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A seguir, faremos uma análise possível sobre o surgimento das unidades açucareiras em Sergipe, quando necessário num comparativo com os engenhos da Bahia. Nesse sentido, buscou-se conhecer o lugar do lugar, onde estavam localizadas as unidades açucareiras no baixo Cotinguiba e assim passamos a conhecer a origem do município, emancipação política e desenvolvimento sócio político cultural de Rosário antiga freguesia e vila na província de Sergipe e posteriormente município de Rosário do Catete/SE.

O exemplo de distribuição de terras feito no território brasileiro foi o responsável pelo surgimento dos grandes domínios territoriais, as famílias que se notabilizaram durante o processo de colonização passaram a acumular-se de várias sesmarias, quer para a implantação de engenhos ou em lugares não apropriado ao cultivo da cana de açúcar escolheram a criação do gado extensivo.

Portanto, por várias gerações deu-se progressiva concentração de terras nas mãos de poucas famílias, responsáveis pela produção do açúcar nos séculos iniciais da colonização das terras da colônia portuguesa desde o século XVI ao XIX, nas áreas litorâneas como Bahia, em Pernambuco com maior eficácia, na segunda metade do século XVIII, em Sergipe nesse mesmo século estendendo-se até século XX com o declínio das usinas.

A ocupação da região que hoje compõe o estado da Bahia ocorreu de forma gradativa, contudo foi no Recôncavo Baiano que aconteceu a maior área de produção de cana de açúcar, vejamos o que nos informa Antônio Carlos do Amaral Azevedo (1994). 62

“Com uma área de aproximadamente 10.400km², formada na maioria por terras baixas, abertas para maior baía da costa brasileira, com quase 750 km² de águas salinas e 190 km de costa. A rede fluvial do Recôncavo é formada pelos rios Paraguaçu, Açu, Subaé e Jaguaribe, que desaguam na baía e pelos rios Pojuca, Jacuípe e Joanes, que desaguam diretamente no Oceano Atlântico (p.18).”

62 AZEVEDO, Antônio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos, Rio de Janeiro:

45 A Bahia, com solos férteis tipo massapê, com vegetação de Mata Atlântica que margeava toda a costa e o Recôncavo, tinha condições favorável para o desenvolvimento da produção açucareira que caracterizou a atividade econômica. As primeiras notícias sobre a implantação de engenhos na região estão ligadas ao processo de ocupação das terras, com o surgimento das primeiras vilas: Nossa Senhora do Porto de Cachoeira; São Francisco da Barra do Conde, Itaparica como porto de produtos de subsistência. Durante o século XVIII, a atividade praticada nesta região foi em escala de produção comercial dos seguintes produtos: fumo, mandioca, além da extração de madeira e a criação de gado.

Durante os três primeiros séculos da colonização, isto é, até os idos do século XIX, a atividade agrícola foi a maior responsável pela localização e desenvolvimento de povoações no Recôncavo Baiano, ou seja, vinculada a produção ou ao transporte. A rede de cidade da região se originou e sua hierarquia se estabeleceu em função da cultura canavieira.

Ao fazermos um comparativo dos engenhos da Bahia do século do início da colonização com os do século do final XVIII e XIX há uma distinção acentuada, pois, as propriedades eram menores, devido às partilhas por questões de herança, como também pelo problema com a infertilidade das terras, causando uma menor produção. No início da produção açucareira em algumas partes da região do Recôncavo Baiano, segundo Stuart Schwartz, os Engenhos da Bahia praticavam a policultura63. Foram introduzidos outros produtos além do açúcar, tais como, o arroz, gengibre, hortaliças, mandioca entre outros produtos sendo agricultura de subsistência.

Nesse período, os proprietários de engenhos conviveram invariáveis de toda sorte. Essa inconstância causou, no século XIX, a necessidade de buscar novas formas para enfrentar concorrências internacionais. É nesse período que surge a introdução da máquina a vapor como resposta as novas exigências no final daquele século.

“Nessa medida, o engenho deu lugar às usinas de açúcar, para usarmos uma expressão corrente que nem sempre consegue apreender a natureza dessa transformação, já que boa parte da bibliografia acaba reduzindo o problema a discussões do tipo: formas arcaicas e pré-capitalistas de produção versus produção capitalista. Muito pelo contrário, o que esteve em jogo nessa transformação não foi à passagem de uma organização social do trabalho pré-capitalista para uma organização capitalista do trabalho, mas sim o modo

63 SCHWARTZ, Stuart. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835. São Paulo:

46 pelo qual no interior da organização social capitalista do trabalho, já no século XIX, determinadas formas se impuseram sobre outras – a usina de açúcar superou o engenho64.”

Grande parte do funcionamento da economia da Bahia esteve relacionada com o comércio internacional e antes de salientarmos sobre o comércio seu apogeu e declínio apresentaremos alguns fatores que complicaram o desenvolvimento da produção açucareira tanto na Bahia como em Sergipe e outras áreas do Brasil. A complexidade de manter um engenho, a variedade de serviços de mão de obra especializada e a ausência da uma indústria doméstica de refino do produto.

Diante da complexidade e magnitude desse comércio implicavam também as grandes exigências dos mercados consumidores e exportadores. Essa ausência total de refinaria fazia com que os preços do açúcar se tornassem onerosa.

Em meados do século XVIII a economia açucareira baiana passou por um processo de estagnação, apesar da insegurança e rotatividade dos preços e das vendas das propriedades pelos senhores de engenhos, a região da Bahia, principalmente do Recôncavo, foi o lugar de maior concentração da produção açucareira e mesmo com as baixas dos preços do açúcar o Recôncavo conferiu a Salvador sua existência econômica e estimulou a colonização e produção açucareira fez com que seus senhores de engenhos dominassem a vida social e política.

Compreendemos que o funcionamento da economia açucareira brasileira e suas regiões produtoras como a Bahia, Sergipe estiveram sempre relacionadas ao mercado internacional e aos mutáveis padrões políticos e econômicos no mundo Atlântico.

Desde os tempos da colonização do Brasil, a Bahia tentou a conquista de Sergipe Del Rey, mas a efetiva penetração na área, só aconteceu segundo duas décadas mais tarde. Com o surgimento da povoação de São Cristovão e logo após a transferência para outro lugar mais vantajoso65. A produção do açúcar e a parte da produção de Sergipe El Rey eram geralmente calculadas como sendo parte do total da cotação de produção da Bahia, em outras palavras

64 DECCA, Edgar de. O nascimento das fabricas. São Paulo: Brasiliense, 1998. Coleção Tudo é História, 88. 65 Acreditamos que esse lugar seja a atual capital Aracaju que foi projetada para ser a capital, compreendia o

presidente em exercício Inácio Barbosa a importância dessa mudança que ocorreu em 17 de março de 1855 pois tinha uma melhor posição geográfica e também facilitou o escoamento dos produtos exportados principalmente a produção açucareira. Medida sancionada pela resolução de número 413.

47 Sergipe era de fato, uma extensão da economia da Bahia, apesar de haver as diferenças em relação aos engenhos que eram menores. No início do século XIX, foram arrolados 163 engenhos próximos à voz do rio Cotinguiba em Sergipe El Rey e sua produção perfaziam 25% da produção da Bahia.

Esses lugares estavam ligados no passado, pois Sergipe fazia parte da capitania da Bahia de Todos os Santos, ai deu início à atividade econômica de produção do açúcar, e a construção de engenhos, além da sede da capitania conhecida como Vila Velha do Pereira contando com o auxílio do náufrago Diogo Álvares Caramuru, contudo a administração mostrou-se incapaz de controlar os ímpetos dos colonos como afirma Stuart Schwartz 66.

“(...) não foi capaz de controlar a cobiça e o ímpeto dos colonos. As depredações destes últimos levaram os índios a sitiar o pequeno povoado, o que por sua vez provocou desistências entre os portugueses. Pereira Coutinho e seus seguidores foram forçados a refugiar-se em Porto Seguro, e quando tentaram retornar a Baía de Todos os Santos no ano seguinte, um náufrago levou-os á morte nas mãos dos índios da ilha de Itaparica (SCHWARTZ, 1988, p.34). ”

A primeira tentativa de conquista do território da atual Sergipe foi propiciada entre índios e os portugueses e teve a participação da presença da companhia de Jesus67 que adentraram além das terras do rio Real e em 1575, com a missão de catequizar os habitantes indígenas tarefa confiada ao padre Gaspar Lourenço e ao irmão João Salônio, fundadores das missões das:

“Missões de São Tomé, seis léguas distantes do rio Real (onde possivelmente se localizava a cidade de Santa Luzia). Uma pequena igreja de pindoba foi erguida e consagrada a Nossa Senhora da Esperança. Surgiram-se as missões de Santo Inácio, 10 a 12 léguas para o norte ás margens do Vaza-Barris (provavelmente no local da cidade de Itaporanga), nas terras do cacique Surubi, e a de São Paulo, junto ao mar, região do

66SCHWARTZ, Stuart. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835. São Paulo:

Companhia das Letras, 1988, p.34.

67 Companhia de Jesus uma ordem Religiosa fundada por Inácio de Loyola. Dicionário Aurélio Buarque de

Holanda Ferreira Editora Nova Fronteira 5ª Ed. Rio de Janeiro-2004. Companhia de Jesus tornou-se um dos principais movimentos de reforma religiosa tendo sido uma das ordens mais importantes na formulação da resposta ao protestantismo produzido durante o Concílio de Trento.

48 Cacique Serigi. Nessas aldeias agregou-se numerosa população indígena liderada pelos caciques Serigi, Surubi e Aperipê, este dominando as terras entre o rio Real e o Vaza-Barris. Os padres começaram a ensinar a doutrina cristã, e a missão de São Tomé o padre Gaspar Lourenço abriu uma escola para as crianças, denominada São Sebastião, tendo coo professor o padre João Salônio68.”

Ainda segundo Thetis Nunes,

“(...) arruinaram-se totalmente, os trabalhos do rio Real. O governador veio com tropas para abater os índios de Aperipê e ao aproximar-se da aldeia de Santo Inácio fogem seus habitantes. Ele considera a fuga uma quebra de paz, persegue-os. Surubi morre os demais se entregam. Cativa todos e os encurrala na igreja de São Tomé como cárcere. Os soldados assolam tudo quanto encontram e os arrastam para a Bahia de modo que o resultado de tantas esperanças foi o cativeiro de mil duzentos transportados para a Bahia que Deus com a morte se serviu de libertar dentro de um ano do cativeiro. A varíola e o sarampo teriam dizimado metade deles69. ”

A luta entre as tropas do governo e os nativos causou uma baixa nas aldeias indígenas e os sobreviventes fugiram para os sertões. Com o desenvolvimento dos maiores centros produtores de cana de açúcar na região (salvador e Pernambuco), houve a necessidade de uma ligação por terra entre essas regiões, mas passar por Sergipe implicava em corre todos os riscos. O governo português nomeou Cristovão de Barros como responsável pela conquista de Sergipe e nessa etapa que foi empreendida a guerra justa70 e a “destruição dos elementos e indivíduos que pudessem ser inimigos ao desenvolvimento do povoamento e da conquista definitiva do território Cristóvão de Barros levanta um forte e junto a ele deu o nome de Cidade de São Cristovão .

As medidas por ele adotadas tinham caráter funcional e estabeleceram dessa forma os alicerces da nova capitania a qual denominou Sergipe Del Rei, está doada ao pelo Rei Felipe II, com recomendações que fossem criadas povoações e iniciadas a distribuição de sesmarias

68 NUNES, Maria Thetis. Sergipe Colonial I. Aracaju: Universidade Federal de Sergipe /Rio de Janeiro: Tempo

Brasileiro (1989 p. 21-22).

69 NUNES, Maria Thetis. Sergipe Colonial I. Aracaju: Universidade Federal de Sergipe /Rio de Janeiro: Tempo

Brasileiro (1989 p.22-23, 29).

70 FRANDESCO, Sacchino. História Societatis Jesú. In: Antônio Henrique Leal. Apontamentos para a História

49 que inicialmente foram empregadas para a criação de gado, mulas, além de roça para o cultivo do milho, arroz, feijão, legumes e aves para o consumo doméstico.

A partir do século XVIII, há uma modificação nas atividades econômicas em Sergipe passando a cultura da monocultura da cana de açúcar ocupar mais espaços outrora destinados aos currais como escreve Felisbelo Freire (1977): “O sergipano antes de ser agricultor foi

pastor71”. Também acrescenta que antes da região ser colonizada os fazendeiros baianos

desenvolveram a criação de gado.

Em Sergipe, houve um aumento significativo do número de unidades produtoras de açúcar, graças a uma divisão das antigas propriedades e uma maior flexibilidade da lei que regulamentava a distância entre os engenhos. As questões financeiras do final do século XIX, a baixa cotação do açúcar e a concorrências dos grandes mercados consumidores na América Central como já mencionou, e além das dificuldades locais, deficiências no transporte e os altos custos da produção, fizeram que os comerciantes que compravam o açúcar nordestino optassem pelo que era produzido mais próximo dos grandes centros, isso ocasionou uma redução na produção do açúcar nordestino.

Na região de Sergipe, podemos perceber na obra de Maria da Glória Santana de Almeida72, um aumento no cultivo da cana de açúcar a partir do século XVIII, é notório também que no século XIX, causado pela alta do preço do açúcar no mercado internacional este século é tido como o auge da produção do açúcar no nordeste quanto em Sergipe, sendo testemunhado através da expansão da área de cultivo, do aumento do número de engenhos. O predomínio do açúcar imprimiu a concentração da riqueza em mãos de quem possui terras e escravos ditando assim a posição de cada indivíduo na sociedade.

Dados indicam, numa comparação entre a Bahia e Sergipe Del Rey, o aumento do número de engenhos embora variem as estimativas de produção a tendência de expansão e criação de novas unidades é clara tanto na região baiana como em Sergipe, uma estimativa de 1818 indicava que existiam 325 engenhos na Bahia e 156 em Sergipe Del Rey, totalizando um

71 FREIRE, Felisbelo. História de Sergipe. 2. Ed. Petrópoles: Vozes, 1979. Em convênio com o governo do

estado de Sergipe 1977.

72 ALMEIDA, Maria da Glória Santana de. Nordeste Açucareiro (1840.1875), Num Processo do vir a ser

50 total de 511 engenhos e em 1834 contava com 603 unidades para ambas as regiões73. De acordo com Stuart Schwartz (1988, p.346).

O autor fornece, ainda, uma análise minuciosa sobre o trabalho nos engenhos baianos e estendendo também para os de Sergipe El Rey, o mesmo versa sobre a região, a história da economia açucareira e acerca da fabricação do açúcar e seus detalhes que não iremos adentrar nesse víeis.

Em relação aos engenhos surgidos nessa época apresentam semelhanças, quanto aos elementos e ordem material, se comparado àqueles existentes em séculos anteriores, pois as inovações experimentadas por este setor produtivo foram quase imperceptível, era menos arriscado permanecer com as técnicas antigas e assim alguns proprietário de engenho negligenciaram as novas tecnologias que começavam a apontar no cenário sergipano na segunda metade daquele século (DANTAS, 1944)74.

Segundo Maria Lucia Marques Cruz Silva, processo de povoação de Rosário do Catete se dá mediante a conquista do território de Sergipe (2000, p.14). Ela versa sobre a formação histórica desse município que se concretiza com a vinda do português Cristovão de Barros75 que ao colonizar Sergipe fez doação de sesmaria, a seu filho Antônio Cardoso de Barros para dividir com as pessoas que participaram das lutas contra os indígenas, vencidas os combates e morto o chefe da tribo local o cacique Siriri trataram de ocupar as terras como fizeram em toda extensão da costa brasileira, essa ocupação trouxe como consequência o desmatamento das plantas nativas.

Observa-se que a terra será apropriada para o plantio da cana de açúcar, o que fez com que os colonizadores importassem de imediato à mão de obra escrava para a produção do açúcar o que viria constituir a base econômica da região.

Desse modo, as margens do rio Siriri a primeira ocupação se deu nas terras que pertenciam ao Engenho Jordão de Propriedade naquela época do senhor Jorge Almeida Campos, este por iniciativa dos escravos fez uma doação de uma área de terra a fim de que fosse construída uma capela para a imagem de Nossa Senhora do Rosário. A citada imagem

73 SCHWARTZ, Stuart. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835. São Paulo:

Companhia das Letras, 1988.

74 DANTAS, Orlando Vieira. O Problema Açucareiro de Sergipe. Editora: Livraria Regina- Aracaju 1944 75 Cristóvão de Barros era filho de Antônio Cardoso, que vieram na expedição de Tome de Souza para ocupar o

cargo de provedor-mor, mas quando retornavam para Portugal, em companhia do bispo D. Pedro Fernandes Sardinha, o navio em que estava naufragou nas costas de Alagoas, tendo sido eles devorados pelos índios Caetés.

51 fora encontrada pelos escravos naquelas proximidades, o que proporcionou o começo da religiosidade dessas pessoas que contribuíram para o início da organização social e religiosa dos novos habitantes.

Ainda de acordo com Maria Lucia Marques Cruz Silva 76, quando a povoação de Rosário surgiu já existia a Vila de Santo Amaro das Brotas, está vila exerceu por muito tempo em toda a área o domínio administrativo e político, e com grande influência nos interesses da Província de Sergipe, isso devido à localização do Porto das Redes local por onde escoava a grande produção de açúcar da Cotinguiba.

Para Clóvis Bomfim77, em determinado período da história, Santo Amaro das Brotas enquanto vila constitui um aspecto bastante diversificado, o que ajudou a diferenciar-se das demais vilas e povoações por ter uma lista de itens apreciáveis para a economia, ou seja, produzia anualmente: “40 mil arrobas de açúcar, 20 mil canadas de mel, 5.500 canadas de aguardente, 10 mil alqueires de farinha, 3 mil alqueires de mamona e 100 mil cocos”.

Nessa Região temos o lugar do lugar, o espaço de recordação e lugares de memórias com suas testemunhas vivas de um passado próspero para a aristocracia açucareira, como veremos os municípios que foram de grande relevância para a economia entre eles Laranjeiras tornou-se uma das vilas importante com seus engenhos Retiro, Comandaroba, Palmeira e um bom comércio.

Na mesma região, outras vilas de relevância como a vila de Maruim que tinha uma posição geográfica favorável às margens do Rio Ganhomoroba que fazia caminho para Siriry, Rosário do Catete com seus vários engenhos Paty, Caraíbas, Cumbe, Santa Barbará, Jurema Catete Velho, Jordão, Serra Negros e vários outros menores como Catete novo, Oitocentas etc. Japaratuba com o Engenho Santo Clara, em Riachuelo o engenho Central, Capela o engenho Proveito na vila de Maruim engenho Pedras, Unha de Gato, Periperi e também existia muitas casas estrangeiras de comércio de importações e exportações.

Por dificuldades de interligação entre essas vilas com a capital da província nessa época, São Cristovão, as vias de transportes eram precárias, o que dificultava o escoamento da produção açucareira para exportação, apesar de sabermos que a hidrovia da região tinha

76 SILVA, Maria Lucia Marques Cruz e. Rosário do Catete / Maria Lucia Marques Cruz e Silva – Aracaju:

Prefeitura Municipal de Rosário do Catete, 2000.

77 BOMFIM, Clóvis, “Haveres do século XIX - Santo Amaro, no Obscurantismo á Luz da História, EDISE,

52 vantagem logística excelente, os rios Cotinguiba e Sergipe, Japaratuba, Pomonga e Ganhomoroba foram um dos fatores decisivos para o tráfego da produção, importação e exportação de produtos da cultura açucareira.

Maruim era uma povoação subordinada também à vila de Santo Amaro das Brotas, no ano de 1828, e teve sua sede administrativa transferida para Rosário, por ordem do governo Provincial, para que os ânimos das lideranças locais se acalmassem. Em 1831 passou a Freguesia de Nossa Senhora do Rosário, época em que foi criado o distrito municipal por decreto de 12 de outubro de 1831.

No Álbum de Sergipe de Clodomir Silva (1920, p.266,267), nos informa que “em

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