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7 RESULTADOS E ANÁLISES

7.2 RESULTADOS DA PESQUISA REALIZADA COM MORADORES DO

Nas figuras 21 e 22 estão apresentadas, respectivamente, as porcentagens das faixas etárias e escolaridade obtidas dos questionários aplicados aos moradores do Bairro Boa Esperança. Observa-se que há uma ampla variação de faixas etárias da população. O nível de escolaridade dos moradores está bem dividido, podendo-se observar que 54,4% destes têm ensino fundamental incompleto e completo, ensino médio incompleto e sem escolaridade e outros 45,6% têm ensino médio completo e superior completo.

Figura 21 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: “Qual a sua faixa etária?”.

Fonte: A autora.

Figura 22 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: “Qual a sua faixa escolaridade?”.

Fonte: A autora.

Traçado o perfil etário e escolar, as perguntas foram direcionadas a questões de conhecimento, percepção e conscientização ambiental, com o foco nos resíduos sólidos. Assim, nas Figuras 23, 24 e 25 são apresentados os resultados percentuais das respostas quanto à frequência de recolhimento de lixo, se é feita a separação do lixo em casa, se sabem o que é lixo seco e lixo seco e lixo úmido e se é feita a coleta seletiva no bairro, respectivamente.

Figura 23 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: “Qual a Frequência de Recolhimento do Lixo em seu Bairro?”.

Fonte: A autora.

Os RSU no município de Ibatiba são realizados porta a porta, diariamente, a fim de facilitar o recolhimento pelo caminhão compactador. Apesar da falta de equipamento adequado e precariedade usual dos caminhões nota-se que quase 80% dos entrevistados assinalaram que existe recolhimento diário porta a porta em sua rua.

Observou-se que 44,7 % dos munícipes fazem a separação do resíduo sólido urbano. Em conversa com um dos entrevistados, ele nos relatou que a coleta do serviço do município é desestimulante, pois no ano de 2015, iniciou-se no Bairro um processo de coleta seletiva e o projeto não foi a diante. Logo após eles continuaram a segregação, porém, o lixo voltou a ser misturado no caminhão compactador. Explanou um dos entrevistados: “Nós tentamos separar no início, mas a gente percebia que o caminhão jogava tudo no mesmo recipiente, então a gente acabou não separando mais”.

Quando comparado ao projeto de diagnóstico sócio ambiental dos resíduos sólidos urbanos no município de Angicos-RN, realizado por MACEDO (2011), notou-se a desigualdade nos dados obtidos onde revelou estatísticas razoáveis em nosso município onde 55,3% não realizam separação de resíduos sólidos em sua residência. Chegando a alcançar 80% em Angicos-RN nos bairros Centro e Alta Esperança.

Estes resíduos domiciliares agregam muito valor econômico, pois são constituídos de materiais diversos como: plástico, metal, papelão, alumínio, vidro dentre outros. Observou-se uma gestão sócia ambiental ineficiente, onde os materiais são desprezados e inutilizados.

Figura 24 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: Você faz separação de lixo em sua casa?

Fonte: A autora.

Notou-se na (Figura 25) que 89,5% sabem qual a diferença entre os resíduos secos e resíduos úmidos o que demostra que os moradores do bairro Boa Esperança tem consciência do assunto abordado na pesquisa. Quando comparado ao resultado dos alunos que assinalaram 91,7%, observou um ótimo índice de conhecimento do assunto abordado no projeto de pesquisa.

Uma gestão consciente dos resíduos sólidos urbanos possibilita um processo de reciclagem eficiente, bem como menos consumo de energia, reaproveitamento de materiais, diminuição na produção de resíduos, garantindo assim um sistema de sustentabilidade ao município.

Figura 25 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: Você sabe o que é lixo seco e lixo úmido?

Fonte: A autora.

Observou-se na (Figura 26) que 72,8%, assinalaram que não existe Coleta Seletiva no bairro Boa Esperança. O sistema de Coleta Seletiva do Município de Ibatiba ainda não encontra-se disponível neste bairro da cidade porta a porta, apenas pontual em alguns comércios do bairro.

Figura 26 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: “Existe coleta seletiva em seu bairro?”

Fonte: A autora.

Quando perguntados sobre as principais causas (Figura 27), notou-se que 36,4% responderam que a principal é a falta de local para o descarte do RSU e 35,2% assinalaram que consiste na falta de conscientização da população do bairro.

Figura 27 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: “Para você quais são as principais causas de descarte inadequado de lixo seu Bairro? Pode marcar mais de uma alternativa.”.

Fonte: A autora.

Quanto às consequências do descarte inadequado dos RSU, estão distribuídos em todos os itens mencionados, porém os mais impactantes consistem no mau cheiro e a proliferação de insetos e vetores, tal como observado também nas entrevistas aos alunos, apesar das demais implicarem também na saúde e qualidade de vida dos munícipes, estas duas mais citadas são mais perceptíveis.

Figura 28 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: “Você saberia informar quais as consequências do descarte inadequado do lixo em seu Bairro? Pode marcar mais de uma alternativa”.

A fim de identificar atitudes corretas de disposição final dos resíduos domiciliares, perguntamos aos moradores onde eles costumavam descartar seus RSU (Figura 29). Notou-se que 45,5% dos moradores responderam que descartam seu lixo na porta de casa para coleta municipal. Porém, 30,4% dispõem seus resíduos em lugares de forma imprópria causando os pontos inadequados de lixo no Bairro Boa Esperança.

O descarte correto deve ser realizado porta a porta, uma separação previa em casa e disposta nas calçadas das casas, em horários previamente estabelecidos ou por postos de entrega voluntária (PEVs), que em geral consistem em contêineres, coletores de cores diferentes para realização da coleta dos resíduos úmidos e secos. Mais ao longo das ruas notou-se que não existem placas indicando os horários da coleta municipal e nem postos de entrega voluntária o que pode ocasionar no descarte inadequado.

Figura 29 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: “Quais os locais de descarte em seu Bairro?”.

Fonte: A autora.

Notou-se na (Figura 30) que a maioria da população do bairro não soube identificar a destinação final do seu resíduo sólido urbano. Sabendo que a Usina de Triagem do Município foi inaugurada em 2012, concluímos que há falta de informação pela população e divulgação do poder público.

Observou-se que 33,3% não sabem que o RSU é encaminhado para área de transbordo da Usina de Triagem, e 30,7% assinalaram que ainda possuímos lixão.

Quando comparado à resposta dos alunos, notou-se que o resultado referente a o desconhecimento do local da destinação final dos seus resíduos se faz quase idêntico comparando o item assinalado lixão onde os moradores apontaram 30,7% e os alunos 33,3%.

Figura 30 – Resposta dos munícipes do bairro à pergunta: “Você sabe para onde é destinado o lixo que é gerado no seu Bairro?”.

Fonte: A autora.

7.3 CORRELAÇÃO DOS ELEMENTOS E INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

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