.4 Associe a segunda coluna de acordo com a primeira A – Sumérios
REVISÃO: GRÉCIA ANTIGA
Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século IV a.C.
Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado e sim num conjunto de cidades que compartilhavam a língua, costumes e algumas leis.
Muitas delas eram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.
A economia grega se baseava em produtos artesanais, na agricultura e no comércio.
Os gregos faziam produtos em coro, metal e tecidos. Estes davam muito trabalho, pois todas as etapas de produção - desde a fiação até o tingimento - eram demoradas.
Os cultivos estavam dedicados às vinhas, oliveiras e trigo. A isto somavam-se à criação de animais de pequeno porte.
O comércio ocorria entre as cidades gregas, nas margens do Mediterrâneo e afetava toda sociedade grega. Para realizar as trocas comerciais se usava a moeda "dracma".
Havia tanto o pequeno comércio do agricultor, que levava sua colheita ao mercado local, quanto o grande comerciante, que possuía barcos que faziam toda rota do Mediterrâneo.
A religião da Grécia Antiga era politeísta. Ao receber a influência de vários povos, os gregos foram adotando deuses de outros lugares até constituir o panteão de deuses, ninfas, semideuses e heróis que eram cultuados tanto em casa como publicamente.
As histórias dos deuses serviam de ensinamento moral à sociedade, e também para justificar atos de guerra e de paz. Os deuses também interferiam na vida cotidiana e, praticamente, havia uma deidade para cada função.
Se um grego tivesse uma dúvida em relação a qual atitude tomar, poderia consultar o oráculo de Delfos. Ali, uma pitonisa entraria em transe a fim de tomar contato com os deuses e responderia à questão. Como essa era dada de forma enigmática, um sacerdote se encarregaria de interpretá-la ao cliente.
Templo Partenon, dedicado à deusa Atenas, protetora da cidade de mesmo nome
A cultura grega está intimamente ligada à religião, pois a literatura, a música e o teatro contavam os feitos dos heróis e de sua relação com os deuses que viviam no Olimpo.
As peças teatrais eram muito populares e todas as cidades tinham seu espaço cênico (chamado orquestra) onde eram encenadas as tragédias e comédias.
A música era importante para alegrar banquetes civis e acompanhar atos religiosos. Os principais instrumentos eram a flauta, tambores e harpas. Esta última era utilizada para ajudar os poetas a recitarem suas obras.
Igualmente, os esportes faziam parte do cotidiano grego. Por isso, para celebrar a aliança entre as diferentes polis, organizavam-se competições nos tempos de paz nos mesmo moldes das Olimpíadas, as primeiras olimpíadas da Grécia Antiga tinham outro intuito: realizar festivais para honrar o tão adorado Deus Grego, Zeus.
Vaso grego com ilustração de guerreiros jogando um jogo de tabuleiro
Discóbolo, estátua do escultor grego Míron, que representa um atleta momentos antes de lançar
A polis grega eram as cidades estados da Grécia Antiga, as quais foram fundamentais para o desenvolvimento da cultura grega no final do período homérico, período arcaico e período clássico.
Sem dúvida Atenas e Esparta merecem destaque como as cidades gregas (polis) mais importantes do mundo grego.
O termo “polis” em grego significa “cidade”. Note que as polis gregas representam a base do desenvolvimento do conceito de cidade tal qual conhecemos hoje.
Atenas
A cidade de Atenas foi estabelecida pelos Jônios por volta de 1600 a.C, na região da península Ática. Outros povos creto-micênicos, como aqueus, jônios e eólios também compuseram o seu povo.
Como não possuíam terras férteis para agricultura, os atenienses se dedicaram à pesca e ao comércio marítimo. Aproveitaram de sua posição geográfica estratégica para desenvolver o comércio de trigo, uva e azeitona e cerâmica com as colônias gregas no Mar Mediterrâneo e na Ásia menor.
Mais equilibrados, os atenienses conciliavam o desenvolvimento físico e mental durante a educação de seus cidadãos, a qual era um privilégio das famílias mais abastadas.
Eles valorizavam grandemente a arte e a literatura, o que transformou Atenas no centro cultural da Grécia e berço da Filosofia Ocidental e da Democracia.
Contudo, as mulheres não desfrutavam muito dessa educação, uma vez que eram criadas para serem dóceis e submissas, prendadas apenas para as atividades domésticas cotidianas.
Atenas conheceu um sistema monárquico de governo até os séculos VIII-VII a.C., quando instaurou-se a Democracia.
Seu governo era essencialmente uma Oligarquia (Governo de poucos), na qual as famílias eram mais importantes conforme sua proximidade na linha de parentesco com os fundadores da cidade.
Com o surgimento de outras classes sociais (comerciantes, pequenos proprietários de terra, artesãos, camponeses, etc.), as quais pretendiam participar da vida política, a aristocracia resolve rever a
organização política das cidades-estados, o que mais tarde resultou na implementação da “Democracia”.
De tal maneira, por volta de 510 a.C. a democracia surge em Atenas através da vitória do político aristocrata grego Clístenes. Considerado o "Pai da Democracia", ele liderou uma revolta popular contra o último tirano grego, Hípias, que governou entre 527 a.C. e 510 a.C..
Após esse evento, Atenas foi dividida em dez unidades denominadas chamadas “demos”, que era o elemento principal dessa reforma e, por esse motivo, o novo regime passou a se chamar “demokratia”. Atenas possuía uma democracia direta, onde todos os cidadãos atenienses participavam diretamente das questões políticas da polis.
O poder não estava somente concentrado na mão dos eupátridas. Com isso, os demais cidadãos livres maiores de 18 anos e nascidos em Atenas poderiam participar das Assembleias (Eclésia ou Assembleia do Povo), embora as mulheres, estrangeiros (metecos) e escravos estavam excluídos.
Diante disso, podemos intuir que a democracia ateniense não era para todos os cidadãos sendo, portanto, limitada, excludente e elitista. Estima- se que somente 10% da população desfrutavam dos direitos democráticos.
Esparta
Esparta, com outras pólis, como Atenas e Tebas, foi uma das mais importantes cidades-estado da Grécia Antiga. Estava localizada na região da Lacônia, que fica no Península do Peloponeso, sul da Grécia.
Os historiadores acreditam que ela foi fundada pelos dórios, que invadiram a Grécia por volta de 1200 a.C. Os dórios são muito conhecidos por terem sido um dos povos que atacaram as cidades micênicas no final do Período Pré-Homérico.
Séculos depois de a cidade ter sido estabelecida pelos dórios na Lacônia, a população espartana iniciou sua expansão pela península.
Após a unificação, todo o território ficou sob o comando de Esparta e suas terras foram repartidas entre os guerreiros. A população foi dividida em três classes: a dos espartanos, ou cidadãos, com todos os direitos civis e políticos; a dos periecos, homens livres, antigos habitantes da região, possuidores de terras, sem direitos políticos mas obrigados ao serviço militar e responsáveis pelo comércio e indústria, atividade vedada aos
espartanos, proibidos de acumular riquezas; e os hilotas, escravos do estado, que cultivavam as terras dos espartanos.
Numericamente inferiores, os espartanos se impuseram uma severíssima disciplina militar, sobre a qual se assentava sua organização político-social. Isentos de tarefas agrícolas, dedicavam-se ao governo, à caça e ao treinamento militar e desportivo, entendidas essas atividades como necessárias para a disciplina pessoal e social.
Dos sete aos vinte anos o jovem era submetido a treinamento militar intensivo, por conta do estado. Dos vinte aos sessenta o cidadão estava ligado ao serviço militar, devendo tomar com os companheiros a refeição da noite. Aos vinte anos já podia casar-se, mas só aos trinta era desobrigado de dormir no acampamento. As moças recebiam treinamento análogo e privilegiavam o dever patriótico em relação ao amor à família.
(Estátua de guerreiro Hoplita / Crédito: Wikimedia Commons)
À frente do governo estavam dois reis de sucessão hereditária, descendentes, segundo a tradição, dos gêmeos Eurístenes e Procles, cujos filhos, Ágis e Eurípone, teriam dado nome às dinastias reinantes: ágidas e euripôntidas. Tinham igual autoridade como chefes religiosos e militares e contavam com o assessoramento de uma espécie de senado, a gerúsia, composta de 28 membros vitalícios, maiores de sessenta anos, eleitos por aclamação pela assembleia do povo, denominada apela.
Aos integrantes da gerúsia, os gerontes, cabia preparar as leis a serem votadas pela apela e constituir um tribunal que julgava os processos de interesse do estado, especialmente os que afetassem os soberanos. A apela, integrada por todos os cidadãos com plenos direitos, aprovava ou rejeitava os projetos apresentados, elegia os gerontes e os éforos (principais magistrados de Esparta) e votava a paz e a guerra.
EXERCÍCIOS
(AS RESPOSTAS DEVEM SER APRESENTADAS NO CADERNO) 1 – Coloque (V) para verdadeiro e (F) para falso.
A – ( ) A religião pode ser considerada um elemento de unidade entre as poleis gregas porque, mesmo tendo independência política e econômica, elas tinham deuses em comum.
B – ( ) Os deuses gregos eram vistos como seres superiores e perfeitos, completamente diferentes dos seres humanos.
C – ( ) O teatro grego tinha exclusivamente a função de divertir as pessoas.
D – ( ) A busca do conhecimento do mundo por meio da razão humana fez surgir entre os gregos importantes filósofos, e filosofia e religião conviveram por muito tempo na Grécia Antiga.
2 – Onde eram realizados os Jogos Olímpicos e a quem eram dedicados? A – Em Atenas, em honra a deusa Atena.
B – Na cidade de Olímpia, em honra a Zeus. C- No monte Olimpo, local de moradia dos deuses. D – Todas as alternativas estão incorretas.
3 – A pólis ateniense é considerada o berço da democracia. O entendimento de democracia nessa sociedade, no entanto, era bastante diferente da sociedade atual.
A – Quem era considerado apto para participar da democracia ateniense? B – Quais eram os órgãos responsáveis pelo exercício político em Atenas?
4 - Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome, como tudo depende não de poucos mas da maioria, é democracia. Nela [...] não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos [...]”
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso, Tradução de Mário da Gama Kury. 3 ed. Brasília: Editora da UNB, 1987, p. 98. Com base no texto e nos conhecimentos relativos à democracia ateniense, assinale a afirmativa verdadeira.
A - A democracia ateniense não permitia a participação de todos os habitantes da cidade, abrindo-a apenas aos cidadãos do sexo masculino. B - As bases da democracia foram lançadas por Drácon, dividindo os cidadãos em classes, de acordo com suas rendas.
C - O regime democrático ateniense disseminou-se por várias cidades gregas, a exemplo de Tebas e Corinto.
D – Todas as alternativas são verdadeiras.
5 Explique o que era a pólis na Grécia Antiga
6 Sobre a educação na sociedade espartana, leia o fragmento abaixo:
“Era um Estado bastante militarizado, que conseguiu conquistar cerca de um terço da Grécia. Em Esparta, todos os homens deveriam ser
guerreiros.”
(Catelli Junior, Roberto. História: Texto e contexto: Ensino médio. Ed. Scipione – São Paulo, 2006. p, 31.)
Em relação à sociedade espartana e o seu ideal militarista, explique como era direcionada a educação do homem nessa cidade-Estado.
Referências
1. Motooka, Débora Yami. Geração alpha história: ensino fundamental: anos finais: 6º ano. 2º edição – São Paulo: Edições SM, 2018.
2. Fernandes, Ana Cláuda. Araribá Mais história. 6º ano, 1º edição, São Paulo: Moderna, 2018.
3. https://www.infoescola.com/civilizacoes-antigas/escrita-cuneiforme/ 4. Cotrim, Gilberto; Rodrigues, Jaime. Historiar, 6º ano. 3º edição. São Paulo: Saraiva, 2018.
5. https://brasilescola.uol.com.br/historiag/mesopotamia.htm 6. https://www.todamateria.com.br/polis-grega/
7. https://www.todamateria.com.br/grecia-antiga/ 8. https://www.todamateria.com.br/esparta-e-atenas/
Professor(es): Marcelo Rosa da Silveira Aluno(a):
Período de Complementação: De 19 a 31/10 Ano/Turma: Turno: Disciplina:
geografia Dias trabalhados Carga horária: 601 1 Geografia 3º e 5ª 8 tempos Habilidades Conteúdos