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Mapa 6. Mapa de geológico da região de Taió, SC

4. EFEITOS PRÁTICOS DAS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO MINERAL

4.2. RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS

Os resultados apresentados a seguir (Quadros 2, 3 e 4) são transcrições fiéis em conteúdo às declarações dos sócios-proprietários e responsáveis técnicos das respectivas empresas mineradoras entrevistadas, sem influência direta por parte do autor do estudo na forma de elucidações de quais mudanças reentes ocorreram na legislação mineral, objetivando não exercer influência nas respostas obtidas.

4.2.1. CETARB Comércio de Minérios Ltda.

Quadro 2 – Questionário e Respostas do Minerador - CETARB

(continua) Data de aplicação do questionário 11 de julho de 2019

Nome da empresa CETARB Comércio de Minérios Lmtda;

Data de fundação 16 de fevereiro de 1990

Local da sede administrativa Mafra, Santa Catarina Local da principal lavra em atividade Mafra, Santa Catarina Sócio-proprietário entrevistado Omar Antonio Henning Responsável Técnico pela lavra Rudolph Skaasgard Principais documentos vigentes relativos a

atividade minerária

Portaria de Lavra e Licença Ambiental de Operação

Substância mineral extraída Diamictito

Produção anual total da principal lavra 42.300 toneladas/ano

Método de lavra Céu aberto, desmonte por explosivos

Em relação às mudanças ocorridas na legislação mineral no período dos últimos dois anos, foram notadas diferenças que impactaram na atuação da empresa?

“Não, na verdade não porque estas mudanças ocorreram posteriormente às emissões das nossas Portarias de Lavra, até o momento não nos afetou. Um impacto positivo foi a redução na cobrança da CFEM para o nosso caso (substâncias minerais de uso imediato na construção civil).”

Quais são as principais dificuldades encontradas hoje pela empresa em relação aos regimes de aproveitamento de recursos minerais?

“A burocracia, principalmente em relação a parte ambiental e a dificuldade em se conseguir qualquer licença devido a morosidade processual.”

Quadro 2 – Questionário e Respostas do Minerador – CETARB

(conclusão)

4.2.2. Mival Mineração do Vale do Rio Tijucas Ltda.

Quadro 3 – Questionário e Respostas do Minerador - Mival

(continua) Data de aplicação do questionário 27 de agosto de 2019

Nome da empresa Mival Mineração do Vale do Rio Tijucas Ltda

Data de fundação 30 de dezembro de 1977

Local da sede administrativa Canelinha, Santa Catarina Local da principal lavra em atividade Major Gercino, Santa Catarina Sócio-proprietário entrevistado Hugo da Silva

Responsável Técnico pela lavra entrevistado Edson Ávila Em frente a estas dificuldades apresentadas, o

minerador possui sugestões de soluções para estes problemas?

“Colocar mais gente capacitada na análise dos processos, de forma a dar mais celeridade nos tramites e a simplificação da parte burocrática e de exigências por parte dos órgãos reguladores.” Em relação à mudança do DNPM para ANM

como órgão de regulação e fiscalização das atividades minerárias, houve algum impacto em relação à atividade da empresa?

“Nada diferente.”

Em relação ao novo regime de disponibilidade de áreas, com previsão da adoção de leilão eletrônico como parte do processo de requerimento de áreas em disponibilidade, qual a sua opinião?

“Eu cheguei a ver esta notícia mas não estou 100% esclarecido sobre o assunto. A minha impressão inicial é que as áreas acabarão ficando na mão de gente que tem mais dinheiro, das grandes mineradoras, prejudicando assim as pequenas.”

Em relação à aplicação da CFEM na forma de melhorias na infraestrutura e na qualidade ambiental nas áreas impactadas pela atividade de extração mineral, o minerador observou estes retornos em investimentos, seja por parte do poder municipal, estadual ou federal?

“Não observei nada do tipo, mas acredito que depende muito mais do prefeito e do secretário de obras do município efetuar esse tipo de investimento nas proximidades da mina.”

Quadro 3 – Questionário e Respostas do Minerador – Mival

(continua) Principais documentos vigentes relativos a

atividade minerária

Portaria de Lavra e Licença Ambiental de Operação

Substância mineral extraída Caulim

Produção anual total da principal lavra 25.000 toneladas/ano

Método de lavra Céu aberto, desmonte mecânico

Em relação às mudanças ocorridas na legislação mineral no período dos últimos dois anos, foram notadas diferenças que impactaram na atuação da empresa?

“Senti principalmente que agora ocorre mais pressão para a movimentação de áreas ociosas por parte da ANM.”

Quais são as principais dificuldades encontradas hoje pela empresa em relação aos regimes de aproveitamento de recursos minerais?

“Tudo é muito lento, a demora para análise dos processos e vistorias. Tem a questão da proteção do investimento em pesquisa por parte da empresa no caso de caducidade das áreas. Os detalhes e exigências nos licenciamentos que não impactam diretamente no aproveitamento mineral em si é outro problema, que esbarra na burocracia processual.”

Em frente a estas dificuldades apresentadas, o minerador possui sugestões de soluções para estes problemas?

“A ANM levar em consideração a questão de reserva estratégica por parte da mineradora, pensando no planejamento a longo prazo, o que não necessariamente torna uma área ociosa. Facilitar a questão do agrupamento mineiro, facilitando a exploração de substâncias minerais afins, que estejam no mesmo contexto geológico local, no mesmo processo licitatório. Maior agilidade nos tramites dos processos e digitalização dos mesmos. Acabar com a estabilidade dos funcionários públicos da Agência e implementar uma avaliação por produção e rendimento.”

Quadro 3 – Questionário e Respostas do Minerador – Mival

(conclusão) Em relação à mudança do DNPM para ANM

como órgão de regulação e fiscalização das atividades minerárias, houve algum impacto em relação à atividade da empresa?

“A fiscalização ficou mais intensa, no caso específico desta mineradora fazia 15 anos que não recebíamos uma fiscalização. Desde a mudança do DNPM para ANM já recebemos três.”

Em relação ao novo regime de disponibilidade de áreas, com previsão da adoção de leilão eletrônico como parte do processo de requerimento de áreas em disponibilidade, qual a sua opinião?

“Acho interessante porque acaba oportunizando para todo mundo, evitando a especulação dos processos minerais, só tem que tomar cuidado com a celeridade de julgamento dos recursos nos casos de contestações.”

Em relação à aplicação da CFEM na forma de melhorias na infraestrutura e na qualidade ambiental nas áreas impactadas pela atividade de extração mineral, o minerador observou estes retornos em investimentos, seja por parte do poder municipal, estadual ou federal?

“A prefeitura não aplica de forma correta os valores em melhorias do entorna da mineração, não vejo melhoria nenhuma nesse sentido. Outra sugestão seria a melhor divulgação na aplicação dos recursos recolhidos pela CFEM, uma prestação de contas.”

4.2.3. Sol Mineração Ltda.

Quadro 4 – Questionário e Respostas do Minerador – Sol

(continua) Data de aplicação do questionário 7 de outubro de 2019

Nome da empresa Sol Mineração Ltda

Data de fundação 21 de maio de 2008

Local da sede administrativa Taió, Santa Catarina Local da principal lavra em atividade Taió, Santa Catarina

Sócio-proprietário José Antônio Betinardi Facchini

Responsável Técnico pela lavra entrevistado Cristian Elias Lagos Montero Principais documentos vigentes relativos a

atividade minerária

Portaria de Lavra e Licença Ambiental de Operação

Substância mineral extraída Diabásio

Produção anual total da principal lavra 120 toneladas/ano

Quadro 4 – Questionário e Respostas do Minerador – Sol

(conclusão) Método de lavra Céu aberto, barricadas com extração por corte

diamantado Em relação às mudanças ocorridas na legislação

mineral no período dos últimos dois anos, foram notadas diferenças que impactaram na atuação da empresa?

“Houve a diminuição de CFEM de dois para um por cento.”

Quais são as principais dificuldades encontradas hoje pela empresa em relação aos regimes de aproveitamento de recursos minerais?

“Aumento exagerado do valor cobrado pela Guia de Utilização, a demora nos processos e fiscalizações. Detalhes e exigências nos licenciamentos que não impactam diretamente na produção mineral, o exagero de burocracias em geral.”

Em frente a estas dificuldades apresentadas, o minerador possui sugestões de soluções para estes problemas?

“Maior comunicação da ANM com os responsáveis técnicos, no sentido de esclarecimento dos critérios das exigências, para auxiliar e não só fiscalizar o produtor.”

Em relação à mudança do DNPM para ANM como órgão de regulação e fiscalização das atividades minerárias, houve algum impacto em relação à atividade da empresa?

“O aumento no rigor técnico para aprovações dos licenciamentos.”

Em relação ao novo regime de disponibilidade de áreas, com previsão da adoção de leilão eletrônico como parte do processo de requerimento de áreas em disponibilidade, qual a sua opinião?

“Ainda não foi publicada resolução específica, mas tenho receios quanto a parte processual de como funcionará os leilões.”

Em relação à aplicação da CFEM na forma de melhorias na infraestrutura e na qualidade ambiental nas áreas impactadas pela atividade de extração mineral, o minerador observou estes retornos em investimentos, seja por parte do poder municipal, estadual ou federal?

“Não senti melhora nenhuma até agora, mas por parte das prefeituras ouvi promessas de auxílio à atividade mineradora, como forma de interesse de aumento da arrecadação.”

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