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O estudo foi realizado com base em informações do SINAN e está sujeito a limitações que pode em maior ou menor grau interferir nos resultados apresentados, uma vez que os dados foram registrados por diferentes profissionais e apresenta informações registradas em branco.

Na série histórica de 08 anos que compõem o estudo, representado pelo período de 2003 a 2010 foram diagnosticados 2106 casos novos de Hanseníase, dentre eles, 245 em idosos residentes no Distrito Federal – Brasil. Desta maneira, a população idosa com a doença representa 11,77% do total de casos novos diagnosticados no período do estudo.

No Distrito Federal- Brasil, no período de 2003 a 2010 de acordo com a tabela 1 foram registrados no ano de 2006, 40 novos casos em idosos, apresentando um coeficiente de detecção de 1,7, o mais alto da série histórica. O ano de 2008 apresentou uma redução para 0,9 e, em 2009 ocorreu um aumento para 1,3 havendo uma redução em 2010 para 1,0.

Tabela 1 - Total de casos novos de Hanseníase em idosos em todo o DF de 2003 a 2010.

Ano Diagnóstico 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Pop. do DF 12189792 233614 2333109 2383784 2434033 2557158 2.606.884 2.606.884 Total de casos 35 26 26 40 35 23 34 26 novos em idosos Coeficiente de Detecção 1,6 1,2 1,1 1,7 1,4 0,9 1,3 1,0 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

De acordo com a tabela 2 até a data de 14 de dezembro de 2010, em relação ao coeficiente de detecção por Região Administrativa do Distrito federal- Brasil,em 2003 Riacho Fundo se destacou com 4,5, em 2004, Santa Maria com 2,8, em 2005 Candangolândia apresentou 5,6, em 2006 Núcleo Bandeirante e Paranoá/Itapoã apresentaram 4,7, em 2007 Paranoá/Itapoã 6,5, 2008 Núcleo Bandeirante 7,2, em 2009, Paranoá/Itapoã 6,1 e em 2010, até a data supracitada, Lago Norte com 3,5.

Tabela 2- Casos novos (N) e coeficiente de detecção (C.D) por 100.000 habitantes, em idosos residentes no DF no período de 2003 a 2010 de acordo com a região administrativa de residência. 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Região Administrativa N C. D N C.D N C.D N C.D N C.D N C.D N C.D N C.D Asa Norte 0 0 0 0 0 0 1 0,9 0 0 0 0 0 0 0 0 Asa Sul 1 0,9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Brazlândia 2 3,6 1 1,7 0 0 1 1,6 2 3,5 0 0 2 3,3 0 0 Candangolândia 0 0 0 0 1 5,6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ceilândia 1 0,8 0 0 1 0,3 5 1,3 6 1,6 3 0,7 6 1,5 5 1,2 Cruzeiro 0 0 0 0 0 0 0 0 2 4,2 1 2 0 0 0 0 Gama 0 0 0 0 0 0 3 2 3 2,3 3 2,2 1 0,7 1 0,7 Guará 0 0 0 0 0 0 2 1,5 2 1,5 1 0,7 1 0,7 1 0,7 Lago Norte 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3,6 0 0 1 3,5 Lago Sul 0 0 0 0 0 0 1 3,1 0 0 0 0 0 0 0 0 Núcleo Bandeirante 1 2,6 0 0 0 0 2 4,7 1 3,8 2 7,2 0 0 0 0 Paranoá/ Itapoã 0 0 1 1,7 1 1,6 3 4,7 3 6,5 0 0 3 6,1 0 0 Planaltina 1 0,6 1 0,6 2 1,2 1 0,6 2 1,2 2 1,2 7 4 2 1,1 Recanto das Emas 2 2 0 0 1 0,9 0 0 2 1,7 0 0 3 2,4 3 2,4 Riacho Fundo 2 4,5 0 0 0 0 0 0 2 1,7 0 0 3 2,4 3 2,4 Samambaia 1 0,6 4 2,2 2 1,1 1 0,5 3 1,7 3 1,7 2 1,1 3 1,6 Santa Maria 0 0 3 2,8 1 0,9 0 0 2 1,9 0 0 0 0 2 1,8 São Sebastião 1 1,5 0 0 0 0 3 4 1 1,6 0 0 0 0 0 0 SIA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5,7 0 0 0 0 Sobradinho 1 0,7 2 1,4 1 0,7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Sudoeste /Octogonal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1,8 0 0 0 0 Taguatinga 3 1,2 1 0,4 0 0 6 2,1 4 1,5 2 0,7 2 0,7 2 0,7 Local de residência ñ informado 14 .... 26 .... 26 .... 40 .... 35 .... 23 .... 34 .... 26 .... Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

A partir de 2007 surgiram novas regiões administrativas, como nos mostra a tabela 2.1, tornando possível o cálculo do coeficiente de detecção, sendo que apresentou destaque a partir de 2007 a Região Administrativa Jardim Botânico com um coeficiente de detecção de 5,7, em 2008 de 5,4 em 2009 de 5,3, e em 2010 reduziu para 1,1. A Região Administrativa Varjão apresentou um coeficiente de detecção considerado hiperendêmico de 67,3 em 2009 reduzindo em 2010 para 13,5.

Tabela 2.1 Casos novos (N) e coeficiente de detecção (C.D), por 100.000 habitantes em idosos residentes no DF que a partir do período de 2007 a 2010 obtiveram o número da população para cálculo do coeficiente de detecção de acordo com a região administrativa de residência.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Região Administrativa N C. D N C.D N C.D N C.D N C.D N C.D N C.D N C.D Águas Claras 1 .... 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Park Way 0 0 1 .... 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Itapoã .... .... .... .... .... ... 2 .... 1 1,9 1 1,8 1 1,7 2 3,5 Jardim Botânico .... .... .... .... .... .... .... .... 1 5,7 1 5,4 1 5,3 2 10,7 Sudoeste/Octogonal .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... 1 1,8 .... .... .... .... Riacho Fundo II .... .... 1 .... .... .... .... .... .... .... .... .... 1 4,6 .... .... Varjão .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... 5 67,6 1 13,5 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

As Regiões Administrativas que apresentam maior coeficiente de detecção no período de 2003 a 2010, são respectivamente: Núcleo Bandeirante com 7,2; Paranoá/Itapoã com 6,5 e SIA, 5,7. Nas regiões administrativas que passaram a ter definido o número de habitantes a partir de 2007, sendo possível realizar o cálculo a partir deste ano, apresentaram destaque com um alto coeficiente de detecção o Jardim Botânico com um índice de 10,7 e Varjão com um coeficiente de detecção de 67,6.

Dentre as todas as Regiões Administrativas, destacam-se Varjão, Jardim Botânico, Núcleo Bandeirante, Paranoá e SIA, com um coeficiente de detecção acima de 5,0.

No que se refere aos serviços de saúde nas Regiões Administrativas pesquisadas, de acordo com a tabela 3, destacaram-se as Regionais Norte – 47 (19,2%) dos casos, sendo esta regional composta por várias unidades como o Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), Varjão e dois Centros de Saúde (CSB 02 e CSB 13), a Regional de Ceilândia composta pelo Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e os Centros de Saúde (CSC 02, CSC 03, CSC 04, CSC 05, CSC 06) e a Regional de Taguatinga composta pelo Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Centros de Saúde (CST 01, CST 02, CST 03, CST 04, CST 05, CST 06, CST 07) e a Policlínica de Taguatinga.

Tabela 3 - Distribuição dos casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo serviços de saúde.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Regionais de Saúde Nº % Nº % Nº %º Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Sul 1 2,9 3 12 2 7,7 4 10 2 6 3 13 0 0 0 0 15 6,1 Norte 8 22,9 1 3,8 6 23 3 7,5 2 6 6 26 11 32 10 39 47 19 Ceilândia 6 17,1 2 7,7 4 15 5 13 5 14 1 4,3 3 8,8 3 12 29 12 Brazlândia 3 8,6 1 3,8 0 0 1 2,5 2 6 0 0 1 2,9 0 0 8 3,3 Taguatinga 4 11,4 5 19 1 3,8 7 18 5 14 2 8,7 3 8,8 2 7,7 29 12 Sobradinho 1 2,9 1 3,8 3 12 3 7,5 0 0 0 0 0 0 0 0 8 3,3 Planaltina 3 8,6 1 3,8 3 12 1 2,5 2 6 2 8,7 8 24 1 3,8 21 8,6 Guará 1 2,9 0 0 0 0 1 2,5 2 6 2 8,7 0 0 0 0 6 2,4 Samambaia 1 2,9 4 15 2 7,7 1 2,5 2 6 2 8,7 1 2,9 2 7,7 15 6,1 Gama 1 2,9 1 3,8 0 0 3 7,5 2 6 3 13 1 2,9 0 0 11 4,5 Recanto das Emas 1 2,9 1 3,8 1 3,8 1 2,5 1 3 0 0 2 5,9 3 12 10 4,1 Santa Maria 2 5,7 3 12 1 3,8 1 2,5 2 6 0 0 0 0 2 7,7 11 4,5 São Sebastião 1 2,9 0 0 0 0 2 5 1 3 0 0 0 0 1 3,8 5 2 Núcleo Bandeirante 2 5,7 2 7,7 3 12 1 2,5 1 3 1 4,3 1 2,9 0 0 11 4,5 Paranoá 0 0 1 3,8 0 0 6 15 6 17 1 4,3 3 8,8 2 7,7 19 7,8 Total 35 14,2 26 11 26 11 40 16 35 14 23 9,3 34 14 26 11 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

Na tabela 4 observa-se que os casos novos de Hanseníase no período analisado foi predominante na população idosa masculina apresentando uma diferença de 15,1% em relação a população idosa feminina.

Tabela 4 - Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo o sexo e ano do diagnóstico.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Sexo N % N % N % N % N % N % N % N % N % Masculino 25 71 17 65 17 65 25 63 16 45,7 14 61 16 47 11 42 141 58 Feminino 10 29 9 35 9 44 15 38 19 54,2 9 39 18 53 15 58 104 42 Total 35 14 26 11 26 11 40 16 35 14,2 23 9,3 34 14 26 11 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

Quanto a faixa etária de idosos em que os casos de hanseníase apresentam mais freqüência de acordo com a tabela 5 observamos que a faixa de 60 a 69 anos se destaca seguida da faixa etária de 70 a 79 anos.

Tabela 5- Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo faixa etária e ano do diagnóstico.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Faixa Etária N % N % N % N % N % N % N % N % N % 60 a 69 anos 23 66 15 58 19 73 21 53 20 57 13 57 21 62 16 62 148 60,4 70 a 79 anos 9 26 10 38 4 15 14 35 15 43 10 43 12 35 8 31 82 33,4 80 anos e mais 3 8,5 1 3,4 3 12 5 13 0 0 0 0 1 2,9 2 7,6 15 6,1 Total 35 14 26 11 26 11 40 16 35 14 23 9,3 34 14 26 11 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

No que diz respeito ao grupo étnico, a tabela 6 nos mostra que 116 (47,3%), dos pacientes se reconhecem como branco e a segunda categoria mais freqüente foi a cor parda correspondendo a 88 (35,9%) dos casos novos em idosos diagnosticados no período.

Tabela 6- Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo raça.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Grupo Étnico N % N % N % N % N % N % N % N % N % Ignorado/Branco 2 5,7 1 3,8 5 19 4 10 2 5,7 2 8,6 1 2,9 0 0 17 6,9 Branca 20 57 16 61,5 7 27 20 5 14 40 13 56 14 41 12 46 116 47 Preta 2 5,7 2 7,6 1 3,8 3 7,5 2 5,7 1 4,3 5 15 3 12 19 7,7 Amarela 0 0 0 0 0 0 3 7,5 1 2,8 0 0 0 0 1 3,8 5 2 Parda 11 31 7 26,9 13 50 10 25 16 46 7 30 14 42 10 38 88 36 Total 35 14 26 10,6 26 11 40 16 35 14 23 9,3 34 14 26 11 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

Segundo a informação de escolaridade, 72 (29,3%) dos idosos diagnosticados com Hanseníase no período cursaram do 1º ao 4º ano incompleto do Ensino Fundamental e 52 (21,2%) são analfabetos. Chama-nos a atenção o número de notificações em que o grau de instrução não foi informado permanecendo como ignorado/branco 52 (21,22%) dos casos registrados.

Tabela 7 - Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo escolaridade. Escolaridade 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total % Ign/Branco 6 3 6 6 7 8 9 5 50 20,4 Analfabeto 10 7 6 10 8 3 5 3 52 21,2 1ª a 4ª série incompleta do

E.F (Ensino Fundamental) 10 7 8 10 11 7 9 10 72 29,3 4ª série completa do EF 0 0 0 0 6 2 6 2 16 6,5 5ª a 8ª série incompleta do

E.F 4 8 5 9 2 3 2 1 34 13,8 E. F Completo 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0,8 Ensino Médio incompleto 2 1 1 1 0 0 0 1 6 2,4 Ensino Médio completo 0 0 0 0 0 0 0 2 2 0,8 Educação Superior

incompleta 0 0 0 0 0 0 1 1 2 0,8 Educação Superior completa 3 0 0 4 0 0 1 1 9 3,6 Total 35 26 26 40 35 23 34 26 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

Na investigação da classificação operacional preconizada pelo Ministério da Saúde, os casos multibacilares são maioria, 188 (76,7%) em relação aos paucibacilares, 57 (23,2%) dos 245 casos novos diagnosticados.

Tabela 8 - Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo Classificação Operacional. 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Classificação Operacional N % N % N % N % N % N % N % N % N % Multibacilar 27 77 23 88 17 65 34 85 22 63 18 78 27 79 20 77 188 77 Paucibacilar 8 23 3 12 9 35 6 15 13 37 5 22 7 21 6 23 57 23 Total 35 14 26 11 26 11 40 16 35 14 23 9 34 14 26 11 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

A tabela 9 mostra que predomina entre os novos casos de Hanseníase em idosos residentes no DF no período analisado a forma clínica Dimorfa 81 (33%), seguida da Virchowiana 75 (30,6%).

Tabela 9 - Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo forma clínica. 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Forma Clínica N % N % N % N % N % N % N % N % N % Ignorada/branco 0 0 1 3,8 0 0 1 2,5 4 11 1 4,3 2 6 1 4 10 4,1 Indeterminada 1 2,9 1 3,8 0 0 1 2,5 5 14 0 0 2 6 3 12 13 5,3 Tuberculóide 6 17 3 12 7 8 8 20 8 23 4 17 6 18 3 12 45 18 Virchowiana 13 37 11 42 9 35 7 18 9 26 8 35 7 21 11 42 75 31 Dimorfa 10 29 9 35 8 31 21 53 7 20 7 30 14 41 5 19 81 33 Não Classificada 5 14 1 3,8 2 7,7 2 5 2 5,7 3 13 3 9 3 12 21 8,6 Total 35 14 26 11 26 11 40 16 35 14 23 9,3 34 14 26 11 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

A distribuição em relação ao sexo dos idosos com hanseníase e a forma clínica no período de 2003 a 2010 na tabela 10, demonstrou que na população feminina, o total de casos é de 104 (42,44%). Sendo Ignorado – 4 (3,8%), Indeterminado 10 (9,6); Tuberculóide 25 (24%); Dimorfa 34 (32,7%), Virchowiana 21(20,2%), Não classificado 10 (9,6%). Predomina na população idosa feminina a forma clínica Dimorfa, com 32,7% dos casos.

Na população masculina, o total de casos é de 141 (57,5%). Sendo Ignorado 6 (4,3%), Indeterminada 3 (2,1%), Tuberculóide 20 (14,2%), Dimorfa 47 (33,3%), Virchowiana 54 (38,3%), Não Classificada 11 (7,8%). Predomina na população idosa masculina a forma clínica Virchowiana, com 38,3% dos casos. Destacam-se portanto, as formas clínicas Virchowiana na população masculina e Dimorfa na população feminina da amostra.

Tabela 10 - Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo sexo e forma clínica.

Masculino Feminino Total Forma Clínica N % N % N % Ignorado/Branco 6 60 4 40 10 4 Indeterminada 3 23,1 10 77 13 5,3 Tuberculóide 20 44,4 25 56 45 18,3 Dimorfa 47 58 34 42 81 33 Virchowiana 54 72 21 28 75 30,6 Não Classificada 11 52,4 10 48 21 8,5 Total 141 57,6 104 42 245 100

Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

Relacionando forma clínica e grau de incapacidade, na tabela 11 observamos que as formas clínicas Virchoviana 21 (28%) e Dimorfa 18 (22,2%) apresentam respectivamente mais casos com Grau II de incapacidade no momento do diagnóstico e as formas clínicas

Tuberculóide 29 (64,4%) e Indeterminada 7 (53,8%) apresentam mais casos com Grau 0 de incapacidade no momento do diagnóstico.

Tabela 11- Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo forma clínica e grau de incapacidade física no momento do diagnóstico.

Ignorado/Branco Indeterminada Tuberculóide Dimorfa Virchowiana

Não Classificada Total Grau de Incapacidade N % N % N % N % N % N % N % Ignorado/Branco 0 0 0 0 0 0 1 1,2 1 1,3 0 0 2 0,8 Grau 0 3 30 7 54 29 64 24 30 22 29 6 28,6 91 37,1 Grau I 4 40 5 39 11 24 31 38 24 32 6 28,6 81 33,1 Grau II 3 30 1 7,7 1 2,2 18 22,2 21 28 6 28,6 50 20,4 Não Avaliado 0 0 0 0 4 8,9 7 8,6 7 9,3 3 14,3 21 8,6 Total 10 4 13 5,3 45 18 81 33 75 31 21 8,5 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010).

Relacionando a forma clínica com o sexo, a tabela 12 nos mostra que em ambos os sexos predomina o Grau 0 de incapacidade, sendo 43 (30,5%) no sexo masculino e no sexo feminino 51 (38,5%) no momento do diagnóstico. No entanto, por ser maioria dos casos no sexo masculino, como demonstrado na tabela 11, as formas clínicas com classificação operacional multibacilar, verifica-se um índice mais elevado de Incapacidade Grau II no momento do diagnóstico no sexo masculino 34 (24,1%) do que no sexo feminino 16 (15,4%). Tabela 12- Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo sexo e grau de incapacidade física no momento do diagnóstico.

Masculino Feminino Total Grau de Incapacidade N % N % N % Ignorado/Branco 1 0,7 1 1 2 0,8 Grau 0 51 36,2 40 38,5 91 37,1 Grau I 43 30,5 38 36,5 81 33,1 Grau II 34 24,1 16 15,4 50 20,4 Não Avaliado 12 8,5 9 8,7 21 8,6 Total 141 57,5 104 42,4 245 100

Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

De acordo com a tabela 13 que analisa o Grau de incapacidade de acordo com o ano do diagnóstico indica que os anos de 2004 e 2008 apresentaram um maior índice de diagnósticos com incapacidade Grau II, respectivamente, que nos demais anos do estudo. Do total de casos notificados, no momento do diagnóstico, o grau de incapacidade predominante foi Grau 0 91 (37,1%) e os demais, Grau I 81 (33,1%) e Grau II 50 (20,4%).

Tabela 13 - Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo grau de incapacidade física no momento do diagnóstico e ano diagnóstico.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Grau de Incapacidade N % N % N % N % N % N % N % N % N % Ignorado/Branco 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2,9 0 0 1 2,9 0 0 2 0,8 Grau 0 16 46 4 15,4 11 42,3 13 32,5 12 34,3 5 21,7 18 53 12 46,2 91 37,1 Grau I 6 17 15 57,7 6 23,1 14 35 13 37,1 12 52,2 8 24 7 26,9 81 33,1 Grau II 7 20 7 26,9 5 19,2 8 20 7 20 6 26,1 5 15 5 19,2 50 20,4 Não Avaliado 6 17 0 0 4 15,4 5 12,5 2 5,7 0 0 2 5,9 2 7,7 21 8,6 Total 35 14 26 10,6 26 10,6 40 16,3 35 14,2 23 9,3 34 14 26 10,6 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

A tabela 14 nos mostra um ponto favorável no ano de 2010 em relação à distribuição segundo grau de incapacidade no momento da cura. Os pacientes apresentando Grau 0 de incapacidade são maioria (66,7%) e pacientes avaliados no momento da cura (alta por cura) com incapacidade Grau II, (0%) o que denota um diagnóstico precoce, por não deixar seqüelas mais graves nos pacientes curados. Outro ponto significativo é que nenhum caso deixou de ser avaliado antes de ser definido como curado, demonstrando ter sido realizada uma avaliação clínica e não somente alta pelo término da poliquimioterapia.

Outro aspecto a ser considerado de acordo com a tabela 13, é que em 2008 foram detectados 23, e em 2009, 34 novos casos de Hanseníase em idosos, no qual se infere que estes pacientes tenham sido submetidos à poliquimioterapia e teoricamente, deveriam receber alta por cura no ano de 2010. Somente 03 casos receberam alta por cura em 2010, o que pode ser considerado um quantitativo insuficiente.

Tabela 14 - Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo grau de incapacidade física no momento da cura.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Grau de Incapacidade N % N % N % N % N % N % N % N % N % Ignorado/Branco 0 0 0 0 2 11 3 9,1 0 0 0 0 0 0 0 0 5 2,9 Grau 0 17 68 8 36 4 21 10 30 16 51,6 7 38,9 11 50 2 66,7 75 43,4 Grau I 5 20 7 32 7 37 7 21 7 22,6 8 44,4 7 31,8 1 33,3 49 28,3 Grau II 2 8 4 18 1 5,3 4 12 5 16,1 2 11,1 3 13,6 0 0 21 12,1 Não Avaliado 1 4 3 14 5 26 9 27 3 9,7 1 5,6 1 4,5 0 0 23 13,3 Total 25 14 22 13 19 11 33 19 31 17,9 18 10,4 22 12,7 3 1,7 173 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

No que se refere ao número de lesões, a tabela 15 demonstra que os pacientes apresentando acima de 5 lesões são maioria – 102 (41,63%) dos casos, de 2 a 5 lesões – 69

(28,16%) e lesão única – 34 (13,87%) e 40 (16,32%) a quantidade de lesões que no momento do diagnóstico é ignorada. Percebe-se um número elevado de casos com mais de 5 lesões, o que denuncia um diagnóstico tardio e uma predominância da forma clínica multibacilar da população analisada.

Tabela 15 - Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo o número de lesões no diagnóstico.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Lesões N % N % N % N % N % N % N % N % N % Ignorado/Branco 7 20 5 19,2 5 19,2 6 15 2 5,7 4 17,3 7 20,5 4 15,3 40 16 Lesão única 4 11,4 4 15,3 2 7,6 6 15 8 22,8 0 0 5 14,7 5 19,2 34 14 2-5 lesões 10 28,5 9 34,6 8 30,7 9 23 11 31,4 9 39,1 11 32,3 2 7,6 69 28 >5 Lesões 14 40 8 30,7 11 42,3 19 48 14 40 10 43,4 11 32,3 15 57,6 102 42 Total 35 14,2 26 10,6 26 10,6 40 16 35 14,2 23 9,3 34 13,8 26 10,6 245 100 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

A tabela 16 nos mostra que foram examinados 80% dos contatos dos idosos com 80 anos e mais, tendo destaque em relação às demais faixas etárias da pesquisa.

Tabela 16- Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo os contatos de acordo com a faixa etária.

Faixa Etária Ctt Registrado Ctt Examinado %Ctt Examinado 60 a 69 anos 555 351 63,2 70 a 79 anos 268 202 75,4 80 anos e mais 75 60 80 Total 898 613 68,3

Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

A tabela 17 nos mostra que ocorreu uma redução no número de contatos registrados nos serviços de saúde no ano de 2010 em relação aos anos anteriores.

Tabela 17- Casos novos em idosos residentes no DF, no período de 2003 a 2010, segundo os contatos de acordo com o ano do diagnóstico.

Ano Diagnóstico 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Contatos registrados 158 127 107 124 124 63 117 78 898 Contatos examinados 109 102 66 72 89 42 84 49 613 %Contatos

examinados 69 80,3 61,7 58,1 71,8 66,7 71,8 62,8 68,3 Fonte: SINAN/NET –SES –DF (Dados preliminares até 14 de dezembro de 2010)

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