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O presente resultado deste estudo, como pode ser visualizado no gráfico 3 abaixo, é coerente com o que os autores citados na revisão de literatura descrevem, sobre a região toracolombar ser mais acometida do que a região cervical.

GRÁFICO 3 – PERCENTUAL COMPARATIVO CÃES ACOMETIDOS POR DDIV EM REGIÕES TORACOLOMBAR/LOMBAR/SACRAL X CERVICAL, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Dos 124 casos acima, 81 se referem à T-L e 43 à região cervical, ou seja, 65,32% e 34,68% respectivamente. Muito embora, diferem dos resultados obtidos por Jeffery(1995), ARIAS ET AL.(2007), LORENZ, COATES, KENT (2011), que verificaram índices de 84 a 86% de ocorrências na região de T-L e 14 a 16% dos casos acometendo região cervical, mas dentro do segmento de T11 a L3 como é relatado por ETTINGER (2004).

Essa pequena diferença estatística, poderia ser justificada devido à amostra de cães acometida diferir um pouco da amostra que os autores retratam, como pode ser visualizado na página seguinte (quadro 4):

QUADRO 4 - RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÕES CERVICAL, TORACOLOMBAR/LOMBAR/SACRAL, SEGUNDO DADOS DE LITERATURA E DO PRÓPRIO

AUTOR

RAÇAS MAIS ACOMETIDAS

DADOS DEMAIS AUTORES DADOS PRÓPRIO AUTOR CERVICAL TORACOLOMBAR/

LOMBAR/SACRAL CERVICAL

TORACOLOMBAR/ LOMBAR/SACRAL

Beagle Basset Hound Beagle Beagle Dachshunds Beagle Bulldog

Francês Bulldog Francês Labrador Retriever Bichon Frise Bull Terrier Chihuahua

Poodle Toy Cocker Spaniel Cocker Spaniel Americano

Cocker Spaniel Americano Rottweillers Dachshunds Cocker Spaniel

Inglês

Cocker Spaniel Inglês - Dálmata Dachshund Dachshund - Dobermann Pinscher Dálmata Golden Retriever - Jack Russel Terrier Lhasa Apso Lhasa Apso - Maltês Pequinês Lulu da Pomerânia - Labrador Retriever Poodle Pastor Alemão - Lhasa Apso Pug Pinscher - Pastor Alemão Schnauzer Pit Bull - Pequinês Shih Tzu Poodle - Poodle Toy SRD Schnauzer - Rottweillers Yorkshire Shi Tzu

- Shih Tzu - SRD

- SRD - Yorkshire

- Terrier Brasileiro - -

- Wesl Corgi - -

FONTE: CHRISMAN (1985); SLATTER (1998); ARIAS (2007); FOSSUM (2002); BRISSON (2010); PRÓPRIO AUTOR (2013)

Conforme é mostrado na tabela 5 da página seguinte, a região mais acometida foi a T13-L1, que fica em acordo com o relato de LORENZ, COATES, KENT (2011) e também próxima à casuística encontrada por SLATTER (1998) que relatou ser o segundo espaço mais acometido. Porém a região T12-T13 que é o

local mais incidente encontrado por SLATTER (1998) e por JEFFERY (1995), neste estudo ficou como o terceiro segmento mais atingido, com 9,88% dos casos (8/81).

TABELA 5 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO TORACOLOMBAR/ LOMBAR/LOMBOSSACRAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

Espaços Intervertebrais Quantidade Percentual

T13-L1 13 16,05% L1-L2 12 14,81% T12-T13 8 9,88% T11-T12 6 7,41% L3-L4 6 7,41% T12-L1 5 6,17% L2-L3 5 6,17% T11-T13 4 4,94% L4-L5 4 4,94% T12-L3 3 3,7% T12-L2 2 2,47% T13-L2 2 2,47% T7-T9 1 1,23% T10-T11 1 1,23% T10-T12 1 1,23% T10-T13 1 1,23% T11-L1 1 1,23% T13-L3 1 1,23% L2-L4 1 1,23% L2-L5 1 1,23% L4-L6 1 1,23% L5-L6 1 1,23% L7-S1 1 1,23% Total 81 100%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No que diz respeito às raças, como pode ser visto na tabela 6 da próxima página, o dachshund (27,16% - 22/81) foi a raça mais acometida juntamente com os cães da raça lhasa apso (27,16% - 22/81), seguidos pelos cães sem raça definida (SRD), com incidência de 12,35% (10/81); os Poodle (7,41% - 6/81), beagle, shih tzu, yorkshire e pastor alemão (cada um com 3,7% - 3/81); e finalizando com um caso de cada nas seguintes raças (1,24% que em sua somatória são os 11,11% - 10/81) da subdivisão outros : schnauzer, cocker spaniel americano, cocker spaniel inglês, bulldog francês, lulu da pomerânia, golden retriever, chihuahua, pinscher e pit bull.

Cães da raça lhasa apso não foram tão expressivos para outros autores como foi para este levantamento. A justificativa poderia ser que o lhasa apso é um dos maiores fenômenos de popularidade de uma raça canina, já ocorridos no Brasil, por se tratar de um cão que se adapta muito bem em apartamentos e casas especialmente nas grandes cidades, a procura por esta raça cresceu vertiginosamente nos últimos anos (VIEIRA, 2008).

TABELA 6 – RAÇAS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO

TORACOLOMBAR/LOMBAR/LOMBOSSACRAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

Raças Quantidade Percentual

Dachshund 22 27,16% Lhasa Apso 22 27,16% SRD 10 12,35% Poodle 6 7,41% Shih Tzu 3 3,7% Beagle 3 3,7% Yorkshire 3 3,7% Pastor Alemão 3 3,7% Outros 9 11,11% Total 81 100%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

A maioria das raças citadas pelos autores apareceu neste levantamento, inclusive a ocorrência de três casos de cães da raça pastor alemão e um caso da raça golden retriever, que são considerados cães de grande porte.

O dachshund é o cão mais acometido na região de T-L neste estudo e em todos os autores verificados, assim como as demais raças condrodistróficas que incluem os lhasa apso.

A presente pesquisa verifica que cães da raça dachshund são responsáveis por 27,16% das ocorrências de DDIV toracolombar. Isso representa 22 dos 81 casos verificados. Como é mostrado no gráfico 4 da página seguinte, o segmento vertebral T13-L1 é o local mais acometido na raça.

Destes 22 casos em cães da raça dachshund, T13-L1 correspondem a 27,27% (6/22), T12-T13 18,18% (4/22), T11-T12; T12-L1 e L2-L3, contribuem com 2 casos cada (9,09% cada) e por fim na categoria outros (27,27% - 6/22), colaborando com 1 caso cada (4,54%) fazem partes os seguintes espaços

intervertebrais: T10-T11; T10-T12; T11-T13; T12-L2; L1-L2 e L4-L5 , como mostra o gráfico 4 na página seguinte.

GRÁFICO 4 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES DA RAÇA DACHSHUND NO PERÍODO DE 01/01/2008 Á 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Em aprofundamento feito através das informações coletadas para esta pesquisa, em cães desta raça, observou-se uma média de idade de 6 anos e 7 meses, que variou de 3 anos e 9 meses á 11 anos e 11 meses. E média de peso de 9,1kg variando de 6 quilos á 16 quilos. No quadro 5, poderão ser verificados os dados que se referem a cada animal.

QUADRO 5 – DADOS DACHSHUNDS ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO TORACOLOMBAR/LOMBAR, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR. DADOS DACHSHUND

Raça Idade Peso (kg) EIV Sexo

Dachshund 10 anos e 8 meses 6 T10-T11 Fêmea Dachshund 6 anos e 7 meses 8,2 T12-T13 Macho Dachshund 10 anos e 4 meses 8 T13-L1 Fêmea Dachshund 7 anos 9,9 T12-L1 Macho Dachshund 4 anos e 11 meses 6,8 T13-L1 Fêmea Dachshund 4 anos e 11 meses 6,8 T13-L1 Fêmea Dachshund 10 anos 8,5 T12-T13 Macho Dachshund 6 anos e 9 meses 7,5 T12-L1 Macho Dachshund 11 anos e 11 meses 12 T10-T12 Fêmea Dachshund 10 anos 7 L2-L3 Macho

CONTINUAÇÃO

Raça Idade Peso (kg) EIV Sexo

Dachshund 4 anos e 3 meses 10 T13-L1 Fêmea Dachshund 6 anos 6,5 T11-T13 Fêmea Dachshund 6 anos e 3 meses 8,6 T13-L1 Fêmea Dachshund 6 anos e 7 meses 10,6 L4-L5 Fêmea Dachshund 5 anos 8 T13-L1 Fêmea Dachshund 7 anos e 1 mês 9,9 T12-T13 Fêmea Dachshund 4 anos e 7 meses 10 T12-T13 Fêmea Dachshund 5 anos e 1 mês 9,5 L1-L2 Fêmea Dachshund 3 anos e 9 meses 10 T11-T12 Macho Dachshund 6 anos e 11 meses 12,2 L2-L3 Fêmea Dachshund 5 anos e 8 meses 16 T11-T12 Macho Dachshund 6 anos 8,8 T12-L2 Fêmea

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Dos 22 cães desta raça, 77,27% (17/22) estão em seu peso normal e 22,73% (5/22) estão em sobrepeso, como mostra o gráfico 5 abaixo. Como é sabido, um dos fatores que predispõem ao desencadeamento da DDIV é o sobrepeso, embora nesta pesquisa, cães com sobrepeso não foram a maioria.

GRÁFICO 5 – PERCENTUAL PESO DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No presente estudo, a raça dachshund contrariou o que SLATTER (1998) relata, pois como pode ser visto no gráfico 6 da página seguinte, as fêmeas tiveram uma maior incidência, representando 68,18% (15/22) dos casos, contra 31,82%

(7/22) da ocorrência em machos. Quanto à diferenciação em castrados e não castrados, esta pesquisa não fez esse levantamento de dados.

GRÁFICO 6 – PERCENTUAL GÊNERO DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Com os dados encontrado nesta pesquisa e esboçado no gráfico 7 desta página, pode-se dizer que 77,27% (17/22) são animais jovens à maduros e 22,73% (5/22) são animais idosos. Em filhotes não teve casuística.

Para estabelecer a divisão até 10 meses e acima de 9 anos, foi baseado na expectativa de vida da raça, considerando que, quando o cão alcança 75 a 80% desta expectativa, de fato, pode ser considerado idoso, aos 10 meses de vida, o cão de porte mini já deve estar totalmente desenvolvido (Alimentando seu Cão; Seu cão adulto de porte mini, ROYAL CANIN, 2012).

GRÁFICO 7 – PERCENTUAL 1 DE IDADE EM DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

Comparando o gráfico 8 com a citação de SLATTER (1998) em relação aos condrodistróficos mais acometidos terem idade entre 3 a 6 anos, pôde-se observar, que os dachshunds descritos neste trabalho tem a idade um pouco mais avançada do que foi relatado pelo autor. O resultado desta pesquisa mostrou que 54,55% (12/22) dos animais tinham idade acima dos 6 anos e 45,45% (10/22) tinham idade entre 3 e 6 anos. Cães com menos de 3 anos não tiveram prevalência.

GRÁFICO 8 – PERCENTUAL 2, DE IDADE EM DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Esta diferença, entretanto, deve-se ao percentual de animais com idade acima de 6 anos mas que não tinham mais de 9 anos completos, ou seja, que não chegam a ser idosos, já que como é mostrado no gráfico 9 na página seguinte, fazendo a divisão desta forma, o índice de idade mais acometido volta ser entre 3 à 6 anos. A população de animais com idade entre 6 e 9 anos foi expressiva 31,82% (7/22), fator que contribuiu para que saísse da média descrita em literatura.

A partir desta amostra, pôde-se verificar que os dachshunds estão sendo acometidos pela DDIV mais tardiamente, já que a oscilação ficou mais próxima dos 7 anos de idade do que dos então relatados a partir de 3 anos. Talvez pela evolução da medicina veterinária, que assim como na humana, vêm aumentando a expectativa e a qualidade de vida dos pacientes.

GRÁFICO 9 – PERCENTUAL 3, DE IDADE EM DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Esta pesquisa mostrou que os cães lhasa apso estão entre as raças mais acometidas, já que sua incidência se igualou aos dachshund. O que possivelmente colabora com este índice é o fato do mercado de pequenos animais crescer 20% ao ano, estando em alta animais de porte menor, para viver em apartamentos (Notícia, CRMV-PR, 2007). O lhasa apso é um exemplo do que a notícia se refere, associado ao fato da localização do hospital (Clinivet) ficar próximo à vários prédios. A união destas duas situações, além do padrão predisposto da raça pode ter colaborado com o aumento de sua prevalência.

Assim como os dachshunds, a prevalência com o lhasa apso foi de 22 casos dos 81 relatados, que se observado, a somatória destas ocorrências registradas ultrapassam 50% dos cães acometidos. Em sua soma, estas duas raças representam 54,32% (44/81) e as demais raças 45,68% (37/81). Gráfico 10 abaixo.

GRÁFICO 10 – PERCENTUAL DAS RAÇAS DACHSHUNDS E LHASA APSO VERSUS DEMAIS ANIMAIS ACOMETIDOS PELA DDIV,

DADOS DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

Os espaços intervertebrais mais acometidos no lhasa apso foram os seguintes: • T13-L1 (22,73% - 5 casos) • L1-L2 (18,18% - 4 casos) • T12-L3 (13,64% - 3 casos) • T12-T13 (9,09% - 2 casos)

E finalizando, na categoria outros com um caso cada (4,55% por EIV, 8 casos em sua soma): • T11-T12 (4,55% - 1 caso) • T12-L1 (4,55% - 1 caso) • T12-L2 (4,55% - 1 caso) • L2-L3 (4,55% - 1 caso) • L2-L5 (4,55% - 1 caso) • L3-L4 (4,55% - 1 caso) • L4-L5 (4,55% - 1 caso) • L5-L6 (4,55% - 1 caso)

Desta forma totalizam os 22 relatos na raça, como explanado no gráfico 11 abaixo.

GRÁFICO 11 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES DA RAÇA LHASA APSO NO PERÍODO DE 01/01/2008 Á 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

No caso da raça lhasa apso, a média de idade ficou em 5 anos (média variou de 3 anos e 1 mês à 10 anos e 3 meses). Quanto ao peso, os animais ficaram em média de 8 quilos (variando de 4,4kg á 17 kg). Informações por animal avaliado podem ser observadas na página seguinte no quadro 6.

QUADRO 6 – DADOS LHASA APSO ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO TORACOLOMBAR/LOMBAR NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR. DADOS LHASA APSO

Raça Idade Peso (kg) EIV Sexo

Lhasa Apso 4 anos e 5 meses 6,5 T13-L1 Macho Lhasa Apso 4 anos 7,2 T12-T13 Fêmea Lhasa Apso 8 anos 8,4 T12-L3 Macho Lhasa Apso 5 anos e 1 mês 10,9 L1-L2 Macho Lhasa Apso 4 anos 6,9 T13-L1 Macho Lhasa Apso 5 anos e 6 meses 17 T11-T12 Macho Lhasa Apso 5 anos e 5 meses 6 T12-T13 Macho Lhasa Apso 6 anos 9,1 T13-L1 Macho Lhasa Apso 3 anos e 1 mês 5,1 T13-L1 Fêmea Lhasa Apso 3 anos e 1 mês 6 T12-L1 Macho Lhasa Apso 4 anos e 1 mês 7,75 T12-L3 Macho Lhasa Apso 7 anos e 6 meses 4,4 L5-L6 Fêmea Lhasa Apso 4 anos e 1 mês 7 L2-L3 Macho Lhasa Apso 4 anos e 1 mês 7,6 L3-L4 Fêmea Lhasa Apso 10 anos e 3 meses 6,5 T12-L2 Macho Lhasa Apso 4 anos e 8 meses 8,8 L1-L2 Macho Lhasa Apso 7 anos e 4 meses 10 L1-L2 Fêmea Lhasa Apso 4 anos e 1 mês 7,7 T12-L3 Macho Lhasa Apso 3 anos e 6 meses 6,8 L2-L5 Fêmea Lhasa Apso 4 anos e 2 meses 14 L4-L5 Macho Lhasa Apso 5 anos e 4 meses 7,9 T13-L1 Fêmea Lhasa Apso 3 anos e 4 meses 6 L1-L2 Fêmea

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Entre os dados, 95,45% (21/22) dos animais acometidos foram considerados jovens à maduros e apenas 4,55% (1/22) dos animais acometidos foram considerados idosos. Gráfico 12 na página seguinte.

GRÁFICO 12 – PERCENTUAL 1, DE IDADE EM LHASA APSO ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Nesta amostra analisada, os cães da raça lhasa apso, demonstraram estar dentro do índice de idade que é relatado em literatura, pois 81,82% (18//22) dos animais estão na faixa etária de 3 á 6 anos de idade, enquanto apenas 18,18% (4/22) se enquadram na faixa acima de 6 anos. Gráfico 13 abaixo.

GRÁFICO 13 – PERCENTUAL 2, DE IDADE EM LHASA APSO ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Em relação ao peso destes animais, 77,27% (17/22) dos mesmos estavam na faixa considerada normal para a raça e 22,73% (5/22) foram considerados na faixa de sobrepeso. Gráfico 14 na próxima página.

GRÁFICO 14 – PERCENTUAL PESO LHASA APSO ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No que diz respeito ao gênero dos animais prevalentes, com o lhasa apso ocorreu o inverso do registrado com os dachshund. Com estes, o índice seguiu a literatura de SLATTER (1998), isso porque nesta raça 63,64% (14/22) eram machos e 36,36% (8/22) fêmeas. Gráfico 15 abaixo.

GRÁFICO 15 – PERCENTUAL GÊNERO LHASA APSO ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No que se refere à região cervical independente da raça acometida, nesta pesquisa, dos 43 casos verificados, o segmento C4-C5, diferentemente dos que os demais autores consultados para este levantamento relatam, teve 27,91% (12/43) dos casos.

Como era esperado o segmento C2-C3 foi um dos mais acometidos, prevalecendo 25,58% (11/43) dos casos mas não foi o mais acometido, como é citado em literatura.

E por fim, a diminuição progressiva dos EIV seguintes: C3-C4 com 18,6% (8/43) das ocorrências, C5-C6 com 16,28% (7/43) e finalizando C6-C7 11,63% (5/43) dos prevalentes (tabela 7), estão de acordo com o que outros autores verificaram em seus estudos.

Talvez esta diferença se deva ás raças mais acometidas verificadas na amostra dos demais autores em comparação à amostra encontrada neste estudo, pois houve uma variação significativa na relação de diferentes raças prevalentes (quadro 7).

QUADRO 7 – RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL, SEGUNDO DADOS DE LITERATURA E DO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: SLATTER (1998); FOSSUM (2002); BRISSON (2010); PRÓPRIO AUTOR (2013) RAÇAS MAIS ACOMETIDAS REGIÃO CERVICAL

DEMAIS AUTORES PRÓPRIO AUTOR

Beagle Beagle

Dachshunds Bulldog Francês Labrador Retriever Bull Terrier

Poodle Toy Cocker Spaniel Americano Rottweillers Cocker Spaniel Inglês

- Dachshund - Dálmata - Lhasa Apso - Pequinês - Poodle - Pug - Schnauzer - Shih Tzu - SRD - York

TABELA 7 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET

DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

EIV Quantidade Percentual

C2-C3 11 25,58% C3-C4 8 18,60% C4-C5 12 27,91% C5-C6 7 16,28% C6-C7 5 11,63% Total 43 100%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Neste estudo, a incidência no quesito raça (tabela 8), dos 43 casos (100%), ficou na seguinte disposição:

TABELA 8 – RAÇAS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET

DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

Raça Quantidade Percentual

SRD 10 23,26%

Beagle 7 16,28%

Dachshund 5 11,63%

Lhasa Apso 4 9,3%

Bulldog Francês 3 6,98% Cocker Spaniel Americano 2 4,65% Cocker Spaniel Inglês 2 4,65%

Poodle 2 4,65% Shih Tzu 2 4,65% Bull Terrier 1 2,33% Dálmata 1 2,33% Pequinês 1 2,33% Pug 1 2,33% Schnauzer 1 2,33% York 1 2,33% Total 43 100%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Na página seguinte, podem ser verificadas estas informações distribuídas no gráfico 16:

GRÁFICO 16 – RAÇAS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET

DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Fazendo um levantamento com todos os 43 casos encontrados, podemos dizer que a DDIV cervical não mostrou predileção por nenhum dos gêneros (gráfico 17), já que 21 dos 43 casos eram fêmeas (48,84%) e 22 dos 43 casos eram machos (51,16%), não tendo uma diferença significativa entre ambos. Assim como é relatado pelos autores.

GRÁFICO 17 – PERCENTUAL GÊNERO REGIÃO CERVICAL, CÃES ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Quanto ao peso, dividido por porte, os cães mini (1 a 10kg) respondem pela maioria dos casos 55,81% (24/43); os médios (11 a 25kg) de 41,86% (18/43); os grandes (26 a 44kg) colaboraram com uma ocorrência de 2,33% e para os de porte gigante (acima de 45kg) não houve prevalência (gráfico 18).

GRÁFICO 18 – PERCENTUAL PESO CÃES ACOMETIDOS PELA DDIV, REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No critério idade, os animais foram divididos de acordo com a casuística relatada pelos demais autores, então foram divididos em até 6 anos de idade, 6 à 8 anos e acima de 8 anos. Abaixo o resultado (gráfico 19):

GRÁFICO 19 – PERCENTUAL IDADE CÃES ACOMETIDOS PELA DDIV, REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Nota-se que a faixa dos animais com até 6 anos de idade e os entre 6 e 8 anos apresentaram percentagens iguais cada um com 23,81%, e os cães com mais de 8 anos foram a grande maioria com 52,38%.

Esta pesquisa contrariou o segmento cervical mais acometido ser C2-C3 e a idade entre 6 e 8 anos ser mais prevalente como a maioria dos autores citam. Neste estudo prevaleceu o segmento C4-C5 e maioria dos animais tinham idade superior á 8 anos.

Entre as raças mais acometidas, os cães SRD que estão na faixa de peso de 6,6 á 15 kg, ou seja, cães mini e de médio porte, ganharam destaque, seguidos pelos beagle e dachshund que já eram esperados na pesquisa.

Como foram detalhados os dados dos cães mais acometidos na região toracolombar, o mesmo foi feito na região cervical.

Cães sem raça definida, comumente reconhecida pela sigla SRD foram 23,26% dos 43 casos (10/43). Quanto a estes animais os seguintes dados podem ser observados (quadro 8):

QUADRO 8 – DADOS SRD COMETIDOS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR.

DADOS SRD – CERVICAL

Raça Idade Peso (kg) EIV Sexo

SRD 15 anos e 8 meses 7 C4-C5 Fêmea SRD 10 anos e 3 meses 10 C4-C5 Fêmea

SRD 6 anos 15 C4-C5 Macho

SRD 10 anos 13 C2-C3 Fêmea

SRD 14 anos 15 C4-C5 Fêmea

SRD 8 anos 7,7 C2-C3 Fêmea

SRD 7 anos e 8 meses 6,6 C6-C7 Macho SRD 6 anos e 7 meses 12,9 C3-C4 Fêmea SRD 9 anos e 2 meses 11 C3-C4 Macho SRD 10 anos 13,3 C3-C4 Fêmea

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Os cães da raça Beagle, foram os segundos mais acometidos na localização cervical com 16,28% (7/43), abaixo segue o registro de cada animal (quadro 9).

QUADRO 9 – DADOS BEAGLE COMETIDOS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR.

DADOS BEAGLE – CERVICAL

Raça Idade Peso (kg) EIV Sexo

Beagle 9 anos e 1 mês 16,6 C6-C7 Fêmea Beagle 6 anos e 3 meses 18 C2-C3 Macho Beagle 5 anos e 1 mês 13 C4-C5 Macho Beagle 5 anos e 2 meses 15 C2-C3 Fêmea Beagle 7 anos 16 C4-C5 Macho Beagle 10 anos e 3 meses 16,6 C3-C4 Macho Beagle 11 anos e 6 meses 23 C5-C6 Macho

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Os EIV cervicais acometidos em cães SRD foram: C4-C5 40% (4/10), C3-C4 30% (3/10), C2-C3 20% (2/10) e C6-C7 10% (1/10), (gráfico 20).

GRÁFICO 20 – PERCENTUAL EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES SRD, REGIÃO CERVICAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET

DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Já nos beagle (gráfico 21), os espaços intervertebrais acometidos foram: C2- C3 e C4-C5 igualados com 28,57% (com 2 casos em cada EIV), C3-C4, C5-C6 e C6-C7 com uma ocorrência em cada um destes EIV, representando 14,29% cada.

Como já comentado anteriormente, o espaço intervertebral cervical C4-C5 não é o mais descrito pelos autores, porém neste levantamento foi o mais prevalente. E percebe-se que tanto nos SRD quanto nos Beagle aconteceu o mesmo índice.

GRÁFICO 21 – PERCENTUAL EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES BEAGLE, REGIÃO CERVICAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET

DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

A média de peso nos animais SRD foi de 11,15 quilos, variando de 6,6 á 15kg, que no gráfico 22 está dividido de 1 á 10 kg e de 11 á 25 kg, portes mini e médio respectivamente.

Dos 10 cães (gráfico 22), 40% (4/10) possuíam peso de até 10 kg (categoria mini) e 60% (6/10) apresentaram entre 11 à 25 kg (categoria médio).

GRÁFICO 22 – PERCENTUAL PESO CÃES SRD ACOMETIDOS PELA DDIV, REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Já a média de peso nos cães da raça beagle foi de 16,8 quilos, variando de 15 à 23 quilos, o que fica dentro da média de cães de médio porte que é de 11 á 25kg (Filhotes de Raças Médias, ROYAL CANIN, 2012). A classificação no gráfico 23 ficou em cães com menos de 9kg, entre 9 e 14kg e acima de 14 kg.

A partir disso, dos 7 cães verificados, 6 destes animais, ou seja, 85,71% ficaram na divisão de cães de 15 á 25 quilos, faixa que fica dentro do padrão médio da raça, e apenas um ficou na faixa dos 9 á 14 quilos. Não houve registros de beagle com menos de 9 quilos.

No paciente obeso, a manutenção do equilíbrio e da estabilidade da coluna, durante a postura estática, a marcha e a locomoção, é mais difícil em virtude do excesso de peso, da distribuição da massa corporal e das relações antropométricas diferenciadas entre as estruturas anatômicas do tronco e dos membros. As alterações posturais associadas à obesidade podem surgir em virtude da ação mecânica desempenhada pelo excesso de peso corporal e o aumento das necessidades mecânicas regionais (SIQUEIRA, SILVA, 2011, p. 3-4).

GRÁFICO 23 – PERCENTUAL PESO CÃES BEAGLE ACOMETIDOS PELA DDIV, REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

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