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Os resultados obtidos possibilitaram a avaliação do curativo do cateter venoso central ( CVC) em situação real de assistência de enferm agem , e o desenvolvim ento de um obj eto digital de aprendizagem , um vídeo educativo em form ato digital. Nesse sentido sua apresentação está subdividida em duas fases, conform e obj etivos propostos e traj etória m etodológica.

5.1. Diagnóstico Sit uacional ( Fase 1)

O diagnóstico situacional da prática de curativo do CVC, em term os de conform idade técnica- científica foi estabelecido por m eio da

Observação Estruturada ( Apêndice N e Tabela 4) , das Entrevistas Grupais

( Círculo de Cultura) e I ndividuais ( Tabela 5 a 9) , que perm itiram avaliar a situação real de assistência de enferm agem e o conhecim ento expresso dos enferm eiros correlato às categorias tem áticas: higienização das m ãos, técnica, antisséptico utilizado, tipo de cobertura e registro de enferm agem . Além disso, identificar as estratégias de capacitação e atualização individual e instit ucional.

Totalizaram - se 17 observações de curativo do CVC, e nas entrevistas grupais e individuais obteve- se a participação de 32 enferm eiros.

Tabela 4 - Distribuição das categorias tem áticas inerentes ao curativo do cateter

venoso central segundo as conform idades ou não técnicas- cient íficas

* CVC: cat et er venoso cent ral

Font e: Elaborada pela autora.

Higienização das m ãos ( HM) e uso de luvas

Das 17 observações, 10 ( 58,8% ) dos enferm eiros realizaram a HM antes da execução do curativo, e 07 ( 41,2% ) não, sendo que 04 ( 23,6% ) utilizaram água e sabão; 03 ( 17,6% ) álcool gel e, 03 ( 17,6% ) além de água e sabão tam bém friccionaram álcool gel. Quanto à HM após o curativo, 15 ( 88,3% ) a realizaram , e destes, 13 ( 76,5% ) com água e sabão, um profissional som ente com álcool gel e, outro com am bos. O restante dos enferm eiros, 02 ( 11,7% ) , não higienizou as m ãos ao térm ino do procedim ento.

Quanto ao uso de luvas observou- se que 15 ( 88,2% ) profissionais rem overam a cobertura do curativo anterior com luvas de procedim ento não estéreis, e 02 (11,8% ) realizaram o procedim ento com o m esm o par de luvas estéreis utilizadas na rem oção da cobertura ant erior; cont am inando provavelm ente o sít io de inserção do cateter.

Cat e gor ia s Te m át ica s Conform ida de/ At e nde

N ão confor m idade/ N ão At ende n ( % ) n ( % ) Higienização das m ãos Ant es 10 ( 58,8% ) 07 ( 41,2% ) Após 15 ( 88,3% ) 02 ( 11,7% ) Técnica 06 ( 35,3% ) 11 ( 64,7% )

Antissépt ico Ut ilizado 17 ( 100% ) -

Cobert ura do CVC* 14 ( 82,3% ) 03 ( 17,7% )

É oportuno m encionar que sete enferm eiros ( 41,1% ) procederam o curativo com luvas de procedim entos estéreis, cinco ( 29,4% ) utilizaram luvas de procedim ento não estéreis e, tam bém pinças estéreis. Adiante, 04 ( 23,5% ) usaram luvas estéreis j untam ente com as pinças e um enferm eiro ( 6% ) realizou o curativo som ente com o instrum ental cirúrgico.

No que diz respeito ao uso de equipam entos de proteção individual ( EPI ) , todos os enferm eiros utilizaram luvas, 12 ( 70,5% ) m áscaras cirúrgicas, 08 ( 47% ) aventais e 01 ( 5,8% ) óculos de proteção.

As opiniões dos enferm eiros nas entrevistas grupais quanto a HM, tanto antes com o após a realização dos curativos do CVC, estiveram em consonância com os resultados das observações, ou sej a, alguns m anifestaram o hábito da HM com água e sabonete líquido, outros a preferência pelo álcool gel. Houve relat o dos que ut ilizam os dois produtos j untos ( água e sabonete líquido, e em seguida aplicam o álcool gel) . Ainda, um enferm eiro com entou que usa o álcool líquido, após HM com água e sabonete líquido, e aplicação do álcool gel.

Alguns inform aram , com o ponto posit ivo para a HM com álcool gel, a disponibilidade de alm otolias ou bisnagas fixadas em todos os leitos de pacientes, exceto na sala de urgência que há som ente m acas, inviabilizando a instalação dessas alm otolias. Destaca- se que a m aioria das unidades dispõe de clorexidine degerm ante a 2% para HM, em subst ituição ao sabonete líquido com um . Outros profissionais com entaram que apesar da elevada disponibilidade de álcool gel ( instalados nas paredes das enferm arias, corredores, postos de enferm agem ) , é com um o orifício de saída do antisséptico encontrar- se obstruído e, sem dúvida essa situação prej udica a adesão ao uso. Ainda, algum as vezes o dispensador apresenta- se quebrado. Todos os enferm eiros referiram não haver rotina de troca das alm ot olias ou subst ituição dos dispensadores de álcool gel em suas unidades. Houve relato de trocas som ente nos casos em que há um funcionário a m ais na escala.

Outro agravante, m encionado por enferm eiros de um a unidade, que tem contribuído para a não adesão ao procedim ento de HM com álcool gel pode estar relacionado à escassez do produto e até à falta no estoque.

Em contrapartida, acrescenta- se que alguns enferm eiros negaram o uso do antisséptico, pois sentem a pele m ais ressecada, e outros referiram transpiração excessiva nas m ãos, tendo sensação de algo m uito “ pegaj oso ou grudento” . I nform aram que utilizam o álcool gel em procedim entos m ais rápidos, entre a assistência oferecida a pacientes diferentes, em “ plantões m ais corridos, apertados” ou ainda quando se encontram afastados da pia.

No que tange ao uso de luvas, os profissionais m encionaram que preferem as de procedim ento estéreis para realização do curativo do CVC, pois conferem um a sensação de segurança, principalm ente quando exercem m aior pressão na rem oção de algum a secreção. Com plem entaram que, tam bém preferem utilizá- las quando o paciente encontra- se em precauções de contat o. Contrariam ente, um profissional referiu “ ter a im pressão de contam inar o sítio de inserção” se utilizar luvas de procedim ento, m esm o que estéreis, pois “ parece estar passando a m ão onde não deve” . Adiante, houve relatos de enferm eiros que utilizam luvas estéreis j untam ente com o instrum ental cirúrgico.

Acresce- se que um profissional inform ou utilizar o m esm o conj unto de pinças estéreis na realização de vários curativos de CVC em um m esm o paciente ( com m ais de um acesso central) .

Quanto à avaliação do conhecim ento teórico dos enferm eiros em relação à HM e uso do álcool gel, por m eio das entrevistas individuais, tivem os um a variação de acertos de 84,4% a 100% , conform e a Tabela 5.

Tabela 5 - Respost as dos enferm eiros ( N= 32) relacionadas à HM e uso do álcool

gel

1 . H igiene das m ãos e uso do á lcool gel Acert os nº ( % ) nº ( % ) Erros N ão Sei nº ( % ) responde u N ão nº ( % ) a) deve ser garantido o uso de água e sabão

ou álcool gel ant es e após o m anuseio do CVC* ( 9 6 ,9 ) 3 1

0 1

( 3 ,1 ) - -

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