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Síntese das respostas dadas aos inquéritos pelos GAL das Regiões Autónomas

Questão/GAL ACAPORAMA ADRAMA GRATER

Região Autónoma Madeira Madeira Açores

1. Questão sobre o papel das ADL e dos atores locais no desenho da programação (PDR).

Foi fraca a relevância das ADL na definição do PDR. O papel da ADL foi definir a sua EDL (portanto, numa fase já posterior à definição do programa), com base no vasto conhecimento que possui do território onde atua, tendo realizado um importante trabalho de levantamento das necessidades dos territórios rurais, um

levantamento que esteve na base da EDL, que foi aprovada pelos parceiros locais e posteriormente pela autoridade de gestão do PRODERAM 2020.

No arquipélago o papel das ADL na definição da programação foi pouco relevante uma vez que, quando as ADL da região foram chamadas a participar no processo, as decisões já estavam tomadas e a programação definida. A

programação foi definida somente pelo Governo Regional da Madeira, o envolvimento das ADL foi somente posterior, quando foram chamadas a apresentar EDL para os territórios de intervenção onde atuam.

O envolvimento das ADL na definição do PDR foi muito escasso, devido ao encerramento (tardio) do período de programação anterior e aos prazos dados para a apresentação de documentos com propostas, que impediram a realização de reuniões entre as ADL e os responsáveis pela definição do PDR. Em relação a outros atores locais, as reuniões ou focus groups que tiveram lugar, para definição da sua estratégia, também não tiveram participação ativa.

2. Opinião sobre o nível de liberdade conferido aos GAL para o desenho das suas EDL e comparação com períodos anteriores.

O GAL teve um maior nível de liberdade. A maior liberdade e também o maior apoio deveram-se ao facto do começo da programação, bem como as ações de informação e de debate terem decorrido atempadamente. As ações de informação e os debates permitiram a participação dos GAL, proporcionando o desenvolvimento de um período programático o mais adaptado possível às necessidades dos territórios rurais da Madeira, tendo tido efeitos benéficos para o

desenvolvimento das EDL.

A liberdade é limitada. Apesar de, na teoria, os GAL terem a liberdade para definir as suas EDL, na prática a estratégia é limitada logo à partida a nível do financiamento, dos objetivos estratégicos e das áreas de investimento.

A liberdade foi menor. Efetivamente, os GAL mantiveram autonomia para decidir como queriam ver o programa implementado, tendo liberdade para definir os limites dos volumes de investimento, a tipologia de atividades a apoiar, entre outros critérios. Por outro lado, a formatação fechada do programa não permitiu desenhar linhas de atuação específicas, estando o programa “muito agarrado” ao que foi definido a nível comunitário, sendo mesmo utilizadas as terminologias da regulamentação, tornando o programa fechado e uniformizado.

3. Opinião sobre a existência de um PDR próprio para a Região Autónoma.

A existência do PRODERAM 2020 é positiva, dado que o mesmo tem como objetivo o aumento da competitividade das áreas rurais, através do seu desenvolvimento económico e social.

A existência de um PDR na Madeira é algo positivo, dado o objetivo definido para o mesmo de desenvolvimento dos territórios rurais da região, contudo, existem limitações.

O GAL considera que a questão não é a existência de PDR específicos, mas sim o facto da metodologia LEADER ter sido integrada nos mesmos. Esta integração retirou a autonomia caraterística da metodologia e formatou as regras, critérios, tipologias de promotores e de projetos, não considerando as particularidades territoriais.

4. Questão sobre a forma como estava a decorrer a

implementação da EDL do GAL,

Houve atraso no início da implementação da estratégia, devido ao atraso na implementação e atribuição dos envelopes financeiros pelo

Há atrasos na implementação da EDL. A estratégia só foi aprovada em abril de 2016 e, dado esse atraso e o tempo necessário para

Verificaram-se ligeiros atrasos no início do programa, contudo, esses problemas acabaram por ser ultrapassados e neste momento a EDL

Síntese das respostas dos GAL dos Açores e da Madeira

Questão/GAL ACAPORAMA ADRAMA GRATER

Região Autónoma Madeira Madeira Açores

aprovações e comparação e identificação de diferenças relativamente a 2007-2013.

se também um atraso na abertura das plataformas eletrónicas para contratação dos projetos aprovados. Previa-se que nesta EDL os processos fossem já mais informatizados e menos materializados, mas tal não se verifica.

seleção, só foi possível abrir até agora dois avisos de receção de candidaturas, em novembro de 2016 e setembro de 2017. A burocracia aumentou bastante em termos dos processos, sendo pedida mais documentação e critérios de seleção. A juntar ao tempo e à burocracia excessivos do processo de análise e decisão, houve também morosidade da parte do IFAP para abrir a plataforma eletrónica para os beneficiários submeterem os termos de aceitação e os pedidos de reembolso. Só foi possível submeter os primeiros termos de aceitação em finais de 2017 e inícios de 2018. As Operações com mais procura continuam a ser as do Turismo em Espaço Rural, bem como as das ajudas sociais, integradas nos serviços básicos.

maior número de projetos são as de maior taxa de apoio, nomeadamente as dirigidas ao setor não lucrativo, IPSS e Autarquias.

5. Caso fossem identificados problemas na questão anterior, perguntou-se quais eram as razões e os responsáveis.

Os atrasos no início do programa tiveram grandes consequências no GAL, nomeadamente a demissão dos dois técnicos da equipa técnica local, por falta de orçamento, o que causou a suspensão temporária da EDL até à constituição de nova equipa técnica. A falta de orçamento causado pelo atraso no início do programa inviabilizou ainda uma parte significativa das ações previstas na EDL.

Os problemas são os atrasos no início da estratégia, cuja responsabilidade é das estruturas regionais e do IFAP.

A burocracia e a exigência a nível da segurança aumentaram, causados pela “simplificação”, sendo os processos agora também mais morosos.

6. Opinião geral sobre a possibilidade de financiamento plurifundos introduzida em 2014- 2020 a nível comunitário.

Não respondeu à questão por o DLBC não se

aplicar. A implementação do DLBC plurifundos pode ser positiva. Não respondeu à questão, por o DLBC não se aplicar.

7. Opinião sobre uma hipotética aplicação de um DLBC

plurifundos na Região Autónoma e dos possíveis benefícios ou desvantagens da mesma no desenvolvimento local dos territórios da região.

O plurifundos seria vantajoso, se significasse uma agilização das EDL, reduzisse a burocracia e permitisse aumentar o número de projetos.

O plurifundos seria benéfico, por corresponder a mais um instrumento de desenvolvimento dos territórios, apoiando quem quisesse investir. Contudo, seria difícil delimitar as fronteiras entre os diferentes sistemas de apoio num território pequeno e com pouca população.

Considerando a experiência que se vive no Continente, não se encontram vantagens num DLBC plurifundos, dada a desarticulação e desintegração, causadas pelos diferentes regulamentos.

Síntese das respostas dos GAL dos Açores e da Madeira

Questão/GAL ACAPORAMA ADRAMA GRATER

Região Autónoma Madeira Madeira Açores

8. Opinião sobre como gostaria o GAL de ver a continuação do LEADER/DLBC em 2021-2027 e quais os aspetos a manter e a alterar.

A ACAPORAMA defende uma diminuição da verticalidade no processo de decisão e da morosidade na disponibilização das plataformas de implementação da EDL. As plataformas devem também ser mais simples e menos burocráticas, mas mais rigorosas na avaliação dos projetos. A tecnologia deve ser utilizada para facilitar e melhorar a implementação das estratégias e não o oposto.

O GAL pretende a simplificação e

desmaterialização, que são anunciadas, mas acabam por não se concretizar, pelo contrário aumentando. As estratégias locais são fundamentais e devem manter-se, mas estas estratégias e instrumentos têm de ser mais valorizados e a criação de um programa DLBC poderá ter esse efeito.

A GRATER gostaria que o LEADER voltasse a ser uma iniciativa à parte, financiada de forma plurifundos e sob a alçada de uma única AG.

9. Opinião sobre as propostas que vinham surgindo para 2021- 2027, de várias entidades, que propunham um Programa único para o DLBC, um Fundo DLBC e uma única Autoridade de Gestão.

O GAL considera as propostas válidas, na medida em que poderiam agilizar e uniformizar os processos das ADL, desde que não se esqueçam as especificidades das ADL das RA.

Destaca-se, nas propostas, a criação de um Programa único, que ponha fim à dependência que existe do PDR e a todos os inconvenientes que têm sido causados por tal, nomeadamente a nível das verbas disponibilizadas.

A GRATER concorda com as propostas, desde que o Fundo DLBC esteja previamente composto pelos diferentes fundos e que não dependa de AG diferentes. Assim, um Programa e um Fundo único seriam o concretizar de uma realidade há muito esperada, que valorizaria o trabalho dos GAL e lhes daria maior sustentabilidade a longo prazo.