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REVISÃO DO MATERIAL ESCRITO

No documento 08 - Metodologia de Pesquisa.pdf (páginas 58-62)

Refletir sobre a importância do caráter monográfico do discurso científico 1 A ESCRITA COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO

I. OBJETO DA COMPRA E VENDA

3. REVISÃO DO MATERIAL ESCRITO

O processo de revisão do material escrito não deve ser negligenciado. Ao escrevermos, como temos uma imagem mental forte sobre o assunto com o qual estamos trabalhando, só com muita prática conseguiremos a distância necessária do texto para corrigirmos deslizes em sua execução. Uma primeira revisão deve ser feita no próprio ato da escrita, relendo os períodos ou parágrafos que acabamos de escrever. Mas outra revisão, mais cuidadosa, se faz necessária. Para esta, é preciso uma distância do texto de pelo menos um dia para que possamos lê-lo “como leitores”, e não “como autores”.

Discutiremos alguns dos principais itens que devem fazer parte de uma revisão:

O argumento está bem construído? Ao contrário do que muitos pensam, a revisão não é apenas “gramatical”. Às vezes, durante a escrita, achamos que estamos sendo claros. No entanto, uma leitura posterior pode evidenciar problemas na organização do argumento que o tornam de compreensão difícil. Pedir a outras pessoas para lerem ajuda bastante, inclusive pessoas fora da área que, como não têm formação no assunto tratado, dependem da clareza do texto para saber do que ele se trata. Ligado ao tópico anterior, podemos citar problemas na ordem do texto. As ideias devem ser amarradas umas às outras e possuem, dentro do argumento, tanto uma posição espacial (início, centro ou finalização do argumento) quanto uma posição hierárquica (ideias centrais ou periféricas). Uma leitura atenta após a escrita do texto pode revelar problemas na disposição das ideias tanto em seu nível espacial quanto em seu nível hierárquico. Em geral, a correção é feita com alterações na organização do texto. Um texto “ilegível” não é, necessariamente, um texto sem conteúdo. Pode ser que o problema esteja na sua organização lógico-racional.

Fiquemos atentos ao registro da língua. A redação final é formal? O registro informal não é bem vindo no texto acadêmico. Muitos alunos que dominam bem a escrita informal podem ter problemas com o estilo mais formal. Como vimos acima, devemos remover as marcas de oralidade de nosso texto e verificar se há termos que poderiam ser substituídos por outros mais adequados. A escrita formal não é um sinônimo de artificialismo. Pode-se escrever um texto bastante fluente sem a necessidade de recorrer a marcas da oralidade.

Quanto à revisão gramatical, pode ser feita pelo autor ou, se este julgar necessário, por um profissional da área. Entregar versões ao orientador, e principalmente a versão final do artigo, com problemas graves de pontuação e de ortografia pode causar uma péssima impressão, além da perda de pontos na nota final. Os corretores automáticos ajudam, mas se fossem suficientes não haveria tanto problema com textos mal revisados.

Também é importante realizar uma revisão da formatação.

cansados não podem oferecer a atenção necessária para uma leitura atenta do texto. Algumas pessoas conseguem um maior grau de atenção ao lerem textos impressos, sobretudo devido à luminosidade das telas. Neste caso, vale à pena, para versões a serem entregues, imprimir o material a ser revisado.

Alguns “truques” colaboram para uma boa revisão. Um deles é separar os períodos pressionado <enter> após cada ponto final ou mesmo no meio de períodos longos. O texto assim “quebrado” desvia um pouco nossa atenção da organização das ideias, ajudando-nos a concentrar nos problemas de revisão mais pontuais. Ler os períodos do final do texto para o seu início também traz bons resultados.

Falamos um pouco, na aula passada, sobre gerenciamento do tempo. Terminar as tarefas com antecedência é fundamental para que tenhamos disponibilidade para realizar uma boa revisão, oferecendo como artigo final um texto apresentável e digno de um curso de pós-graduação.

4. VAMOS PENSAR?

Para esta última aula, prepare a versão final do seu projeto de pesquisa, seguindo as especificações descritas em seu Desafio.

5. PONTUANDO

Você conferiu nesta aula os seguintes tópicos: A escrita: estilo e variedade no discurso Estilo de escrita do discurso científico O discurso científico: o caráter monográfico

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E

WEBGRÁFICAS

ALVES, Rubem. Filosofia da ciência. São Paulo, Ars Poética, 1996.

BUENO, Marco. Monografia sem segredo: Algumas dicas importantes (Texto extraído da revista Nova Escola, abril de 2004). GO: CESUC, 2004. Disponível em: http://www.simaodemiranda.com.br/Dicas_Importantes. pdf Acesso em: 12 abr 2010.

DANTON, Gian. Metodologia Científica. MG: Virtual Books, 2002. Disponível em: http://virtualbooks.terra. com.br/osmelhoresautores/Metodologia_cientifica.htm

Acesso em: Acesso em: 12 abr 2010.

FURTADO, José Augusto P. X. Trabalhos acadêmicos em Direito e a violação de direitos autorais através de plágio. Site: Jus Navigandi, 09/2002. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3493 Acesso em: 12 abr 2010.

GÜNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, Mai-Ago 2006, Vol. 22 n. 2, pp. 201-210. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?pid=S0102-37722006000200010&script=sci_arttext&tlng=em#nt02 Acesso em: Acesso em: 12 abr 2010

LAKATOS, E. Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991.

RODRIGUES, André Figueiredo. Como elaborar citações e notas de rodapé. SP: Humanitas, 2007. ______ . Como elaborar e apresentar monografias. SP: Humanitas, 2008.

______ . Como elaborar referência bibliográfica. SP: Humanitas, 2008.

SIMÕES, Darcília. Trabalho acadêmico. O que é? Como se faz? Rio de Janeiro: Dialogarts, 2004. Disponível em: http://www.dialogarts.uerj.br/arquivos/trabalhoacademico2004.pdf Acesso em: 12 abr 2010.

No documento 08 - Metodologia de Pesquisa.pdf (páginas 58-62)

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