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CAPÍTULO IV

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

LIDERANÇA E GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

CAPÍTULO IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como se pode observar na tabela 1, nas três classes estudadas a maior prevalência etária foi verificada em sujeitos acima de 44 anos; quanto ao tempo de serviço, na profissão a maior prevalência verificada foi para sujeitos com mais de 16 anos de trabalho; e quanto ao tempo de trabalho na instituição atual se verificou um relativo equilíbrio nas diferentes faixas de tempo de serviço.

Tabela 2 - Características qualitativas da amostra investigada

PROFESSOR

Faixa etária 18-26anos 27-35anos 36-43anos + 44 anos

3 (6.7%) 8 (17.8%) 16 (35.6%) 18 (40.0%)

Tempo de serviço na profissão

- 5 anos 6-10 anos 11-15anos + 16 anos

2 (4.4%) 7 (15.6%) 12 (26.7%) 24 (53.3%)

Tempo no serviço atual

- 5 anos 6-10 anos 11-15anos + 16 anos

8 (17.8%) 12 (26.7%) 12 (26.7%) 13 (28.9%)

ADMINISTRADOR

Faixa etária 18-26anos 27-35anos 36-43anos + 44 anos

5(13.9%) 7(19.4%) 5(13.9%) 19(52.8%)

Tempo de serviço na profissão

- 5 anos 6-10 anos 11-15anos + 16 anos

11(30.6%) 6(16.7%) 6(16.7%) 13(36.1%)

Tempo no serviço atual

- 5 anos 6-10 anos 11-15anos + 16 anos

12(33.3%) 9(25.0%) 3(8.3%) 12(33.3%)

LIDER GESTOR

Cargo Diretor Vice-diretor Coordenador

7 (77.8%) 1 (11.1%) 1 (11.1%)

Faixa etária 18-26anos 27-35anos 36-43anos + 44 anos

--- 1 (11.1%) 1 (11.1%) 7 (77.8%)

Tempo de serviço na profissão

- 5 anos 6-10 anos 11-15anos + 16 anos

--- 1 (11.1%) 1 (11.1%) 7 (77.8%)

Tempo no serviço atual

- 5 anos 6-10 anos 11-15anos + 16 anos

Gráfico 1 - Faixa etária dos sujeitos pesquisados

No gráfico 1 é possível constatar que entre os professores um número significativamente maior destes se encontra nas faixas etárias de 36 a 43 anos e acima de 44 anos, comparado com as demais faixas de idade identificadas. Já entre os administrativos e os gestores se verificou que a maioria significativa dos sujeitos se encontra acima de 44 anos de idade.

 

Gráfico 2 - Tempo de serviço na profissão dos sujeitos pesquisados

No gráfico 2 o que se pode observar é que entre os professores e entre os gestores a maioria significativa dos sujeitos está com mais de 16 anos de trabalho na profissão, enquanto entre os administrativos não se verificou diferença estatística entre as classes de tempo de trabalho na profissão.

Gráfico 3 - Tempo de serviço na profissão, no trabalho atual dos sujeitos pesquisados

O gráfico 3 evidencia o equilíbrio anteriormente sugerido entre as classes de tempo de serviço na instituição, nos três grupos investigados, professores, administrativos e gestores, não havendo assim, diferença estatística no número de sujeitos em cada classe de tempo de serviço em cada grupo.

Tabela 3 - Visão dos professores pesquisados sobre o Líder Gestor (LG)

Sempre Frequentemente As vezes Raramente Nunca

Sobre seu Líder Gestor Q1 9(20.0%) 16(35.6%) 11(24.4%) 9 (20.0%) --- Q2 9(20.0%) 12(26.7%) 17(37.8%) 6(13.3%) 1 (2.2%) Q3 21(46.7%) 15(33.3%) 8(17.8%) --- 1(2.2%) Q4 11(24.4%) 17(37.8%) 9(20.0%) 5(11.1%) 3(6.7%) Q5 7(15.6%) 19(42.2%) 12(26.7%) 7(15.6%) --- Q6 25(55.6%) 11(24.4%) 2(4.4%) 5(11.1%) 2(4.4%) Como vê seu LG?

Dominador Liberal Facilitador Tarefeiro Participativo

7 (15.6%) --- 18 (40.0%) --- 20 (44.4%)

Maior

preocupação do seu LG no dia- a-dia?

Controle Organização Relações Des. tarefas Liberdade

6(13.3%) 14(31.1%) 10(22.2%) 11(24.4) 4(8.9%) Como é o grupo

de trabalho de sua instituição?

Participativo Cordial Agressivo Manipulador Apático

39(86.7%) 2(4.4%) --- --- 4(8.9%)

Nunca Ocasionalmente Frequentemente Sempre

Perfil IDEAL de um Líder Gestor Q1 1 (2.2%) --- 9 (20.0%) 35 (77.8%) Q2 --- 2 (4.4%) 7 (15.6%) 36 (80.0%) Q3 --- 1 (2.2%) 28 (62.2%) 16 (35.6%) Q4 2 (4.4%) --- 13 (28.9%) 30 (66.7%) Q5 --- 9 (20.0%) 11 (24.4%) 25 (55.6%) Q6 2 (4.4%) 2 (4.4%) 23 (51.1%) 18 (40.0%) Q7 --- 3 (6.7%) 16 (35.6%) 26 (57.8%) Q8 3 (6.7%) 11 (24.4%) 24 (53.3%) 7 (15.6%) Q9 28 (62.2%) 8 (17.8%) 6 (13.3%) 3 (6.7%) Q10 --- 3 (6.7%) 13 (28.9%) 29 (64.4%) Q11 13 (28.9%) 21 (46.7%) 9 (20.0%) 2 (4.4%) Q12 --- 2 (4.4%) 13 (28.9%) 30 (66.7%) Q13 --- 1 (2.2%) 7 (15.6%) 37 (82.2%) Q14 2 (4.4%) 7 (15.6%) 12 (26.7%) 24 (53.3%)

Na tabela 3, onde os professores investigados expressam suas opiniões sobre seus gestores e sobre o seu gestor ideal, o que se pode observar é que para os professores, na ausência de seu líder gestor os trabalhos são realizados de acordo com o proposto, nem sempre o líder gestor permite total liberdade às decisões de grupo e individuais, o trabalho do líder gestor é sempre acentuado na tarefa, quase sempre seu líder gestor compartilha as responsabilidades, quase sempre se vê satisfação quando o líder gestor encaminha sugestões e sempre percebem o líder gestor como objetivo e prático em suas críticas e elogios.

Para a maioria dos professores avaliados seu líder gestor é participativo, se preocupa principalmente com a organização no dia-a-dia e vê o grupo de sua instituição como participativo.

Os professores consideram que um ótimo líder gestor é aquele que sempre é reconhecido pelo seu trabalho, considera a comunicação como peça fundamental em seu trabalho, estabelece metas reais a serem alcançadas, nunca deve desconsiderar os sentimentos das pessoas, cria e planeja suas ações, quando necessário chama atenção das pessoas individualmente e elogia e motiva o grupo em busca do crescimento.

Gráfico 4 - Avaliação dos professores pesquisados sobre seu Líder Gestor

No gráfico 4 se pode confirmar que um número significativamente menor de professores considera que seu líder gestor NUNCA permite liberdade aos sujeitos e grupos nas tomadas de decisões; um número significativamente menor de professores considera que NUNCA ou RARAMENTE seu líder gestor acentua seu trabalho na tarefa, um número significativamente maior de professores considera que seu líder gestor FREQUENTEMENTE compartilha as responsabilidades das decisões, um número significativo de professores considera que FREQUENTEMENTE vê um clima de satisfação e integração quando o líder sugere e encaminha ações e um número significativamente maior de professores considera SEMPRE o seu líder gestor como objetivo e prático em suas críticas e elogios.

Gráfico 5 - Como o professor vê o seu Líder Gestor?

No gráfico 5 se pode observar que para uma maioria significativa dos professores investigados o seu líder gestor é facilitador e participativo, comparado com outras características de líder gestor.

Gráfico 6 - A preocupação de seu Líder Gestor nas atividades diárias na opinião dos professores

No gráfico 6 é possível constatar que para os professores não há diferença estatística quanto ao número de lideres gestores das diferentes características quanto a sua maior preocupação nas atividades diárias.

Gráfico 7 - Como é o grupo de trabalho de sua Instituição na opinião dos Professores?

No gráfico 7 é possível notar que a maioria significativa dos professores estudados considera que o grupo de trabalho de sua instituição é participativo.

Gráfico 8 - O Perfil Ideal de um Líder na avaliação dos professores

O gráfico 8 permite observar diferenças significativas nas quatorze questões respondidas pelos professores sobre como eles consideram um líder ideal. Nele se pode observar que para os professores o líder ideal é aquele que SEMPRE é reconhecido pelo seu trabalho; SEMPRE vê a comunicação como

um instrumento muito importante; FREQUENTEMENTE coloca em prática as sugestões do grupo; SEMPRE estabelece metas reais; SEMPRE exerce seu poder como líder; FREQUENTEMENTE ou SEMPRE pede opinião às pessoas na resolução de problemas; SEMPRE ou FREQUENTEMENTE é sensível às necessidades do grupo; FREQUENTEMENTE dá liberdade ao grupo na condução de decisões; NUNCA desconsidera os sentimentos e insatisfações das pessoas; SEMPRE cria e planeja suas ações;: OCASIONALMENTE se recusa a abrir mão de decisões tomadas anteriormente; SEMPRE chama atenção individualmente das pessoas quando necessário; SEMPRE elegia e motiva o grupo em busca do crescimento; e SEMPRE incentiva as pessoas, mesmo quando cometem erros.

Tabela 4 - Visão dos funcionários administrativos pesquisados sobre o Líder Gestor (LG)

Sempre Frequentemente As vezes Raramente Nunca

Sobre seu Líder Gestor Q1 13(36.1%) 7(19.4%) 11(30.6%) 3(8.3%) 2(5.6%) Q2 6(16.7%) 13(36.1%) 8(22.2%) 2(5.6%) 7(19.4%) Q3 24(66.7%) 7(19.4%) 4(11.1%) --- 1(2.8%) Q4 22(61.1%) 5(13.9%) 2(5.6%) 4(11.1%) 3(8.3%) Q5 16(44.4%) 10(27.8%) 6(16.7%) 3(8.3%) 1(2.8%) Q6 24(66.7%) 4(11.1%) 3(8.3%) 3(8.3%) 2(5.6%) Como vê seu LG?

Dominador Liberal Facilitador Tarefeiro Participativo

6(16.7%) --- 7(19.4%) 7(19.4%) 16(44.4%)

Maior

preocupação do seu LG no dia-a- dia?

Controle Organização Relações Des. tarefas Liberdade

8(22.2%) 13(36.1%) 6(16.7%) 6(16.7%) 3(8.3%) Como é o grupo

de trabalho de sua instituição?

Participativo Cordial Agressivo Manipulador Apático

27(75.0%) 3(8.3%) 2(5.6%) 1(2.8%) 3(8.3%)

Nunca Ocasionalmente Frequentemente Sempre

Perfil IDEAL de um Líder Gestor Q1 --- 3(8.3%) 11(30.6%) 22(61.1%) Q2 2(5.6%) 4(11.1%) 3(8.3%) 27(75.0%) Q3 4(11.1%) 5(13.9%) 10(27.8%) 17(47.2%) Q4 2(5.6%) --- 14(38.9%) 20(55.6%) Q5 --- 5(13.9%) 8(22.2%) 23(63.9%) Q6 6(16.7%) 5(13.9%) 11(30.6%) 14(38.9%) Q7 3(8.3%) 4(11.1%) 8(22.2%) 21(58.3%) Q8 5(13.9%) 10(27.8%) 9(25.0%) 12(33.3%) Q9 24(66.7%) 4(11.1%) 3(8.3%) 5(13.9%) Q10 7(19.4%) 8(22.2%) 5(13.9%) 16(44.4%) Q11 15(41.7%) 12(33.3%) 5(13.9%) 4(11.1%) Q12 4(11.1%) 5(13.9%) 5(13.9%) 22(61.1%) Q13 5(13.9%) --- 3(8.3%) 28(77.8%) Q14 4(11.1%) 1(2.8%) 7(19.4%) 24(66.7%)

A tabela 4 evidencia as opiniões dos administrativos investigados sobre seus gestores e sobre o seu gestor ideal. Nela se poder observar que para estes, na ausência de seu líder gestor os trabalhos são realizados de acordo com o proposto, nem sempre o líder gestor permite total liberdade às decisões de grupo e individuais, o trabalho do líder gestor é sempre acentuado na tarefa, sempre seu líder gestor compartilha as responsabilidades, sempre se vê satisfação quando o líder gestor encaminha sugestões e sempre percebem o líder gestor como objetivo e prático em suas críticas e elogios.

Para a maioria dos administrativos avaliados seu líder gestor é participativo, se preocupa principalmente com a organização no dia-a-dia e vê o grupo de sua instituição como participativo.

Os administrativos consideram que um ótimo líder gestor é aquele que sempre é reconhecido pelo seu trabalho, considera a comunicação como peça fundamental em seu trabalho, estabelece metas reais a serem alcançadas, exerce seu poder como líder, é sempre sensível às necessidades do grupo, nunca deve desconsiderar os sentimentos das pessoas, quando necessário chama atenção das pessoas individualmente, elogia e motiva o grupo em busca do crescimento e incentiva as pessoas mesmo quando cometem erros.

No gráfico 9 se confirma que um número significativamente menor de administrativos considera NUNCA ou RARAMENTE os trabalhos são realizados quando o gestor está ausente; um número significativamente maior de administrativos considera que SEMPRE seu líder gestor acentua seu trabalho na tarefa, um número significativamente maior de administrativos considera que seu líder gestor SEMPRE compartilha as responsabilidades das decisões, um número significativo de administrativos considera que SEMPRE vê um clima de satisfação e integração quando o líder sugere e encaminha ações e um número significativamente maior de administrativos considera SEMPRE o seu líder gestor como objetivo e prático em suas críticas e elogios.

Gráfico 10 - Como o administrativos vê o seu Líder Gestor?

No gráfico 10 se observa que apesar da maioria dos administrativos investigados verem o seu líder gestor como participativo, esta maioria não é significativa do ponto de vista estatístico.

Gráfico 11 - A preocupação de seu Líder Gestor nas atividades diárias na opinião dos administrativos

No gráfico 11 é possível constatar que para os administrativos não há diferença estatística quanto ao número de lideres gestores das diferentes características quanto a sua maior preocupação nas atividades diárias. Pode se observar ainda que para estes, a maioria dos lideres gestores é preocupado com a organização nas tarefas diárias.

 

Gráfico 12 - Como é o grupo de trabalho de sua Instituição na opinião dos administrativos?

No gráfico 12 é possível notar que a maioria significativa dos administrativos investigados considera que o grupo de trabalho de sua instituição é participativo.

 

Gráfico 13 - O Perfil Ideal de um Líder na avaliação dos administrativos

O gráfico 13 permite observar diferenças significativas em doze das quatorze questões respondidas pelos administrativos sobre como eles consideram um líder ideal. Nele se pode observar que para os administradores o líder ideal é aquele que SEMPRE é reconhecido pelo seu trabalho; SEMPRE vê a comunicação como um instrumento muito importante; SEMPRE coloca em prática as sugestões do grupo; SEMPRE estabelece metas reais; SEMPRE exerce seu poder como líder; SEMPRE é sensível às necessidades do grupo; NUNCA desconsidera os sentimentos e insatisfações das pessoas; SEMPRE cria e planeja suas ações; NUNCA ou OCASIONALMENTE se recusa a abrir mão de decisões tomadas anteriormente; SEMPRE chama atenção individualmente das pessoas quando necessário; SEMPRE elegia e motiva o grupo em busca do crescimento; e SEMPRE incentiva as pessoas, mesmo quando cometem erros.

Tabela 5 - Visão dos Líderes Gestores pesquisados sobre sua atuação na Instituição e de um Líder

Gestor (LG)

Sempre Frequentemente As vezes Raramente Nunca Sobre sua ação como Líder Gestor Q1 2(22.2%) 4(44.4%) 3(33.3%) --- --- Q2 --- 5(55.6%) 3(33.3%) 1(11.1%) --- Q3 6(66.7%) 1(11.1%) 2(22.2%) --- --- Q4 2(22.2%) 4(44.4%) 3(33.3%) --- --- Q5 5(55.6%) 4(44.4%) --- --- --- Q6 3(33.3%) 5(55.6%) 1(11.1%) --- --- Como se vê como LG?

Dominador Liberal Facilitador Tarefeiro Participativo

--- 2(22.2%) 3(33.3%) --- 4(44.4%)

Sua maior preocupação como LG no dia-a-dia?

Controle Organização Relações Des. tarefas Liberdade

--- 6(66.7%) --- 3(33.3%) ---

Como é o

grupo de

trabalho de sua instituição?

Participativo Cordial Agressivo Manipulador Apático

9(100.0%) --- --- --- ---

Nunca Ocasionalmente Frequentemente Sempre

Perfil IDEAL de um Líder Gestor Q1 --- --- 2(22.2%) 7(77.8%) Q2 --- --- --- 9(100.0%) Q3 --- --- 6(66.7%) 3(33.3%) Q4 --- --- 1(11.1%) 8(88.9%) Q5 --- --- 2(22.2%) 7(77.8%) Q6 --- 2(22.2%) 4(44.4%) 3(33.3%) Q7 --- --- 3(33.3%) 6(66.7%) Q8 --- 1(11.1%) 5(55.6%) 3(33.3%) Q9 5(55.6%) 3(33.3%) --- 1(11.1%) Q10 --- --- 4(44.4%) 5(55.6%) Q11 1(11.1%) 6(66.7%) 1(11.1%) 1(11.1%) Q12 --- --- 1(11.1%) 8(88.9%) Q13 --- --- 1(11.1%) 8(88.9%) Q14 --- 1(11.1%) 1(11.1%) 7(77.8%)

Na tabela 5, onde se observa os lideres gestores da instituição opinando sobre seu trabalho e sobre o seu gestor ideal, o que se pode observar é que para estes, na sua ausência frequentemente os trabalhos são realizados de acordo com o proposto, nem sempre permitem total liberdade às decisões de grupo e individuais, o seu trabalho é sempre acentuado na tarefa, quase sempre compartilha as responsabilidades, sempre se vê satisfação quando encaminha sugestões e sempre se percebe como objetivo e prático em suas críticas e elogios.

A maioria dos lideres gestores avaliados se vê como participativo, se preocupa principalmente com a organização no dia-a-dia e vê o grupo de sua instituição como participativo.

Os lideres consideram que um ótimo líder gestor é aquele que sempre é reconhecido pelo seu trabalho, considera a comunicação como peça fundamental em seu trabalho, quase sempre coloca em prática sugestões do grupo, estabelece metas reais a serem alcançadas, sempre exerce seu poder de líder, é sensível as necessidades do grupo, quase sempre dá liberdade ao grupo na tomada de decisões, nunca deve desconsiderar os sentimentos das pessoas, cria e planeja suas ações, algumas vezes deve recusar abrir mão de decisões prévias, quando necessário chama atenção das pessoas individualmente, elogia e motiva o grupo em busca do crescimento e deve incentivar as pessoas mesmo quando cometem erros.

 

Gráfico 14 - Avaliação dos Gestores sobre sua atuação

No gráfico 14 se pode observar que os gestores não apresentaram diferença significativa a respeito de suas próprias ações como gestores e que consideram principalmente que FREQUENTEMENTE os trabalhos são realizados quando está ausente; FREQUENTEMENTE permite total liberdade as pessoas do grupo na tomada de decisões, SEMPRE acentua seu trabalho na tarefa, FREQUENTEMENTE compartilha as responsabilidades das decisões, SEMPRE vê um clima de satisfação e integração quando sugere e encaminha ações e SEMPRE se vê como objetivo e prático em suas críticas e elogios.

 

Gráfico 15 - Como se vê como Líder Gestor?

No gráfico 15 se observa que apesar da maioria dos gestores investigados se verem como participativo, esta maioria não é significativa do ponto de vista estatístico.

Gráfico 16 - Sua maior preocupação como Líder Gestor nas atividades diárias

No gráfico 16 é possível constatar que para os gestores não há diferença estatística quanto ao número de lideres gestores das diferentes características quanto a sua maior preocupação nas atividades diárias. Pode se observar ainda que a discreta maioria deles está preocupado com a organização nas tarefas diárias.

Gráfico 17 - Como é o grupo de trabalho de sua Instituição na opinião do Líder Gestor?

No gráfico 17 é possível notar que a maioria significativa (todos) os gestores investigados considera que o grupo de trabalho de sua instituição é participativo.

Gráfico 18 - O Perfil Ideal de um Líder na avaliação do Líder Gestor

O gráfico 18 permite observar diferenças significativas em apenas seis das quatorze questões respondidas pelos gestores sobre como eles consideram um líder ideal. Nele se pode observar que para estes, líder ideal é aquele que SEMPRE vê a comunicação como um instrumento muito importante; SEMPRE estabelece metas reais; OCASIONALMENTE se recusa a abrir mão de decisões tomadas anteriormente; SEMPRE chama atenção individualmente das pessoas quando necessário; SEMPRE elegia e motiva o

grupo em busca do crescimento; e SEMPRE incentiva as pessoas, mesmo quando cometem erros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

LIDERANÇA E GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração desta dissertação representou um importante passo na nossa formação profissional pelo fato de possibilitar aprofundar conhecimentos e relacioná-los com a realidade educacional do Brasil, especialmente, no âmbito da escola pública onde atuamos e nos deparamos com situações diversas cotidianamente. Os desafios para a solução de problemas requerem uma maior qualificação dos profissionais da educação.

Nessa perspectiva, ao participar do programa de mestrado e finalizá-lo a partir desta dissertação, pude compreender a relevância da gestão democrática na busca de uma educação de qualidade, porque sem a participação de todos os segmentos atuantes no ambiente escolar se torna mais difícil resolver problemas e criar novas alternativas para vencer os desafios. Todavia, é preciso ter a plena convicção que as mudanças no cenário educativo da escola pública no Brasil não depende apenas do processo de gestão escolar, porque a escola é uma instituição aberta, influenciada pelas políticas, normas, conjunturas políticas e econômicas e a dinâmica social de um modo geral. As variáveis envolvidas nessa relação entre escola e meio fogem a seu controle, impossibilitando à gestão interna de dar certas respostas. Por exemplo, a violência urbana tem crescido no Brasil por conta da desestruturação familiar, o tráfico de drogas, o desemprego, entre outros fatores, afetando as relações intraescolares.

Embora a gestão escolar não tenha controle sobre as variáveis envolvidas na relação entre escola e meio, é fundamental que os gestores se adaptem às mudanças e se capacitem a lidar com essa situação de modo a buscar alternativas para superar os obstáculos cotidianos. Por isso, a gestão rígida e ditadora já não cabe mais na contemporaneidade. O diálogo com pais, técnicos, pedagogos, professores e alunos é fundamental, assim como o estabelecimento de parcerias com órgãos governamentais, universidades, Organizações Não Governamentais, empresas e a sociedade civil de um modo geral.

O resgate histórico da organização escolar no Brasil explanado nessa dissertação permitiu compreender que em nosso país não foi o Estado quem viabilizou inicialmente o sistema de ensino, mas a Igreja. Porém, o Estado colonizador não admitia completa autonomia à atuação dos religiosos, pois estes não poderiam fugir ao interesse da Coroa portuguesa em aculturar os índios para torna-los mais dóceis e úteis ao processo de colonização.

Um dos problemas que dificultaram ainda mais o estabelecimento de uma educação democrática e de qualidade no Brasil colonial foi a expulsão dos jesuítas e a não substituição imediata do sistema de ensino nos moldes jesuítas por outro, contribuindo para a desordem do ensino e atraso na formação de grande parte da população. Somente com a vinda da família real que algumas mudanças pontuais começaram a acorrer, como a criação das escolas de primeiras letras em 1827. Porém, essa situação não alterava os objetivos principais para os quais se atribuía a educação, que eram o controle, o poder e a subserviência. No âmbito legal, o descaso com a educação era tal que somente a partir da Constituição de 1934 se propôs a necessidade de elaborar um Plano Nacional de Educação e maior investimento. O reflexo desse quadro foi à chegada do Brasil em meados do século XX com um número elevado de analfabetos.

Tardiamente, somente nas décadas de 60 e 70 que a educação começou a ser pensada no âmbito organizacional, mas como o país ingressou no regime militar ditatorial, a democratização do ensino e da gestão escolar também não se consolidou. A abertura democrática em fins dos anos de 1980 inaugurou uma nova época, quando os movimentos pela democratização da educação ganharam folego, possibilitando reconhecer na Constituição de 1988 a educação como direito universal e fundamental do cidadão brasileiro. Compreende-se, assim, a força das mudanças sociais, políticas e econômicas nos rumos da política educacional.

A proposta de gestão democrática na escola, portanto, foi fruto desse contexto mais aberto no Brasil, ou seja, de uma luta de maior dimensão que seria a democratização da sociedade brasileira, angustiada pela ditadura imposta pelos militares durante anos, a qual impedia qualquer tipo de reflexão e manifestação contraria aos ideais e objetivos do regime. Assim, como os

colonizadores usaram a educação com instrumento de dominação, o regime militar também a controlou com todas as “rédeas” possíveis.

A gestão escolar, em um contexto de ditadura, encontrou dificuldade em direcionar estratégias democráticas, principalmente, porque não se podia fazer qualquer crítica às propostas de ensino definidas pelo Ministério da Educação, determinadas e impostas sem qualquer discussão.

Embora a luta tenha sido válida e mudanças já tenham ocorrido na gestão escolar em muitas escolas públicas predomina o autoritarismo porque se segue modelos pautados na hierarquia, nos interesses individuais ao invés de coletivos, no centralismo das decisões, na falta de qualificação de determinados gestores, entre outras questões.

Quanto ao fenômeno da liderança, a pesquisa possibilitou compreender diferentes olhares sobre ela, pois não possui uma única definição. É visto como um processo de influência exercido por uma pessoa devido a características peculiares como carisma, simpatia, capacidade de organização e encontrar soluções em momentos de crise e risco.

A liderança é vista como favorável a uma gestão democrática quando contribui para esse fim, porque o líder é uma peça chave na consolidação de um modelo organizacional caracterizado por relações de solidariedade, colaboração, harmonia, entre outros benefícios. Geralmente, nas organizações onde a integração de todos os grupos e setores é regida por ideais de fidelidade, amizade, companheirismo.

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