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Segundo nossos Diretores, as receitas da intermediação financeira aumentaram 13,8%, atingindo R$1.128,8 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009, comparado com R$991,7 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2008, devido principalmente ao aumento de R$490,3 milhões em operações de crédito, R$101,3 milhões com operações de títulos e valores mobiliários compensados por uma redução de R$471,1 milhões com instrumentos financeiros derivativos. As receitas da intermediação financeira aumentaram 44,4%, atingindo R$991,7 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2008, comparado com R$686,9 milhões no mesmo período de 2007. Essa variação decorreu principalmente do aumento de R$471,6 milhões nas receitas de instrumentos financeiros derivativos, decorrente da desvalorização do Real frente ao Dólar em 2008. Esse aumento foi parcialmente compensado por uma redução de R$146,1 milhões nas receitas de operações com títulos e valores mobiliários devido principalmente a perdas com aplicações em títulos de renda variável no montante de R$56,4 milhões.

Em 31 de dezembro de 2009, apresentamos resultado operacional de R$177,6 milhões, comparado com um resultado operacional negativo de R$200,4 milhões no mesmo período de 2008 e lucro de R$107,5 milhões, comparado com um prejuízo de R$130,6 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2008. Já em 31 de dezembro de 2007, o Banco apresentou com resultado operacional de R$138,8 milhões e lucro de R$203,4 milhões.

b) variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços

Como comentado no item “a”, o Banco é uma instituição “mono produto”, sendo pouco afetada pela introdução de novos produtos e serviços, servindo se apenas pela oferta de variações sobre os mesmos produtos.

O resultado bruto da intermediação financeira aumentou 171,3%, atingindo R$611,7 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009, comparado com R$255,5 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2008. Com relação ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007, o resultado bruto da intermediação financeira foi de R$535,3 milhões.

Composição do resultado bruto da intermediação financeira, nos períodos indicados.

Informações Financeiras Consolidadas Em 31 de dezembro de

2009 2008 2007

(R$ milhões, exceto percentuais) Operações de crédito ... 1.211,5 703,0 725,2 Juros (rendimento das operações de crédito) ... 1.193,3 885,3 634,5 Lucro/prejuízo com a cessão de crédito ... 18,2 (182,3) 90,7

Aplicações interfinanceiras de liquidez e títulos e

valores mobiliários ... 158,4 57,1 203,2

Resultado com instrumentos financeiros derivativos ... (241,1) 230,0 (241,6) Operações de captação no Mercado ... (233,2) (721,2) (123,8) Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros ... (224,1) (25,1) –

10.2 - Resultado operacional e financeiro

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ... (41,4) (18,1) (27,8) Outros ... (18,5) (0,2) 0,1 Total ... 611,7 225,5 535,3

Nossas receitas da intermediação financeira correspondem principalmente aos resultados com operações de crédito, resultados com operações de títulos e valores mobiliários e resultados com instrumentos financeiros derivativos. Usamos instrumentos financeiros derivativos principalmente para proteger o resultado do banco contra a variação cambial decorrente de nossas captações no exterior, o que levou as receitas de intermediação financeira a sofrerem os impactos abaixo.

Com a variação das taxas cambiais que em 31 de dezembro de 2007 atingiram o valor de R$ 1,7713/US$, em 31 de dezembro de 2008 atingiram R$ 2,3370/US$ e em 31 de dezembro de 2009 atingiram R$ 1,7412/US$ gerando, no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009 um impacto negativo de R$241,1 milhões com instrumentos financeiros derivativos utilizados principalmente para hedge das operações de captação no exterior. No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2008 esse impacto foi positivo em R$230,0 milhões e no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007 o mesmo impacto foi negativo em R$241,6 milhões.

c) impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro do emissor

Com relação às operações bancárias clássicas ligadas às diversas linhas de negócio da Instituição, principalmente as atividades de captações no mercado local e empréstimos, estas operações têm seu resultado contábil reconhecido pela curva contratada. Neste caso, as oscilações nas curvas de juros de mercado não representam impacto material imediato sobre os resultados contábeis da Instituição.

As posições em títulos públicos da carteira própria do Consolidado são protegidas contra oscilações na taxa de juros prefixada doméstica, de acordo com as estratégias de tesouraria da instituição. O objetivo traçado é manter o hedge da carteira em períodos de volatilidade das taxas, através de operações de DI futuro. Eventualmente, a Instituição pode desfazer em parte o hedge constituído, de forma a aproveitar alguma oportunidade de mercado que venha a surgir.

O resultado da carteira própria de títulos públicos em comparação com os resultados obtidos com as posições em DI futuro do Consolidado fica evidenciado o caráter de hedge parcial assumido pelos contratos de DI futuro, dentro da estratégia da Instituição, conforme demonstrativo abaixo:

2009 2008

Títulos Públicos Federais ... 34,3 33,9 DI Futuro ... (17,9) (3,2) Total ... 16,4 30,7

10.2 - Resultado operacional e financeiro

As variações dos índices de inflação não apresentam impacto direto nos resultados da Instituição, exceto pelo fato que elas possam influenciar as decisões do comitê de política monetária do Banco Central quanto ao nível de taxa SELIC (taxa referencial para o mercado interbancário) praticado.

A carteira de swaps cambiais da Instituição é composta majoritariamente por operações destinadas ao hedge das emissões de títulos de dívida emitidos no mercado exterior pela instituição. Através destas operações de swap, o custo das emissões externas representado por variação cambial mais taxa de juros foi convertido para um percentual da taxa de CDI – CETIP diária, minimizando os efeitos da variação das taxas de câmbio.

O resultado deste conjunto de operações nos exercícios comporta-se de maneira independente da variação cambial ocorrida no período. Desta maneira, o objetivo primordial de eliminação de eventual efeito da variação cambial foi alcançado. A redução de despesa ocorrida no exercício é explicada em boa parte pela queda das taxas de juros internas que se verificou ao longo do período conforme demonstrativo abaixo:

2009 2008

Obrigação por títulos e valores mobiliários no exterior – variação cambial ... 250,7 (334,7) Juros ... (70,7) (78,7)

Swap... (293,2) 272,8 Custo de captação ... (113,2) (140,6)

Cotações da moeda norte americana conforme PTAX 800 de venda do BACEN no período: 2007 = R$ 1,7713/US$

2008 = R$ 2,3370/US$ 2009 = R$ 1,7412/US$

A partir do 1º semestre 2009 o Banco, incrementou as atividades comerciais de sua carteira de câmbio. Dentro deste contexto, a Instituição lançou mão de contratos derivativos de câmbio para complementar a sua estratégia operacional no mercado interbancário e de espécie de moedas estrangeiras. De maneira geral, o objetivo das operações com derivativos de câmbio é efetuar o hedge das exposições assumidas pela carteira de câmbio e para, eventualmente, assumir exposição cambial visando ganhos com as oscilações das taxas de câmbio. 2009 2008 Operações de câmbio ... (18,4) (1,8) Futuro US$ ... 38,3 (8,6) Futuro Euro ... (3,1) Total ... 16,8 (10,4)

Os resultados apresentados no quadro acima demonstram a atuação do Banco com derivativos de câmbio frente aos objetivos de hedge da sua carteira de operações em moeda estrangeira e de

10.2 - Resultado operacional e financeiro

No ano de 2008, a atuação do Banco com contratos futuros cambiais foi orientada pela estratégia de hedge da carteira de títulos de dívida emitidos no exterior. A utilização dos contratos futuros cambiais durante o primeiro semestre do ano ocorreu de maneira transitória e complementar aos Swaps cambiais transacionados com este mesmo fim. Tendo em vista a oscilação da cotação do dólar de R$1,7713 por US$ em dezembro de 2007 para R$1,5919 por US$ em junho de 2008, as posições em futuro US$, ativas em variação cambial, apresentem resultado negativo neste período.

Em relação aos resultados decorrentes de impactos de variação de preços de ativos de renda variável, destacamos para o Consolidado:

2009 2008

Títulos de Renda Variável ... 64,0 (13,9)

De maneira a visualizar o impacto potencial futuro das variações nos preços e taxas de mercado nas receitas e resultados do Banco, deve-se atentar à análise de sensibilidade apresentada no item 5.4 deste documento.

10.3 - Eventos com efeitos relevantes, ocorridos e esperados, nas demonstrações