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RESULT ADOS E DIS CUSS ÃO

AÇO INOXIDÁVEL FERRÍTICO

5. RESULT ADOS E DIS CUSS ÃO

A s eguir são apresentados os result ados para os si stem as analis ados após Prát ica W, ens aios de pol arização potenciodinâmi ca e, ensai os de reativação el etroquí mica pot encioci nét ica na versão duplo loop (D L-EPR ).

5.1 – Ens aios por I mers ão ( Práti ca W – Norma AST M A763 -93)

As Fi guras 5.1 a 5.8 most ram fotomi crografi as de CPs dos aços P430, AIS I 430, submet idos a trat am entos térm icos a 900ºC e AIS I 444 e AIS I 439 a 950ºC, durant e 10 e 20 minutos. As amos tras de aço P 430 e A IS I 430 resfri adas ao ar (Fi guras 5.1 e 5.2) e água (Fi guras 5.3 e 5.4) apres ent aram result ados com at aques diferentes, onde al guns cont ornos de grão apresent aram m aior inci dência de precipitados em toda s ua extens ão, al guns em menor proporção e outros um a quanti dade mí ni ma. J á para as amos tras de aços A IS I 444 e A IS I 439 (Fi guras 5.5 a 5.8), pode-se obs ervar que não houve sensitização, o que também foi obs ervado para os t rat ament os térmi cos, durant e 10 e 20 minutos, em todos os ti pos de res fri amentos (forno, ar, ól eo, água e nit rogênio lí quido).

Fi gura 5.1 - M icroest rut ura de

um aço P430; 900ºC

10 minutos; resfri ado ao ar; após P rát ica W; 500X.

Fi gura 5.2 - Mi croest rut ura de um aço AIS I 430; 900ºC 10 minutos; resfri ado ao ar;

Fi gura 5.3 - Mi croest rutura de

um aço P430; 900ºC

10 minutos; res friado em

água; após Práti ca W ; 500X.

Fi gura 5.4 - Microest rutura de um aço A IS I 430; 900ºC 10 mi nutos; resfri ado em água;

após P rát ica W; 500X.

FFi gura 5.5 - Mi croestrutura de um aço A IS I 444; 950ºC

20 minutos; res friado em

nitrogênio l íqui do; após

Prát icaW; 500X.

Fi gura 5.6 - M icroest rutura de um aço A IS I 439; 950ºC 20 mi nutos; res friado em

nitrogênio lí quido; após

Prát ica W; 500X.

Fi gura 5.7 - Mi croest rut ura de um aço A IS I 444; 950ºC 20 mi nutos; resfri ado em ar;

Fi gura 5.8 - Microest rutura de um aço A IS I 439; 950ºC 20 minutos; resfriado em ar;

Not a-se nas Fi guras 5.1 a 5.4, a exist ênci a de val as devido ao ataque em decorrênci a da precipitação de carbonetos de crom o. Este comportam ento também foi obs ervado por G IRA LDO et al . (2004a) que ut ilizaram um aço inoxidável ferrí tico UNS S 43000, trat ado termi cam ent e a 1.200ºC , durant e 20 minut os. Obs ervaram que o resfri am ent o em água revelou grãos de ferrita recrist aliz ados, com cont ornos de grão at acados com di ferentes i nt ensi dades na m esm a amostra; al guns contornos de grão apresent aram val as profundas, al gumas mai s ras as e, ainda, out ros, com apenas um leve at aque. Outra característ ica i mportant e, é que não encontraram nenhum grão tot alm ent e envolvi do por val as . Eles not aram que o resfri amento em água produziu microest ruturas tot al ment e ferríti cas.

O aço P 430 (Fi guras 5.1 e 5.3) , por ser estabilizado ao Ti, deveri a apres ent ar um tam anho de grão mais refi na do. No ent ant o, o que s e observa é um TG rel ati vament e grande. Provavelm ent e o Ti não refi nou o aço s atis fatori ament e e ist o pode t er ocorrido na etapa d e tratamento t érmi co de recozimento (temperatura de aproximadam ente 950ºC ) do aço.

GIR ALDO et al. (2004a), obs ervaram também m aior s ensitização para resfri am ento ao forno, foram encontradas val as em contornos de grão da ferrit a e em contornos ferrit a/aust eni t a, o que indi cava a ocorrência de precipit ação de carbonetos de crom o. Al ém diss o, no caso do res friam ento ao forno, encontraram grãos tot alm ent e envolvidos por val as , o que justificou o encaminham ent o das amos tras para out ras Práti cas (X, Y ou Z), vist o que, as já ens ai adas pel a P rát ica W não seriam aceit as pel os cri térios da Norma ASTM A763 -93.

Para o caso de resfri am ento em água, not ou -se um at aque int ermedi ári o ent re os res friamentos ao ar e ao forno , no aço P430 , sendo m aior ao ar, para aquecim ent o ao forno durant e 20 mi nut os .

J á o aço A IS I 430 apresentou i nt ensi dade de at aque sem el hant es em am bos os resfri am entos, ar e água , o que di fi cult ou uma análise mai s det alhada da microest rutura em m icroscópio óti co .

MAGR I et al. (1995) anal is aram um aço AIS I 410 comerci al (mart ens íti co), temperado em ól eo a parti r de 975ºC e reveni do em di vers as tem peraturas ent re 300ºC e 650ºC. Realiz aram ataques em ácido oxálico, s egundo a Práti ca A da norm a ASTM A 262 -86. Cons tat aram que es te método não pode diferenci ar um m aterial sensitiz ado de out ro que sofreu process o de recuperação, onde os carbonetos ainda est ão preci pit ados em contornos, m as a zona empobrecida em cromo não exist e mais , isto porque a Norma ASTM A 262 -86 não especifi ca o pot encial a ser aplicado ao cor po -d e-prova ensaiado, mas, a dens idade de corrente que deve situar -s e em 1A/cm². Est e m étodo, port anto, não pode fornecer o grau de s ensitização do aço martensíti co .

Foi realiz ada a quanti fi cação, at ravés de met al ografi a quantit ativa, de al gumas amostras sensitizadas. No entanto, em decorrênci a da grande pres ença de het erogeneidades (at aque excessi vo, fi guras de corros ão, etc.) , que, di fi cult ou o di agnósti co de int erpret ação pelo analis ador de imagens (soft ware QW IN550 ) empregado, os resul tados não foram a pres ent ados nest e trabalho.

5.2 – Ens aios de Pol ari zação Poten ciodi nâmi ca

A part ir do pot enci al de corros ão de 250mVecs abaixo do pot enci al, Ec o r r, efet uou -s e o l evant am ento da curva de pol arização dos aços i noxidáveis. Est es ensaios de pol ariz ação pot enciodinâmi ca com plem entam e confi rm am o

pot encial est abel ecido nos ens aios de reativação elet roquími ca

pot enciocinéti ca, versão duplo loop . Os ens aios de polariz ação

pot enciodi nâmi ca , realiz ados em sol ução aquos a norm alm ent e aerada contendo 0,5M H2S O4, caract erizam el etroquimi cam ente o mat erial . Foram realiz ados, aproxim adam ent e, 5 ensaios para cada aço .

As Fi guras 5.9 a 5.12 apresent am curvas de pol arização potenci odinâmi ca onde, pode-se observar que os aços são passivados em uma ampla faixa de pot encia l de, aproximadam ent e, 1250mVecs (de -250 a 1000mVecs). Acim a

corrente de corrosão, provavelm ente em decorrênci a da evolução de oxi gênio, o que caract eriza o fenômeno de transpas sivaç ão.

Fi gura 5.9 - Curvas de pol arização pot enciodi nâmi ca. Sis tem a: aço A IS I 444 0,5M H2SO4 ; 0,166m V/s; tem peratura am biente.

Fi gura 5.10 - Curvas de polariz ação potenci odinâmi ca. Si stem a: aço P430 0,5M H2SO4 ; 0,166m V/s; tem peratura am biente.

Fi gura 5.11 - Curvas de pol arização pot enci o dinâmi ca. Sist ema: aço AIS I 439 0,5M H2SO4 ; 0 ,166m V/s; tem peratura am biente.

Fi gura 5.12 - Curvas de pol arização pot enci o dinâmi ca. Sist ema: aço AIS I 430 0,5M H2SO4 ; 0 ,166m V/s; tem peratura am biente.

As curvas dos aços P430 e A IS I 430 (Fi guras 5.10 e 5.12) most raram dois joelhos de densidade de corrente, podendo indi car al guma fal ha ou

inst abili dade durant e o ensaio , ou m esmo um a t ent ati va inici al do m at eri al passivar -s e, um a os cil ação na regi ão passi va, ou comport ament o biestável , quando a curva cat ódica cort a a cur va anódi ca na regi ão pas siva e na regi ão ativa [ROBER GE, 1999] . Também é important e sali ent ar os res ult ados obtidos para os aços AIS I 439 e 444 (Fi guras 5.9 e 5.11) . Curiosamente a t ax a de corros ão apres ent ou -se m aior para o AIS I 444, que, de acordo com s uas propri edades e composição quími ca deveria m ost rar -s e menor que para o aço AIS I 439.

A Tabela 5.1 apresent a al guns parâm etros el etroquí micos dos di ferent es sistemas, e, as t axas de corros ão correspondent es.

Tabel a 5.1 – Parâm etros el et roquími cos obti dos nos ens ai os de pol ariz ação pot enciodi nâmi ca.

Aços Ec o r r (mVecs) ic o r r (µ A/ cm²) Rm m / a n o

P430 -490,8 2924 33,8 8

AIS I 430 -483,4 5467 63,3 9

AIS I 439 -149,5 0,176 0,002

AIS I 444 -157,7 0,539 0,006

A densidade de corrent e (ic o r r), o pot encial de corrosão (Ec o r r) e, a taxa de corros ão em milím et ros por ano (Rm m / a n o), foram cal cul ados (Tabel a 5.1) pelo soft ware SoftCorr III que, utilizou análise de Tafel para obtenção dos result ados.

De acordo com a Tabel a 5.1, podem os not ar que o aço inoxidável ferríti co AIS I 444, estabiliz ado ao molibdêni o , curios am ent e, apresent a, em m eio ácido (ácido sul fúri co) , um des em penho pior que o aço A IS I 439 , que não possui o Mo como el emento est abi lizant e. Isto pode t er ocorrido devido ao meio de 0,5M H2S O4 sem presença de cl oret o. O aço A IS I 439 poss ui um t eor de Si um pouco mai or que o aço A IS I 444, sendo que , o Si t ambém est abiliz a o fi lme passi vo.

Ainda na Tabel a 5.1, pode -s e obs ervar que os aço s AIS I 430 e P 430 apresent am comport am ento i nferior aos aços AIS I 444 e 439 , com t axas de corros ão bast ant e el evada s. O aço AIS I 430 apres ent ou com port am ent o pior que o aço P430, s endo que, o prim ei ro contém em sua com posi ção quí mica maior quanti dade de Mn e C e menor quantidade Ti.

5.3 – Ens aios de Reativação Eletroquí mica Poten ciocin éti ca ( DL-E PR)

Obs ervou-s e que as amos tras , após a P rática W, apres ent aram intensidades de at aque diferenciadas , o que revela a presença de diferent es quanti dades de carbonetos de crom o precipi tados nos contornos de grão, porém, pouco s e pode concl uir sobre o g rau de sensitiz ação das am ost ras. P ara i sso, foram realiz ados ens aios de reativação el etroquímica potenciocinéti ca do t ipo Duplo Loop (m étodo DL-EPR), dos quais, al guns res ult ados estão apresent ados nas Fi guras 5.13 a 5.21. No ent ant o, em al guns casos , obs ervou -s e a ocorrênci a de um segundo m áximo de densidade de corrente , que s eri a outro parâm et ro sugeri do na lit eratura (M AGR I, 1995) para se avali ar o grau de sensitiz ação de aços inoxidáveis ferríti cos . S egundo P IRES et al. (2004), este s egundo máximo ocor re em amostras que possuem regi ões empobreci das em cromo, e devido a ess e fato, não se pas sivam, ficando sus cetíveis à corros ão . Ess e com portam ento , provavelm ente, ocorreu em função da instabilidade do film e passivo. GIR ALDO et al . (2003) tam bém observaram ess e com portam ento, porém em pregaram aquecim ento a 600oC.

Assim com o nest e trabalho, M AGR I et al. (1995) constat aram que as curvas obtidas no ens aio de reativação potenci ocinéti ca (ou pot enci odinâmi ca) pel o método DL-EPR, s e mostraram bast ant es sensíveis às diferent es condi ções de tratam entos t érmicos impost as ao aço do tipo AIS I 410, e, est e método , também m ost rou -s e o mai s s ensí vel na det ecção de materi ais sensitiz ados, capaz de di ferenciar mat eri ai s sensit izados de não sens itizados, onde, a razão ent re as densidades de corrent e dos picos de reativação e pol ariz ação anódi ca é um parâm et ro que pode fornecer o grau de sensi tização do mat eri al .

GIAMP IETR I- LEBR ÃO et al. (1999) invest i garam a resist ênci a à corrosão intergranul ar do aço inoxidável UNS S31254 (aço compl et am ent e aust eníti co) na condi ção solubil i zada e t rat ado t ermi camente em tem peraturas de 350 à 1100ºC, vari ando de 50ºC ent re el as , por 40 minutos, com res fri am ent o em água; o comport am ento obs ervado foi de sucessi vos aument os e quedas do parâmet ro Ir/ Ia, sugerindo a ocorrênci a de sucess ivos fenôm enos de sensitização s eguidos de recuperação, porém, est a recuperação pareceu um tant o precári a, pois a tendênci a geral foi de um aumento do parâm et ro Ir/ Ia, aum ent ando a sens itização até 950ºC . A parti r dest a temperatura , a recuperação foi mai s acentuada.

Todos os result ados dos ensai os de re ativação eletroquím ica potenci ocinéti ca , na vers ão duplo loop (DL-EPR ), são most rados em Anexo I.

A Fi gura 5.13 most ra que ocorreu s ensitização no aço P430, res fri ado ao forno, devido a existênci a da densidade de corrente de reativação, Ir. Comport amento s emelhant e t ambém foi observado em condi ções de resfri am ento ao ar e em óleo. O m aior grau de s ensi ti zação pôde s er constatado no res fri am ento ao forno com aquecim ento durante 10 mi nutos e, ao ar durante 20 minutos.

GS = 61,17x10- 3

GS = 0,68x10- 3

Fi gura 5.13 - Curvas de pol arização cí clica obti das pel o método DL -EPR . Sistem a: aço P430 / 0,5M H2SO4; resfri am ento ao forno após

aquecim ent o a 900oC durante: “A” 10 minutos ;

GS = 3,87x10- 3

GS = 3,28x10- 3

Fi gura 5. 14 - Curvas de pol arização cí clica obti das pel o método DL -EPR . Sistem a: aço P 430 / 0,5M H2SO4; res friamento ao ar após

aquecim ent o a 900oC durante: “A” 10 minutos ;

“B” 20 minutos; 1,67mV/s; temperatura ambiente.

GS = 0,26x10- 3

GS = 2,32x10- 3

Fi gura 5.15 - Curvas de pol arização cí clica obti das pel o método DL -EPR . Sistem a: aço P430 / 0,5M H2S O4; res fri am ento a o óleo após

aquecim ent o a 900oC durante: “A” 10 minutos ;

GS = 0,41x10- 3

Fi gura 5.16 - Curvas de pol arização cí clica obti das pel o método DL -EPR . Sistem a: aço P430 / 0,5M H2SO4; res fri am ento em água após

aquecim ent o a 900oC durante: “A” 10 minutos ;

“B” 20 minutos; 1,67mV/s; temperatura ambiente.

O aço P430 após res fri am ent o em água (Fi gura 5.16), obt eve result ado para o grau de s ensitização semel hant e ao resfria m ento em nitrogênio (Fi gura 5.17). Para o tem po de 10 minut os, Fi guras 5.16 (A) e 5.17 (A), em ambos os resfri am entos, não foram obs ervados Grau de s ensit ização . Para o t empo de 20 minutos , Fi guras 5.16 (B) e 5.17 (B), tanto para o resfri am ento em água quanto para o res fri am ento em nit rogêni o, foi const atada a s ensi tização, um pouco m ai or para o nitrogêni o que para a água, reforçando o process o de inst abili dade que ocorre durant e o resfri am ento em nit rogêni o líquido.

O grau de s ensi tização das amost ras de aço inoxidável ferríti co, P 430, resfri adas ao forno, ar, óleo, água e nitrogênio liquido, após aqueci mento a 900oC durant e 10 e 20 minutos, a um a taxa de varredura de 1,67m V/s, foi calculado vi a s oft ware SoftCorr III, at ravés de anális e de Tafel .

GS = 2,12x10- 3

Fi gura 5.17 - Curvas de pol arização cí clica obti das pel o método DL -EPR . Sistem a: aço P430 / 0,5M H2S O4; resfri am ento em nit rogêni o líquido após aqueci ment o a 900oC durante: “A” 10 minut os;

“B” 20 minutos; 1,67mV/s; temperatura ambiente.

Pode-s e observar que o aço P430 apres entou s ensi tização em quas e todas as condi ções de res fri ament o e t empo, pri ncipalm ent e quanto ao res friam ento a o forno . Dest aca -s e o alto grau de sens itiz ação (61,17x10- 3) para o res fri am ent o em forno, quando o aço P430 foi aqueci do durant e 10 minut os (Fi gura 5.13). No entanto, para a m esm a condi ção, porém em 20 minutos obt eve -se um val or de GS m enor (0,68x10- 3), i nclusi ve inferior a out ros meios . Isso, provavelment e ocorreu devi do a um a recuperação da resist ênci a do aço à corrosão. J á o aço A IS I 430 , apresentou m aior grau de sensitização em prati camente todas as condições de resfri am ento a que foi s ubmeti do após 20 minutos de trat am ento térmi co (Fi guras 5.19 ) e, res ult ados , em grande parte, menor es para 10 mi nutos de aquecim ento (Fi guras 5.18 ).

Na curva da Fi gura 5.18, pode-se observar que o m enor valor de sensitiz ação é most rado para o aço A IS I 430, resfri ado em água , um val or int ermedi ári o para o resfri am ent o em óleo e, um maior val or em nit rogêni o lí quido.

GS = 1,09x 10- 3

GS = 32,18x10- 3

GS = 66,79x10- 3

Fi gura 5.18 - C urvas de pol arização cíclica obti das pel o método - DL-EPR . Sistem a: aço A IS I 430/0,5M H2SO4; res fri am ento em “A” Água, “B” Óleo e “C” Nitrogênio líquido após aquecimento a 900o

C durant e 10 minutos; 1,67m V/s; t emperat ura ambi ent e.

Tam bém pode s er observado na curva da Fi gura 5.19, que o menor val or de sensitização do aço AIS I 430 encontra -s e no res friamento em água, um valor interm edi ário em nit rogêni o lí quido e, para o resfri am ento ao forno um val or máx imo.

GS = 30,94x10- 3

GS = 66,53x10- 3

GS = 87,89x10- 3

Fi gura 5.19 - C urvas de pol arização cíclica obti das pel o método - DL-EPR . Sistem a: aço A IS I 430/0,5M H2SO4; resfriamento em “A” Água, “B” Nitrogênio líquido e “ C” Forno após aquecimento a 900o

C durant e 20 minutos; 1,67m V/s; t emperat ura ambi ent e .

As Fi guras 5.20 e 5.21 most ram as curvas para o aço do tipo AIS I 444 e A IS I 439, após tratam ento térmico a 950ºC , em duas condi ções extrem as de resfri am ento, forno e nitrogênio líquido. Como não ocorre u o aparecim ent o do segundo “joelho” na curva durante a reversão, portanto, ausência de Ir, pode - se consi derar que prati camente não houve sensitiz ação para ambos os aços. Ess e fato pôde ser comprovado com emprego da Práti ca W (ataque com áci do oxálico). -600 -500 -400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 0,000001 0,0001 0,01 1 100 10000

Densidade de corrente (µA/cm²)

P o te n ci al e le tr o q u ím ic o , E (m V ec s) A B (a) -600 -500 -400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 0,00001 0,001 0,1 10 1000

Densidade de corrente (µA/cm²)

P o te n ci al e le tr o q u ím ic o , E (m V ec s) A B (b)

Fi gura 5.20 - C urvas de pol arização cíclica obti das pel o método - DL-EPR . Sistem a: aço A IS I 444/0,5M H2S O4; resfriamento em “A” forno e “B” nitrogênio líquido após aquecimento a 950o

C durant e:

-600 -500 -400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 1E-07 0,00001 0,001 0,1 10 1000

Densidade de corrente (µA/cm²)

P o te n ci al e le tr o q u ím ic o , E (m V ec s) A B (a) -600 -500 -400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 0,000001 0,0001 0,01 1 100 10000

Densidade de corrente (µA/cm²)

P o te n ci al e le tr o q u ím ic o , E (m V ec s) A B (b)

Fi gura 5.21 - C urvas de pol arização cíclica obti das pel o método - DL-EPR . Sistem a: aço A IS I 439/0,5M H2SO4; resfriamento em “A” forno e “B” nitrogênio líquido após aquecimento a 950o

C durante: (a)10 minut os; (b) 20 minutos; 1,67 mV/ s; tem peratura ambi ent e .

Nos aços A IS I 444 (Fi gura 5.20), e AIS I 439 (Fi gura 5.21) , após trat am ento térmico a 950ºC , em todos os resfri am ent os (forno, ar, ól eo, água e nit rogêni o líquido), durant e os tempos de 10 e 20 minutos, não fo i observado o fenôm eno de sensitiz ação.

As curvas levantadas nos ens aios de r eativação elet roquími ca pot enciocinéti ca (DL -EPR ) at é o pot enci al de corrosão (Ec o r r) de 300mVe c s, podem s er obs ervadas, s eparadamente, em Anexo I (Fi guras 11.1 a 11.8).

As Tabel as 5.2 e 5.3 apres ent am valores do grau de s ensit i zação dos aços

analis ados empregando -se o m étodo de reativação el etroquími ca

pot enciocinéti ca , versão duplo loop (D L-EPR).

Not a-se que o aço AIS I 430 (Tabela 5.2 e 5.3), por não s er es tabil izado ao Ti, apresent a um aum ento do GS quando submeti do a tempo m aior (20 mi nut os) de trat am ent o térmi co . O aço est abi lizado ao Ti, geralm ente forma ni treto de titânio (Ti N) em al tas t emperaturas, o que permit e a redi fus ão do Cr em solução sólida, garantindo a i noxidabilidade do m at eri a l, indi cado pelo m enor grau de s ensi tização do m esm o.

Ess e comportam ento , de redifusão do cromo, pode expli car o res ultado que indi ca um a dimi nui ção do GS para o aço P430 quando m antido em t empo maior (20 mi nutos) .

Tabela 5.2 - Graus de sensitiz ação d os aços est udados em função do t empo de perm anênci a no forno de 10 minut os, em 900º e 950ºC . Tratamento térmico

Aços

Grau de sensitização (Ir / Ia)

Tempo Temperatura Resfriamentos

FORNO AR ÓLEO ÁGUA N2

10 min.

900oC P430 61,17x10-3 3,87x10-3 0,26x10-3 --- ---

950oC AISI 444 --- --- --- --- ---

900ºC AISI430 15,83x10-3 43,86x10-3 32,18x10-3 1,09x10-3 66,79x10-3

Tabel a 5.3 - Graus de s ensit ização dos aços estudados em função do t em po d e perm anênci a no forno de 20 mi nutos, em 900º e 950ºC.

Tratamento térmico

Aços

Grau de sensitização (Ir / Ia)

Tempo Temperatura Resfriamentos

FORNO AR ÓLEO ÁGUA N2

20 min.

900oC P430 0,68x10-3 3,28x10-3 2,32x10-3 0,41x10-3 2,12x10-3

950oC AISI 444 --- --- --- --- ---

900ºC AISI430 87,89x10-3 73,07x10-3 85,10x10-3 30,94x10-3 66,53x10-3

950 ºC AISI 439 --- --- --- --- ---

GIR ALDO et al. (2004b) anali saram um aço i noxidável ferrít ico do tipo UNS S43000 sol ubiliz ado a 1.200ºC, re sfri ado em água, e t rat ado isot ermi cam ent e a t emperaturas ent re 500ºC e 700ºC. Em tem pos vari ados, observaram que a condi ção solubilizada apres ent ou um val or de grau de s ensiti zação, GS = Ir/ Ia = 0,0025 ± 0,0026. Em t emperat uras de 500, 550, 600, 650 e 700oC houve grande variação do GS em função do tempo e temperatura de trat am ent o térmico. No ent ant o, a 700oC ocorreu recuperação do aço, i ndi cando baixos val ores de GS. No pres ent e t rabalho, obteve -s e o valor do GS, para o aço

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