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Retorno e Riscos no Investimento

2.2 Análise das Demonstrações Financeiras

2.2.6 Análise de Investimento

2.2.6.3 Retorno e Riscos no Investimento

O investimento refere-se ao total do ativo de uma empresa menos as contas de compensação e, portanto, é considerado como uma medida de lucratividade da empresa como um todo. Seu indicador é obtido pela relação entre o resultado gerado pelos ativos (lucro operacional) e o montante dos investimentos (KASSAI, 2000).

O ROI (Retorno de Investimento) surgiu nas primeiras décadas do século XX, desenvolvido pela empresa DuPont, a qual, devido à diversidade de opções de investimentos, sentiu, através de seus gerentes, a necessidade de indicadores que se voltassem a otimização da utilização dos recursos.

A fórmula do cálculo do ROI compõe-se pelo lucro líquido, montante a ser distribuído para os detentores de capital e o capital investido, sendo este igual aos empréstimos. É uma fórmula que se tornou popular, uma vez que incorpora a base de investimento a uma medida de desempenho, contendo, ainda, importantes componentes de rentabilidade como receitas, custos e investimentos.

Retorno e risco são determinantes-chaves do preço da ação, que representa a riqueza dos proprietários de uma empresa, ou seja, risco é toda e qualquer possibilidade de erros e

acertos, ganhos ou perdas na administração financeira, isto porque a escolha de um investimento poderá gerar riscos, sejam eles grandes ou pequenos e é necessário saber que riscos a empresa está correndo (KASSAI, 2000).

Devido a isto, obter o conhecimento certo, possibilita uma maior porcentagem de lucros em um investimento a curto, médio ou a longo prazo, diminuindo consideravelmente a incerteza de retornos.

Os analistas precisam evitar a armadilha comum de não irem além dos números, procurando melhorar a capacidade de interpretação dos resultados de uma avaliação empresarial com exatidão, analisando e classificando as informações, sempre atendo-se as prinicpais atividades, ao mercado, a concorrência, ao nível de operações, ao desempenho passado e a qualidade de gestão.

O tomador de decisão e as lideranças da empresa devem estar sempre bem preparados para enfrentar com êxito as turbulências do mercado financeiro e também tecnológico.

O fluxo de caixa e o risco afetam o preço da ação de modo diferente: um fluxo de caixa maior é geralmente associado a um preço de ação mais alto, enquanto que uma tendência de risco mais alto resulta em um preço da ação mais baixo, já que o acionista deve ser recompensado por um maior risco (SANVICENTE, 1991) .

Os acionistas possuem aversão ao risco, isto é, eles querem evitá-lo. Quando há risco envolvido, os acionistas esperam obter taxas de retorno mais altas no investimento associados a riscos mais altos, e taxas de retorno mais baixas naqueles com riscos mais baixos.

Não existem ativos com retorno 100% garantido. O que deve ocorrer é uma maior viabilização no investimento financeiro.

Para que haja melhoria nestes investimentos, se faz necessário que as empresas analisem melhor os mercados, conheçam as falhas dos concorrentes e desta forma, busquem melhorar os seus produtos para poderem atender e superar as expectativas dos consumidores para o possível retorno.

Com as novas formas de contabilização dos títulos que os fundos mantém em suas carteiras, método conhecido como marcação a mercado e que, geralmente, oscilam mais, o que leva a uma maior busca por informações sobre as aplicações nos fundos, ou seja, na marcação a valor de mercado, o gestor deve utilizar diariamente o valor de cada título, preços praticados no mercado, para atualizar o patrimônio e as respectivas cotas. Exemplo prático: um imóvel no valor estimado de R$ 120 mil. Caso o proprietário decida vendê-lo hoje, e os compradores somente paguem o valor de R$ 100 mil, o preço desse imóvel será contabilizado pelo preço de mercado, ou seja, R$ 100 mil (SANVICENTE, 1991).

Esta é uma metodologia que segue padrões internacionais, permitindo aos investidores um acompanhamento melhor do desempenho dos fundos, sendo que, todos os bancos utilizarão a mesma metodologia, traduzindo assim, o real valor do patrimônio dos fundos no mercado financeiro.

O risco, em todo e qualquer projeto é parte integrante visto que envolve investimentos. Na elaboração de projetos, é necessário tomar medidas que levem em consideração aspectos como, por exemplo, os riscos em investimentos, que se referem não só aos problemas, mas também aos investimentos que serão necessários, devido a isto, deverá ser feita uma análise com o maior cuidado, levando em consideração aspectos que se refiram a itens como avaliação, estimativa, projeções entre outros. Na verdade, o risco faz parte da própria vida, tanto empresarial como pessoal, onde se busca elimina-lo através da tomada de decisões corretas.

Marion (2002:164) define retorno como o lucro obtido pela empresa. Investimento é toda aplicação realizada pela empresa com objetivo de obter lucro (retorno). As aplicações estão evidenciadas no Ativo. Assim temos as aplicações em Disponíveis, Estoques, Imobilizados, Investimentos, etc. A combinação de todas essas aplicações proporciona o resultado para a empresa: lucro ou prejuízo.

O lucro, portanto, é a base para análise das decisões de investimentos. É óbvio que quanto maior melhor. Entretanto, o retorno de investimento é uma recompensa equivalente a todo o investimento e não apenas aos lucros gerados nos períodos iniciais, ou um período específico. Um investimento pode proporcionar altas taxas de lucros em determinados períodos, e até prejuízos em outros.

Valor presente líquido (VPL), é como se intitula o método pelo qual se calcula a relação entre certo investimento empreendido e o seu retorno, conforme uma taxa esperada e em se analisando o resultado de sua aplicação, qual o valor encontrado, se nulo, positivo ou negativo.

Segundo Kassai et. al (2000:61) o VPL é um dos instrumentos sofisticados mais utilizados para avaliar propostas de investimentos de capital. Reflete a riqueza em valores monetários do investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de retorno.

É considerado atraente todo investimento que apresente VPL maior ou igual a zero. Esse conceito é extremamente útil nos cálculos que envolvem operações com valores em moedas de poder aquisitivos diferentes e tem uma afinidade muito grande com o principio contábil do denominador comum monetário. Não podemos somar valores que não estejam em

uma mesma moeda; se isso ocorrer, os valores deverão, antes, serem ajustados a valor presente.

Por este método, se calcula, estimado valor de receitas para dado período, conforme uma taxa conhecida, o valor presente deste fluxo de caixa, dele subtraído o valor original investido.

O resultado obtido é o resultado líquido entre o investimento e o seu retorno: se negativo, implica a perda financeira com o investimento; se igual a zero, resultado nulo; e se positivo, lucro.

Taxa interna de retorno (TIR) é a taxa que, aplicada a dado fluxo de caixa, aponta o VPL como nulo. Poder-se-ia dizer que é a taxa que apresenta o valor presente em igualdade ao valor inicial. É um método utilizado para cálculo da remuneração do investimento, em percentual, para que se saiba a relação entre a taxa de retorno do investimento empreendido e a taxa de atratividade do mercado. Assim pode se avaliar se há vantagem em manter, ou em vir a fazer, dado investimento.

Conforme Kassai et. al (2000:66) a taxa interna de retorno é uma das formas mais sofisticadas de se avaliar propostas de investimentos de capital. Ela representa a taxa de desconto que iguala, num único momento, os fluxos de entrada com os de saída de caixa. Em outras palavras, é a taxa que produz um VPL igual a zero.

É considerado economicamente atraente todo investimento que apresente TIR maior ou igual à taxa mínima de atratividade (TMA).

Quando calculada a partir do fluxo de caixa descontado, a uma determinada taxa de atratividade (Ta), a TIR é considerada atraente quando é maior ou igual a zero.

Neste caso podemos avaliar que: se o resultado for maior, TIR maior que a Ta, o negócio é rentável, vantajoso; se o resultado é equivalente, TIR = Ta, tanto faz, ou talvez fosse melhor não gastar tempo e correr riscos, conforme o investimento; entretanto, se o resultado for menor, TIR < Ta, melhor suspender tudo e cair nos braços do mercado financeiro.

Portanto, risco e incerteza estão unidos, pois quando a incerteza está presente, certamente o risco também o está e isto leva a efetuar análise que possam dar uma visão mais aprimorada da situação vivenciada. Pode-se observar que as avaliações que se utilizam envolvem aspectos importantes para uma tomada de decisão, baseando-se em técnicas e modelos, dentre os quais podemos citar:

•Estimativas mais cuidadosas analisando-se custos versus benefícios

•Ajustes da taxa de desconto pelo risco

•Ajuste pela certeza equivalente

•Análise de sensibilidade

•Projeções otimistas, pessimistas e esperadas com base nas experiências que as pessoas possuem a respeito do assunto, levando-se em consideração também as informações obtidas.

•Trabalhar com fluxo de baixa descontado, incorporando-se taxa de risco à taxa de desconto (KASSAI, 2000).

Pode-se utilizar a programação por objetivos, a qual admite que os cálculos sejam realizados levando-se em consideração as prioridades, objetivos e a função que se deseja.

Todo e qualquer risco faz parte de um projeto ou de um investimento. Muitas vezes elabora-se um projeto sem ter base para analisar os riscos futuros e por isto é de grande importância a coleta de informações sobre o assunto, dando maior segurança para as decisões que serão tomadas, facilitando a ação que deve ser realizada com o objetivo de pesar todos os prós e contras, avaliando os riscos e também projetando os benefícios que podem advir do projeto a ser implantado.

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