• Nenhum resultado encontrado

SÍNTESE DO CASO MARGARIDA

No documento Download/Open (páginas 58-77)

2. MÉTODO

3.3 SÍNTESE DO CASO MARGARIDA

Margarida iniciou o processo psicoterapêutico após indicação do médico hebiatra, pois, este notou certa apatia em sua maneira de agir durante a consulta, dos relatos apresentados pela família, além do choro fácil. A menina carrega em sua história situações traumáticas, diante das quais foi exposta pelo padrasto a experiências sexuais forçadas.

No momento pré-teste, conforme estabelecido no método, Margarida obteve um score de 63 pontos no IRSEPT, indicando a presença de sintomatologia traumática. Após as 12 sessões utilizando o Sandplay, na ocasião do pós-teste, obteve score de 39 pontos. Portanto, após a utilização do Sandplay é possível observar a diminuição do score, indicando possível melhora dos sintomas.

O indicativo de melhora da sintomatologia pelo IRSEPT nos mostra, inicialmente, como foi possível flexibilizar as defesas psíquicas causadas pela situação traumática que interromperam o desenvolvimento de Margarida. Os cenários iniciais (Fig. 1, 2, 3 e 4) indicaram como a menina vivenciava as situações, ora em perigo, ora excluída, sem cuidado e pouca interação, estes então, serviram como espelho da psique da adolescente (Kalff, 1980).

Já nos cenários intermediários do processo terapêutico (Fig. 5, 6, 7 e 8) vemos as elaborações das situações conflituosas, nos quais as imagens do cotidiano surgem como possibilidade de reparação e reinserção da adolescente no que Kalff (1980) chama de adaptação ao coletivo, desta forma, as imagens simbolicamente representadas pelas situações do cotidiano possibilitaram que Margarida mobilizasse energia necessária para a retomada de seu processo de individuação.

As transformações que ocorreram ao longo do processo podem ser vistas nos cenários finais (Fig. 9, 10, 11 e 12), pois tratam-se de cenários que já foram feitos anteriormente mas que agora contam com uma nova configuração, ora mais organizada, ora mais nutritiva e interativa. A retomada do processo de individuação, antes interrompido pelo trauma, parece fluir de uma forma onde a adolescente agora pode brincar mais com as situações que vão lhe apresentando.

Desta forma, o Sandplay surge como uma possibilidade de intervenção em situações traumáticas, pois a paciente apresentava dificuldade de se expressar verbalmente, apesar de inúmeras vezes sinalizar, por meio do choro, o quanto não estava bem.

Esta dificuldade foi notada desde o início dos cenários, porém, à medida que o processo se desenvolvia, a expressão verbal de Margarida foi sendo enriquecida e seu processo de comunicação, não apenas no setting terapêutico, mas, em sua vida em geral, foi melhorando.

Adams (2007) reflete sobre este método como uma via de expressão poderosa diante de situações traumáticas, assim sendo, através do espelhamento do pesquisador psicoterapeuta, Margarida pôde desenvolver recursos internos, entrar em contato com a situação traumática e mobilizar as energias necessárias para caminhar em direção ao desenvolvimento psíquico.

A transformação da natureza traumática ocorreu durante o processo criativo desencadeado pelo Sandplay, os cenários pareceram fluir de um para outro, expressados pela repetição de miniaturas, como pode ser observado nas figuras 1 e 9 (cenários que retrataram fazenda) ou de temas que apontavam para o conflito, com nos cenários representados nas figuras 3 e 12, também para suas possíveis soluções.

O Quadro de Referências de Temas Expressos no processo em Sandplay proposto por Mitchell e Friedman (2003) nos permitiu verificar a presença nos cenários iniciais de temas que sugerem feridas psíquicas e o surgimento ao longo do processo dos temas que sugerem movimento em direção a cura. Desta forma, os cenários iniciais (Fig. 1, 2, 3 e 4) possuem temas mais indicativos de ferida psíquica do que os demais cenários, sendo: caos, divisão e separação, os mais presentes. Enquanto observamos que a partir do meio do processo (partindo da Fig. 5 até o último cenário) o aumento significativo dos temas que sugerem cura.

Assim, considerando estes referenciais apresentados por Mitchell e Friedman (2003), notou-se a predominância de dois temas expressos na totalidade dos cenários: divisão e energização. Divisão, tema caro ao trauma, como coloca Kalsched (2013), na fragmentação do Ego a serviço da sobrevivência foi aparecendo ao longo dos cenários e teve suas configurações alteradas na medida em que alguns conteúdos começaram a ser flexibilizados e integrados. Outro tema, a energização, esteve presente desde o primeiro cenário (Fig. 1) demonstrando a potencialidade da paciente em encontrar o caminho da totalidade.

Portanto, a expressão não apenas relativas aos temas, mas também aos conflitos, oferece a percepção de um bom prognóstico para Margarida, mostrando que, quando ela brinca na caixa de areia, libera conteúdos reprimidos da consciência em direção à resolução, todo movimento acontecendo dentro do espaço livre e protegido, como bem coloca Kalff (1980).

Os sintomas físicos apresentados por Margarida no início do processo, como a dermatite atópica e a bronquite grave, não se manifestaram até o final do processo. Tendo a adolescente

sido liberada do acompanhamento do médico alergista, por ter entendido que não está mais em crise alérgica manifestada através da dermatite. Também pelo relato da responsável, não teve nenhuma crise de bronquite neste período.

A não manifestação dos sintomas físicos corrobora as colocações de Ramos (2006) que também utilizou Sandplay como parte do tratamento dos sintomas psicossomáticos de seus pacientes. Os sintomas acharam uma via de expressão, comunicaram de maneira mais eficaz através dos símbolos nos cenários e permitiram que a adolescente pudesse ressignificar essas experiências.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desta pesquisa foi investigar a eficácia do Sandplay no tratamento do trauma em adolescentes e, assim, ao observar os resultados analisados, consideramos eficaz a utilização da técnica na intervenção psicológica em situações traumáticas. O estudo de caso apresentado e discutido permitiu não apenas verificar a eficácia da estratégia, mas também de elucidar sua utilização, a maneira de analisar os cenários e a importância de um processo, constituinte do brincar simbólico na caixa de areia, intermediado a partir de uma relação terapêutica.

O Sandplay, neste estudo, serviu como uma ferramenta importante, pois permitiu a liberação de conteúdos reprimidos, a visualização das situações conflituosas, ressignificação de situações dolorosas e a possibilidade da retomada do processo de individuação. Questões estas prejudicadas e/ou causadas pela vivência traumática.

A partir do uso do Sandplay foi possível ter uma compreensão de como o trauma pode ser abordado durante o processo psicoterapêutico, fazendo uso de um recurso lúdico e com cuidado de não re-traumatizar o paciente. Podemos notar que no estudo de caso apresentado, o processo terapêutico contribuiu para que as estruturas defensivas fossem deixadas de lado e a psique pudesse se expressar, liberando o fluxo de energia psíquica até que os mecanismos de elaboração fossem acionados e começassem a atuar.

O brincar na areia se tornou uma maneira de se comunicar, uma forma de se expressar, uma forma de se colocar no mundo e o Sandplay permitiu, talvez um pouco mais leve, que assuntos traumáticos e difíceis viessem à consciência. Fazendo uso das miniaturas que lhe foram oferecidas, a paciente pôde olhar de uma maneira tridimensional seu mundo interno, como propõe o Sandplay, facilitando o que a psicoterapia junguiana mais preza, ou seja, a ampliação da consciência, ampliação essa que se dá por meio da criatividade, acolhendo e elaborando os símbolos expressos pela psique.

Muito se preza para mantermos a ortodoxia ao Sandplay como propôs Dora Kalff, como por exemplo o tamanho das caixas de areia utilizadas, neste estudo, por questões institucionais, não foi possível ter uma sala exclusiva para o Sandplay, onde o material ficaria exposto em prateleiras e as caixas no meio da sala, assim como não foi possível manter o tamanho e material da caixa quando comparado com a referência da autora. Alterou-se e diminuiu-se o tamanho da caixa em 10 cm, tanto na largura quanto no comprimento, assim como a caixa utilizada era construída de material plástico e não de madeira. Tais alterações, conforme demonstrado ao

longo da análise do caso, não causaram prejuízos nem interferiram, ainda que minimamente, ao processo terapêutico de Sandplay, apenas se constituíram de alterações necessárias à adaptação do uso da técnica em um contexto público diferenciado, como o serviço de hebiatria de uma escola de Medicina.

Tais mudanças permitirão futuramente que outros estudos sejam realizados no âmbito das instituições, ampliando-se a estratégia para além dos consultórios particulares. Para tanto, flexibilizaram-se as regras do jogo simbólico para que o instrumento fosse inserido em diversas aplicações, porém sempre mantendo-se o rigor científico que deve perseguir a atuação do psicólogo.

O número de sessões utilizadas neste estudo, configuram-se no que chamamos de “intervenção breve” e, apesar do estudo de caso aqui apresentado, sugere-se que pesquisas futuras repliquem os procedimentos utilizados acrescentando, por exemplo, comparação a um grupo controle, assim como a reavaliação após seis meses do término do tratamento. Pesquisas e atitudes científicas auxiliarão ainda mais a inserção do Sandplay como uma ferramenta de investigação e intervenção frente as diferentes sintomatologias e aos mais diversificados contextos.

5 REFERÊNCIAS

Adams, K. (2007). Reconnecting to the Source: recovering from Sexual Molestation. Journal of Sandplay Therapy, XVI (2), p. 55-73.

Affeld-Niemeyer, P; Marlow, V. (1995). Trauma and Symbol. Journal of Analytical Psychology, 40, p. 23-39.

Aite, P. (2002). Paesaggi della psiche: Il gioco della sabbia nell'analisi junghiana. Collana:Bollati Boringhieri.

Albert, S. (2008). Infertilidade na relação conjugal: Uma pesquisa na abordagem junguiana utilizando a terapia breve com Sandplay. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo.

Amatruda, K; Simpson, P. (1997). Sandplay the sacred healing. A guide to symbolic process. USA: Trance*Sand*Dance Press.

American Psychiatry Association. (2014) Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. (DSM-V). 5 ed. Porto Alegre: Artmed.

Ammann, R. (2002). A terapia do jogo de areia. Imagens que curam a alma e desenvolvem a personalidade. São Paulo: Paulus.

Bley, A. L. (2009). Um estudo do efeito da técnica psicoterápica do Sandplay em pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico: uma pesquisa psicossomática. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo. Bradway, K; McCoard, B. (1997). Sandplay: Silente workshop of the psyche. New York: Brunner-Routledge.

Bradway, K. (2001). Symbol dictionary: Symbolic meaning of Sandplay images. Journal of Sandplay Therapy, X (1). Special edition.

Bradway, K; Chambers, L; Chiaia, M. E. (2005). Sandplay in Three voices: Images, Relationships, the Numinous. USA: Routledge.

Boik, B. L; Goodwin, A. (2000). Sandplay therapy: A step-by-step manual for psychotherapists of diverse orientations. New York: W.W.Norton.

Cerqueira, D. (Org.). (2018). Atlas da Violência. Rio de Janeiro: IPEA.

Chevalier, J; Gheerbrant, A. (2015). Dicionário de símbolos. 25 ed. São Paulo: José Olympio. Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa – Métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3 ed. Porto Alegre: Artmed.

Cruz, M. C. C; Fialho, M. T.(1998). A caixa de areia: Técnica projetiva e método terapêutico. Análise Psicológica, Lisboa, 16 (2), 231-241.

Dahlke, R. (2000). A doença como símbolo. Pequena enciclopédio de psicossomática. São Paulo: Cultrix.

Dundas, E. (1978). Symbols come alive in the sand. California: Privately printed by the author. Fordham, M. (1985 [1947]). Explorations into the Self. London: Academic Press.

Franco, A. (2003). O jogo de areia: Uma intervenção clínica. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica), Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. São Paulo.

Franco, A; Batista Pinto, E. (2003). O mágico Jogo de Areia em pesquisa. Psicologia USP, v. 14 (2), p. 91-114.

Franco, A. (2008). Vivências didáticas no ensino do Jogo de Areia. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica), Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. São Paulo.

Freedle, L. R. (2012). Sandplay and trauma-informed pratice. Presented at the Sandplay Therapists of America National Conference. Berkeley.

Freedle, L. R; Altschul, D. B; Freedle, A. (2015). The role of Sandplay Therapy in the treatment of adolescents and young adults with co-occurring substance use disorders and trauma. Journal of Sandplay Therapy, 24 (2), p. 127-145.

Friedman, H. S. (1997). Bridging Analytical Psychology and Research: A Sandplay View. In: Mattoon, Mary Ann (Org.). Zurich 95: Open Questions in Analytical Psychology. Switzerland: Daimon Verlag.

Friedman, H. S. (2018). Sandpplay: A template for life. In: Sherwood, D. N; Jackson, B. C. Into the heart of Sandplay. Ohio: Analytical Psychology Press.

Furth, G. (2004). O mundo secreto dos desenhos: uma abordagem junguiana da cura pela arte. São Paulo: Paulus.

Gimenez, P. D. (2016). Sandplay: conflito e criatividade plasmados na areia. Junguiana, 34(2), 27-36.

Gutermann, J; Schreiber, F; Matulis, S; Schwartzkopff, L; Deppe, J; Steil, R. (2016). Psychological Treatments for Symptoms of Posttraumatic Stress Disorder in Childen, Adolescents and Young Adults: A meta-analysis. Clinical Child and Family Psychology Review. 19 (1), p. 77-93.

Howe, D. (2005). Child Abuse and Neglect – Attachment, Development and Intervention. UK: Palgrave MacMillan.

Jung, C. G. [1984 (1928)]. A Dinâmica do Inconsciente. 2. ed. Petrópolis: Vozes. (Obras Completas de C.G. Jung; v.VIII).

Jung, C. G. [2011 (1957)]. Símbolos da Transformação. 8. ed. Petrópolis: Vozes. (Obras Completas de C.G. Jung; v.V).

Jung. C. G. [2012 (1928)]. Ab-reação, análise de sonhos e transferência. 8. ed. Petrópolis: Vozes. (Obras Completas de C.G. Jung; v. XVI/II).

Jung, C. G. (1986). Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Kalff, D. (1980). Sandplay: A psychotherapeutic approach to the psyche. California: Temenos press.

Kalff, D. (1993). Apresentação. In: Weinrib, E. Imagens do self. São Paulo: Summus.

Kalff, M. (2012). Foreword. In: Kalff, D. Sandplay: A psychotherapeutic approach to the psyche. California: Temenos press.

Kalsched, D. (2013). O Mundo Interior do Trauma: defesas arquetípicas do espírito pessoal. São Paulo: Paulus.

Knox, J. (2003). Trauma and defences: their roots in relationship. An overview. Journal of Analytical Psychology, v. 48, p. 207-233.

Kristensen, C. H. (2005). Estresse Pós-traumático: Sintomatologia e funcionamento cognitivo. Tese de Doutorado não publicada. Curso de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento. Universidade Federal de Rio Grande do Sul. Porto Alegre.

Landolt, M. A; Kenardy, J. A. (2015). Evidence-Based treatments for Children and Adolescents. In: Schnyder, U; Cloitre, M. Evidence Based Treatments for Trauma-Related Psychological Disorders: A pratical guide for clinicians. Switzerland: Springer.

Lawson, D. M; Quinn, J. (2013). Complex trauma in Children and Adolescents: Evidence- Based pratice in Clinical Settings. Journal od Clinical Psychology: In session, 69(5), 497-509. Lowenfeld, M. (1979). Understanding children's sandplay. New York: Paul & Co pub consor.

Matta, R. M. (2006). A utilização da Terapia do Sandplay no tratamento de crianças com transtorno obsessivo-compulsivo. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo.

Matta, R. M. (2015). Trauma em crianças e acolhimento institucional: Avaliação e Transformação por meio do processo psicoterapêutico da Terapia do Sandplay. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: São Paulo. McNally, S. P. (2012). Sandplay: A sourcebook for play therapists. USA: McNally.

Mitchell, R. R; Friedman, H. (1994). Sandplay: Past, Present & Future. New York: Routledge. Mitchell, R. R; Friedman, H. (2003). Olhando os cenários de Sandplay através de diferentes prismas. Tradução de Marla Regina Gheller Souza dos Anjos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica. (Palestra).

Montecchi, F. (1999). Hand that talk and analytic listening. Journal of Sandplay Therapy, v. VIII, n. 1, p. 25-67.

Morina, N; Koerssen, R; Pollet, T. (2016). Interventions for children and adolescents with posttraumatic stress disorder: A meta-analysis of comparative outcome studies. Clinical Psychology Review. v. 47, p. 41-54.

Pereira, A. B; Putzke, J. (2010). Dicionário Brasileiro de Botânica. Curitiba: CRV.

Raftopoulos, M. (2015). The use of jewels in the Sandplay Therapy of children with and without abuse histories. Journal of Sandplay Therapy, v. 24, n. 1, p. 47-67.

Ramos, D. (2006). A Psique do Corpo. São Paulo: Summus.

Sergiampietri, D. (2013). La terapia del gioco della sabbia: dal contributo pioneristico di Dora Kalff alle nuove riflessioni sulla relazione analitica. Rivista Psicoanalisi Neofreudiana. Firenze. v. 1, n. XXV, p. 1-29.

Schestastky, S; Shansis, F; Ceitlin, L. H; Abreu, P; Hauck, S. (2003) A evolução histórica do conceito de estresse pós-traumático. Revista Brasileira de Psiquiatria. 25, 8-11.

Silverman, W. K; Ortiz, C. D; Viswesvaran, C. (2008). Evidence-Based Psychosocial treatments for Children and Adolescents Exposed to Traumatic Events. Journal of Clinical Child & Adolescent Psychology, 37(1), 156-183.

Spinelli, M. R. (2002). Um estudo psicoterápico de uma paciente com Lúpus Eritematoso Sistêmico. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo.

Terr, L. (1991). Childhood Traumas: An Outline and Overview. American Journal Psychiatry. v. 148, n. 1, p. 10-20.

Turner, B. (2005). The Handbook of Sandplay Therapy. California: Temenos press.

Van Der Kolk, B. (2005). Developmental trauma disorder: Towards a rational diagnosis for children with complex trauma histories. Psychiatric Annals. v. 35, n. 5, p. 401-408.

Van Der Kolk, B; McFarlane, A; Van Der Hart, O. (1996). History of Trauma in Psychiatry. In: _____________; _____________. (org.). Traumatic Stress. New York: Guildford Press. Vizzotto, M. (2003). O método clínico e as intervenções na saúde psicológica da comunidade. In: Oliveira, V. B; Yamamoto, K. Psicologia da Saúde: Temas de reflexão e prática. São Bernardo do Campo: UMESP.

Von Gontard, A. (2010). Sandplay therapy study: A prospective outcome study of Sandplay therapy with children and adolescentes. Journal of Sandplay Therapy. v. 19, n. 2, p. 131-140. Weinrib, E. (1993). Imagens do self. São Paulo: Summus.

Wells, H. G. (1911). Floor games. New York: Paul & Co pub consor.

Winnicott, D. W. [1983 (1965)]. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artes Médicas.

Yin, R. K. (2015). Estudo de caso. Planejamento e Métodos. 5ª edição. Porto Alegre: Bookman.

Yoshikawa, M. L. (2002). Cenários femininos: Um estudo psicossomático de mulheres com Síndrome do Ovário Policístico através da Terapia do Sandplay. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo.

ANEXO A

Instrumento de Rastreio para Sintomas de Estresse Pós-Traumático (IRSEPT)

Idade: anos e meses Sexo: ( )masc ( )fem No espaço em branco antes de cada pergunta, coloque um número para dizer o quanto cada coisa tem acontecido com você durante as últimas duas semanas. Use a escala abaixo para decidir qual número colocar no espaço em branco. Coloque 0 se você nunca teve a experiência durante as últimas duas semanas, e coloque 10 se isto estava sempre acontecendo com você ou se aconteceu todos os dias durante as últimas duas semanas. Se aconteceu algumas vezes, mas não todos os dias, coloque um dos números entre 0 e 10 para mostrar o quanto.

(nunca)0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10(sempre) 1. Eu não tenho vontade de fazer coisas que eu gostava de fazer.

2. Eu não consigo lembrar muito de coisas ruins que aconteceram comigo. 3. Eu me sinto afastado e isolado de outras pessoas.

4. Eu tento não pensar sobre coisas que me lembram de algo ruim que aconteceu comigo. 5. Eu me sinto entorpecido. Eu não sinto emoções tão fortemente quanto costumava sentir. 6. Eu tenho dificuldades em me concentrar sobre coisas ou prestar atenção em algo por um longo período de tempo.

7. Eu tenho dificuldade em pensar sobre o futuro e em acreditar que viverei até uma idade avançada.

8. Eu me sinto muito irritável e perco o meu controle.

9. Eu evito fazer coisas ou estar em situações que possam me lembrar de algo terrível que aconteceu comigo no passado.

10. Eu estou muito alerta ao ambiente que me cerca e nervoso sobre o que está acontecendo ao meu redor.

11. Eu me encontro repetidamente lembrando de coisas ruins que me aconteceram, mesmo quando não quero pensar sobre elas.

12. Eu fico sobressaltado ou surpreso muito facilmente e pulo quando eu ouço um som repentino.

13. Eu tenho sonhos ruins sobre coisas terríveis que me aconteceram.

14. Eu fico muito perturbado quando algo me lembra de alguma coisa ruim que me aconteceu. 15. Eu tenho dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo.

16. Quando algo me lembra de alguma coisa ruim que me aconteceu, me sinto trêmulo, suado, nervoso e meu coração bate realmente rápido.

17. De repente eu sinto como se estivesse de volta ao passado, em uma situação ruim na qual já estive, e é como se isto estivesse acontecendo tudo de novo.

SPTSS versão 1.0 Copyright 1993 por Eve Carlson, Ph.D. Traduzido e adaptado por Kristensen (2005)

ANEXO B

Lista de Miniaturas (Matta, 2015)

Agrupamento Miniaturas

Acessórios Bijuterias (brincos, colares, anéis e pulseiras) /bolsa marrom/colares dourados e

prateados/sombrinha e chapéu

Anfíbio Tartarugas/sapo com filhote/sapos

Animais domésticos Bois/vacas/burros/jumento/cabras/ovelhas/porco s/cavalos/cachorros/gatos

Animais marinhos Baleias/golfinhos/peixes/tubarão/caranguejo/con chas /estrelas do mar

Animais Pré-históricos

Dinossauros (grandes e pequenos)

Animais selvagens Elefante/tigre/leão/onça/hipopótamo/lobo/ursos/j avali/veado/zebra/

Animal urbano Rato

Arsenal de guerra Soldados

Aves domésticas Ganso/galinha/pato/ninhos com passarinho

Aves selvagens Tucano

Bolas Bolas de vidro coloridas (pequenas)

Bonecas Bonecas de plástico

Cercas/Barreiras Cercas

Comida Comida (tortas, ovo, pastel, arroz, sanduíches)

/balas de vidro

Comida Lata cerveja

Comida Frutas (limão, laranja, uva, coco, pinhas, nozes) Construção Casas (barro, pedras, plástico), castelo.

Elementos da natureza Flores/folhas secas/grama/árvores Elementos da natureza Pedras brasileiras, de rio

Elementos de construção Madeiras/palitos/paus/sucatas

Elementos de ligação Ponte

Ferramentas de trabalho Ferramentas de plástico

Figuras religiosas Santos católicos

Insetos/artrópodes Aranha/barata/louva-a-

deus/cigarras/besouros/moscas/escorpião/ borboletas.

ANEXO C

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: Traumas em adolescentes e o tratamento por meio da Terapia do Sandplay Pesquisador: LEONARDO DE FREITAS SERI

Área Temática: Versão: 2

CAAE: 79633717.5.0000.5508

Instituição Proponente: Universidade Metodista de São Paulo - UMESP Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

No documento Download/Open (páginas 58-77)

Documentos relacionados