível A

3(ab) Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavouras nos níveis A e B, e inapta no nível C 3(bc) Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavouras nos níveis B e C, e inapta no nível A

4P Terras pertencentes à classe de aptidão boa para pastagens plantadas 4(p) Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para pastagem plantada 5Sn Terras pertencentes à classe de aptidão boa para silvicultura e regular para pastagem natural 5s(n) Terras pertencentes à classe de aptidão regular para silvicultura e restrita para pastagem natural

5n Terras pertencentes à classe de aptidão regular para pastagem natural e inapta para silvicultura 6 Terras sem aptidão para uso agrícola

Fonte: Adaptado de Ramalho Filho et. al (1978).

A Tabela 4.3 faz referência à representação cartográfica de aptidão agrícola de terras, por meio das cores adotadas e disseminadas pelo autor, com o objetivo de efetuar uma visualização rápida dos mapas de aptidão agrícola.

 

Tabela 4.3 – Simbolização da aptidão agrícola e as cores representativas para mapas.

Sub-Grupos COR

Níveis de Manejo B e C Níveis de Manejo A, B e C. Verde 1BC 1Bc, 1B(c), 1B 1bC, 1(b)C, 1C 1ABC 1AB 1AC Marrom 2bc 2b(c), 2b 2(b)c, 2c 2abc 2ab 2bc Laranja 3bc 3(b) 3(c 3(abc) 3(ab) 3(bc) Amarelo 4P 4p 4(p) 4P 4p 4(p) Róseo 5S 5s 5(s) 5S 5s 5(s) Cinzento 6 6

Fonte: Ramalho et. al (1978).

As informações coletas são então colocadas em mapas de aptidão agrícola das terras, onde são condensadas todas as formas de representação citadas, bem como quando se fizer necessárias. A Figura 4.3 demonstra um mapa, onde a região apresentação é o entorno de Brasília, no Distrito Federal.

 

Figura 4.3 – Mapa de Aptidão Agrícola no entorno de Brasília/DF.

Outras considerações a cercas das limitações dos solos são apontadas na literatura, no entanto revelam-se específicas demais para os fins deste trabalho. Contudo, o SAAAT, conforme avençado anteriormente é um sistema totalmente aplicável aos objetivos esperados com a pesquisa que ora se realiza.

4.3 TÓPICOS CONCLUSIVOS

ƒ A compreensão absorvida sobre a aptidão agrícola está relacionada com a adaptabilidade das terras para determinados fins e utilizações agrícolas, considerando-se a existência de um ou mais níveis de manejo.

ƒ No Brasil, utilizam-se dois métodos principais de avaliação do potencial de terras segundo sua aptidão e o mais trabalhado é o Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola de Terras – SAAAT.

ƒ O SAAAT é um método apropriado para avaliação de aptidão agrícola de grandes extensões de terras, a partir de levantamentos pedológicos e da consideração de níveis de manejo, fatores limitantes, tipos de uso das terras e pode ser aplicado em estudos de

 

ƒ O SAAAT é constituído de níveis de manejo, grupos, subgrupos e classes de aptidão agrícola, bem como balizados por fatores limitantes do uso do solo como: deficiência de fertilidade e água, excesso de água ou deficiência de oxigênio, impedimentos a mecanização e por fim, suscetibilidade à erosão.

ƒ A aptidão agrícola das terras pode ser representada por meio de mapas, com simbologias convencionais definidas por: números de 1 a 6 para os grupos; letras que traduzem os níveis de manejo; a forma de demonstração das letras que definem as classes de aptidão (boa, regular, restrita e inapta) e; cores padronizadas, para a rápida interpretação dos mapas.

ƒ Por fim, a elaboração de mapas temáticos de aptidão agrícola, para porções de terras determinadas, permite analisar o potencial de expansão das novas fronteiras agrícolas e, conseqüentemente, identificar a aptidão de uma infraestrutura de transporte ferroviário compatível com a produção regional. Por meio de uma metodologia construída sobre os princípios da teoria decisional e na aptidão agrícola de terras, pode-se apontar diretrizes para a infraestrutura de terminais ferroviários de carga.

 

5 – METODOLOGIA PARA A IDENTIFICAÇÃO DA APTIDÃO DE

INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA.

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