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5.1. Resultados clínicos avaliados pela biomicroscopia em lâmpada de fenda

Todos os animais de todos os grupos apresentaram uma melhora gradativa das lesões, sendo que os grupos G3 e G4 apresentaram, ao final do quinto dia valores semelhantes ao grupo G2 que teve inoculação bacteriana. O Grupo G1 obteve os piores resultados clínicos (Tabela 2). Sinais clínicos observados pela biomicroscopia em lâmpada de fenda mostraram uma regressão significativa dos sinais clínicos (hiperemia conjuntival, quemose, irite, presença de fibrina na câmara anterior, hipópio, infiltrado estromal e edema estromal) nos primeiros três dias de tratamento do grupo G4, indicando uma eficácia maior no controle bacteriano no início da infecção (Tabela 2, Figura 11, Figura 12, Figura 13 e Figura 14). O animal 18 teve um índice pior em relação ao seu grupo devido ao extravasamento da cultura bacteriana para a câmara anterior logo após a sua inoculação no estroma corneano. O grupo G2 demonstrou o menor valor em todo o período de tratamento devido à ausência do S. aureus inoculado no estroma corneano.

Estatisticamente o grupo G1 apresentou sempre os piores valores, em todos os momentos, quando comparado com os outros grupos. O grupo G3 não apresentou diferença ao grupo G4 no primeiro dia, mas piorou no segundo dia, e se igualou novamente com o G4 no último dia. O grupo G2 obteve os melhores resultados em todos os momentos; apenas no quinto dia de tratamento não houve diferença estatística entre ele e os grupos G3 e G4. Comparando os momentos dentro dos grupos, o G1, G2 e G3 mostraram uma melhora clínica do terceiro dia em diante, enquanto que o G4 a apresentou a partir do segundo dia de tratamento (Tabela 1 e Figura 3).

5.1.1. Hiperemia conjuntival

Sete horas após a inoculação do S. aureus, houve o aparecimento de hiperemia conjuntival nos grupos G1 e G3. Nos grupos G2 e G4, o início do sinal ocorreu logo após a administração do antibiótico subconjuntival, ou seja, cerca de cinco a seis horas após o início do experimento. A hiperemia persistiu até o fim do tratamento nos grupos G1, G2 e G4, sendo mais severa no grupo G1. Já o grupo G2 apresentou melhora no quarto dia de tratamento (Tabela 3).

O melhor resultado apresentado pelos grupos foi o do G2, que estatisticamente superou os outros grupos na maioria dos momentos, porém a hiperemia conjuntival ainda esteve presente no quinto dia. O grupo G3 denotou melhor resultado no último dia de tratamento, eliminando o sintoma e diferindo de G1, G2 e G4. Os grupos G3 e G4 tiveram valores semelhantes durante quase todo o tratamento, diferindo apenas nos segundo e quinto dias. O grupo G1 teve os piores resultados em todo o experimento. Comparando os momentos dentro de cada grupo, todos obtiveram um resultado estatístico melhor nos terceiro e quarto dias, a não ser o G3 que teve uma diferença entre quase todos os dias (Tabela 4 e Figura 4).

5.1.2. Quemose

A quemose surgiu 10 minutos após a administração da ciprofloxacina de liberação controlada (grupos G2 e G4). Nos grupos G1 e G3, o edema conjuntival iniciou-se uma hora após a inoculação da bactéria no estroma corneano. Quase todos os animais apresentaram melhora completa, a partir do terceiro dia de tratamento. O grupo G2 foi o que apresentou os menores índices, de leve a ausente. Dois animais do grupo G4 (18, 20) tiveram uma quemose severa, com progressiva melhora até completa ausência (Tabela 5).

A única diferença entre os grupos com relação à quemose foi a do grupo G1 no primeiro momento; a partir daí não houve diferença entre os grupos. Comparando dentro dos grupos, o G2 estatisticamente igual durante todos os

momentos enquanto que os demais grupos tiveram diferença apenas no primeiro momento com os demais dias (Tabela 6 e Figura 5).

5.1.3. Irite

Os animais que foram tratados com o colírio de ciprofloxacina e SSB tiveram graus severos de irite duas horas após a inoculação. Apenas o animal 18 do grupo G4 apresentou uma irite severa dentro do seu grupo. Nota-se, na Tabela 7, que os grupos que foram tratados com ciprofloxacina obtiveram melhora clínica entre o terceiro e quarto dia de tratamento, enquanto que o grupo G1 permaneceu com irite até o fim do experimento. O grupo G2 não apresentou qualquer sintoma durante todo o período.

Os grupos G2 e G4 não apresentaram diferença entre si em relação à irite. O G3 diferiu dos demais grupos apenas nos três primeiros dias, enquanto que o G1 apresentou diferença em todos os momentos. G2 e G4 também permaneceram iguais ao se comparar os momentos dentro do grupo. O G3 apresentou diferença nos dias um, dois e três com os dois últimos dias, e G1 dos dois primeiros dias com os três últimos dias (Tabela 8 e Figura 6).

5.1.4. Fibrina

Fibrina foi encontrada na câmara anterior dos animais dos grupos G1 e G3 sete horas após o início do experimento. No último dia, os animais do grupo G3 já tinham as alterações sanadas, enquanto que os do grupo G1 mostravam leve alteração. Novamente o único animal do grupo G4 a apresentar a alteração foi o 18, resolvida em três dias de tratamento. Não houve a presença de fibrina no grupo G2 (Tabela 9).

Os grupos G2, G3 e G4 permaneceram iguais em relação à fibrina em todos os momentos, enquanto que o G1 teve um valor pior, diferindo dos outros durante todo o período de tratamento. Não houve diferença estatística dentro dos grupos G2, G3 e G4 nos diferentes momentos. O G1 apresentou uma melhora, do

terceiro dia em diante, diferindo estatisticamente dos dois primeiros (Tabela10 e Figura 7).

5.1.5. Hipópio

Todos os animais do grupo G1 progrediram para a formação de hipópio. O animal 13, que apresentou a pior sintomatologia clínica do seu grupo, também teve um alto grau de hipópio, sendo sanado no último dia. Os demais grupos não tiveram a formação de pus na câmara anterior (Tabela 11).

Semelhante aos parâmetros de fibrina, a presença de hipópio também não apresentou diferença estatística quando comparada entre os grupos G2, G3 e G4. G1 demonstrou diferença em quase todos os períodos, igualando-se aos outros grupos no último dia de tratamento. G2, G3 e G4 não exibiram diferença dentro de seus grupos. O hipópio em G1 foi igual estatisticamente entre os quatro primeiros momentos e também entre o segundo, quarto e quinto dias de tratamento (Tabela 12 e Figura 8).

5.1.6. Infiltrado Estromal

Os animais do grupo G2 não exibiram qualquer sinal de infiltrado estromal. O grupo G1 e os animais 18 e 13 apresentaram os piores índices, sendo que estes dois últimos se recuperaram até o último dia, terminando o experimento apenas com uma leve alteração. A maioria dos animais do primeiro grupo ficou com um escore moderado no final dos cinco dias e os do grupo G3 com um escore leve. Os animais 16, 17, 19, e 20 conseguiram eliminar o infiltrado estromal até o fim do experimento (Tabela 13).

O infiltrado estromal foi estatisticamente igual no primeiro dia dos grupos G1, G3 e G4. O G1 teve uma piora significativa permanecendo diferente dos demais grupos até o fim do experimento. G3 e G4 continuaram iguais no segundo dia, diferenciando-se do terceiro dia em diante. G2 apresentou diferença em relação aos outros grupos em todos os momentos, a não ser quando comparado

do terceiro dia em diante, igualando-se ao grupo G4. Os grupos G2 e G3 não apresentaram melhora com o passar dos dias. Verificou-se no grupo G1 que o segundo e terceiro dia diferenciaram do primeiro, quarto e quinto dias, já no G4 notou-se diferença nos dois primeiros dias em relação aos três últimos dias (Tabela 14 e Figura 9).

5.1.7. Edema estromal

Semelhante aos resultados de infiltrado estromal, o grupo G2 não apresentou alteração. Os grupos G1 e G3 obtiveram os piores índices de edema, sendo que este último exibiu uma melhora até ausência dos sintomas. Pouco edema corneano foi notado no grupo G4, sendo que o animal com o pior escore foi o 18, que não consegui eliminar o edema, terminando o experimento com um escore leve (Tabela 15).

Não houve diferença estatística entre os grupos G2 e G4. O grupo G3 se igualou a estes dois no último dia de tratamento. G1 permaneceu pior e diferente dos demais grupos em todos os momentos. G2 e G4 não tiveram melhora dentro de seus grupos e a melhora do G3 iniciou a partir do segundo dia. G1 teve igualdade estatística nos três primeiros momentos e entre o segundo e os dois últimos dias (Tabela 16 e Figura 10).

TABELA 1 – Escore total de inflamação observado no olho esquerdo dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4 em relação ao dia.

Grupo animal dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5

G1 1 22 20 15 12 11 2 20 20 14 7 6 3 25 20 16 12 11 4 19 19 17 12 12 5 22 19 18 14 10 G2 6 3 3 1 1 1 7 3 3 1 1 1 8 3 3 1 1 1 9 3 3 1 1 1 10 3 3 1 1 1 G3 11 16 7 5 3 1 12 15 12 8 3 1 13 20 20 18 13 1 14 15 11 5 3 1 15 12 7 5 3 1 G4 16 6 5 2 1 1 17 6 4 2 1 1 18 17 14 12 5 3 19 7 4 1 1 1 20 14 5 3 2 1

Valores foram atribuídos de zero (olho sem alteração) a vinte e oito (olho com inflamação máxima) para cada animal.

TABELA 2 – Mediana e valores mínimo e máximo do escore total de inflamação de acordo com o grupo (G) e dia de avaliação

Grupo Dia de avaliação

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 G1 22(19-25)cC 20(19-20)dC 16(14-18)dB 12(7-14)cA 11(6-12)bA G2 3(3-3)aB 3(3-3)aB 1(1-1)aA 1(1-1)aA 1(1-1)aA G3 15(12-20)bD 11(7-20)cD 5(5-18)cC 3(3-13)bB 1(1-1)aA G4 7(6-17)bC 5(4-14)bB 2(1-12)bA 1(1-5)aA 1(1-3)aA

Mediana (valor mínimo – valor máximo). Letra minúscula: comparação de grupos fixado os dias. Letra maiúscula: comparação de dias dentro do grupo. (P>0,05)

0 5 10 15 20 25

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

G1 G2 G3 G4

FIGURA 3 – Representação gráfica da mediana do escore total de inflamação de acordo com o grupo e dia de avaliação.

TABELA 3 – Escore de hiperemia conjuntival observado no olho esquerdo dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4 em relação ao dia.

Grupo animal dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5

G1 1 4 4 3 2 2 2 4 4 3 2 2 3 4 4 4 2 2 4 4 4 4 2 2 5 4 4 3 2 2 G2 6 2 2 1 1 1 7 2 2 1 1 1 8 2 2 1 1 1 9 2 2 1 1 1 10 2 2 1 1 1 G3 11 4 3 2 1 0 12 4 3 2 1 0 13 4 4 4 2 0 14 4 4 2 1 0 15 4 3 2 1 0 G4 16 3 3 2 1 1 17 3 2 2 1 1 18 4 4 4 2 1 19 3 2 1 1 1 20 4 2 1 1 1

Valores foram atribuídos de zero a quatro, sendo zero equivalente à ausência de alteração, um para leve, dois para moderada, três para moderada/severa e quatro para severa.

TABELA 4 – Mediana e valores mínimo e máximo de hiperemia conjuntival segundo grupo(G) e dia de avaliação

Grupo Dia de avaliação

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 G1 4(4-4)bB 4(4-4)bB 3(3-4)cB 2(2-2)bA 2(2-2)cA G2 2(2-2)aB 2(2-2)aB 1(1-1)aA 1(1-1)aA 1(1-1)bA G3 4(4-4)bD 3(3-4)bC 2(2-4)bC 1(1-2)aB 0(0-0)aA G4 3(3-4)bB 2(2-4)aB 2(1-4)bA 1(1-2)aA 1(1-1)bA

Mediana (valor mínimo – valor máximo). Letra minúscula: comparação de grupos fixado o dia. Letra maiúscula: comparação de dias dentro do grupo. (P>0,05)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

G1 G2 G3 G4

FIGURA 4 – Representação gráfica da mediana de hiperemia conjuntival de acordo com o grupo e dia de avaliação.

TABELA 5 – Escore de quemose observado no olho esquerdo dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4 em relação ao dia.

Grupo Animal dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5

G1 1 3 2 0 0 0 2 3 1 0 0 0 3 3 1 0 0 0 4 3 1 0 0 0 5 3 0 0 0 0 G2 6 1 1 0 0 0 7 1 1 0 0 0 8 1 1 0 0 0 9 1 1 0 0 0 10 1 1 0 0 0 G3 11 3 0 0 0 0 12 3 0 0 0 0 13 3 2 0 0 0 14 2 1 0 0 0 15 2 0 0 0 0 G4 16 2 1 0 0 0 17 2 1 0 0 0 18 4 1 1 0 0 19 2 1 0 0 0 20 4 0 0 0 0

Valores foram atribuídos de zero a quatro, sendo zero equivalente à ausência de alteração, um para leve, dois para moderada, três para moderada/severa e quatro para severa.

TABELA 6 – Mediana e valores mínimo e máximo de quemose segundo grupo(G) e dia de avaliação

Grupo Dia de avaliação

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 G1 3(3-3)bB 1(0-2)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA G2 1(1-1)aA 1(1-1)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA G3 3(2-3)bB 0(0-2)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA G4 2(2-4)bB 1(0-1)aA 0(0-1)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA

Mediana (valor mínimo – valor máximo). Letra minúscula: comparação de grupos fixado o dia. Letra maiúscula: comparação de dias dentro do grupo. (P>0,05)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

G1 G2 G3 G4

FIGURA 5 – Representação gráfica da mediana de quemose de acordo com o grupo e dia de avaliação.

TABELA 7 – Escore de irite observado no olho esquerdo dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4 em relação ao dia.

Grupo animal dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5

G1 1 4 4 3 2 2 2 4 4 3 1 1 3 4 4 3 2 2 4 4 4 3 3 3 5 4 4 3 3 2 G2 6 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 G3 11 4 2 1 0 0 12 3 3 2 0 0 13 3 3 3 2 0 14 3 3 1 0 0 15 3 2 1 0 0 G4 16 0 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 18 4 2 1 0 0 19 0 0 0 0 0 20 0 0 0 0 0

Valores foram atribuídos de zero a quatro, sendo zero equivalente à ausência de alteração, um para leve, dois para moderada, três para moderada/severa e quatro para severa.

TABELA 8 – Mediana e valores mínimo e máximo de irite segundo grupo(G) e dia de avaliação

Grupo Dia de avaliação

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 G1 4 (4-4)cB 4(4-4)cB 3(3-3)cA 2(1-3)bA 2(1-3)bA G2 0 (0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA G3 3 (3-4)bB 3(2-3)bB 1(1-3)bB 0(0-0)aA 0(0-0)aA G4 0 (0-4)aA 0(0-2)aA 0(0-1)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA

Mediana (valor mínimo – valor máximo). Letra minúscula: comparação de grupos fixado o dia. Letra maiúscula: comparação de dias dentro do grupo. (P>0,05)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

G1 G2 G3 G4

FIGURA 6 – Representação gráfica da mediana irite de acordo com o grupo e dia de avaliação.

TABELA 9– Escore de fibrina observado no olho esquerdo dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4 em relação ao dia.

Grupo animal dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5

G1 1 4 3 1 3 2 2 3 3 0 1 1 3 3 3 0 2 1 4 1 2 1 1 1 5 3 2 3 1 1 G2 6 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 G3 11 0 0 0 0 0 12 0 3 0 0 0 13 3 2 1 2 0 14 2 1 0 0 0 15 0 0 0 0 0 G4 16 0 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 18 0 2 2 0 0 19 0 0 0 0 0 20 0 0 0 0 0

Valores foram atribuídos de zero a quatro, sendo zero equivalente à ausência de alteração, um para leve, dois para moderada, três para moderada/severa e quatro para severa.

TABELA 10 – Mediana e valores mínimo e máximo de fibrina segundo grupo(G) e dia de avaliação

Grupo Dia de avaliação

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 G1 3(1-4)bB 3(2-3)bB 1(0-3)bA 1(1-3)bA 1(1-2)bA G2 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA G3 0(0-3)aA 1(0-3)aA 0(0-1)aA 0(0-2)aA 0(0-0)aA G4 0(0-0)aA 0(0-2)aA 0(0-2)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA

Mediana (valor mínimo – valor máximo). Letra minúscula: comparação de grupos fixado o dia. Letra maiúscula: comparação de dias dentro do grupo. (P>0,05)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

G1 G2 G3 G4

FIGURA 7 – Representação gráfica da mediana de fibrina de acordo com o grupo e dia de avaliação.

TABELA 11 – Escore de hipópio observado no olho esquerdo dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4 em relação ao dia.

Grupo animal dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5

G1 1 0 1 2 1 1 2 1 3 2 1 0 3 4 2 3 2 2 4 3 2 3 2 2 5 3 3 3 3 1 G2 6 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 G3 11 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 13 1 3 3 1 0 14 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 G4 16 0 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 18 0 0 0 0 0 19 0 0 0 0 0 20 0 0 0 0 0

Valores foram atribuídos de zero a quatro, sendo zero equivalente à ausência de alteração, um para leve, dois para moderada, três para moderada/severa e quatro para severa.

TABELA 12– Mediana e valores mínimo e máximo de hipópio segundo grupo(G) e dia de avaliação

Grupo Dia de avaliação

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 G1 3(0-4)bB 2(1-3)bAB 3(2-3)bB 2(1-3)bAB 1(0-2)aA G2 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA G3 0(0-1)aA 0(0-3)aA 0(0-3)aA 0(0-1)aA 0(0-0)aA G4 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA

Mediana (valor mínimo – valor máximo). Letra minúscula: comparação de grupos fixado o dia. Letra maiúscula: comparação de dias dentro do grupo. (P>0,05)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

G1 G2 G3 G4

FIGURA 8 – Representação gráfica da mediana de hipópio de acordo com o grupo e dia de avaliação.

TABELA 13 – Escore de infiltrado estromal observado no olho esquerdo dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4 em relação ao dia.

Grupo animal dia 1 dia 2 dia 3 dia 4 dia 5

G1 1 3 3 3 2 2 2 2 3 3 1 1 3 3 3 3 2 2 4 1 3 3 2 2 5 2 3 3 3 2 G2 6 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 G3 11 2 1 1 1 1 12 2 1 2 1 1 13 3 3 3 2 1 14 1 1 1 1 1 15 1 1 1 1 1 G4 16 1 1 0 0 0 17 1 1 0 0 0 18 3 3 2 2 1 19 1 1 0 0 0 20 2 2 1 1 0

Valores foram atribuídos de zero a quatro, sendo zero equivalente à ausência de alteração, um para leve, dois para moderada, três para moderada/severa e quatro para severa.

TABELA 14– Mediana e valores mínimo e máximo de infiltrado estromal segundo grupo(G) e dia de avaliação

Grupo Dia de avaliação

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 G1 2(1-3)bA 3(3-3)cB 3(3-3)cB 2(1-3)cA 2(1-2)cA G2 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA G3 1(1-3)bA 1(1-3)bA 1(1-3)bA 1(1-2)bA 1(1-1)bA G4 1(1-3)bB 1(1-3)bB 0(0-2)aA 0(0-2)aA 0(0-1)aA

Mediana (valor mínimo – valor máximo). Letra minúscula: comparação de grupos fixado o dia. Letra maiúscula: comparação de dias dentro do grupo. (P>0,05)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

G1 G2 G3 G4

FIGURA 9 – Representação gráfica da mediana de infiltrado estromal de acordo com o grupo e dia de avaliação.

TABELA 15 – Escore de edema estromal observado no olho esquerdo dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4 em relação ao dia.

Grupo animal dia 1 Dia 2 dia 3 dia 4 dia 5

G1 1 4 3 3 2 2 2 3 2 3 1 1 3 4 3 3 2 2 4 3 3 3 2 2 5 3 3 3 2 2 G2 6 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 G3 11 3 1 1 1 0 12 3 2 2 1 0 13 3 3 4 4 0 14 3 1 1 1 0 15 2 1 1 1 0 G4 16 0 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 18 2 2 2 1 1 19 1 0 0 0 0 20 0 0 0 0 0

Valores foram atribuídos de zero a quatro, sendo zero equivalente à ausência de alteração, um para leve, dois para moderada, três para moderada/severa e quatro para severa.

TABELA 16– Mediana e valores mínimo e máximo de edema estromal segundo grupo(G) e dia de avaliação

Grupo Dia de avaliação

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 G1 3(3-4)bB 3(2-3)cAB 3(3-3)cB 2(1-2)bA 2(1-2)bA G2 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA 0(0-0)aA G3 3(2-3)bB 1(1-3)bA 1(1-4)bA 1(1-4)bA 0(0-0)aA G4 1(0-2)aA 0(0-2)aA 0(0-2)aA 0(0-1)aA 0(0-1)aA

Mediana (valor mínimo – valor máximo). Letra minúscula: comparação de grupos fixado o dia. Letra maiúscula: comparação de dias dentro do grupo. (P>0,05)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

G1 G2 G3 G4

FIGURA 10 – Representação gráfica da mediana de edema estromal de acordo com o grupo e dia de avaliação.

GRUPO G1

A B

C D

FIGURA 11 – Aspecto clínico no primeiro (A), segundo (B), terceiro (C), quarto (D) e quinto (E) dia de tratamento do grupo G1. Presença de quemose, hiperemia conjuntival, edema corneano, hipópio, infiltrado estromal e fibrina mais evidente no início do experimento (A) com melhora gradual. No último dia (E) ainda persistiram a hiperemia conjuntival, edema corneano, hipópio, infiltrado estromal e fibrina.

GRUPO G2

A B

FIGURA 12 – Aspecto clínico do mesmo animal no primeiro (A), segundo (B), terceiro (C), quarto (D) e quinto (E) dia de tratamento do grupo G2. Observou-se a presença do sistema de liberação controlada em todos os dias de tratamento, causando uma inflamação no local de implantação (seta). Os únicos sintomas aparentes foram a quemose nos dois primeiros dias (A,B) e hiperemia conjuntival em todos os momentos.

E

GRUPO G3

A B

FIGURA 13 – Aspecto clínico do mesmo animal no primeiro (A), segundo (B), terceiro (C), quarto (D) e quinto (E) dia de tratamento do grupo G3. Presença de quemose, edema corneano, infiltrado estromal e discreta fibrina (A). A partir do segundo dia (B) já houve uma diminuição significativa da quemose e o aparecimento de hipópio com aumento da quantidade de fibrina na câmara anterior. No final do tratamento (E) houve apenas a presença de infiltrado estromal, classificado como discreto.

C D

GRUPO G4

FIGURA 14 – Aspecto clínico do mesmo animal no primeiro (A), segundo (B), terceiro (C), quarto (D) e quinto (E) dia de tratamento do grupo G4. Ligeiro infiltrado estromal e edema corneano (A) que melhoraram a partir do terceiro (C) e quarto (D) dia, até a sua completa ausência (E). Notou-se também a presença do sistema de liberação controlada (seta), diminuindo gradualmente até o quinto dia de observação (E), restando apenas pequenas quantidades do PLGA e hiperemia conjuntival localizada.

A B

C D

5.2. Avaliação morfológica

Cortes histológicos da córnea e conjuntiva bulbar foram observados por um microscópio de luz para avaliar principalmente a presença de células e reação inflamatória no quinto dia de avaliação. Cortes foram analisados em diferentes aumentos (cinquenta, cem, duzentas e quatrocentas vezes) e corados por hematoxilina-eosina.

5.2.1. Grupo G1

Todos os animais do grupo G1 apresentaram um extenso piogranuloma com infiltrado inflamatório polimorfonuclear intenso (Figura 15). O epitélio corneano demonstrou perda de sua integridade, enquanto que o estroma possuía separação entre as fibras de colágeno. Foi observada também necrose focal com presença de colônias bacterianas.

5.2.2. Grupo G2

Os cortes histopatológicos da córnea não demonstraram sinais de alteração. As camadas corneanas encontravam-se íntegras, sem infiltrado inflamatório ou perda de celularidade. A biópsia da região conjuntival bulbar, aonde foi administrada a ciprofloxacina de liberação controlada, evidenciou um leve grau de inflamação com infiltrado polimorfonuclear, congestão dos vasos sangüíneos e afastamento entre as células estromais (edema). Não houve qualquer sinal de agressão às células caliciformes do epitélio conjuntival (Figura 16).

FIGURA 15 – Corte histológico da córnea do grupo G1 no quinto dia de experimento, visualizado com um aumento de 10x. Presença de piogranuloma com grande quantidade de infiltrado polimorfonuclear e perda de células epiteliais.

FIGURA 16 - Corte histológico da conjuntiva do grupo G2 no quinto dia de observação, visualizado com um aumento de 20x. Nota-se uma moderada

quantidade de infiltrado polimorfonuclear e separação entre as células estromais (edema). Epitélio conjuntival normal com presença de células caliciformes.

5.2.3. Grupo G3

Todas as córneas do grupo G3 apresentaram infiltrado inflamatório polimorfonuclear. Os cortes histológicos dos animais 11 e 14 demonstraram a presença de um extenso piogranuloma, com debrís celulares, neutrófilos, monócitos, macrófagos, linfócitos e raras colônias bacterianas. Os animais 12, 13 e 15 exibiram apenas um discreto infiltrado inflamatório polimorfonuclear estromal e raras colônias bacterianas.

5.2.4. Grupo G4

A maioria dos animais deste grupo não apresentou alteração corneana; apenas o animal 18 ainda possuía sinais de inflamação e infecção. Havia discreto infiltrado polimorfonuclear com colônias bacterianas focais, semelhante às alterações encontradas nos animais do grupo G3 (12, 13 e 15). As alterações encontradas no tecido conjuntival foram iguais às obtidas no grupo G2.

5.3. Avaliação microbiológica

Swabs e material corneano colhidos logo após a eutanásia dos animais

foram acondicionados em frascos estéreis e encaminhados imediatamente para o Laboratório de Microbiologia da FMVZ – UNESP Botucatu. Foram realizadas análises qualitativas, para detectar ou não a presença do S. aureus inoculado pós- tratamento. Os resultados dos swabs mostraram-se negativos para o cultivo de S.

aureus nos grupos G2, G3 e G4; apenas dois animais do grupo G1 apresentaram

resultados positivos. Os swabs estéreis coletados de todos os grupos mostraram bastante contaminação secundária (Tabela 17 e Tabela 18).

Os resultados microbiológicos das biópsias corneanas, assim como os

swabs, demonstraram quase completa ausência da bactéria inoculada. O único

animal positivo para a presença de Staphylococcus aureus dos fragmentos corneanos foi o 4 do grupo G1.

TABELA 17- Microbiológico de swab e biopsia corneano no quinto dia de

tratamento dos grupo G1 e G2; avaliação qualitativa.

Grupo Animal

Presença bacteriana

Swab Biopsia

G1

1 Staphylococcus aureus Staphylococcus spp

2 Aspergillus spp Negativo

3 Aspergillus spp Negativo

4 Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus

5 Bacillus spp Bacillus spp

G2

6 Negativo Negativo

7 Aspergillus spp Negativo

8 Bacillus spp e Staphylococcus spp Bacillus spp

9 Negativo Negativo

TABELA 18- Microbiológico de swab e biopsia corneano no quinto dia de

tratamento dos grupos G3 e G4; avaliação qualitativa.

Grupo Animal Presença bacteriana Swab Biopsia G3 11 Negativo Negativo 12 Bacillus spp Negativo 13 Aspergillus spp Aspergillus spp 14 Negativo Negativo 15 Negativo Negativo G4 16 Negativo Negativo 17 Negativo Negativo 18 Aspergillus spp Aspergillus spp 19 Negativo Negativo 20 Negativo Negativo 5.4. Avaliação Farmacológica

A avaliação farmacológica realizada no quinto dia de experimento demonstrou uma concentração baixa de ciprofloxacina nos animais tratados com o sistema de liberação controlada. Não foi possível a mensuração dos níveis de antibiótico dos animais 6 e 16 devido à pequena quantidade de humor aquoso

colhida, o que impossibilitou a leitura da amostra pelo aparelho. Os animais do grupo G3 tiveram valores aproximadamente 10 vezes maior que os dos grupos G2 e G4. Comparando-se os dois grupos contendo a ciprofloxacina de PLGA, não houve diferença significativa. Apenas o coelho 20 denotou concentrações bem maiores que os outros. A avaliação do grupo G1 não foi realizada devido à ausência do uso da ciprofloxacina (Tabela 19). Não houve diferença estatística entre os grupos G2 e G4, apenas entre os dois e o G3.

TABELA 19 – Valores de concentração de ciprofloxacina (µg/ml) e desvio padrão (DP) do humor aquoso nos olhos esquerdos dos animais dos grupos G1, G2, G3 e G4.

Grupo Animal Concentração de Ciprofloxacina (µg/ml ± DP)

G1 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - G2 6 - 7 0,008 ± 0,04 8 0,009 ± 0,01 9 0,024 ± 0,01 10 0,012 ± 0,09 G3 11 0,27 ± 0,04 12 0,25 ± 0,65 13 0,39 ± 0,21 14 0,28 ± 0,43 15 0,34 ± 0,16 G4 16 - 17 0,014 ± 0,06 18 0,03 ± 0,01 19 0,013 ± 0,002 20 0,065 ± 0,14

TABELA 20– Mediana (valores mínimo e máximo), desvio padrão (DP) e média das variáveis de concentração segundo grupo(G).

Dia Mediana (µg/ml) Desvio Padrão (DP) Média (µg/ml)

G1 - - -

G2 0,01(0,008-0,023)a 0,03(0,01-0,098) 0,013ª G3 0,289(0,257-0,395)b 0,218(0,041-0,653) 0,3b G4 0,022(0,013-0,065)a 0,038(0,003-0,143) 0,03ª Letra minúscula – comparação de grupos fixado a concentração (P<0,001)

6. DISCUSSÃO

No presente estudo foi analisado a eficácia de um sistema de liberação controlada de ciprofloxacina para o tratamento de ceratite bacteriana causada por cepas de Staphylococcus aureus. O sistema de microesfera composto por polímeros de PLGA possui uma característica biodegradável, que permite a liberação contínua da droga contida na matriz, por um período de tempo prolongado. Os resultados mostraram de uma forma geral, uma significativa

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