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2.1 Por que estudar a alimentação a partir de filmes?

2.1.1 Representações fílmicas da alimentação

Filme e emoção se amalgamam, tanto que Walter Murch (2004), um dos maiores cineastas que o cinema americano já conheceu, prioriza a dimensão emocional na hora de realizar a edição e a montagem das imagens em movimento das obras em que trabalha. Em Num Piscar de Olhos ele estabelece o que chama de “regra de seis” e cita a emoção como a primeira dessas regras, bem como pontua que é fundamental respeitar a gramática dos quadros5 fílmicos.

Do mesmo modo, filme e comida se incorporam como elementos artísticos que dialogam representações da vida e da arte, reflexos do comportamento e da condição humana entre outros aspectos. No filme, cada fotograma é significante. Por conseguinte, a relação entre quadros e planos estabelece relações e dá sentido à obra audiovisual, e comunica. Na narrativa, a comida opera como elemento multifacetado e, portanto, conduz à significação. Ela pode estar presente na narrativa de modo coadjuvante para operar como elemento básico do cotidiano dos personagens ou, de modo mais potente, ter caráter influenciador na narrativa e na vida dos personagens – fato que caracteriza o subgênero cinematográfico dos food films, que será tratado mais adiante neste capítulo.

Como elemento principal ou secundário, na vida social real ou na trama fílmica, a comida desvela simbolismos, memórias, emoções, contextos socioculturais, históricos, religiosos e muito mais. Portanto, a recepção das imagens fílmicas pode desencadear reflexões acerca da vida social de personagens na relação que estabelecem com a questão alimentar.

A título de exemplo, no projeto Cinema à La Carte6, que contou com sessões mensais durante os anos de 2017 e 2018, o escopo foi o de tratar o fenômeno alimentar quanto ao Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e seu caráter pluridimensional. Assim, realizava-se a assistência de filmes em cada sessão para posterior debate sobre os aspectos da alimentação e suas relações com o DHAA. Criou-se, assim, por meio da arte, um espaço adicional para trazer experiências sensíveis à formação em Nutrição. As sessões compreenderam momentos dinâmicos

5 Também denominado de quadro, é a unidade mínima de um filme e equivale ao que se chama de

imagem.

6 O projeto do qual fiz parte durante toda sua realização. As sessões aconteciam no Departamento de

para dialogar para refletir. Nas palavras de Isabel Alarcão, para “atribuir sentido ao pensamento”.

Tanto o texto literário quanto o fílmico estimulam o apetite por conhecimento que o sapiens sapiens muito tem. Para além, o destaque dado à comida por meio da arte dos escritos literários e das imagens também provoca o apetite no contexto mais

gourmet que há. Nutrem-se conhecimento e imaginação. No livro Um teto todo seu há

um exemplo oportuno sobre a presença do comer na literatura. Ao descrever detalhadamente uma refeição, Virgínia Woolf (2014, p. 22) reflete:

É curioso que os romancistas nos façam acreditar que os almoços são invariavelmente memoráveis por algum dito espirituoso ou algum feito muito sábio. Mas eles mal dizem uma palavra sobre o que se comeu. Faz parte de seu costume não mencionar sopa e salmão e pato, como se a sopa e o salmão e o pato não tivessem importância, como se ninguém fumasse um charuto ou tomasse uma taça de vinho. Aqui, contudo, tomarei a liberdade de desafiar esse costume e contar a vocês que o almoço naquela ocasião iniciou-se com linguado – afundado em uma travessa –, sobre o qual o cozinheiro da universidade espalhou uma camada de um creme muito branco, a não ser pelas manchas marrons que o maculavam aqui e ali como as pintas nos flancos de uma corça. Depois disso vieram as perdizes, mas, se vocês pensaram em uma ou duas aves amarronzadas e peladas, estão enganadas. As perdizes, muitas delas, vieram com uma comitiva de molhos e saladas, os picantes e os doces, cada um a seu tempo; as batatas, finas como moedas mas não duras demais; os brotos, folhosos como botões de rosa, porém mais suculentos. Nem bem terminamos com o assado e seu séquito, e o serviçal silencioso, talvez o próprio bedel em uma aparição mais discreta, colocou diante de nós, em meio a uma guirlanda de guardanapos, um doce do qual emergiam ondas de açúcar. Chamá-lo de pudim, e assim relacioná-lo com arroz ou tapioca, seria um insulto. Nesse meio-tempo as taças de vinho jorravam amarelo e jorravam carmim; foram esvaziadas; foram completadas.

Mais tarde, a escritora (imagem 1), magistralmente interpretada por Nicole Kidman (imagem 2), é encenada na cozinha durante a irmã. Trata-se de uma cena inicial do filme As horas (2002), em que a alimentação pode ser problematizada a partir de sua relação com atos de afeto e consideração (imagem 3).

Em outra cena, dois personagens, mãe e filho, aparecem preparando um bolo para o aniversário de um ente querido em um momento carregado de afetividade

(imagem 4). Em suma, vários momentos decorrem no Imagem 1 – Escritora Virginia Woolf. Fonte: BBC.

ambiente da cozinha − um ambiente em que os personagens revelam o que sentem e como se sentem − e se relacionam à função social da alimentação. As imagens 5 e 6 refletem tal momento, em que a personagem Clarissa, interpretada por Meryl Streep, vivencia uma transição entre serenidade e tristeza.

Imagem 2 – Virginia Woolf interpretada por Nicole Kidman em As Horas.

Imagem 3 – Personagem de Virginia no ambiente da cozinha.

Imagem 4 – Laura e seu filho preparando um bolo.

Outra representação similar ocorre em Kramer versus Kramer (1979). No filme, Joana (Meryl Streep) e Ted Kramer (Dustin Hoffman) interpretam um casal divorciado que está lidando com um processo para obtenção da custódia do filho, Billy (Justin Henry). Durante a fase, ele fica morando com o pai, que não tem o hábito de cozinhar. Assim, em um dos primeiros dias após o divórcio, há uma sequência em que Ted tenta fazer o café da manhã que Billy costuma comer, mas se atrapalha muito (imagem 7). A narrativa decorre e, nos momentos finais do filme, há outra cena na cozinha. Dessa vez, Ted e Billy fazem o café da manhã sem dificuldades, o que pode simbolizar a transformação do cotidiano dos personagens frente à ausência de Joana, bem como o fortalecimento do laço entre os dois (imagem 8).

Na trilogia turca escrita e dirigida por Semih Kaplanoglu, Yumurta (Ovo) (2007), Süt (Leite) (2008) e Bal (Um doce olhar) (2010) – literalmente traduzindo para

Bal siginifica mel – retrata a vida do poeta Yusuf. Cada um desses alimentos

representa uma fase de sua vida. Assim, sua infância é contada em Mel (Um doce

olhar), sua adolescência em Leite e a vida adulta em Ovo. Nos filmes, acompanham-

se as metamorfoses que Yusuf vive, sua cultura, sua paixão pela escrita, assim como a paixão que viveu na adolescência (imagem 9) e a relação de muito carinho que teve com seus pais (imagem 10).

Imagem 9 – Yusuf na adolescência, quando ajudava sua mãe a vender leite.

Imagem 10 – Personagem traz ingredientes para sua mãe.

Imagem 7 – Ted Kramer tenta fazer o café da manhã de Billy.

Imagem 8 – Cena que indica a evolução da relação entre os personagens.

No filme brasileiro Que horas ela volta? (2015), dirigido por Anna Muylaert, presenciamos o reencontro de Jéssica (Camila Márdila) e sua mãe, Val (Regina Casé, que também roteirizou o filme), uma pernambucana que trabalha na casa de uma família de classe média alta em São Paulo. Em meio a várias cenas e diálogos que suscitam significativas reflexões sociais e políticas, uma cena chama atenção: quando se expõe o desgosto da matriarca da família economicamente favorecida, Bárbara, no momento em que a filha de Val consome um sorvete caro (imagem 11). Este deveria ser exclusivamente do seu filho, Fabinho; enquanto o de marca “popular”, poderia ser consumido por Jéssica. Quando percebe o que está acontecendo, assim como o desconforto de Bárbara, Val imediatamente toma das mãos de Jéssica, como se dissesse que está comendo algo que não pode pertencer à sua condição socioeconômica (imagem 12).

Em Capitão fantástico (Captain Fantastic) (2016), acompanha-se a história de uma família hippie que busca o afastamento da cultura capitalista. Ben e Leslie decidem criar seus filhos numa floresta distante de centros urbanos, onde possam cuidar de si, tendo uma rotina em que façam exercícios, cacem, plantem e preparem suas refeições. Além disso, as crianças e adolescentes são educadas pelos pais, estudando autores como Noam Chomsky, bem como aprendendo a tocar instrumentos musicais.

Em determinado ponto da trama, Ben e seus filhos precisam ir à cidade em que o restante da sua família reside, fato que traz muitas questões sobre o “ser contracultural” para seus descendentes. Em uma das cenas, quando Ben acaba parando num restaurante, seus filhos demonstram curiosidade quanto ao que o cardápio “moderno” tem a oferecer (imagem 13). Em outra, quando todos chegam à casa da família “urbana”, observa-se em um momento à mesa o choque cultural que os modos de vidas provocam. Nessa família, nota-se uma relação de distanciamento

Imagem 11 – Desconforto de Bárbara quando Jéssica consome o sorvete destinado ao seu filho.

Imagem 12 – Val toma a sobremesa das mãos de Jéssica.

com a comida, responsabilizar-se pela obtenção se reduz ao ato de ir ao supermercado (imagem 14).

Em uma obra em que une o fantástico da imaginação e o terror dos conflitos humanos, Guilhermo Del Toro conta a história de Ofelia, uma criança que vive na época da Guerra Civil espanhola (imagem 15).

O labirinto do fauno (El Laberinto del Fauno) (2006) suscita questões sobre o impacto da guerra sobre a alimentação. No filme, o padrasto de Ofelia, Capitão Vidal, controla o acesso a alimentos, racionando-os, na região dominada por ele. Assim, a comida pode representar um meio para enfraquecer inimigos e subordinar a população.

Além disso, durante momentos de conflito, os impactos econômicos recaem sobre o sistema alimentar, limitando desde a produção ao acesso de alimentos, o que infringe, portanto, o Direito Humano à Alimentação Adequada. Como destacado por Mikal Salveit, “aprovisionar ou reter alimentos durante épocas de conflito pode ser uma arma tão poderosa quanto as armas, as bombas e os explosivos dos exércitos inimigos” (SALTVEIT, 2003, p. 680, tradução nossa).

No filme, narram-se paralelamente os acontecimentos de dois mundos: o primeiro se refere àquele dos conflitos, liderados por Vidal (imagem 16); e o segundo, àquele que somente Ofelia conhece, ameaçado pelo “homem pálido” (imagem 15). Neste, Ofelia tenta solucionar alguns desafios a ela impostos. Em um deles, quase falha por não resistir ao banquete do Pale Man e comer uma fruta. Enquanto isso, no outro mundo, as pessoas afetadas pela guerra estão em privação. As múltiplas relações entre os dois mundos ficam ainda mais evidentes quando se comparam as imagens 15 e 16.

A partir dos anos 70, o subgênero cinematográfico dos food films surgiu, conquistando cineastas e espectadores. Desse modo, a comida e o tema da alimentação passaram a ter protagonismo nas narrativas fílmicas e possibilidades de investigação de seus significados e funções para sociedade fomentadas.

Podem ser apontados alguns motivos práticos pelos quais a comida demorou a ter espaço central nas narrativas fílmicas. A princípio, era custoso e inconveniente substituir preparações culinárias entre as cenas, visto que sua a gravação usualmente requer vários takes. Além disso, limitações técnicas como ausência de cores e de iluminação apropriada não possibilitavam uma atenção apelativa à comida (a comparação entre as imagens 17 e 18 trazem um exemplo disso).

Já nos filmes mudos, seria difícil conquistar um público considerável quanto a processos “básicos” de preparação e consumo de pratos se existiam cenas e sequências dinâmicas, como as de Buster Keaton e Charlie Chaplin (imagens 19 e 20). Além disso, a linguagem cinematográfica estava em sua fase inicial, não sendo comuns o uso de close-ups, por exemplo, um elemento essencial para food films. Relata-se que as pessoas estranhavam planos próximos como esse e que, inclusive, se assustavam ao ver tais imagens. Somente após a Segunda Guerra Mundial Imagem 15 – Ofelia observa o banquete do

“homem pálido”. Imagem 16 – Banquete de Capitão Vidal.

Imagem 17 – Katherine Hepburn em Vítimas do divórcio (1932)

Imagem 18 – Amy Adams como Julie em Julie & Julia.

começaram-se a exibir cenas em que a comida tinha sua beleza salientada (ZIMMERMAN, 2009).

Em Food in the Movies (ZIMMERMAN, 2010), são citados alguns critérios que diferenciam o subgênero dos food films:

▪ A comida deve possuir caráter influenciador na vida do protagonista. ▪ Também tem que ser importante na trama.

▪ Ela deve ser exibida em close-ups.

▪ Deve-se dar destaque ao processo de preparação de pratos/receitas. ▪ O consumo das preparações e a reação dos personagens, em close-ups,

devem ser mostrados.

No cinema americano, os holofotes se voltaram aos food films a partir do crescimento da renda da classe média que ocorreu entre os anos 50 e 70. Com esse fato, também aumentou a procura pela gastronomia europeia e por pratos mais refinados. Na televisão, programas culinários como The French Chef, apresentado pela legendária Julia Child entre o início dos anos 60 e 70, começaram a ser atrativos e se popularizaram. A propósito, a vida da chef foi biografada no cinema em Julie &

Julia (2009).

Baseado em fatos reais, o filme apresenta o despertar de Julia Child para a arte de cozinhar (imagem 21). Assim, exibe-se todo esse processo, desde os desafios que a personagem enfrentou quando buscou aprender a cozinhar profissionalmente – já que na época, em meados dos anos 50, as escolas de culinária e profissão de Chef eram dominadas por homens – até os prazeres e afetos que a comida trazem à vida. Julia findou se tornando uma talentosa e conhecida Chef e publicou livros culinários.

Além disso, o filme narra o interesse que o livro de culinária escrito pela Chef desperta na personagem de Julie Powell anos depois, em 2002 (imagem 22).

Imagem 19 – Buster Keaton em My

Wife's Relations (1922)

Imagem 20 – Charlie Chaplin em O Imigrante (The Imigrant, 1917)

Insatisfeita com a monotonia do seu cotidiano na metrópole nova-iorquina, Julie decide fazer todas as 524 receitas do livro durante um ano. Assim, o interesse pelo ato de cozinhar se traduz, em ambos os cenários em, em momentos recheados de afeto, em relação a alimentos quanto a cônjuges, e de leveza para lidar com os reveses do cotidiano.

Em Simplesmente Martha (Bella Martha) (2001), décadas depois da saga de Julia Child, é a vez da Chef Martha comandar uma cozinha profissional. Reservada e muito focada em desempenhar seu trabalho impecavelmente em um restaurante na Alemanha, a personagem tem todos os recursos e conhecimento para comer bem e suficientemente. Contudo, ao longo da história, percebe-se que a Chef sofre com a ausência de alguém na hora de comer; até mesmo propõe a um vizinho que a faça companhia numa refeição. Observa-se que, para Martha, o prazer de comer só atinge a completude quando há comensalidade. Se não há companhia, não há uma boa refeição ou um motivo animador para que se faça uma.

A chegada de sua sobrinha, Lina, e de um Chef italiano, Mario, com sua animação e repertório musical na hora de cozinhar, que reavivam a vida e o prazer à mesa para Martha. Inicialmente, Lina nega-se a comer (imagem 24), mas com o passar do tempo, as idas ao restaurante onde a tia trabalha e o cotidiano animado de

Imagem 21 – Julia Child cozinhando. Imagem 22 – Julie Powell executando uma receita de Julia Child.

Imagem 23 – Martha e a solidão ao comer sem companhia

Mario abrem o apetite da jovem. Em uma das cenas mais cheias de leveza e intimidade, os três personagens comem juntos e animam seus espíritos (imagem 26).

Assim como Martha, Primo (à direita na imagem 27) é um Chef que ama a profissão e preza pela execução autêntica das receitas que prepara, uma vez que cozinhar não é um ato qualquer e requer ingredientes bem selecionados, certo tempo de execução, meticulosidade e empenho.

Em A grande noite (Big Night) (1996), sua vida e a de seu irmão, Secondo, são exibidas, bem como a cumplicidade que compartilham em meio a personalidades tão distintas. Um dos exemplos disso está no modo com os dois italianos que percebem a clientela: enquanto Secondo parece priorizar o êxito do restaurante com os clientes americanos, Primo preocupa-se muito mais com a autenticidade das receitas que executa e com o processo culinário. Quando dois clientes americanos vão ao restaurante e pedem que um prato seja alterado para que tenha um modo mais “americano”, Primo se enraivece. A sensação que o Chef denota é que está tendo sua profissão desrespeitada, assim como sua cultura e a gastronomia italiana.

Em termos de um “modo mais americano” no contexto alimentar, há dois filmes que podem ser mencionados: Fome de poder (The Founder) (2016) e Tampopo

- Os Brutos Também Comem Spaghetti (Tampopo) (1985). No primeiro (imagens 29 Imagem 27 – Primo e Segundo cozinhando Imagem 28 – Irmãos à mesa

Imagem 26 – Momento de comensalidade entre os personagens

Imagem 25 – Martha, Mario e Lina na cozinha do restaurante

e 30), a trama se desenvolve em torno dos irmãos McDonald’s e do modo de operação dos seus primeiros restaurantes na cozinha, o que trouxe mais imponência à industrialização da alimentação e resultou no processo de “McDonaldização” (FISCHLER, 1998). Em um dos momentos, o personagem de Michael Keaton, que interpreta o vendedor responsável pelo alastramento da franquia Ray Kroc, declara: “Aumente a oferta, a demanda aumenta. Galinha, ovos... Seguiu meu raciocínio?”. Trata-se de uma ideia que potencializou a lógica industrial e propiciou ainda mais o consumo de massa no âmbito alimentar.

Em Tampopo (imagens 31 e 32), o que se acompanha é a influência de processos como este em outras culturas, bem como questões que se conectam ao processo de ocidentalização das dietas asiáticas. Outro aspecto que pode ser destacado é o enfraquecimento do hábito de sentar-se sobre as pernas (seiza), em cima de almofadas e tapetes (tatami), que também teve foi motivado pela disseminação de redes de fast-food (TIERNEY; OHNUKI-TIERNEY, 2012).

Há ainda, outros filmes para a discussão sobre o tema alimentar, do subgênero dos food films ou não, que merecem menção, como: Casamento grego (2002), Okja (2017), Delicatessen (1991), A festa de Babette (1987), Chocolate (2000), A Comilança (1973), Como água para chocolate (1992), Vatel – Um banquete para o rei (2000), Fed Up (2014) e Sustentável (2016).

Imagem 29 – Fast-foods e a lógica industrial na cozinha.

Imagem 30 – Início da rede McDonald’s

Imagem 31 – Hábito de sentar à mesa versus hábito de sentar-se sobre a

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