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A análise iniciou descrevendo as características gerais da amostra, como gênero, faixa etária e cidade. Dentre os 436 participantes da pesquisa foram observados que 60% dos alunos concluintes eram de homens e 40% de mulheres, conforme gráfico abaixo:

Gráfico 1- Gênero

A faixa etária (gráfico 3) predominante foi entre 26 e 30 anos, com 45% dos indivíduos, seguida pela faixa de 31 a 35 anos, representando 39% dos respondentes, e as demais faixas de 36 a 40 anos (10%), mais de 41 anos (5%) e até 25 anos (2%) com pouca representatividade na amostra.

40%

60%

Feminino Masculino

Gráfico 2 – Faixa etária

Avaliando as informações relativas os anos da formação em graduação dos participantes, observou-se que 15% graduaram-se em 2008, seguido de 2007 e 2010, ambos com 13%. Os anos com menor proporção de participantes graduados foram 2003 e 2004, com 3% e 4%, respectivamente.

A formação de maior representatividade entre os respondentes é administração, com 22%, seguida de engenharia (18%), publicidade (5%) e depois comunicação social, ciência da computação e turismo, ambos com 4%.

O resultado expressivo de egressos que não possuem formação em administração (78%), reforça a ideia de que o público alvo do curso procurou se especializar em uma formação mais generalista e diferente da sua graduação.

2%

45%

39%

10%

5%

Gráfico 3 – Formação

Quando perguntado qual a cidade que o participante tinha realizado o curso, ao todo, 67 cidades apareceram nas respostas. São Paulo foi a cidade de maior entre os participantes, com 15%, seguida de Santo André (9%).

O tipo de faculdade que os egressos do curso se graduaram é predominantemente particular, com 73%.

Em relação ao ano de ingresso no curso Pós ADM, a maior parte ingressou em 2012 (21%), seguido de 2011 (20%), 2010 (19%) e 2009 (15%). E em relação ao ano de conclusão do curso, a maior parte concluiu em 2012 e 2013, cada um com 20% dos participantes.

Em relação à experiência profissional no início da PGLS, 37% tinham até 3 anos de experiência, seguido de 4 a 7 anos (32%) e mais de 7 anos (25%).

Gráfico 4 – Experiência profissional

22% 18% 5% 4% 4% 4% 44% Administração Engenharia Publicidade Turismo Ciência da Computação Comunicação Social Outros

Sobre a realização de outra pós-graduação lato sensu, 73% dos respondentes informaram que nunca realizaram outra pós-graduação.

Em seguida, foram avaliadas as contribuições do curso Pós ADM em face de opinião dos egressos:

Tabela 3 – Contribuições do Pós ADM Nada Muito

Pouco

Pouco Indiferente Muito Muitíssimo

Competências Gerenciais 2% 5% 17% 11% 55% 10% Autoconfiança 1% 5% 13% 17% 51% 13% Networking 6% 11% 24% 20% 32% 7% Novas teorias em gestão 1% 4% 15% 11% 58% 11% Auto- desenvolvimento 1% 4% 13% 17% 54% 11%

Acesso aos novos empregos 12% 12% 13% 28% 27% 8% Novos amigos 3% 8% 20% 17% 41% 11% Conhecimento específico em gestão 2% 5% 14% 14% 55% 11% Posição na empresa em que trabalho 25% 4% 10% 28% 24% 9% Salário na empresa 27% 4% 11% 30% 19% 9% Conhecimento para desenvolver meu próprio negócio 8% 4% 11% 25% 38% 13%

Os resultados foram positivos (em azul) nos itens competências gerenciais, autoconfiança, autodesenvolvimento, novas teorias em gestão e conhecimento específico em gestão, já que no mínimo 64% dos respondentes afirmaram que o curso contribuiu muito ou muitíssimo para os progressos nos itens apontados.

O aumento da auto-confiança foi bastante percebido, com 64% (vide tabela 3). Conforme Wood Jr e Cruz (2013) este é caracterizado como um impacto subjetivo na carreira e o aumento deste quesito “reflete no desempenho profissional, na forma como o indivíduo se expõe no trabalho e na segurança para a realização de mudanças de emprego e carreira desejadas” (WOOD JR; CRUZ, 2013). Esse resultado positivo está em sintonia com o estudo

de Ruas e Comini (2007) que conferiu que a autoconfiança dos alunos é conferida nas pós- graduações. Para os autores, o certificado/diploma, bem como os ensinamentos recebidos no curso colaboram para o aumento da autoconfiança.

No que tange aos itens networking, aumento do salário e acesso a novos empregos, as respostas não foram expressivas (itens em vermelho)

Com relação às competências e habilidades, os respondentes avaliaram a contribuição do curso, conforme tabela 4.

Tabela 4 – Contribuições das hard e soft skills Nada Muito

Pouco

Pouco Muito Muitíssimo Apresentações orais 6% 12% 43% 34% 5% Apresentações escritas 8% 14% 49% 27% 2% Conhecimento cultural 5% 9% 37% 43% 5% Gerenciamento do tempo 5% 7% 45% 40% 3% Gerenciamento de projetos 2% 7% 30% 52% 8% Gerenciamento de mudanças 5% 9% 40% 42% 4% Tomada de decisão 3% 8% 25% 53% 12% Trabalho em equipe 3% 6% 25% 54% 13% Gestão da carreira 6% 10% 39% 37% 8% Habilidade para negociar 3% 8% 34% 45% 11% Habilidade para liderar 3% 6% 32% 47% 13% Habilidades interpessoais 2% 8% 29% 53% 8% Habilidade financeira 5% 5% 31% 46% 13% Trabalhar sob pressão 13% 9% 40% 31% 7%

Destacam-se as avaliações de tomada de decisão, trabalho em equipe, habilidade para negociar, habilidade para liderar, habilidades interpessoais e habilidade financeira com avaliação positiva em 60% ou mais (itens em azul)

Com relação às softs skills, o estudo comprovou que as as habilidades de liderança, negociação, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, e capacidade de tomar decisões, os dois últimos elencados na tabela 4, também apresentaram uma contribuição bastante favorável aos egressos do Pós ADM.

Essas disciplinas, conforme assegura Mintzberg (2006), são importantes para os programas diferente do afirmado Minztberg (2006) que informa que estas disciplinas são pouco desenvolvidas e abordadas nos MBAs.

Para o autor (MINTZBERG, 2006), essas disciplinas são de fundamental importância para as competências gerenciais, conforme tabela 5.

Tabela 5 – Competências gerenciais A. COMPETÊNCIAS PESSOAIS

Gerenciar a si mesmo, internamente (reflexão, pensamento estratégico +) Gerenciar a si mesmo, externamente (tempo, informação, estresse, carreira +) B. COMPETÊNCIAS INTERPESSOAIS

Liderar indivíduos (selecionar, mentorear/coaching, inspirar, lidar com especialistas +)

Liderar grupos (formar equipes, solucionar conflitos/mediar, facilitar processos, dirigir reuniões +) Liderar a organização/unidade (organizar, fazer fusões, construir cultura, gerenciar mudança +) Criar ligações com a organização/unidade (construção de redes, representação, colaboração, promoção/lobbying, negociar, fazer política, proteger/encontrar soluções +)

C. COMPETÊNCIAS RELATIVAS A INFORMAÇÃO

Comunica-se verbalmente (ouvir, entrevistar, falar/apresentar/sintetizar, escrever, reunir informações, disseminar informações +)

Comunicar-se de forma não-verbal (ver, sentir +)

Analisar (processar dados, criar modelos, mensurar, avaliar +) D. COMPETÊNCIAS DE AÇÃO

Programar (coordenar informação, priorizar, estabelecer agendas, lidar com diversas tarefas simultaneamente, administrar o tempo +)

Administrar (alocar recursos, delegar, autorizar, sistematizar, estabelecer objetivos, avaliar desempenho +)

Conceber, projetar (planejar, praticar, ter visão de futuro +) Mobilizar (“apagar incêndios, gerenciar projetos +)

Fonte: MINTZBERG, 2006 (p. 243)

Em relação ao principal motivo para ingressar no curso (gráfico 6), a maior parte apontou “aquisição, atualização, ampliação e/ou aprofundamento de conhecimentos”, com quase 60% dos participantes, seguido por “aumentar a empregabilidade” (17%) e “mudar de emprego ou de carreira” (12%).

Esses resultados podem ser entendidos como uma busca pelo profissional na sua capacitação e crescimento profissional e pessoal (DUTRA, 1996; MARTINS, 2010).

Gráfico 5 – Motivo de ingresso no Pós ADM

Sobre os cargos, conforme gráfico 7, os respondentes informaram que no início do curso, mais de 35% eram analistas, menos de 15% eram coordenadores. Menos de 10% eram empreendedores e gerente nível médios e não havia executivos. Em contrapartida, atualmente 25% são analistas, seguidos de coordenadores (17%) e gerentes nível médios (13%).

Quanto ao item “outros”, foram apontados cargos como professores, servidores públicos e autônomos.

Atualmente, houve uma diminuição dos cargos de analista e uma redistribuição, principalemte, para os cargos de coordenação, gerente nível médio, empresário ou empreendedor e executivo. 59% 9% 17% 12% 3% Aquisição, atualização, ampliação e/ou aprofundamento de conhecimentos Necessidades relativas ao meu trabalho na época do ingresso Aumentar a empregabilidade Mudar de emprego ou de carreira Outro

Gráfico 6 – Progressão dos cargos

Sobre a faixa salarial (gráfico 8), quando iniciaram o Pós ADM, 23% dos egressos afirmaram que recebiam, em média, até R$ 1.576,00. Da mesma forma, 9% dos egressos recebiam, em média mais de R$ 6.304,00.

Se usar somente o valor absoluto, sem considerar a inflação, houve uma diminuição de 18% dos egressos que recebem até R$ 1.576,00 e um aumento de 35% dos respondentes que recebem, no mínimo R$ 6.304,00.

Para contribuir e chegar a uma resposta mais efetiva, foi aplicado na forma geral dos salários a base INPC/IBGE13.

Assim, usou-se como exemplo do aluno que recebia até R$ 1.576,00 em 2003. Se aplicado o índice acumulado INPC/IBGE do período 2003-2014 (maior período da série), de 98,36%14 ele hoje receberia o valor de R$ 3.126,00. Esse valor representaria que o aluno não obteve nenhum aumento salarial em todos esses anos.

Contudo, o que se percebeu, de acordo com o gráfico 8, foi a mudança de 58% dos respondentes que recebiam até R$ 3.152,00 para 64% que passaram a receber, no mínimo mais de R$ 4.078,00.

O aluno que entrou depois desse período certamente daria um índice acumulado menor de INPC/IBGE o que demostraria um ganho salarial ainda maior.

13 Este índice possui o objetivo de orientar os reajustes de salários dos trabalhadores.

14 Índice acumulado desde 2003 a 2014 (termino do curso). Site http://www.portalbrasil.net/inpc.htm.

37% 5% 12% 8% 7% 3% 4% 25% 25% 7% 17% 11% 13% 2% 4% 1% 20% Cargo no início do curso Cargo atual

Esse resultado, corrobora com as pesquisas de Alexander et al. (2006); Wood Jr; Cruz (2013); Oliveira; Irigaray (2015) que concluíram uma progressão salarial dos egressos dos MBAs da FGV.

Gráfico 7 – Progressão salarial

Dentre os respondentes, de acordo com gráfico 9, 57% mudaram de emprego após a finalização do Pós ADM. Dentre estes, 79% consideram os novos empregos mais desafiadores.

Gráfico 8 – Mudança de Emprego

Com relação ao desemprego, as respostas apontaram que 72% nunca estiveram desempregados desde que iniciaram o curso.

23% 35% 19% 14% 9% 5% 18% 14% 20% 44% 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Até R$ 1.576,00 De R$ 1.576,00 a R$ 3.152,00 De R$ 3.152,00 a R$ 4.728,00 De R$ 4.078,00 a R$ 6.304,00 Mais de R$ 6.304,00 Faixa salaria do iniciou da pós-graduação

Salário no início do curso Salário atual

Não 43% Sim 79% Sim 57%

Mudou de emprego após ingressar no Pós ADM? Se

positivo, avalia o novo emprego como qualificado e

Além disso, foi objeto de pergunta (gráfico 10), qual foi aplicabilidade do curso Pós ADM e 64% dos respondentes afirmaram que a aplicabilidade bastante satisfatória, o que está em consonância com o estudo de Ruas e Comini (2007).

Cabe destacar que esse resultado contradiz Mintzberg e Gosling (2003), Mintzberg (2006), Bennis e O’toole (2005) e Datar, Garvin e Cullen (2011), que consideram de extrema relevância a aplicação dos ensinamentos do curso nas organizações e em função disso realizaram duras críticas aos programas de MBA que em suas opiniões possuem preocupação excessiva com a teoria em detrimento da prática.

Ressalta-se ainda que os autores citados tenham se referido aos MBAs (mestrado) e a pesquisa sobre o Pós ADM refira-se a um curso de especialização pós-graduação lato sensu, ambos os cursos são em nível de pós-graduação e de natureza aplicada e profissional.

Gráfico 9 – Aplicabilidade do curso

Dos egressos respondentes, 63% informaram que a contribuição do curso ocorreu em função da junção da marca FGV e conteúdo, 13% responderam que a contribuição do curso ocorreu exclusivamente em razão do conteúdo e 25% em função exclusiva da marca.

Segundo Wood Jr e Cruz (2013) essa resposta é relevante por mostrar a “importância da marca FGV no currículo para o aumento da empregabilidade” dos egressos.

Do mesmo modo, destaca-se a responsabilidade da FGV no que tange ao nível do ensino de suas escolas.

Outro ponto a ser levantado é a diferenciação que um currículo possui quando enserido a conclusão o título da pós-graduação. Como bem colocado por Wood Jr e Cruz

2%

9%

25%

53%

11%

(2013) este item “levanta uma discussão sobre o risco da oferta maciça de cursos sob essa nomenclatura minimizar o potencial de diferenciação do título no futuro”.

Ainda segundo a pesquisa, 76% dos participantes disseram que o curso despertou o interesse em continuar os estudos em outras pós-graduação, como outros mbas, mestrado e doutorado. Além disso, 74% destes, informaram que desejam continuar os estudos na FGV, o que mostra que a satisfação dos egressos com a marca e Escola (gráfico 11).

Gráfico 10 – Interesse na continuação dos estudos

Com relação à progressão na carreira face ao curso, conforme gráfico 12, 52% informaram que o curso os ajudaram muito a progredir na carreira, o que demostra a percepção positiva dos egressos.

Gráfico 11 – Progressão na carreira Não

24%

74% Outra

76%

O curso despertou o interesse em

continuar os estudos? Se positivo, na FGV?

6% 10%

19%

10%

46%

8%

Nada Muito pouco Pouco Indiferente Muito Muitíssimo

Percepção da progressão

Em razão da progressão na carreira, foi solicitado que os respondentes indicassem três alternativas que representavam à mesma. As respostas mais assinaladas foram desmostradas no gráfico 13.

Dentre as respostas “outros” estão elencados a atração do currículo face ao término do curso, o curso viabilizou a promoção e/ou aumento salarial, o curso deu mais segurança pra participar de processos seletivos.

Gráfico 12 – Aspectos que influenciaramaprogressão na carreira

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