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em conta as condições geográficas, climáticas e econômicas da região onde a Distribuidora está localizada. c) Revisões Extraordinárias (RTE)

A legislação brasileira e os contratos de concessão permitem revisões extraordinárias para que sejam consideradas eventuais alterações imprevisíveis e involuntárias na estrutura de custos, devolvendo o equilíbrio econômico-financeiro às concessões.

Comercialização de energia a consumidores livres

O governo brasileiro introduziu alterações regulamentares destinadas a fomentar o crescimento do mercado aberto de transações de energia permitindo que consumidores deixem o sistema de tarifas reguladas (mercado cativo) e se tornem clientes livres com direito de comprar energia no mercado livre.

O Grupo Energisa possui uma empresa de comercialização de energia destinada também a capturar eventuais clientes que se tornaram livres, deixando a base de clientes cativos das Distribuidoras do Grupo Energisa. Custos de Compra de Energia

A Companhia compra a maior parte de sua energia elétrica por meio de contratos de longo prazo e os preços estão sujeitos à regulamentação e são definidos por meio de um processo de leilão realizado periodicamente pela ANEEL.

Deduções da Receita Operacional

As deduções da receita operacional são compostas por: (i) impostos incidentes sobre as receitas operacionais, como ICMS, PIS, COFINS e ISS, (ii) Reserva Global de Reversão, (iii) quotas de CCC e CDE e (v) PEE e os custos de P&D.

Para efeitos dos reajustes tarifários, as deduções das receitas operacionais são classificadas como itens que não estão sob controle da gestão. Consequentemente, quaisquer mudanças nesses valores podem ser refletidas automaticamente no reajuste tarifário anual seguinte ou incluído na próxima revisão tarifária periódica e, assim, repassada para os consumidores.

Condições Macroeconômicas: Consumo de energia e aumento de custos

O Grupo Energisa possui todas as suas operações no Brasil. A Diretoria entende que o seu desempenho é diretamente afetado pelas condições econômicas do país. Em particular, o desempenho geral da economia brasileira afeta a demanda por energia elétrica e a inflação afeta os custos e margens da Companhia. O ambiente econômico brasileiro tem se caracterizado por variações significativas no crescimento econômico, inflação e taxas de câmbio.

O cenário macroeconômico, ainda influenciado pela instabilidade política brasileira, esboçou uma lenta recuperação em 2017. O Produto Interno Bruno teve aumento de 1,0% após duas quedas consecutivas, ambas de 3,5%, em 2015 e 2016. Apesar da leve recuperação, a renda per capita fechou o ano em patamar próximo a 2013. Os segmentos de serviços e industrial, que possuem maior peso na economia, mostraram estabilidade, mas ainda não recuperaram as perdas da maior recessão da história recente. Por outro lado, o forte crescimento da agropecuária, que chegou a 13%, puxado pela safra recorde de grãos, representou a principal contribuição para o resultado positivo do PIB em 2017. Para os brasileiros, um respiro. Ainda que de maneira moderada, as famílias voltaram a consumir, auxiliadas pela redução da taxa básica de juros e da inflação. Neste contexto, a tímida recuperação ajudou a desanuviar as perspectivas futuras em um ambiente ainda incerto no país.

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10.2 - Resultado operacional e financeiro

Em 2017, a Energisa Sergipe apresentou receita operacional bruta, sem a receita de construção que é atribuída margem zero, de R$ 1.593,7 milhões ante R$ 1.488,3 milhões registrados em 2016, aumento de 7,1% (R$ 105,4 milhões). A receita operacional líquida, também deduzida da receita de construção, apresentou crescimento de 8,8% (R$ 86,4 milhões) no ano, para R$ 1.066,3 milhões.

Descrição

Exercício

2017 2016 Var. % (+) Receita de energia elétrica (mercado cativo) 1.266,7 1.196,0 + 5,9

 Residencial 621,7 584,0 + 6,5

 Industrial 104,5 106,4 - 1,8

 Comercial 314,6 301,2 + 4,4

 Rural 36,4 34,9 + 4,3

 Outras classes 189,5 169,5 + 11,8

(+) Suprimento de energia elétrica 119,6 160,1 - 25,3 (+) Fornecimento não faturado líquido 2,2 (1,8) - (+) Disponibilidade do sistema elétrico 52,0 54,3 - 4,2 (+) Receitas de construção 95,6 69,5 + 37,6 (+) Constituição e amortização – CVA ativa e passiva 38,0 (14,5) - (+) Subvenções vinculadas aos serviços concedidos 80,1 74,4 + 7,7 (+) Ativo financeiro indenizável da concessão 29,4 13,3 + 121,1

(+) Outras receitas 5,7 6,5 - 12,3

(=) Receita bruta 1.689,3 1.557,8 + 8,4

(-) Impostos sobre vendas 421,7 397,1 + 6,2 (-) Deduções bandeiras tarifárias 7,1 3,1 + 129,0

(-) Encargos setoriais 98,6 108,2 - 8,9

(=) Receita líquida 1.161,9 1.049,4 + 10,7 (-) Receitas de construção 95,6 69,5 + 37,6 (=) Receita líquida, sem receitas de construção 1.066,3 979,9 + 8,8

Dentre os fatores que impactaram as receitas se destacam: i) aumento tarifário médio de 9,29% a partir de 22/04/2017; ii) constituição de ativos e passivos financeiros setoriais (CVAs) no montante de R$ 38,0 milhões em 2017 contra R$ 14,5 milhões de amortizações reconhecidas em 2016; e iii) constituição de ativo financeiro indenizável no montante de R$ 29,4 milhões em 2017 (R$ 25,8 milhões no 4T17), contra R$ 13,3 milhões em 2016.

As despesas operacionais, excluindo os custos de construção, totalizaram R$ 1.021,2 milhões em 2017 e R$ 268,4 milhões no 4T17, crescimento de 15,1% (R$ 133,8 milhões) e 13,4% (R$ 31,7 milhões) respectivamente, quando comparado com os mesmos períodos de 2016.

Desse total, as despesas controláveis, com PMSO, registraram um aumento de 28,9% ou R$ 46,7 milhões (aumento de 77,7% ou R$ 35,5 milhões no 4T17), totalizando R$ 208,2 milhões (R$ 81,2 milhões no 4T17). Esse aumento decorre, principalmente, da constituição de provisão para despesas com fundo de pensão e benefício pós-emprego no valor de R$ 23,2 milhões.

Já as despesas não controláveis em 2017 cresceram 11,5% (1,6% no 4T17), totalizando R$ 662,9 milhões (R$ 165,7 milhões no 4T17), decorrente da elevação dos custos da energia elétrica comprada.

10.2 - Resultado operacional e financeiro

A composição das despesas operacionais pode ser assim demonstrada:

Composição das despesas operacionais Valores em R$ milhões

Exercício

2017 2016 Var. %

1 Custos e Despesas não controláveis 662,9 594,5 + 11,5

1.1 Energia comprada 630,5 545,1 + 15,7

1.2 Transporte de potência elétrica 32,4 49,4 - 34,4 2 Custos e Despesas controláveis 205,8 166,7 + 23,5

2.1 PMSO 208,2 161,5 + 28,9 2.1.1 Pessoal 73,8 70,6 + 4,5 2.1.2 Fundo de pensão 46,8 17,5 + 167,4 2.1.3 Material 9,8 8,9 + 10,1 2.1.4 Serviços de terceiros 64,2 55,0 + 16,7 2.1.5 Outras 13,6 9,5 + 43,2  Multas e compensações 2,2 1,7 + 29,4

 Contingências (liquidação de ações cíveis) 4,2 2,7 + 55,6

 Outros 7,2 5,1 + 41,2 2.2 Provisões/Reversões (2,4) 5,2 - 2.2.1 Contingências 2,1 (0,9) - 2.2.2 Devedores duvidosos (4,5) 6,1 - 3 Demais receitas/despesas 56,9 56,7 + 0,4 3.1 Depreciação e amortização 65,6 55,5 + 18,2 3.2 Outras receitas/despesas (8,7) 1,2 -

Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, s/ construção) 925,6 817,9 + 13,2

Custo de construção (*) 95,6 69,5 + 37,6

Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, c/ construção) 1.021,2 887,4 + 15,1

(*) Os custos de construção estão representados pelo mesmo montante em receita de construção. Tais valores são de reconhecimento obrigatório pela ICPC 01 – Contratos de Concessão e correspondem aos custos de construção de obras de ativos da concessão de distribuição de energia elétrica, sendo o custo de construção igual à receita de construção.

Em 2017, a Energisa Sergipe registrou lucro líquido de R$ 139,0 milhões, crescimento de 98,4% em relação ao ano anterior. Esse desempenho decorre, principalmente, do crescimento das receitas operacionais no exercício, conforme mencionado no item 3.2, bem como do resultado financeiro no ano. A geração operacional de caixa (EBITDA ajustado) atingiu R$ 314,3 milhões em 2017, contra os R$ 236,3 milhões apurados no ano anterior, aumento de 33,0%.

A evolução do lucro líquido e da geração de caixa da Companhia é a seguinte:

Composição da Geração de Caixa Valores em R$ milhões

Exercício

2017 2016 Var. %

(=) Lucro Líquido 139,0 98,4 + 41,3

(-) Contribuição social e imposto de renda (29,2) (51,4) - 43,2

(-) Resultado financeiro 27,5 (12,1) -

(-) Depreciação e amortização (65,6) (55,5) + 18,2 (=) Geração de caixa (EBITDA) 206,3 217,4 - 5,1 (+) Receita de acréscimos moratórios (*) 108,0 18,9 + 471,4 (=) Geração ajustada de caixa (EBITDA Ajustado) 314,3 236,3 + 33,0 Margem do EBITDA Ajustado (%) 27,1 22,5 + 4,6 p.p (*) Em 2017, foi registrado o valor de R$ 87,8 milhões decorrente de negociação com consumidor.

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10.3 a) Introdução ou alienação de segmento operacional. Não aplicável.

b) Constituição, aquisição ou alienação de participação societária. Não aplicável.

c) Eventos ou operações não usuais. Não aplicável.

10.4 - Mudanças significativas nas práticas contábeis - Ressalvas e ênfases no parecer do