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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ THAMIRES ZANOLINI N. DE ALMEIDA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

THAMIRES ZANOLINI N. DE ALMEIDA

DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM CÃES: ESTUDO

EPIDEMIOLÓGICO DE 124 CASOS EM REGIÕES TORACOLOMBAR

E CERVICAL

CURITIBA

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

THAMIRES ZANOLINI N. DE ALMEIDA

DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM CÃES: ESTUDO

EPIDEMIOLÓGICO DE 124 CASOS EM REGIÕES TORACOLOMBAR

E CERVICAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário no Curso de Medicina Veterinária, Universidade Tuiuti do Paraná.

Orientador: Professor Milton Mikio Morishin Filho.

CURITIBA

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TERMO DE APROVAÇÃO

THAMIRES ZANOLINI N. DE ALMEIDA

DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM CÃES: ESTUDO

EPIDEMIOLÓGICO DE 124 CASOS EM REGIÕES TORACOLOMBAR

E CERVICAL

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de bacharel no Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, 24 de junho de 2013. _______________________________________

Medicina Veterinária Universidade Tuiuti do Paraná

Orientador: Professor Milton Mikio Morishin Filho UTP

Professora Fabiana dos Santos Monti UTP

Carolina Lacowicz UFPR/UTP

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por me permitir viver meu sonho, me iluminando na colocação do Pro Uni para bolsa integral, e me mantendo firme até o fim para não perdê-la.

Agradecer a minha mãe que riu e chorou comigo durante toda a trajetória, mas que sempre me apoiou em tudo que escolhi para a minha vida.

Meu marido João que é meu maior amigo e companheiro, que há mais de 9 anos acompanha meu crescimento e está comigo sempre. Dividiu-me com os estudos, e aguentou minhas irritações em períodos de avaliações. Você todos os dias me dá provas do seu amor por mim e sou grata por isso!

Minha família que é minha base, e que mesmo estando distantes continuam a ser: vovó, madrinha e Edmundo, obrigada por ser a minha torcida mais fiel! Beto, Ipe, Ivo, Karoll, Sara e So, obrigada por entenderem os dias que não pude sair e comemorar algo juntos ou ao menos ficar conversando porque precisava estudar.

Minha sogra e meu sogro que comemoraram a minha entrada para a medicina veterinária e que sempre demonstraram se orgulhar muito disso.

Aos mestres, que confiaram no meu esforço e que sabem do que sou capaz, me deram elogios e também puxões de orelha nos momentos necessários.

Não posso deixar de agradecer especialmente ao professor Milton, meu orientador, tive muita sorte de ser sua aluna de cirurgia e neurologia, que são as áreas pela qual meus olhos mais brilham. O senhor mostrou que existe oportunidade a todos, basta querer. Professora Ana Luisa, me deu a oportunidade de participar da iniciação científica. Professoras Aline, Ana Laura, Anderlise, Elza, Silvana, Tais. Vocês são especiais!

Ás amigas e amigos de faculdade. “Xarope” e “Troxa”, Haline e Taw respectivamente, que me ensinaram a não julgar as pessoas sem antes conhecê-las! Quero que nossa amizade permaneça aqui fora! Morganita, você faz parte desta história! Guizão, Perê! O hospital fica bem mais divertido com vocês!

Aos residentes Angélica, Carol, Diogo, Marcela e Rhéa, que mesmo fora da faculdade sempre me auxiliaram nas dúvidas e decisões difíceis pela qual passei.

Aos profissionais do meu estágio obrigatório, que com certeza deixaram a marca em minha formação. Dr. César, Dr. David e Dr. Marcelus sem a ajuda de

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vocês, este trabalho sem dúvidas não seria possível. Dra. Lilia como é bom poder admirar e ver que temos em quem nos espelhar. Professora Simone que pude matar a saudade de nossas aulas e estar bem pertinho sugando mais ainda o conhecimento que a senhora têm. Dra. Natascha, você mostra que mesmo com tão pouca idade é possível sermos extremamente competentes no que nos propomos a fazer, conciliar sermos divertidos e ainda com uma agenda cumprida no horário! Dr. Júlio e Dr. Helinton sem vocês o hospital não teria tanta graça! Obrigada por sempre nos fazer rir e tornar a rotina corrida bem mais leve. Aline embora com tantas similaridades, fomos nos conhecer na Clinivet! Com certeza você também fez a diferença no meu dia-a-dia no hospital!

Dr. Stephan, que me encaminhou para a Clinivet e sempre se colocou tão a disposição para me ajudar, Dra. Juliana torço que nossa parceria extrapole ao estágio, e se não for possível que pelo menos a amizade perdure! Te observando vejo o quanto ainda terei que caminhar até meu objetivo...Você é 10!

Ás minhas ajudantes de 4 patas, que mesmo lançando aquele olhar “lá vem você de novo” generosamente colaboravam em estudos práticos.

Lana, minha peta, você foi a mais parceira! Com você aprendi a médica veterinária que quero ser, e me propus a tratar a todos os animais com o mesmo carinho que sempre te dei, assim como a tratar aos proprietários da forma mais humana que eu puder, principalmente diante de momentos tão difíceis como pelo que passamos. Dr. Diego mostrou a postura que podemos ter mesmo quando não temos mais alternativas.

Ser médico veterinário é lidar com os animais, mas acima de tudo com a vida, e por trás destas vidas existem pessoas, que embora muitos entrem na faculdade não querendo lidar com elas, fazem parte do nosso trabalho. E tanto pessoas quanto animais são providos de sentimentos, e é nosso dever confortá-los com palavras e atitudes generosas, garantindo o atendimento mais digno possível aos nossos pacientes.

A todos que me ajudaram, saibam que sempre lembrarei com muito carinho de vocês. Pê está é pra você! Obrigada!

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Dedico este trabalho aos animais, razão pela a qual me interessei desde criança pela Medicina Veterinária. Não posso deixar de citar minhas colaboradoras de 4 patas em práticas: Mel, Lili, Pérola, Bianca, Lady 2, Sara, Lessie, Mickey e Lara. Ás minhas lindas meninas que já se foram: Pitucha, Lady 1, Kika, Paloma, Bolinha, nosso negão Bethoven e em especial á minha “Peta” Lana que sinto tanta saudade. Amarei vocês eternamente.

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“Se existe magia em lutar além dos limites da resistência, esta é a mágica de arriscar tudo por um sonho que ninguém enxerga, só você.”

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RESUMO

A doença do disco intervertebral (DDIV) é uma das causas mais comuns de alterações neurológicas em cães. No estágio obrigatório foram acompanhados 545 casos, onde 54 se referem á cirurgia, 289 á clínica médica, 162 ao diagnóstico por imagem e 39 á odontologia. O objetivo deste estudo foi observar quais as raças mais predispostas á doença e os segmentos intervertebrais mais acometidos, através de um levantamento epidemiológico a partir de dados de neurocirurgia de DDIV (Doença Degenerativa do Disco Intervertebral), nas regiões cervical e toracolombar sacral. O estágio curricular obrigatório foi realizado no hospital veterinário Clinivet no período de 18 de Fevereiro á 02 de Maio de 2013, e era feito um rodízio, onde os estagiários se revezavam ficando cada semana em um setor para acompanhamento de todos os profissionais e áreas. Os dados do levantamento epidemiológico foram coletados de pacientes do também hospital veterinário Clinivet do período de 01 de Janeiro de 2008 á 01 de Março de 2013, onde foram localizados 124 casos sendo 81 de regiões toracolombar sacral e 43 da região cervical observando amostra de casos em cães, analisando a prevalência no que se refere a idade, raça, sexo e segmentos mais acometidos. A região toracolombar sacral responde por 65,32% dos casos e a região cervical por 34,68%. Os segmentos intervertebrais mais acometidos foram T13-L1 e C3-C4, raças mais acometidas foram dachshund e lhasa apso (na região toracolombar sacral) e cães sem raça definida seguido pelos cães da raça beagle (na região cervical) . É possível fazer um diagnóstico presuntivo de DDIV das regiões toracolombar e cervical com base na raça, idade, histórico, exame físico e sinais clínicos, mas sem descartar outras causas de doenças do disco intervertebral que devem ser consideradas no diagnóstico diferencial, porém este levantamento não tem a função e nem intuito de substituir o diagnóstico por imagem, mas sim o de colaborar com mais dados, referência de cães que foram acometidos pela DDIV, na expectativa de ajudar no resultado e na tomada de decisão em outros animais que venham a ser atendidos nestas condições, esperando-se assim que aumente a taxa de sucesso e o índice de recuperação destes pacientes.

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ABSTRACT

The disease of the intervertebral disc (IVD) is one of the most common causes of neurological disorders in dogs. Compulsory internship in 545 cases were followed, where 54 refers to surgery, 289 to the clinic medical imaging to 162 and 39 will dentistry. The aim of this study was to observe which races will be more predisposed disease and intervertebral segments most affected, through an epidemiological survey data from neurosurgery DDIV (Degenerative Disc Disease Intervertebral) in the cervical and thoracolumbar sacral. The curricular binding was performed at the hospital Clinivet the period of 18 February will be May 2, 2013, and was made a caster, where the trainees took turns getting each week in a sector for monitoring of all areas and professionals. The epidemiological data were collected from patients also veterinary hospital Clinivet the period January 1, 2008 will be March 1, 2013, where they were located 124 and 81 cases of thoracolumbar sacral regions and 43 of the cervical observing sample cases dogs, analyzing prevalence in relation to age, race, sex, and most affected segments. The thoracolumbar sacral region accounts for 65.32% of the cases and cervical region by 34.68%. The intervertebral segments most affected were T13-L1 and C3-C4, were most affected breeds dachshund and lhasa apso (thoracolumbar sacral region) and mongrel dogs followed by beagle dogs (cervical). It is possible to make a presumptive diagnosis of IVD cervical and thoracolumbar regions based on race, age, history, physical examination and clinical signs, but without ruling out other causes of diseases of the intervertebral disc that should be considered in the differential diagnosis, but this survey does not has the function and not intended to replace the imaging, but to collaborate with more data, reference dogs that were affected by the IVD, in anticipation of the result and help in decision-making in other animals that may be seen these conditions, hoping thus to increase the success rate and the recovery rate of these patients.

(10)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – FACHADA CLINIVET... 18

FIGURA 2 – SALA ULTRASSOM DA CLINIVET... 19

FIGURA 3 – SALA RADIOGRAFIA COM IMPRESSÃO DIGITAL DA CLINIVET... 19

FIGURA 4 – SALA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA CLINIVET... 20

FIGURA 5 – SALA DE CONTROLE TOMOGRAFIA DA CLINIVET... 20

FIGURA 6 – INTERNAMENTO DA CLINIVET... 20

FIGURA 7 – CONSULTÓRIO DE FELINOS DA CLINIVET... 21

FIGURA 8 – CONSULTÓRIO DE VACINAÇÃO DA CLINIVET... 21

FIGURA 9 – ALA DE EMERGÊNCIA DA CLINIVET... 21

FIGURA 10 – SEGMENTOS MEDULARES ... 30

FIGURA 11 – LESÃO NEUROLÓGICA ... 31

FIGURA 12 – SECÇÃO TRANSVERSAL DE UM DISCO INTERVERTEBRAL NORMAL ... 32

FIGURA 13 – SECÇÃO TRANSVERSAL DE UM DISCO INTERVERTEBRAL DEGENERADO DE UM CÃO CONDRODISTRÓFICO ... 33

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – CASUÍSTICA DE CASOS ACOMPANHADOS DURANTE ESTÁGIO CURRICULAR NA CLINIVET PERÍODO

18/02/13 À 02/05/13... 22 GRÁFICO 2 – ATENDIMENTOS CLÍNICOS ACOMPANHADOS

DURANTE ESTÁGIO CURRICULAR NA CLINIVET PERÍODO 18/02/13 À 02/05/13, SEPARADO POR

ESPECIALIDADE...

23 GRÁFICO 3 – PERCENTUAL COMPARATIVO CÃES ACOMETIDOS

POR DDIV EM REGIÕES TORACOLOMBAR/LOMBAR/ SACRAL X CERVICAL, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET...

40 GRÁFICO 4 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES DA RAÇA

DACHSHUND NO PERÍODO DE 01/01/2008 Á

01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR...

44 GRÁFICO 5 – PERCENTUAL PESO DACHSHUNDS ACOMETIDOS

PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR...

45 GRÁFICO 6 – PERCENTUAL GÊNERO DACHSHUNDS ACOMETIDOS

PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR...

46 GRÁFICO 7 – PERCENTUAL 1, DE IDADE EM DACHSHUNDS

ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR...

46 GRÁFICO 8 – PERCENTUAL 2, DE IDADE EM DACHSHUNDS

ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 47 GRÁFICO 9 – PERCENTUAL 3, DE IDADE EM DACHSHUNDS

ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 48 GRÁFICO 10 – PERCENTUAL DAS RAÇAS DACHSHUNDS E LHASA

APSO VERSUS DEMAIS ANIMAIS ACOMETIDOS PELA DDIV, DADOS DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR...

48

(12)

GRÁFICO 11 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES DA RAÇA LHASA APSO NO PERÍODO DE 01/01/2008 Á

01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO

PRÓPRIO AUTOR... 49 GRÁFICO 12 – PERCENTUAL 1 DE IDADE EM LHASA APSO

ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 51 GRÁFICO 13 – PERCENTUAL 2, DE IDADE EM LHASA APSO

ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR...

51 GRÁFICO 14 – PERCENTUAL PESO DACHSHUNDS ACOMETIDOS

PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO

PRÓPRIO AUTOR... 52 GRÁFICO 15 – PERCENTUAL GÊNERO LHASA APSO ACOMETIDOS

PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR...

52 GRÁFICO 16 – RAÇAS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE

01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR... 55 GRÁFICO 17 – PERCENTUAL GÊNERO, REGIÃO CERVICAL, CÃES

ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 55 GRÁFICO 18 – PERCENTUAL PESO CÃES ACOMETIDOS PELA DDIV,

REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 56 GRÁFICO 19 – PERCENTUAL IDADE CÃES ACOMETIDOS PELA DDIV,

REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 56 GRÁFICO 20 – PERCENTUAL EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES

SRD, REGIÃO CERVICAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013

PELO PRÓPRIO AUTOR... 58 GRÁFICO 21 – PERCENTUAL EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES

BEAGLE, REGIÃO CERVICAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013

(13)

GRÁFICO 22 – PERCENTUAL PESO CÃES SRD ACOMETIDOS PELA DDIV, REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 59 GRÁFICO 23 – PERCENTUAL PESO CÃES BEAGLE ACOMETIDOS

PELA DDIV, REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS

COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 59 GRÁFICO 24 – PERCENTUAL IDADE CÃES SRD ACOMETIDOS PELA

DDIV, REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 60 GRÁFICO 25 – PERCENTUAL IDADE CÃES BEAGLE ACOMETIDOS

PELA DDIV, REGIÃO CERVICAL, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS

COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 60 GRÁFICO 26 – PERCENTUAL GÊNERO, REGIÃO CERVICAL, CÃES

SRD ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 61 GRÁFICO 27 – PERCENTUAL GÊNERO, REGIÃO CERVICAL, CÃES

BEAGLE ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – LOCALIZAÇÃO DOS SEGMENTOS MEDULARES ... 31 QUADRO 2 – RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÕES

TORACOLOMBAR/LOMBAR/SACRAL SEGUNDO

LITERATURA... 34 QUADRO 3 – RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO

CERVICAL SEGUNDO LITERATURA... 37 QUADRO 4 – RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÕES

CERVICAL, TORACOLOMBAR/LOMBAR/SACRAL, SEGUNDO DADOS DE LITERATURA E DO PRÓPRIO

AUTOR... 41 QUADRO 5 – DADOS DACHSHUNDS ACOMETIDOS POR DDIV,

REGIÃO TORACOLOMBAR/LOMBAR NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA CLINIVET

PELO PRÓPRIO AUTOR... 44 QUADRO 6 – DADOS LHASA APSO ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO

TORACOLOMBAR/LOMBAR NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA CLINIVET PELO

PRÓPRIO AUTOR... 50 QUADRO 7 – RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO

CERVICAL, SEGUNDO DADOS DE LITERATURA E DO PRÓPRIO

AUTOR... 53 QUADRO 8 – DADOS SRD COMETIDOS POR DDIV, REGIÃO

CERVICAL, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR... 57 QUADRO 9 – DADOS BEAGLE COMETIDOS POR DDIV, REGIÃO

CERVICAL, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

(15)

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DOS ATENDIMENTOS CLÍNICOS

ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA CLINIVET,

NO PERÍODO DE 18/02/13 À 02/05/13... 24 TABELA 2 – DISTRIBUIÇÃO DOS ATENDIMENTOS DE DIAGNÓSTICO

POR IMAGEM ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA CLINIVET, NO PERÍODO

DE 18/02/13 À 02/05/13... 27 TABELA 3 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE

ODONTOLOGIA ACOMPANHADOS DURANTE O

ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA CLINIVET, NO

PERÍODO DE 18/02/13 À 02/05/13... 28 TABELA 4 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE CIRURGIA

ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA CLINIVET, NO PERÍODO DE 18/02/13 À

02/05/13... 28 TABELA 5 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO

TORACOLOMBAR/LOMBAR/LOMBOSSACRAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR... 42 TABELA 6 – RAÇAS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO

TORACOLOMBAR/LOMBAR/LOMBOSSACRAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR... 43 TABELA 7 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE

01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR... 54 TABELA 8 – RAÇAS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE

(16)

LISTA DE SIGLAS

C Vértebra Cervical

DDIV Doença degenerativa do disco intervertebral DR Doutor (a)

EIV Espaço Intervertebral

FIV Vírus da Imunodeficiência Felina L Vértebra Lombar

Número após C Número do espaço intervertebral da Vértebra Cervical Número após T Número do espaço intervertebral da Vértebra Torácica Número após L Número do espaço intervertebral da Vértebra Lombar Número após S Número do espaço intervertebral da Vértebra Sacral PIF Peritonite Infecciosa Felina

OSH Ovariohisterectomia S Vértebra Sacral SRD Sem raça definida T Vértebra Torácica T-L Toracolombar

(17)

SUMÁRIO

1 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR ... 18

1.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO ... 18

1.2 CASUÍSTICA ... 22

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 29

2.1 INTRODUÇÃO ... 29

2.2 DISCOPATIA REGIÕES TORACOLOMBAR E CERVICAL ... 30

3 OBJETIVO ... 38

4 MATERIAIS E MÉTODOS ... 39

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 40

6 CONCLUSÃO ... 62

(18)

1. RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

1.1. DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO

O estágio obrigatório, realizado no 10° período para conclusão do Curso de Medicina Veterinária foi realizado no hospital veterinário Clinivet, situado na Rua Holanda, número 894, bairro Boa Vista em Curitiba, Paraná. (Figura 1).

A Clinivet, cujo proprietário é o Dr. Marcelus Natal Sanson, foi fundada em 18 de março de 1987 e é referência em Medicina Veterinária, contando com uma das estruturas mais completas e modernas do sul do país e presta atendimento às mais diferenciadas áreas, tais como, clínica médica (incluindo suas especialidades como acupuntura, cardiologia, clínica médica de felinos, dermatologia, endocrinologia, fisioterapia, homeopatia, nefrologia, neurologia, nutrição clínica, odontologia, oftalmologia, oncologia, ortopedia, oncologia, reprodução e neonatologia), clínica cirúrgica (tecidos moles de todos os sistemas, neurocirurgia, ortopédica, torácica), equipe de anestesia e controle da dor, diagnóstico por imagem (endoscopia, radiologia, ultrassonografia e tomografia computadorizada), hospitalização e laboratório de patologia clínica. Durante o estágio foi acompanhado um período em cada especialidade para que se pudesse ter uma noção geral de todos os setores e suas respectivas atividades.

O hospital presta atendimento domiciliar, no local atende 24 horas, porém após às 22:00 horas, somente em caráter de plantão.

FIGURA 1 – FACHADA CLINIVET

(19)

Sua estrutura é composta por três pavimentos, a partir de um projeto inovador, onde a maior parte das dependências possui sistema de climatização. O hospital é composto por dez consultórios (figuras 7 e 8), quatro alas de internamento (felinos, isolamento, ala de cães de pequeno e médio porte – figura 6 – e ala de cães de grande porte), ala semi-intensiva, ala de emergência (figura 9), sala de atendimento ao cliente/alta de paciente, três áreas de recepção (pet shop, recepção térreo e recepção primeiro andar), sala de ultrassonografia (figura 2), radiologia (figura 3) e tomografia (figuras 4 e 5), duas salas cirúrgicas, uma ala de recuperação pós-cirúrgica, sala de odontologia e endoscopia, consultório para atendimentos de cardiologia com ecocardiografia, além das áreas administrativas, banheiros, auditório, quartos e refeitório.

Conta com uma equipe multidisciplinar com mais de 35 médicos veterinários, onde todos são extremamente qualificados em suas respectivas áreas de atuação, além do apoio de mais de oito enfermeiros, quatro estagiários, dois técnicos em radiologia, mais de cinco recepcionistas e mais de cinco auxiliares de limpeza.

FIGURA 2 – SALA ULTRASSOM DA CLINIVET

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

FIGURA 3 – SALA RADIOGRAFIA COM IMPRESSÃO DIGITAL DA CLINIVET

(20)

FIGURA 4 – SALA TOMÓGRAFIA COMPUTADORIZADA DA CLINIVET

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

FIGURA 5 – SALA DE CONTROLE TOMOGRAFIA DA CLINIVET

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013) FIGURA 6 – INTERNAMENTO DA CLINIVET

(21)

FIGURA 7 – CONSULTÓRIO DE FELINOS DA CLINIVET

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013) FIGURA 8 – CONSULTÓRIO DE VACINAÇÃO

DA CLINIVET

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013) FIGURA 9 – ALA EMERGÊNCIA

DA CLINIVET

(22)

1.2. CASUÍSTICA

O período do estágio foi do dia 18 de Fevereiro de 2013 à 02 de Maio de 2013, cumprindo uma carga horária total de 364 horas, com supervisão do Dr. David Powolny, e com o acompanhamento conjunto de médicos veterinários de todas as áreas e especialidades presentes no hospital. Pôde ser prestado auxílio aos profissionais em suas atividades, auxiliar em cirurgia, discussão de casos, monitoramento e avaliação de funções vitais dos animais internados. Para que todos estagiários do obrigatório pudessem ter um maior aproveitamento e conhecimento em cada uma das áreas foi feito um esquema de rodízio, onde a cada semana ficava-se em um setor/especialidade diferente. A participação foi em todos os setores e especialidades, exceto no laboratório de patologia clínica que é terceirizado.

Quanto à casuística, foram acompanhados 545 casos (gráfico 1), sendo 39 casos na odontologia, 54 casos na cirurgia, 163 casos no setor de diagnóstico por imagem e 289 casos na clínica médica.

GRAFICO 1 – CASUÍSTICA DE CASOS ACOMPANHADOS DURANTE ESTÁGIO CURRICULAR NA CLINIVET PERÍODO 18/02/13 À 02/05/13

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Dos 545 casos, 289 pertencem á clínica médica (gráfico 2), como segue a divisão na página seguinte:

(23)

• Cardiologia – 6 Casos

• Clínica Geral Caninos e Felinos – 124 Casos • Dermatologia – 47 Casos • Endocrinologia – 16 Casos • Fisioterapia – 7 Casos • Homeopatia – 3 Casos • Nefrologia – 21 Casos • Neurologia – 25 Casos • Oftalmologia – 6 Casos • Oncologia – 19 Casos • Ortopedia – 10 Casos

GRÁFICO 2 – ATENDIMENTOS CLÍNICOS ACOMPANHADOS DURANTE ESTÁGIO CURRICULAR NA CLINIVET PERÍODO 18/02/13 À 02/05/13,

SEPARADO POR ESPECIALIDADE

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Os dados informados na página seguinte são informações coletadas a partir de atendimentos que foram necessariamente presenciados pelo estagiário curricular, e em muitos dos casos descritos, o paciente já estava com o tratamento em andamento ou era a primeira consulta. Sendo assim, o paciente ainda seria

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encaminhado para diagnóstico definitivo, ou seja, parte desta casuística relatada é de suspeita clínica.

Como a rotina do hospital é intensa, não foi possível acompanhar cada caso por todo o período de seu tratamento, porque semanalmente os estagiários do obrigatório faziam rodízio em cada setor, e por este motivo, não se pode afirmar que as suspeitas estavam corretas.

Poderá ser observado que no item clínica médica de caninos e felinos (tabela 1) há o item vacinação descrito. Embora não seja uma queixa do proprietário quanto ao estado do seu animal e sim uma consulta preventiva, foi acompanhado este tipo de atendimento diversas vezes. Os médicos veterinários neste tipo de situação faziam uma consulta muito minuciosa dos animais, sendo muito importante observar tal conduta e, dessa forma, fixar a importância da anamnese e exame físico, além de diversas orientações que são feitas em respostas às dúvidas dos proprietários, já que em breve, é a realidade que fará parte da nossa rotina de recém-formados.

TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DOS ATENDIMENTOS CLÍNICOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA CLINIVET,

NO PERÍODO DE 18/02/13 À 02/05/13 ESPECIALIDADES E ENFERMIDADES – 2013 ENFERMIDADE QUANTIDADE % Acupuntura Discopatia Toracolombar 4 80,0% Enteropatia 1 20,0% Total 5 100,0% Cardiologia Insuficiência cardíaca 5 83,3% Punção torácica 1 16,7% Total 6 100,0%

Clínica Geral - Caninos e Felinos

Vacinação 36 29,0%

Gastroenterite 19 15,3%

Otite 8 6,5%

Diabetes Mellitus 7 5,6%

Lesão por mordedura 7 5,6%

Hepatopatia 5 4,0%

Broncopatia 4 3,2%

Piometra 3 2,4%

Abscesso 3 2,4%

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Continuação

Tratamento para Anemia 2 1,6%

Colapso Traqueal 2 1,6% Hipersensibilidade Alimentar 2 1,6% Erliquiose 2 1,6% Êmese 3 2,4% DTUIF 2 1,6% Pancreatite 1 0,8% PIF 1 0,8% Retirada de ectoparasita 1 0,8% Higroma 1 0,8% Trombocitopenia 1 0,8% Miosite 1 0,8% Cistite 1 0,8% Halitose 1 0,8% Vasculite 1 0,8%

Inflamação glândula anal 1 0,8% Deiscência de sutura (pós operatório) 1 0,8%

Envenenamento 1 0,8% Cinomose 1 0,8% Colelitíase 1 0,8% Leptospirose 1 0,8% Obesidade 1 0,8% Intoxicação alimentar 1 0,8% Total: 124 100,0% Dermatologia – 2013 Dermatopatia à esclarecer 27 57,4% Dermatite alégica 6 12,8% Piodermite 4 8,5% Dermatite úmida 2 4,3% Alopecia 2 4,3% Escabiose 1 2,1% Hipotricose 1 2,1% Demodiciose 1 2,1% Intertrigo 1 2,1% Ictiose 1 2,1% Calo de apoio 1 2,1% Total 47 100,0% Endocrinologia – 2013 Hiperadrenocorticismo 12 75,0% Hipertireoidismo 2 12,5% Hipotireoidismo 1 6,3% Hiperparatireoidismo 1 6,3%

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Continuação

Total 16 100,0%

Fisioterapia – 2013

Discopatia Toracolombar 2 28,6% Ruptura de Ligamento Cruzado

Cranial 5 71,4% Total 7 100,0% Homeopatia – 2013 Dermatite Atópica 1 33,3% Ansiedade 1 33,3% Artrose 1 33,3% Total 3 100,0% Nefrologia – 2013 Insuficiência renal 18 85,7% Displasia renal 2 9,5% Pielonefrite 1 4,8% Total 21 100,0% Neurologia – 2013 Discopatia 15 60,0% Convulsão 3 12,0% Espondilose 2 8,0% Vestibulopatia 2 8,0% Sequela cinomose 1 4,0% Tumor cerebral 1 4,0% Síndrome Cerebelar 1 4,0% Total: 25 100,0% Oftalmologia – 2013 Úlcera Córnea 2 33,3% Degeneração retiniana 1 16,7% Microftalmia 1 16,7% Córnea perfurada 1 16,7% Conjuntivite 1 16,7% Total 6 100,0% Oncologia – 2013 Tumor superficial 5 26,3% Tumor mamário 3 15,8% Quimioterapia 3 15,8% Adenocarcinoma 1 5,3% Carcinoma 1 5,3% Histiocitoma 1 5,3% Nódulo em cauda 1 5,3% Tumor ósseo 1 5,3%

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Continuação Nódulo anal 1 5,3% Linfoma 1 5,3% Lipoma 1 5,3% Total 19 100,0% Ortopedia – 2013 Luxação de patela 4 40,0% Claudicação/fratura 3 30,0% Ruptura de ligamento 1 10,0% Lesão articular 1 10,0% Dor articular 1 10,0% Total 10 100,0%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Quanto ao setor de diagnóstico por imagem, que corresponde a 163 dos 545 casos, foram excluídos da contabilidade 28 coletas de urina, mas é importante ressaltar que este procedimento no hospital é feito com o auxílio do ultrassom, que através do transdutor e imagem na tela o médico veterinário observa à bexiga e coleta a urina a partir desta visualização. É optado por este protocolo para a coleta ter um menor risco de contaminação. Os seguintes exames foram acompanhados (tabela 2):

TABELA 2 – DISTRIBUIÇÃO DOS ATENDIMENTOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA CLINIVET, NO PERÍODO DE 18/02/13 À 02/05/13

Diagnóstico Por imagem – 2013

Exame Quantidade % Ultrassom 80 49,1% Radiografia Simples 68 41,7% Tomografia Computadorizada 5 3,1% Ecocardiografia 4 2,5% Endoscopia 2 1,2% Mielografia 2 1,2% Colonoscopia 1 0,6% Urografia Excretora 1 0,6% Total 163 100,0%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

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TABELA 3 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE ODONTOLOGIA

ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA CLINIVET, NO PERÍODO DE 18/02/13 À 02/05/13 Odontologia – 2013 Procedimento Quantidade % Profilaxia dentária 37 94,9% Extração de descíduos 1 2,6% Síntese Mandibular 1 2,6% Total 39 100,0%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

E por fim, na cirurgia foi acompanhada a seguinte casuística (tabela 4):

TABELA 4 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE CIRURGIA ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA CLINIVET,

NO PERÍODO DE 18/02/13 À 02/05/13

Cirurgia – 2013

Procedimentos Cirúrgicos Quantidade %

OSH eletiva 15 27,8% Orquiectomia eletiva 8 14,8% Mastectomia 5 9,3% Hemilaminectomia 5 9,3% Nodulectomia 5 9,3% Drenagem de otohematoma 1 1,9% Sepultamento 3°pálpebra 1 1,9% Enterotomia 1 1,9%

Sondagem Uretral em felino 1 1,9%

Crioterapia 1 1,9%

Palatoplastia 1 1,9%

Pericardiocentese 1 1,9%

Sialoadenectomia 1 1,9%

Artroscopia de Ligamento Cruzado 1 1,9%

Esplenectomia 1 1,9%

Amputação membro pélvico esquerdo 1 1,9%

Sutura de ferimentos 1 1,9% OSH Terapêutica 1 1,9% Patelorrafia 1 1,9% Laparotomia exploratória 1 1,9% Osteossíntese de ulna 1 1,9% Total 54 100,0%

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. INTRODUÇÃO

A doença do disco intervertebral (DDIV) é uma das causas mais comuns de alterações neurológicas em cães. O disco é como um amortecedor, onde sua principal função é amenizar impactos.

Quando o núcleo pulposo dilata-se, este empurra o anel fibroso (que se rompê-lo caracteriza-se a extrusão discal e se não rompe é a protusão de disco), que por sua vez, desloca o disco da sua localização normal e começam os sinais clínicos que irão variar de acordo com a localização do disco e a gravidade.

Os dados deste levantamento epidemiológico foram coletados de pacientes do hospital veterinário Clinivet submetidos à cirurgia no período de 01 de Janeiro de 2008 á 01 de Março de 2013, onde foram localizados 124 casos de cães acometidos pela discopatia. Analisou-se a prevalência no que se refere à idade, raça, sexo e segmentos intervertebrais mais ocorrentes.

Embora o estudo tenha sido somente em cães, houve diferenças em suas particularidades, e este levantamento fará uma comparação de dados, entre os encontrados neste estudo e os divulgados em literatura.

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2.2. DISCOPATIA REGIÕES TORACOLOMBAR E CERVICAL

Na neurologia, é necessário uma anamnese rica em informações, exame físico geral bem feito, observação de sinais que o paciente demonstre e/ou proprietário relate durante atendimento e exame neuro-específico completo, além da eficiência em solicitação de exames complementares realmente necessários.

Com exceção do uso da radiografia simples e da mielografia, as demais opções, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, tem um custo financeiro considerado mais elevado e não são todas as cidades que dispõem desta tecnologia, para que assim possa ser localizado o local da lesão da forma mais eficiente possível e poder sugerir o melhor tratamento para a situação em que o paciente estiver vivenciando.

De acordo com a neuroanatomia, a coluna vertebral pode ser dividida em cervical, torácica, lombar, sacral e caudal (figura 10). Os segmentos medulares não estabelecem uma relação perfeita com as vértebras (regiões mais posteriores), (MORISHIN FILHO, 2012).

FIGURA 10 – SEGMENTOS MEDULARES

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Um exame neurológico bem feito é crucial para confirmar se há o envolvimento do sistema nervoso central ou do sistema nervoso periférico, para localizar a lesão e classificá-la. A figura 11 abaixo mostra os possíveis locais de lesão.

FIGURA 11 – LESÃO NEUROLÓGICA

FONTE: Adaptado por MORISHIN FILHO 2012

O quadro 1, nos mostra a localização dos segmentos medulares dentro dos corpos vertebrais no cão.

QUADRO 1 – LOCALIZAÇÃO DOS SEGMENTOS MEDULARES

Segmento Medular Corpos Vertebrais

C1-C5 C1-C4 C6-T2 C4-T2 T3-L3 T2-L3 L4 L3-L4 L5,L6,L7 L4-L5 S1-S3 L5 Caudal L6-L7 Nervos espinhais da cauda equina L5-sacro

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Entrando mais no foco deste trabalho, podemos dizer que a doença do disco intervertebral (DDIV) é uma das mais importantes neuropatias dentre as discopatias intervertebrais, constitui um dos distúrbios neurológicos mais comuns diagnosticados em pacientes veterinários (FOSSUM, 2005, p.1219; ARIAS et al.,2007, p.2).

A degeneração de disco intervertebral pode resultar em protrusão ou extrusão de material de disco para o canal medular, causando compressão da medula espinhal, e sinais clínicos que variam de dor aparente à mielopatia transversa completa (ETTINGER, 2004, p. 667). Podem ocorrer alterações degenerativas em qualquer disco intervertebral, porém elas são mais comuns na coluna cervical, torácica caudal e lombar (ETTINGER, 2004, p.667).

As extrusões de disco são mais comuns nas regiões cervicais e de T11 a L3 da coluna vertebral. É provável que fatores genéticos tenham algum papel (ETTINGER, 2004, p.668).

Neste estudo foram verificados os espaços intervertebrais (EIV) acometidos. A figura 12 ilustra o disco saudável.

FIGURA 12 – SECÇÃO TRANSVERSAL DE UM DISCO INTERVERTEBRAL NORMAL

FONTE: BRIGITTE A. BRISSON, DMV, DVSC, INTERVERTEBRAL DISC DISEASE IN DOGS (2010)

Legenda:

Ligamento Dorsal Núcleo Pulposo Ligamento Ventral

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Lesões toracolombares representam 84 a 86% dos problemas de discos intervertebrais em cães. As lesões cervicais são responsáveis por 14 a 16% dos problemas de DDIV em cães. Ocorrem mais comumente entre T11-T12, T12-T13, T13-L1 e L1-L2 (JEFFERY, 1995, p.87; ARIAS et al., 2007, p.2; LORENZ, COATES, KENT, 2011 p.113).

Numa série de 2.257 pacientes, 26,5% das lesões ocorreram em T12-T13, e 25,4% em T13-L1 (SLATTER, 1998, p.1291;1298). Também é descrito que 70% das DDIV acometem a região toracolombar entre T11-L2, e a mais comum entre as vértebras T12-T13 (JEFFERY, 1995, p.87).

Há outros dados publicados, que embora semelhantes, apresentam pequenas diferenças entre si, como o relato que os segmentos medulares mais acometidos foram o toracolombar/lombar (68,1%) e o lombossacro (19,3%), (MENDES, ARIAS et al, 2012 p.6). Figura 13, disco degenerado.

FIGURA 13 – SECÇÃO TRANSVERSAL DE UM DISCO INTERVERTEBRAL DEGENERADO DE UM

CÃO CONDRODISTRÓFICO

FONTE: BRIGITTE A. BRISSON, DMV, DVSC, INTERVERTEBRAL DISC DISEASE IN DOGS (2010)

Legenda:

O núcleo pulposo gelatinoso foi substituído pelo material mineralizado e condroide.

No que diz respeito às raças, a mais comumente afetada é a dachshund; as raças shih tzu, pequinês, lhasa apso, welsh corgi, e beagle se encontram em risco significativo (SLATTER, 1998, p.1298).

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Algumas raças pequenas relatadas possuem maior risco de desenvolver hérnia de disco intervertebral. Podem ocorrer precocemente nas raças que apresentam condrodistrofia (CHRISMAN, 1985, p.354; JEFFERY, 1995, p.85; ARIAS et al, 2007, p.3; BRISSON, 2010, p.4). O quadro 2 mostra estas raças mais acometidas.

QUADRO 2 – RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÕES TORACOLOMBAR/LOMBAR/SACRAL SEGUNDO LITERATURA

FONTE: Adaptado de CHRISMAN (1985, p.354); JEFFERY (1995, p.85); ARIAS et al (2007, p.3); BRISSON (2010, p.4)

A condrodistrofia é uma condição na qual a cartilagem epifisária dos ossos longos ossifica prematuramente e, consequentemente, os membros param o crescimento antes da maturidade. Este abrandamento do crescimento afeta a ulna antes do rádio e esta falta de sincronização resulta no encurvamento da articulação

RAÇAS MAIS ACOMETIDAS TORACOLOMBAR/LOMBAR/SACRAL Basset Hound Beagle Bichon Frisé Cocker Spaniel Dachshunds Dálmata Dobermann Pinscher Jack Russel Terrier

Maltês Labrador Retriever Lhasa Apso Pastor Alemão Pequinês Poodle Toy Rottweillers Shih Tzu SRD Terrier Brasileiro Wesl Corgi

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do cotovelo. Além dos membros encurtados, as raças condrodistróficas, frequentemente, apresentam o canal vertebral mais estreito e está relacionada à ocorrência de calcificação de discos intervertebrais (FELICIANO et.al, 2009, p.1).

Em publicação que se verificou as raças mais acometidas na região toracolombar, as ocorrências foram: dachshund (22/45), seguida pelos cães sem raça definida (7/45), cocker spaniel (6/45), lhasa apso (3/45), Poodle (4/45), beagle (1/45), terrier brasileiro (1/45) e pequinês (1/45) (ARIAS et al, 2007, p.3).

No que se refere aos animais de grande porte, os cães mais comumente relatados são os cães sem raça definida, pastor alemão, labrador retriever, rottweillers, dálmatas e doberman pinschers (BRISSON, 2010, p.4). Os Pastores alemães com 7 a 9 anos de idade apresentam discopatia com maior frequência em região toraco-lombar os doberman pinscher com 5 a 10 anos de idade apresentam discopatia em região cervical (CHRISMAN, 1985, p.356).

A incidência por idade para a discopatia clínica em cães de raças condrodistróficas é mais elevada por volta dos 3 a 6 anos (SLATTER, 1998, p.1291; LORENZ, COATES, KENT, 2011, p.110), e há relatos também entre 3 e 7 anos (BRISSON, 2010, p.4).

Em animais de raças não - condrodistróficos, a faixa etária de pico de incidência é, aproximadamente, entre os 6 e 8 anos (SLATTER, 1998, p.1291). São raros os animais que apresentam sinais antes dos três anos de idade (CHRISMAN, 1985, p.356; BRISSON, 2010, p.4).

No que se refere ao gênero dos animais, embora a prevalência da discopatia toracolombar seja aproximadamente igual em machos e fêmeas, foi observado um fator de risco sutil, mas significativo, relacionado ao gênero/peso (i.é, risco em machos>risco em fêmeas castradas>risco em fêmeas). Estas diferenças também poderiam ser atribuídas aos efeitos protetores do estrogênio contra a degeneração dos discos (SLATTER 1998, p.1298). Alguns relatórios encontraram que machos e fêmeas castradas estavam em maior risco de desenvolver hérnia de DDIV que as fêmeas (BRISSON, 2010, p.5).

Os cães são divididos (pesos considerados na idade adulta), em mini (1 a 10kg), médios (11 a 25kg), grandes (26 a 44kg) e gigantes (acima de 45kg) (Nutrição: Mini, Medium, Maxi e Giant, ROYAL CANIN, 2012). O termo mini descreve os cães que pesam entre 1kg e 10kg na idade adulta, tal como o dachshunds, que

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são incluídos nesta classificação (Filhotes de Raças Pequenas, ROYAL CANIN, 2012). A perda de peso para os animais obesos pode ser de grande ajuda (CHRISMAN, 1985, p.360).

A obesidade é um distúrbio nutricional que pode desencadear inúmeras alterações no aparelho locomotor, associadas a um risco aumentado de dor e lesões envolvendo todos os segmentos corporais, particularmente a coluna vertebral (SIQUEIRA, SILVA, 2011, p. 1).

A distribuição da gordura corporal, central ou periférica, interfere diretamente no alinhamento corporal do paciente obeso, promovendo uma sobrecarga e predispondo ao aparecimento de desvios posturais. Sob a influência desse desequilíbrio biomecânico causado pelo acúmulo de tecido adiposo no abdômen (gordura central) ainda pode ocorrer uma hipotrofia muscular, associada ao atraso da ativação dos músculos estabilizadores da coluna, contribuindo, assim, para o aparecimento da instabilidade lombar no indivíduo obeso (SIQUEIRA, SILVA, 2011, p. 1)

Em cães da raça dachshunds 19% a 24% são esperados exibir sinais clínicos relativos à DDIV em sua vida e são responsáveis por 45% a 73% de todos os casos de extrusão de disco aguda em cães. Dachshunds são 12,6 vezes mais propensos a desenvolver hérnia de DDIV do que outras raças (BRISSON, 2010, p.4). O padrão da raça dachshund, também conhecida como teckel, possui um peso de aproximadamente 9 kg (FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA, 2005, p.9). Dachshunds têm uma expectativa de vida acima da média, de 12 a 15 anos (Dachshund, EUKANUBA, 2012).

A média de peso do lhasa apso varia de 5 á 9 kg, e a expectativa de vida é de 12 á 14 anos (Lhasa Apso, TUDO SOBRE CACHORROS, 2012). E nos beagles a média de peso varia entre 9 e 14kg (Beagle, EUKANUBA, 2012).

Quanto à localização cervical, as discopatias cervicais respondem por 15% de todas as extrusões de disco intervertebral caninas. O local de extrusão cervical mais comum é o espaço intervertebral de C2-C3; a frequência de envolvimento diminui de C3-C4 até C7-T1 (SLATTER 1998, p.1291; COUTO, 2001, p.800; FOSSUM, 2005, p.1219; BRISSON 2010, p. 10-11). É comum o acometimento do disco C6/7 em cães de raças de grande porte (COUTO, 2001, p.800).

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Numa série de 363 casos, 44% das lesões ocorreram em C2-C3, 23,5% em C3-C4, 13,5% em C4-C5, 13% em C5-C6, 4,5% em C6-C7, e 1,5% em C7-T1 (SLATTER 1998, p.1291).

Porém, recentes estudos relataram C5 a C6 e C6 a C7 como os espaços mais comumente afetados entre todas as raças de cães que apresentam a doença intervertebral cervical (BRISSON, 2010, p.11).

Oitenta por cento das protrusões de disco cervical ocorrem em dachshunds (figura 14), beagles e poodles. Afetam-se mais comumente raças condrodistróficas, de meia-idade (FOSSUM, 2005, p.1219). Quadro 3 mostra as raças mais acometidas e a figura 14 dachshund com arqueamento de dorso devido DDIV.

Aparentemente, não há predileção quanto ao gênero, e a maioria dos animais afetados encontra-se entre os 4 e 8 anos de idade (SLATTER, 1998, p.1291). Estudos recentes mostram que 24 a 50% dos casos envolvem raças grandes, onde os labradores e rottweillers (cães não distróficos) são mais comumente afetados. A média de idade de diagnóstico é entre 6 e 8 anos. (BRISSON, 2010, p.10).

QUADRO 3 – RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL SEGUNDO LITERATURA

FONTE: SLATTER (2008); FOSSUM (2002); BRISSON (2010) FIGURA 14 – DACHSHUND COM DDIV

TORACOLOMBAR

FONTE: HANDBOOK OF VETERINARY NEUROLOGY, LORENZ, COATES, KENT, 2011, P.116

RAÇAS MAIS ACOMETIDAS CERVICAL Beagle Dachshunds Labrador Retriever Poodle Toy Rottweillers

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3. OBJETIVO

É possível fazer um diagnóstico hipotético de protusão de disco com base na idade, raça, anamnese e nos sinais clínicos, mas outras causas de mielopatia transversa ou dor aparente devem ser consideradas no diagnóstico diferencial. (ETTINGER, 2004, p.669)

Porém para esta hipótese ter mais confiabilidade, é necessário que vários pesquisadores tenham feito levantamentos e estudos epidemiológicos, para oferecer embasamento aos clínicos e cirurgiões médicos veterinários.

O objetivo deste estudo, não foi somente o de um trabalho de conclusão de graduação, mas sim o de colaborar com mais dados, referentes aos cães acometidos pela DDIV, na expectativa de ajudar no diagnóstico e na tomada de decisão quanto ao tratamento, em outros animais que venham a ser atendidos nestas condições, esperando-se assim que aumente a taxa de sucesso e o índice de recuperação destes pacientes.

Ressalta-se que este levantamento não indica em momento algum a substituição do uso do diagnóstico por imagem, que é o meio que levará ao diagnóstico definitivo e mais seguro na tomada de decisão, mas tem o intuito de colaborar em situações que não é possível a realização do mesmo, por exemplo, devido ao custo onerar e o proprietário não ter condições de arcar com cirurgia e exame, se a cidade que o paciente estiver não dispuser desta tecnologia próxima, ou até mesmo onde o primeiro contato foi realizado por um clínico e o ajudará quando relatar o caso ao cirurgião.

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4. MATERIAL E MÉTODOS

Foram analisados 124 casos na área de neurocirurgia (técnicas de hemilaminectomia e slot/fenda cervical) ocorridas entre o período de 2008 à 2013, no Hospital Veterinário Clinivet, localizado em Curitiba-PR no endereço rua Holanda, número 894, bairro Boa Vista. Os dados foram coletados em março de 2013, e correspondem ao período de 01 de janeiro de 2008 á 01 de março de 2013 em um estudo retrospectivo.

Dentre os 124 casos, 81 contemplam a hemilaminectomia (região toracolombar) e 43 casos o slot cervical (região cervical).

Após autorização do Dr Marcelus Sanson (proprietário do hospital), com intervenção do Dr. David Powolny, os dados foram coletados a partir de um relatório fornecido pelo Dr. César que contemplam todas as cirurgias executadas no período de 01 de Janeiro de 2008 á 01 de Março de 2013. Foram excluídas as cirurgias gerais e ortopédicas, deixando somente os dados de neurocirurgia, e neste, foi excluído os dados de um único felino, por ser considerada amostra insuficiente para relatar neste levantamento epidemiológico.

Quanto às informações de cada paciente (segmento intervertebral acometido, gênero, idade e peso) foi utilizado nas dependências do hospital, fora do horário de cumprimento do estágio obrigatório, o sistema Doctor Vet, através de um código de atendimento que consta no relatório obtido, para realizar a busca de cada animal, anotando as informações em planilha Excel para posterior conversão dos dados e elaboração deste trabalho.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente resultado deste estudo, como pode ser visualizado no gráfico 3 abaixo, é coerente com o que os autores citados na revisão de literatura descrevem, sobre a região toracolombar ser mais acometida do que a região cervical.

GRÁFICO 3 – PERCENTUAL COMPARATIVO CÃES ACOMETIDOS POR DDIV EM REGIÕES TORACOLOMBAR/LOMBAR/SACRAL X CERVICAL, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Dos 124 casos acima, 81 se referem à T-L e 43 à região cervical, ou seja, 65,32% e 34,68% respectivamente. Muito embora, diferem dos resultados obtidos por Jeffery(1995), ARIAS ET AL.(2007), LORENZ, COATES, KENT (2011), que verificaram índices de 84 a 86% de ocorrências na região de T-L e 14 a 16% dos casos acometendo região cervical, mas dentro do segmento de T11 a L3 como é relatado por ETTINGER (2004).

Essa pequena diferença estatística, poderia ser justificada devido à amostra de cães acometida diferir um pouco da amostra que os autores retratam, como pode ser visualizado na página seguinte (quadro 4):

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QUADRO 4 - RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÕES CERVICAL, TORACOLOMBAR/LOMBAR/SACRAL, SEGUNDO DADOS DE LITERATURA E DO PRÓPRIO

AUTOR

RAÇAS MAIS ACOMETIDAS

DADOS DEMAIS AUTORES DADOS PRÓPRIO AUTOR CERVICAL TORACOLOMBAR/

LOMBAR/SACRAL CERVICAL

TORACOLOMBAR/ LOMBAR/SACRAL

Beagle Basset Hound Beagle Beagle Dachshunds Beagle Bulldog

Francês Bulldog Francês Labrador Retriever Bichon Frise Bull Terrier Chihuahua

Poodle Toy Cocker Spaniel Cocker Spaniel Americano

Cocker Spaniel Americano Rottweillers Dachshunds Cocker Spaniel

Inglês

Cocker Spaniel Inglês - Dálmata Dachshund Dachshund - Dobermann Pinscher Dálmata Golden Retriever - Jack Russel Terrier Lhasa Apso Lhasa Apso - Maltês Pequinês Lulu da Pomerânia - Labrador Retriever Poodle Pastor Alemão - Lhasa Apso Pug Pinscher - Pastor Alemão Schnauzer Pit Bull - Pequinês Shih Tzu Poodle - Poodle Toy SRD Schnauzer - Rottweillers Yorkshire Shi Tzu

- Shih Tzu - SRD

- SRD - Yorkshire

- Terrier Brasileiro - -

- Wesl Corgi - -

FONTE: CHRISMAN (1985); SLATTER (1998); ARIAS (2007); FOSSUM (2002); BRISSON (2010); PRÓPRIO AUTOR (2013)

Conforme é mostrado na tabela 5 da página seguinte, a região mais acometida foi a T13-L1, que fica em acordo com o relato de LORENZ, COATES, KENT (2011) e também próxima à casuística encontrada por SLATTER (1998) que relatou ser o segundo espaço mais acometido. Porém a região T12-T13 que é o

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local mais incidente encontrado por SLATTER (1998) e por JEFFERY (1995), neste estudo ficou como o terceiro segmento mais atingido, com 9,88% dos casos (8/81).

TABELA 5 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO TORACOLOMBAR/ LOMBAR/LOMBOSSACRAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

Espaços Intervertebrais Quantidade Percentual

T13-L1 13 16,05% L1-L2 12 14,81% T12-T13 8 9,88% T11-T12 6 7,41% L3-L4 6 7,41% T12-L1 5 6,17% L2-L3 5 6,17% T11-T13 4 4,94% L4-L5 4 4,94% T12-L3 3 3,7% T12-L2 2 2,47% T13-L2 2 2,47% T7-T9 1 1,23% T10-T11 1 1,23% T10-T12 1 1,23% T10-T13 1 1,23% T11-L1 1 1,23% T13-L3 1 1,23% L2-L4 1 1,23% L2-L5 1 1,23% L4-L6 1 1,23% L5-L6 1 1,23% L7-S1 1 1,23% Total 81 100%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No que diz respeito às raças, como pode ser visto na tabela 6 da próxima página, o dachshund (27,16% - 22/81) foi a raça mais acometida juntamente com os cães da raça lhasa apso (27,16% - 22/81), seguidos pelos cães sem raça definida (SRD), com incidência de 12,35% (10/81); os Poodle (7,41% - 6/81), beagle, shih tzu, yorkshire e pastor alemão (cada um com 3,7% - 3/81); e finalizando com um caso de cada nas seguintes raças (1,24% que em sua somatória são os 11,11% - 10/81) da subdivisão outros : schnauzer, cocker spaniel americano, cocker spaniel inglês, bulldog francês, lulu da pomerânia, golden retriever, chihuahua, pinscher e pit bull.

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Cães da raça lhasa apso não foram tão expressivos para outros autores como foi para este levantamento. A justificativa poderia ser que o lhasa apso é um dos maiores fenômenos de popularidade de uma raça canina, já ocorridos no Brasil, por se tratar de um cão que se adapta muito bem em apartamentos e casas especialmente nas grandes cidades, a procura por esta raça cresceu vertiginosamente nos últimos anos (VIEIRA, 2008).

TABELA 6 – RAÇAS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO

TORACOLOMBAR/LOMBAR/LOMBOSSACRAL, DADOS COLETADOS NA CLINIVET DO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013 PELO PRÓPRIO AUTOR

Raças Quantidade Percentual

Dachshund 22 27,16% Lhasa Apso 22 27,16% SRD 10 12,35% Poodle 6 7,41% Shih Tzu 3 3,7% Beagle 3 3,7% Yorkshire 3 3,7% Pastor Alemão 3 3,7% Outros 9 11,11% Total 81 100%

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

A maioria das raças citadas pelos autores apareceu neste levantamento, inclusive a ocorrência de três casos de cães da raça pastor alemão e um caso da raça golden retriever, que são considerados cães de grande porte.

O dachshund é o cão mais acometido na região de T-L neste estudo e em todos os autores verificados, assim como as demais raças condrodistróficas que incluem os lhasa apso.

A presente pesquisa verifica que cães da raça dachshund são responsáveis por 27,16% das ocorrências de DDIV toracolombar. Isso representa 22 dos 81 casos verificados. Como é mostrado no gráfico 4 da página seguinte, o segmento vertebral T13-L1 é o local mais acometido na raça.

Destes 22 casos em cães da raça dachshund, T13-L1 correspondem a 27,27% (6/22), T12-T13 18,18% (4/22), T11-T12; T12-L1 e L2-L3, contribuem com 2 casos cada (9,09% cada) e por fim na categoria outros (27,27% - 6/22), colaborando com 1 caso cada (4,54%) fazem partes os seguintes espaços

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intervertebrais: T10-T11; T10-T12; T11-T13; T12-L2; L1-L2 e L4-L5 , como mostra o gráfico 4 na página seguinte.

GRÁFICO 4 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES DA RAÇA DACHSHUND NO PERÍODO DE 01/01/2008 Á 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Em aprofundamento feito através das informações coletadas para esta pesquisa, em cães desta raça, observou-se uma média de idade de 6 anos e 7 meses, que variou de 3 anos e 9 meses á 11 anos e 11 meses. E média de peso de 9,1kg variando de 6 quilos á 16 quilos. No quadro 5, poderão ser verificados os dados que se referem a cada animal.

QUADRO 5 – DADOS DACHSHUNDS ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO TORACOLOMBAR/LOMBAR, NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR. DADOS DACHSHUND

Raça Idade Peso (kg) EIV Sexo

Dachshund 10 anos e 8 meses 6 T10-T11 Fêmea Dachshund 6 anos e 7 meses 8,2 T12-T13 Macho Dachshund 10 anos e 4 meses 8 T13-L1 Fêmea Dachshund 7 anos 9,9 T12-L1 Macho Dachshund 4 anos e 11 meses 6,8 T13-L1 Fêmea Dachshund 4 anos e 11 meses 6,8 T13-L1 Fêmea Dachshund 10 anos 8,5 T12-T13 Macho Dachshund 6 anos e 9 meses 7,5 T12-L1 Macho Dachshund 11 anos e 11 meses 12 T10-T12 Fêmea Dachshund 10 anos 7 L2-L3 Macho

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CONTINUAÇÃO

Raça Idade Peso (kg) EIV Sexo

Dachshund 4 anos e 3 meses 10 T13-L1 Fêmea Dachshund 6 anos 6,5 T11-T13 Fêmea Dachshund 6 anos e 3 meses 8,6 T13-L1 Fêmea Dachshund 6 anos e 7 meses 10,6 L4-L5 Fêmea Dachshund 5 anos 8 T13-L1 Fêmea Dachshund 7 anos e 1 mês 9,9 T12-T13 Fêmea Dachshund 4 anos e 7 meses 10 T12-T13 Fêmea Dachshund 5 anos e 1 mês 9,5 L1-L2 Fêmea Dachshund 3 anos e 9 meses 10 T11-T12 Macho Dachshund 6 anos e 11 meses 12,2 L2-L3 Fêmea Dachshund 5 anos e 8 meses 16 T11-T12 Macho Dachshund 6 anos 8,8 T12-L2 Fêmea

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Dos 22 cães desta raça, 77,27% (17/22) estão em seu peso normal e 22,73% (5/22) estão em sobrepeso, como mostra o gráfico 5 abaixo. Como é sabido, um dos fatores que predispõem ao desencadeamento da DDIV é o sobrepeso, embora nesta pesquisa, cães com sobrepeso não foram a maioria.

GRÁFICO 5 – PERCENTUAL PESO DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No presente estudo, a raça dachshund contrariou o que SLATTER (1998) relata, pois como pode ser visto no gráfico 6 da página seguinte, as fêmeas tiveram uma maior incidência, representando 68,18% (15/22) dos casos, contra 31,82%

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(7/22) da ocorrência em machos. Quanto à diferenciação em castrados e não castrados, esta pesquisa não fez esse levantamento de dados.

GRÁFICO 6 – PERCENTUAL GÊNERO DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Com os dados encontrado nesta pesquisa e esboçado no gráfico 7 desta página, pode-se dizer que 77,27% (17/22) são animais jovens à maduros e 22,73% (5/22) são animais idosos. Em filhotes não teve casuística.

Para estabelecer a divisão até 10 meses e acima de 9 anos, foi baseado na expectativa de vida da raça, considerando que, quando o cão alcança 75 a 80% desta expectativa, de fato, pode ser considerado idoso, aos 10 meses de vida, o cão de porte mini já deve estar totalmente desenvolvido (Alimentando seu Cão; Seu cão adulto de porte mini, ROYAL CANIN, 2012).

GRÁFICO 7 – PERCENTUAL 1 DE IDADE EM DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

(47)

Comparando o gráfico 8 com a citação de SLATTER (1998) em relação aos condrodistróficos mais acometidos terem idade entre 3 a 6 anos, pôde-se observar, que os dachshunds descritos neste trabalho tem a idade um pouco mais avançada do que foi relatado pelo autor. O resultado desta pesquisa mostrou que 54,55% (12/22) dos animais tinham idade acima dos 6 anos e 45,45% (10/22) tinham idade entre 3 e 6 anos. Cães com menos de 3 anos não tiveram prevalência.

GRÁFICO 8 – PERCENTUAL 2, DE IDADE EM DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Esta diferença, entretanto, deve-se ao percentual de animais com idade acima de 6 anos mas que não tinham mais de 9 anos completos, ou seja, que não chegam a ser idosos, já que como é mostrado no gráfico 9 na página seguinte, fazendo a divisão desta forma, o índice de idade mais acometido volta ser entre 3 à 6 anos. A população de animais com idade entre 6 e 9 anos foi expressiva 31,82% (7/22), fator que contribuiu para que saísse da média descrita em literatura.

A partir desta amostra, pôde-se verificar que os dachshunds estão sendo acometidos pela DDIV mais tardiamente, já que a oscilação ficou mais próxima dos 7 anos de idade do que dos então relatados a partir de 3 anos. Talvez pela evolução da medicina veterinária, que assim como na humana, vêm aumentando a expectativa e a qualidade de vida dos pacientes.

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GRÁFICO 9 – PERCENTUAL 3, DE IDADE EM DACHSHUNDS ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Esta pesquisa mostrou que os cães lhasa apso estão entre as raças mais acometidas, já que sua incidência se igualou aos dachshund. O que possivelmente colabora com este índice é o fato do mercado de pequenos animais crescer 20% ao ano, estando em alta animais de porte menor, para viver em apartamentos (Notícia, CRMV-PR, 2007). O lhasa apso é um exemplo do que a notícia se refere, associado ao fato da localização do hospital (Clinivet) ficar próximo à vários prédios. A união destas duas situações, além do padrão predisposto da raça pode ter colaborado com o aumento de sua prevalência.

Assim como os dachshunds, a prevalência com o lhasa apso foi de 22 casos dos 81 relatados, que se observado, a somatória destas ocorrências registradas ultrapassam 50% dos cães acometidos. Em sua soma, estas duas raças representam 54,32% (44/81) e as demais raças 45,68% (37/81). Gráfico 10 abaixo.

GRÁFICO 10 – PERCENTUAL DAS RAÇAS DACHSHUNDS E LHASA APSO VERSUS DEMAIS ANIMAIS ACOMETIDOS PELA DDIV,

DADOS DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

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Os espaços intervertebrais mais acometidos no lhasa apso foram os seguintes: • T13-L1 (22,73% - 5 casos) • L1-L2 (18,18% - 4 casos) • T12-L3 (13,64% - 3 casos) • T12-T13 (9,09% - 2 casos)

E finalizando, na categoria outros com um caso cada (4,55% por EIV, 8 casos em sua soma): • T11-T12 (4,55% - 1 caso) • T12-L1 (4,55% - 1 caso) • T12-L2 (4,55% - 1 caso) • L2-L3 (4,55% - 1 caso) • L2-L5 (4,55% - 1 caso) • L3-L4 (4,55% - 1 caso) • L4-L5 (4,55% - 1 caso) • L5-L6 (4,55% - 1 caso)

Desta forma totalizam os 22 relatos na raça, como explanado no gráfico 11 abaixo.

GRÁFICO 11 – EIV ACOMETIDOS POR DDIV EM CÃES DA RAÇA LHASA APSO NO PERÍODO DE 01/01/2008 Á 01/03/2013, DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

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No caso da raça lhasa apso, a média de idade ficou em 5 anos (média variou de 3 anos e 1 mês à 10 anos e 3 meses). Quanto ao peso, os animais ficaram em média de 8 quilos (variando de 4,4kg á 17 kg). Informações por animal avaliado podem ser observadas na página seguinte no quadro 6.

QUADRO 6 – DADOS LHASA APSO ACOMETIDOS POR DDIV, REGIÃO TORACOLOMBAR/LOMBAR NO PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013, COLETADOS NA

CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR. DADOS LHASA APSO

Raça Idade Peso (kg) EIV Sexo

Lhasa Apso 4 anos e 5 meses 6,5 T13-L1 Macho Lhasa Apso 4 anos 7,2 T12-T13 Fêmea Lhasa Apso 8 anos 8,4 T12-L3 Macho Lhasa Apso 5 anos e 1 mês 10,9 L1-L2 Macho Lhasa Apso 4 anos 6,9 T13-L1 Macho Lhasa Apso 5 anos e 6 meses 17 T11-T12 Macho Lhasa Apso 5 anos e 5 meses 6 T12-T13 Macho Lhasa Apso 6 anos 9,1 T13-L1 Macho Lhasa Apso 3 anos e 1 mês 5,1 T13-L1 Fêmea Lhasa Apso 3 anos e 1 mês 6 T12-L1 Macho Lhasa Apso 4 anos e 1 mês 7,75 T12-L3 Macho Lhasa Apso 7 anos e 6 meses 4,4 L5-L6 Fêmea Lhasa Apso 4 anos e 1 mês 7 L2-L3 Macho Lhasa Apso 4 anos e 1 mês 7,6 L3-L4 Fêmea Lhasa Apso 10 anos e 3 meses 6,5 T12-L2 Macho Lhasa Apso 4 anos e 8 meses 8,8 L1-L2 Macho Lhasa Apso 7 anos e 4 meses 10 L1-L2 Fêmea Lhasa Apso 4 anos e 1 mês 7,7 T12-L3 Macho Lhasa Apso 3 anos e 6 meses 6,8 L2-L5 Fêmea Lhasa Apso 4 anos e 2 meses 14 L4-L5 Macho Lhasa Apso 5 anos e 4 meses 7,9 T13-L1 Fêmea Lhasa Apso 3 anos e 4 meses 6 L1-L2 Fêmea

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Entre os dados, 95,45% (21/22) dos animais acometidos foram considerados jovens à maduros e apenas 4,55% (1/22) dos animais acometidos foram considerados idosos. Gráfico 12 na página seguinte.

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GRÁFICO 12 – PERCENTUAL 1, DE IDADE EM LHASA APSO ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Nesta amostra analisada, os cães da raça lhasa apso, demonstraram estar dentro do índice de idade que é relatado em literatura, pois 81,82% (18//22) dos animais estão na faixa etária de 3 á 6 anos de idade, enquanto apenas 18,18% (4/22) se enquadram na faixa acima de 6 anos. Gráfico 13 abaixo.

GRÁFICO 13 – PERCENTUAL 2, DE IDADE EM LHASA APSO ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

Em relação ao peso destes animais, 77,27% (17/22) dos mesmos estavam na faixa considerada normal para a raça e 22,73% (5/22) foram considerados na faixa de sobrepeso. Gráfico 14 na próxima página.

(52)

GRÁFICO 14 – PERCENTUAL PESO LHASA APSO ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No que diz respeito ao gênero dos animais prevalentes, com o lhasa apso ocorreu o inverso do registrado com os dachshund. Com estes, o índice seguiu a literatura de SLATTER (1998), isso porque nesta raça 63,64% (14/22) eram machos e 36,36% (8/22) fêmeas. Gráfico 15 abaixo.

GRÁFICO 15 – PERCENTUAL GÊNERO LHASA APSO ACOMETIDOS PELA DDIV, REFERENTE PERÍODO DE 01/01/2008 À 01/03/2013,

DADOS COLETADOS NA CLINIVET PELO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: PRÓPRIO AUTOR (2013)

No que se refere à região cervical independente da raça acometida, nesta pesquisa, dos 43 casos verificados, o segmento C4-C5, diferentemente dos que os demais autores consultados para este levantamento relatam, teve 27,91% (12/43) dos casos.

Como era esperado o segmento C2-C3 foi um dos mais acometidos, prevalecendo 25,58% (11/43) dos casos mas não foi o mais acometido, como é citado em literatura.

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E por fim, a diminuição progressiva dos EIV seguintes: C3-C4 com 18,6% (8/43) das ocorrências, C5-C6 com 16,28% (7/43) e finalizando C6-C7 11,63% (5/43) dos prevalentes (tabela 7), estão de acordo com o que outros autores verificaram em seus estudos.

Talvez esta diferença se deva ás raças mais acometidas verificadas na amostra dos demais autores em comparação à amostra encontrada neste estudo, pois houve uma variação significativa na relação de diferentes raças prevalentes (quadro 7).

QUADRO 7 – RAÇAS MAIS ACOMETIDAS POR DDIV, REGIÃO CERVICAL, SEGUNDO DADOS DE LITERATURA E DO PRÓPRIO AUTOR

FONTE: SLATTER (1998); FOSSUM (2002); BRISSON (2010); PRÓPRIO AUTOR (2013) RAÇAS MAIS ACOMETIDAS REGIÃO CERVICAL

DEMAIS AUTORES PRÓPRIO AUTOR

Beagle Beagle

Dachshunds Bulldog Francês Labrador Retriever Bull Terrier

Poodle Toy Cocker Spaniel Americano Rottweillers Cocker Spaniel Inglês

- Dachshund - Dálmata - Lhasa Apso - Pequinês - Poodle - Pug - Schnauzer - Shih Tzu - SRD - York

Referências

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