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2019S13M1235 André Fagundes | UC

No documento Organização: Parceiros da CEDH2019 (páginas 149-165)

O multiculturalismo e as acomodações religiosas em matéria penal: análise crítica do uso sacramental do chá Hoasca (Ayahuasca)

O presente trabalho pretende examinar a viabilidade, numa sociedade plural e democrática, de acomodação do culto das minorias religiosas que utilizam o chá Hoasca como sacramento em seus rituais. O mencionado chá, também conhecido como Vegetal ou Ayahuasca, é de uso imemorial por povos indígenas, chegando à Amazônia brasileira com a desinte- gração do Império Inca. Inicialmente seu uso era circunscrito aos indígenas, mas aos poucos foi sendo estendido aos pov- os da floresta, sobretudo após a chegada na região dos chamados soldados da borracha. Com isso algumas lideranças se formaram na distribuição do chá, incluindo xamãs e caboclos, além de algumas organizações religiosas, como a União do Vegetal, que está presente em 11 países. O seu uso sacramental, que está na centralidade da crença religiosa, é para efei- to de concentração mental, servindo como veículo de autoconhecimento e ligação com o Sagrado. Pelo facto de o chá con- ter dimetiltriptamina (DMT), um alcaloide psicoativo relacionado na Lista I da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971, seu uso tem sido questionado pelos governos e tribunais. Ao longo do trabalho, analisa-se criticamente a decisão judicial proferida pelo Tribunal de Valência num processo em que o líder da mencionada confissão religiosa, regularmente inscrita em Espanha, ao tentar entrar no país com seu sacramento religioso, foi acusado da prática de crime contra a saúde pública. A análise se dá em cotejo com decisões judiciais da Suprema Corte dos Estados Unidos e do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, além de diversos diplomas internacionais que asseguram o exercício do direito à liberdade de religião e de crença. Verifica-se que a sentença examinada não só destoa do posicionamento oficial do Órgão Internacional de Fis- calização de Entorpecentes das Nações Unidas, como ignora por completo os inúmeros estudos da comunidade científica sobre o tema, que comprovam que o uso do chá Hoasca dentro do contexto ritualístico-religioso é inofensivo à saúde física e mental daqueles que o comungam, configurando grave discriminação contra uma minoria religiosa.

Palavras-chave: multiculturalismo; criminalização de sacramento religioso; chá Hoasca (Ayahuasca); acomodações reli-

giosas;

2019S00M1236

Felipe Pepe Machado | UP e IPJ Graziela Moraes | UP e IPJ Thales Castro de Castro | PUCRS

A Blockchain como meio de erradicação do trabalho infantil e combate ao trabalho análogo ao escravo

O presente estudo visa a traçar uma breve exposição acerca do uso prático da tecnologia Blockchain como meio de erra- dicação do trabalho infantil e combate do trabalho análogo às condições de escravidão. Apesar da importante atuação da OIT no combate à essas formas desumanas de trabalho, passados 100 (cem) anos de sua instituição, ainda hoje se tem notícias de empresas que se utilizam desta mão de obra para majorar sua lucratividade. Apesar de parecer deveras óbvio que os trabalhadores devem ter seus direitos sociais resguardados, ainda é absolutamente necessário não só tutelar o interesse destes, mas também ter mecanismos hábeis ao controle e erradicação da mão de obra laboral em condições desumanas.

Palavras-chave: Erradicação do trabalho infantil; Combate ao trabalho análogo à escravidão; Blockchain; Organização

2019SV0M2237

Fabricio Manoel Oliveira | UFMG Thais Costa Teixeira Viana | UFMG

Direitos humanos e convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência: Considerações sobre o (Não) Abandono do Modelo de Representação no Brasil

Ao longo da história, pessoas com deficiência receberam variados tratamentos na sociedade: não raramente postas à margem da condição humana, excluídas do convívio social. No século XX, com as mazelas das Guerras Mundiais, a preservação de sua dignidade humana entrou na pauta da comunidade internacional.

Em 2006, foi homologada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, com objetivo, conforme artigo 1°, de “promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua inerente dignidade”. Em 2007, o Brasil tornou-se signatário da Convenção e de seu Protocolo Facultativo, ratificados no Decreto Legislativo nº 186/2008, com força de Emenda Constitucional. Pouco depois, a Convenção foi promulgada com o Decreto nº 6.949/2009, passando a vigorar no Brasil.

Via metodologia jurídico-descritiva-exploratória e raciocínio dedutivo, esta pesquisa objetiva compreender se o Brasil in- ternalizou corretamente o artigo 12 desta Convenção e o Comentário Geral n° 1 do Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, acerca da representação e apoio para a tomada de decisões por tal parcela populacional, e quais medi- das podem ser adotadas para proporcionar, no maior grau possível, a concreção desses princípios.

As normas internacionais prestigiaram o conceito de vida independente e a concepção de interdependência relacional, via o auxílio da pessoa com deficiência por rede de apoio. O Comitê orientou que Estados signatários revissem suas leg- islações e políticas públicas para suprimir representações por terceiro (tutela e curatela) e privilegiar o apoio para tomada de decisões, a autonomia e preferências da pessoa com deficiência.

Promulgou-se no Brasil a Lei nº 13.146/2015, adequando legislação interna à Convenção, especialmente quanto à capaci- dade e auxílio para tomada de decisões pela pessoa com deficiência. O Estatuto reafirma a pessoa com deficiência como sujeito autônomo de direitos e independente (artigos 4º, 6º e 84), contudo, manteve em vigor, em hipóteses, o instituto da curatela representativa, permitindo a substituição da pessoa com deficiência na atuação em sociedade, em desacordo com as orientações do Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e arriscando a possibilidade psíquica de perda, pela pessoa com deficiência, de suas próprias referências intersubjetivas.

Ora, com o instituto da tomada de decisão apoiada, ferramenta comparticipativa, lastreada na autonomia relacional, que permite designação de pessoas ao auxílio daquela com deficiência na prática dos atos civis, desnecessária a curatela de natureza representativa. Portanto, destoando a representação das orientações do Comitê e da Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, internalizadas como emenda constitucional, deve ser aquela declarada inconstitucional.

2019SV0M2238

Claudia Ernst Pereira Rohden | IESJT e UNISINOS

Reflexões acerca da relação de vinculação entre as formas de administração de conflitos e a proficuidade das ações afirmativas na construção de uma teoria (universal) dos conflitos

A escritura parte da reflexão sobre as formas de administração de conflitos e sua relação com as ações afirmativas, em especial quanto à incidência do princípio da dignidade da pessoa humana, para a construção de uma teoria dos conflitos, ou seja, dependendo do lugar onde se estabeleceu o conflito, em que medida as influências sociais e do direito podem acarretar resultados nas formas de enfrentamento das controvérsias. O exame parte de como se constitui o conflito, segue trabalhando com conceitos de princípios, regras e sua aplicação na sociedade em um mundo globalizado. Enfatiza a im- portância das ações afirmativas para a construção de uma teoria (universal) de conflitos, a fim de buscar a maneira mais adequada de trabalhar o conflito. Ressalta que o respeito à dignidade humana se comporta como condição de possibili- dade para o crescimento e integração entre os povos. A metodologia utilizada é dialética e fenomenológica-hermenêutica.

Palavras-chave: Administração de conflitos. Ações afirmativas. Dignidade da Pessoa Humana. 2019SA0M4242

Verônica Lemos Duarte | UCSAL

The judicial activism and alterity: an analysis of the disputes of the decision of the supreme federal court (stf) in the criminalization of homophobia

Controversies of the Federal Supreme Court’s decision to criminalize homophobia revolve around the legislative omission regarding the effective legal protection of fundamental rights, which are guaranteed by members of the lesbian, gay, bisex- ual and transgender (LGBT) community. In this tuning, there is a junction of the theme of judicial

activism, which is the action of the judiciary beyond limits and alterity respect for differences. Thus, the article will seek to analyze the controversy regarding the STF decision on the criminalization of homophobia, evaluating the STF activist position in offering answers to society as a whole and specifically to the LGBT community. It is a qualitative study, through analysis of the specialized bibliography and jurisprudence. It is recommended that fundamental

rights and guarantees be protected in line with the principle of the dignity of the human person and the principle of equality.

2019SV0M4247

Helena Rocha Matos | UFF

Bruno Joviniano de Santana Silva | UFF Taiguara Libano Soares e Souza | UFF

Da criminalização da pobreza ao aniquilamento do preso no Brasil: militarização nas comunidades marginalizadas e violação de direitos humanos nos presídios.

Busca-se no presente trabalho estabelecer interfaces entre o fenômeno da militarização em comunidades periféricas, mais conhecidas como favelas, e a diagnosticada barbárie instaurada intra-muros do sistema penitenciário nacional. Sob o recorte de dois eventos na região sudeste e norte, nos quais “mulher que morreu baleada em operação na Maré quando estava indo trabalhar” e “nenhum dos mortos (que estavam presos) é santo” busca-se analisar o processo de higienismo social e gentrificação que cria espaços segregados e de manifesta iniquidade social nas cidades, isto é, confinando gru- pos hipersensíveis em zonas desprovidas do mínimo existencial; as estatísticas demonstram que são nessas regiões de omissão de políticas sociais onde se agiganta o braço opressor, racista e homicida do Estado que, num primeiro momento, se escusa de cumprir seu papel provisional, para logo após, encarnar função repressora e estigmatizante de extratos his- toricamente vulneráveis. A análise comparativa estebelecida entre os estados federativos do Rio de Janeiro e do Amazo- nas busca evidenciar, através de pesquisa quantitativa e quantitativa do sistema carcerário de ambos, que tais fenomênos evidenciam uma unidade articulada a respeito de como esses sujeitos - pobres, negros e, consequentemente, presos – são percebidos pela sociedade. Nesse passo, através de pesquisa bibliográfica, busca-se identificar que as políticas penais públicas seletivas que se assentam em slogans popularescos, em ideias deturpadas da problemática criminal e respostas sintomáticas, mediante a disseminação de um panorama de constante risco e insegurança atribuído aos “cidadãos de mal”, “inimigos da sociedade” legitimam uma atuação abusiva e subterrânea de agentes estatais. O morticínio silenciado cotidianamente desses indivíduos não é caso fortuito, senão produto intencional de omissões a ações específicas. Em nome da lei, da segurança e da ordem, e contra qualquer postulado de dignidade, racionalidade ou efetivo funcionalismo social. Nesse prisma, de exclusão e omissão sistêmica, o próprio Estado fomenta a formação de poderes paralelos, que servem, muitas vezes, de fundamento para sustentar “o leviatã da criminalidade” apregoado pela mídia e, portanto, apto a justificar incursões e abordagens arbitrárias violadoras de direitos fundamentais. Analisa-se que o processo de higienifi- cação social dos indesejáveis parte da criminalização da pobreza e possui seu desiderato na adesão subjetiva à barbárie: o consenso da opinião pública de que o preso não é sujeito de direitos, de modo que tudo passa a ser permitido na vio- lação da dignidade desse ser humano. Por fim, explora-se, também, a faceta de resistência desses ajuntamentos contra esse processo de marginalização e de criminalização e propõe-se alternativas a essa escalada de criminalização seletiva e militarização da sociedade, por meio de uma perspectiva holística, travando diálogos com conceitos da criminologia da reação social, sobretudo pela dimensão da criminologia cautelar.

2019SA0M4248

Cleoneide Maropo De Medeiros | UP

Imigrantes em Portugal – posso contribuir, mas não posso residir?

O fenômeno da imigração existe desde os primórdios da humanidade, em que o homem se desloca de seu país de origem para outro na esperança de encontrar melhores condições de vida. Em Portugal não é diferente, este país teve um acrésci- mo na imigração de 13,9% no ano de 2018, em relação ao ano de 2017, totalizando uma população estrangeira na ordem de 480.300 pessoas, com brasileiros predominando dentre os demais, devido a identidade do idioma e do clima. Contudo, esses cidadãos ao pleitearem uma autorização de residência, se deparam com uma burocracia rigorosa e falta de pessoal qualificado, o que leva à morosidade nos processos, podendo chegar a uma espera por mais de um ano, causando um prejuízo de enormes proporções ao cidadão estrangeiro. Entretanto, esse mesmo Estado que demora a aprovar a solic- itação de autorização de residência desses imigrantes, permite sem qualquer burocracia que os mesmos abram atividade, adquiram documentos junto às Finanças do Estado e Segurança Social, tornando-os assim contribuintes para os cofres públicos.

Palavras-chave: Imigrantes; Portugal; Autorização de Residência; Burocracia. 2019SP0M3252

Susana de Miranda Pires | ESUP

O Princípio da Não-indiferença na política externa brasileira: proteção do indivíduo e a responsabilidade nos ca- sos de grave dano ambiental

O estreitamento das relações internacionais, intensificado pela evolução das tecnologias da comunicação, trouxe a ne- cessidade de priorizar as questões humanitárias, garantindo prioridade na tutela do indivíduo. Nesse contexto, desen- volveu-se no direito internacional humanitário o princípio da não-indiferença: o dever dos entes internacionais de agir em prol do indivíduo nas situações que ponham em risco uma comunidade ou nos casos de grave dano ambiental.

A ideia da não-indiferença foi apresentada em discursos feitos pelo Papa João Paulo II em diferentes ocasiões, remetendo sempre à responsabilidade da comunidade internacional em proteger o ser humano nas situações de risco. Neste mesmo período, o continente Africano sofria com os conflitos internos agravados pela superficialidade do processo de partilha da África, o qual desconsiderou os diversos grupos étnicos e religiosos, forçando-os à dividirem um mesmo espaço.

Nesse contexto, o genocídio em Ruanda despertou no continente africano a necessidade de se encontrar alternativas para solucionar os conflitos internos ignorados pela comunidade internacional, priorizando a proteção do ser humano. Deste modo, o Acto Constitutivo da União Africana traz este princípio, garantindo à União o direito de intervir nos Estados Mem- bros em situações graves de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade.

No contexto da política externa brasileira, o princípio da não-indiferença se insere a partir do Governo Lula, em concordân- cia com os ideais de solidariedade e cooperatividade que tinham por objetivo o desenvolvimento social, o combate às desigualdades e a busca por um protagonismo nas relações internacionais, dando destaque às relações com a África, Ásia e América do Sul.

Um exemplificativo deste posicionamento é conduta brasileira na Cooperação Sul-Sul que consiste na cooperação técnica entre países em desenvolvimento no Sul, e busca, por meio da colaboração e partilha do conhecimento e habilidades, o desenvolvimento.

O desenvolvimento do princípio da não-indiferença buscou a efetiva proteção dos direitos humanos, garantindo que sejam colocados acima de interesses secundários. Dentre

eles o direito está o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Assim sendo a obrigação de agir em situações de grave dano ambiental é responsabilidade da comunidade global,cooperando para solucionar ou ao menos na minimizar os danos causados.

Na política externa brasileira, dois momentos exemplificam a aplicação do princípio da não-indiferença em um contexto de dano ambiental: a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) e as missões humanitárias brasileiras em Moçambique após a passagem do ciclone Idai.

Tanto a atuação brasileira na Minustah quanto a ajuda prestada à Moçambique após a passagem dos ciclones Idai e Kenneth são demonstrativos do posicionamento assumido pelo Brasil relativos à solidariedade e cooperação. Ainda que estas duas situações tenham ocorrido em governos com posicionamentos distintos ( a Minustah durante governos majori- tariamente de esquerda - com exceção de Temer- e Moçambique no governo Bolsonaro) é possível perceber que o Estado brasileiro aplica o princípio da não-indiferença na sua política externa.

2019SP0M3253

Priscilla Bezerra Da Silva Dos Santos Maia | UERJ Ana Maria De Vasconcelos | UERJ

Luciana Da Silva Alcântara | INCA

Transplante de Medula Óssea enquanto lógica invertida do SUS e os desafios para a prática em saúde

O estudo foi realizado a partir da experiência vivenciada na residência multiprofissional em oncologia. A inserção como Assistente Social, em uma das unidades, no Centro de Transplante de Medula Óssea (TMO), possibilitou a reflexão diante da complexidade da realidade dos usuários transplantados de medula óssea. Temos como objetivo analisar a inversão da lógica do SUS na materialização do TMO, abordando o papel desempenhado pelo assistente social que opta pelo projeto ético-político profissional, diante das contradições, limites e possibilidades postos à prática na saúde, numa unidade de transplante. Para tanto, abordamos as condições socioeconômicas para manutenção da vida com qualidade do usuário transplantado e os desafios da atuação frente a realidade das políticas públicas e as tendências na área da saúde. O caminho construído para atingir estes objetivos passa pela identificação da rotina e dos impactos sofridos pelos usuári- os, após o transplante de medula óssea, da sobrevida e da mortalidade pós-transplante, do custo do TMO e da análise das políticas sociais na conjuntura atual e das tendências assumidas, principalmente, na área da saúde. A pesquisa é qualitativa e foi realizada, através de entrevistas semiestruturadas, pesquisa bibliográfica e documental. A interpretação dos dados foi realizada a partir da abordagem metodológica Hermenêutica-dialética. A análise foi sustentada pelo método da teoria social e pelo materialismo histórico dialético. No trabalho de campo, foi utilizada a coleta de dados, com análise documental, através de prontuários de usuários que foram participantes da pesquisa, também como entrevistados. Desta forma, buscou-se classificar os maiores impactos e mudanças do modo de vida sofridos pelos usuários, na tentativa de identificar o quanto o adoecimento e, principalmente, o tratamento de TMO impacta em novas necessidades e debilidades à vida dos trabalhadores usuários do SUS.

Nosso estudo revela que, com a prioridade, quase que exclusiva, de realizar o TMO, sem a garantia das condições socio- econômicas para que o usuário suporte o transplante e sobreviva e/ou não necessite de novo transplante, se dá a inversão da lógica do SUS, ou seja, inversão do que está assegurado na legislação, com relação ao princípio da integralidade da saúde, expressamente anunciado no art. 198, inciso II (CF, 1988): atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços. Assim, se a prioridade de investimentos se desse nas ações voltadas para a pre- venção e promoção de saúde, se reduziria significativamente os índices de incidência e mortalidade, por doenças crônicas que são altamente preveníveis, enxugando assim o quantitativo de demandas para tratamentos de alto custo, reduzindo, consequentemente, a necessidade deles. Contudo, se a lógica do SUS constitucional fosse mantida, impactaria a perspec- tiva de manter a saúde como uma potencial área de negócios, como interessante mercadoria, objetivando lucros gradati- vamente maiores, na proposta de valorização e concentração do capital.

Observamos que a forma em que são aplicados os investimentos na área da saúde revela que o interesse não está cen- trado na garantia da saúde da população, atendendo os princípios e as diretrizes do SUS, mas sim, em atender aos inter- esses burgueses de acumulação capitalista.

Palavras-chave: Serviço Social; Transplante de Medula Óssea; Sistema Único de Saúde; Projeto Profissional; Políticas

2019SP0M3255

Anne Michelle Schneider | UC

“Os direitos humanos da mulher e a responsabilidade internacional do estado por atos ilícitos: estudo do caso Maria da Penha Fernandes contra a República Federativa do Brasil”

O trabalho propõe a discussão da proteção dos direitos humanos da mulher a partir da responsabilidade internacional do Estado por atos ilícitos, o que se fez através da análise do caso Maria da Penha Fernandes contra a República Federativa

No documento Organização: Parceiros da CEDH2019 (páginas 149-165)