• Nenhum resultado encontrado

Além das estimativas gerais para o país, foi feita a análise de custos envolvidos no processo de universalização de tratamento de resíduos sólidos para cada uma das cinco regiões brasileiras. As análises foram feitas para atingimento das metas intermediárias (até 2023) e finais (2031), num cenário que desconsidera o tratamento térmico, e outro que o considera.

Optou-se por essa fórmula de análise, por dois motivos:

• As metas (intermediárias e finais) para cada região são bastante dis- crepantes entre si, conforme observa-se no nos Quadros 30 e 31. • Pelas condições dos municípios de cada região (financeiras, de-

senvolvimento do setor, população, PIB, entre outros), a necessida- de de investimento para atingir a meta é diferente em cada região.

Para a região Norte, calculou-se a geração total de 5,5 milhões de toneladas de RSU por ano. Desse total, segundo as metas do Planares, dever-se-ia reduzir a disposição de 45% dos resíduos secos e 53% dos resíduos sólidos úmidos em aterros sanitários, até 2031 (15% e 30%, respectivamente, até 2023).

Com base nessas premissas, tem-se que seria necessário R$ 1,09 bi- lhão de reais em investimentos para implantação da infraestrutura ade- quada para tratamento e disposição final dos resíduos sólidos. Desse total, R$ 0,86 bilhão deveria ser aplicado até 2023, para cumprimento das metas intermediárias.

Na região, a maior parte dos investimentos deve ser alocada para a construção de aterros sanitários e na recuperação energética do biogás captado. Nos estados do Norte não seria implantada nenhuma usina de tratamento térmico, pelo fato de que nenhuma microrregião produz a quantidade mínima de resíduos que torna esse tipo de tratamento viável.

Para operação da nova estrutura de gestão de resíduos, seria neces- sário R$ 0,63 bilhão anualmente após o cumprimento das metas inter- mediárias previstas no Planares (atingidas até 2023), e R$ 0,72 bilhão a cada ano após o atingimento das metas finais (cumpridas até 2031).

NORTE

NORDESTE

Para a região Nordeste, calculou-se a geração total de 19,5 milhões de toneladas de RSU por ano. Desses, segundo as metas do Planares, dever- -se-ia reduzir a disposição de 25% dos resíduos secos e 50% dos resídu- os sólidos úmidos em aterros sanitários, até 2031 (19% e 30%, respecti- vamente, até 2023).

Com base nessas premissas, tem-se que seriam necessários R$ 3,77 bilhões de reais em investimentos para implantação da infraestrutura adequada para tratamento e disposição final dos resíduos sólidos. Desses, R$ 2,91 bilhões deveriam ser aplicados até 2023, para cumprimento das metas intermediárias.

Na região, a maior parte dos investimentos deve ser alocada para a construção de aterros sanitários e na recuperação energética do biogás captado. Nos estados do Nordeste não seria implantada nenhuma usina de tratamento térmico, pelo fato de que nenhuma microrregião produz a quantidade mínima de resíduos que torna esse tipo de tratamento viável.

Para operação da nova estrutura de gestão de resíduos, seriam neces- sários R$ 2,37 bilhões anualmente após o cumprimento das metas inter- mediárias previstas no Planares (atingidas até 2023) e R$ 2,73 bilhões por ano após o atingimento das metas finais (atingidas até 2031).

SUL

Para a região Sul, calculou-se a produção total de 8 milhões de tone- ladas de RSU por ano. Desses, segundo as metas de redução do Planares, dever-se-ia reduzir a disposição de 60% dos resíduos secos e 60% dos resíduos sólidos úmidos em aterros sanitários, até 2031 (53% e 50%, res- pectivamente, até 2023).

Com base nessas premissas, tem-se que seria necessário R$ 0,77 bi- lhão de reais em investimentos para implantação da infraestrutura ade- quada para tratamento e disposição final dos resíduos sólidos. Desse total, 0,52 bilhão deveria ser aplicado até 2023, para cumprimento das metas intermediárias.

Na região, caso sejam respeitadas as metas de redução de resíduos destinados aos aterros sanitários, ou seja, parte dos resíduos secos seja reciclada e parte dos resíduos úmidos, compostada, não haverá a necessi- dade de construção de novos aterros sanitários, para atender à demanda

resultante da desativação de aterros controlados e lixões. Nos estados do Sul do país, também não seria implantada nenhuma usina de tratamento térmico, pelo fato de que nenhuma microrregião produz a quantidade mí- nima de resíduos que torna esse tipo de tratamento viável.

Para operação da nova estrutura de gestão de resíduos, seria necessá- rio RS 1,70 bilhão anualmente após o cumprimento das metas intermedi- árias previstas no Planares (atingidas até 2023), e R$ 1,88 bilhão por ano após o atingimento das metas finais (atingidas até 2031).

SUDESTE

Para a região Sudeste, calculou-se a produção total de 37,3 milhões de toneladas de RSU por ano. Desses, segundo as metas de redução do Planares, dever-se-ia reduzir a disposição de 50% dos resíduos secos e 55% dos resíduos sólidos úmidos em aterros sanitários, até 2031 (42% e 45%, respectivamente, até 2023).

Com base nessas premissas, tem-se que seriam necessários R$ 5,62 bilhões de reais em investimentos para implantação da infraestrutura adequada para tratamento e disposição final dos resíduos sólidos. Des- ses, R$ 2,83 bilhões deveriam ser aplicados até 2023, para cumprimen- to das metas intermediárias.

Na região, a maior parte dos custos previstos seria aplicada nos tra- tamentos com recuperação energética, ou seja, na captação de biogás em aterro sanitário e no tratamento térmico. Vale destacar que os úni- cos dois municípios brasileiros em que seria viável a instalação de usi- nas de tratamento térmico, São Paulo e Rio de Janeiro, estão no Sudeste. Para operação da nova estrutura de gestão de resíduos, seriam ne- cessários R$ 6,59 bilhões anualmente após o cumprimento das metas intermediárias previstas no Planares (atingidas até 2023), e R$ 7,58 bi- lhões por ano após o atingimento das metas finais (atingidas até 2031).

Documentos relacionados