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8. Gerenciamento de Riscos

8.1.3 Risco Operacional

Objetivos do Gerenciamento

Em atendimento ao Artigo 4º da Resolução CMN 3.380/06, definiu-se que a estrutura de gerenciamento do risco operacional no Banco do Brasil é composta pela Diretoria de Gestão de Riscos (DIRIS), Diretoria de Controles Internos (DICOI) e Diretoria de Gestão da Segurança (DIGES), sendo o Conselho de Administração (CA) responsável pelas informações divulgadas. O Diretor de Gestão de Riscos, por meio de indicação do Conselho de Administração, é o responsável perante o Banco Central do Brasil (BACEN), pelo gerenciamento do risco operacional do Banco do Brasil.

O quadro abaixo apresenta as principais responsabilidades das áreas que compõem a estrutura de gerenciamento do risco operacional. análise do risco operacional é avaliado por auditoria externa, sendo seus resultados submetidos aos Conselhos Diretor, Fiscal e de Administração.

Para garantir efetividade ao gerenciamento do risco operacional no BB, bem como assegurar a realização das funções pelas áreas responsáveis, definiu-se cinco fases de gestão. As principais atividades vinculadas a cada fase estão sintetizadas na tabela abaixo:

Tabela 31. Fases do processo de gerenciamento do risco operacional captura dos eventos de perda e cálculo do capital a ser alocado para risco operacional.

As atividades vinculadas a cada fase têm responsabilidades pré-definidas, de forma individual ou conjunta, envolvendo os gestores de produtos e serviços e as Diretorias de Gestão de Riscos, Controles Internos e Gestão da Segurança.

Política de Risco Operacional

A Política de Risco Operacional aprovada e revisada anualmente pelo Conselho de Administração (CA) contêm orientações às áreas do Banco, que visam garantir a efetividade do modelo de gestão do risco operacional.

Essa Política, aderente ao preconizado em Basiléia II e aos requisitos da Resolução CMN 3.380/06, permeia as atividades relacionadas ao gerenciamento do risco operacional, com o objetivo de identificar, avaliar/mensurar, mitigar, controlar e monitorar os riscos operacionais inerentes aos produtos, serviços, processos e sistemas no âmbito do Banco do Brasil, suas Subsidiárias Integrais e Controladas do Conglomerado Financeiro.

A Política de Risco Operacional apresenta orientações que envolvem os principais instrumentos de gestão, composição da Base de Dados Interna, cálculo das perdas esperadas e não esperadas, documentação e reporte aos diversos escalões do Banco e público externo dos principais aspectos que envolvem o gerenciamento do risco operacional. 2010-14 e o Plano Diretor 2010-11, aprovado pelo Conselho de Administração (CA), insere na dimensão processos internos a questão do risco operacional, tendo por

objetivo a redução de suas perdas, mensurada por meio do indicador Limite Global de Perdas Operacionais.

Atualmente, com o objetivo de estar qualificado à utilização do modelo avançado para mensuração do risco operacional, o Banco do Brasil tem concentrado esforços na gestão de seus riscos operacionais apoiado na utilização dos quatro elementos essenciais para atingir um padrão de solidez desejado: base de dados interna, dados externos, análise de cenários e os fatores que refletem o ambiente de negócios e os controles internos do Banco (BEICF – Business Environment and Internal Control Factors).

A gestão estratégica ocorre no Comitê de Risco Global (CRG), composto pelo Presidente e Vice-Presidentes de diversas áreas, que tem a finalidade de decidir sobre políticas e diretrizes de riscos. Em especial, os limites de riscos globais são definidos e acompanhados nesse Comitê.

Visando conferir agilidade ao processo de gestão, o Banco se utiliza do Subcomitê de Risco Operacional, com o objetivo de monitorar, sob periodicidade mínima mensal, o risco operacional de forma consolidada e propor medidas para manter este risco dentro da tolerância ao risco pré-definida pela Alta Administração do Banco.

Processos de Comunicação e Informação

O processo de comunicação e informação relativo ao risco operacional prevê a manutenção de canais de reporte efetivos que assegurem a todos os funcionários, nos diversos níveis hierárquicos, acesso às políticas, normas e procedimentos de gestão do risco operacional, bem como ao público externo, por meio de relatórios trimestrais e semestrais disponibilizados na internet do Banco.

São reportados, mensalmente, aos membros do Comitê de Risco Global (CRG) e Subcomitê de Risco Operacional (SRO), informações de perdas e Indicadores Chave de Riscos operacionais, no que se referem a posições estáticas e dinâmicas, avaliações qualitativas e quantitativas e limites globais e específicos.

A dinâmica de funcionamento do CRG e SRO permite que os níveis estratégicos, representados por diretores executivos de áreas com representação nos respectivos fóruns, tenham acesso a informações de risco operacional que viabilizem o processo de tomada de decisão no Banco.

Sistemas de Mensuração

A Resolução CMN 3.490/07, determinou a inclusão da Parcela de Risco Operacional (ܲை௉ோ) no cálculo do Patrimônio de Referência Exigido (PRE). Por meio da Circular 3.383/08 e das Cartas-Circulares 3.315/08 e 3.316/08, o BACEN definiu os procedimentos para o cálculo da parcela ܲை௉ோ e a composição do Indicador de Exposição ao Risco Operacional (IE).

seguintes abordagens: Indicador Básico, Padronizada Alternativa e Padronizada Alternativa Simplificada. O BB decidiu alocar capital para risco operacional sob a Abordagem Padronizada Alternativa, em função da segregação do IE por linhas de negócios.

Encontra-se em desenvolvimento a implementação de modelos internos – Abordagem Avançada (AMA) – apoiado na utilização dos quatro elementos essenciais para atingir um padrão de solidez desejado: base de dados interna, dados externos, análise de cenários e os fatores que refletem o ambiente de negócios e os controles internos do Banco (BEICF – Business Environment and Internal Control Factors).

Política de Mitigação

As áreas gestoras de processos, produtos e serviços, com base nas causas apontadas na etapa de identificação do risco operacional e nas decisões emanadas pelo Subcomitê de Risco Operacional (SRO) e/ou Comitê de Risco Global (CRG), devem elaborar planos de ação e identificar instrumentos para a mitigação do risco operacional.

As Diretorias de Controles Internos (DICOI) e de Gestão da Segurança (DIGES), caso demandadas, assessoram o gestor na elaboração dos planos de ação para mitigação do risco operacional.

Estratégias e Processos de Monitoramento da Efetividade dos Mitigadores O acompanhamento das perdas operacionais, para produção dos devidos reportes e acionamento das áreas gestoras de processos, sistemas, produtos ou serviços em caso de necessidade de proposição de ações de mitigação, é feito através da apuração mensal dos valores das perdas de acordo com o Limite Global de Perdas Operacionais.

Com o objetivo de tornar o monitoramento ainda mais eficiente, foram adotados limites específicos para as seguintes categorias de eventos de risco operacional:

Problemas Trabalhistas Falhas nos Negócios

Planos Econômicos;

Indenização Cobrança e Sucumbência;

Exclusão de Cadastro Restritivo;

Repetição de Indébito (Instrumento contratual de juros);

Fraudes e Roubos Externos Roubos Externos;

Fraude Eletrônica Externa;

Perdas com Cartões;

Falhas em Processos Falhas em Serviço;

Fraudes Internas.

Mensalmente, o monitoramento é realizado pela área de riscos do Banco com reporte ao Subcomitê de Risco Operacional (SRO) e ao Comitê de Risco Global (CRG).

Havendo extrapolação de algum Limite Específico, acima indicado, é emitida RTR – Recomendação Técnica de Risco na qual o gestor do Limite deve indicar as causas, bem como ações de mitigação para reenquadramento do Limite extrapolado.

A tabela a seguir apresenta o acompanhamento das perdas operacionais do BB, realizada por categorias de eventos de risco, em termos percentuais. Ressalta-se que, a partir do 2º trimestre de 2010, o BB passou a considerar as constituições/reversões de provisões no total apurado de perdas operacionais para as categorias Problemas Trabalhistas e Falhas nos Negócios.

Tabela 32. Acompanhamento das perdas operacionais

Categorias 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10

Problemas Trabalhistas 29,8% 32,1% 42,0% 37,6% -18,7%

Falhas nos Negócios 47,8% 40,8% 20,9% 43,8% 70,0%

Fraudes e Roubos Externos 13,2% 16,0% 19,5% 11,1% 15,8%

Falhas nos Processos 7,7% 9,2% 12,1% 5,7% 31,5%

Danos ao Patrimônio Físico 0,3% 0,7% 0,5% 0,2% 0,2%

Fraudes Internas 1,0% 1,0% 4,9% 1,6% 1,2%

Falhas de Sistemas 0,1% 0,3% 0,1% 0,0% 0,0%

Interrupação das Atividades 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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