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2019S06M1276 Fernanda Rebelo | UPT

No documento Organização: Parceiros da CEDH2019 (páginas 165-174)

Ana Paula Guimarães | UPT

Escravidão moderna versus trabalho digno: a luta continua contra a violação dos direitos humanos

A Agenda 2030, aprovada em 2015 na Cimeira das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, traça um plano de acção para as pessoas, o planeta e a prosperidade, estabelecendo 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - e 169 metas - a serem alcançados por todos os países até 2030. O tema da presente investigação é o Objectivo 8, dedicado ao trabalho digno e crescimento económico que na sua meta 8.7 prevê a necessidade de «tomar medidas ime- diatas e eficazes para erradicar o trabalho forçado, acabar com a escravidão moderna e o tráfico de pessoas, e assegurar a proibição e a eliminação das piores formas de trabalho infantil, incluindo recrutamento e utilização de crianças-soldado, e até 2025 acabar com o trabalho infantil em todas as suas formas».

A meta 8.7 da Agenda 2030 está alinhada com o desígnio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que, desde a sua criação há 100, tem vindo a identificar, denunciar e combater – a erradicação do trabalho infantil e da escravidão moderna -, ao adoptar as Convenções ns.º 138 e 182, respectivamente, sobre a Idade Mínima para Admissão ao Emprego (1973) e sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil (1989). Justifica-se assim que na passagem do Centenário da OIT seja reconhecida a importância da implementação da meta 8.7 da Agenda 2030 e lhe seja dedicado estudo aprofundado. Para tanto, desenvolve-se uma análise de tipo quantitativo e qualitativo da situação actual, através dos dados disponíveis e dos factores que a literatura científica destaca como sendo as causas para o desenvolvimento das situações relacionadas com as piores formas de trabalho infantil, o tráfico de pessoas, a escravidão moderna e o trabalho forçado.

Os resultados mostram que as práticas lesivas dos direitos humanos que informam as relações humanas em contexto lab- oral, atinge os mais desfavorecidos e vulneráveis, que são vítimas de exploração ignóbil e indigna de forma generalizada, embora com maior incidência em certas regiões do Globo, caracterizadas pela grande pobreza e fracos ou nulos índices de educação das populações; e em sectores de actividade com elevado grau de perigosidade e risco para a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.

Verifica-se ainda que, atentas estas características e o perfil das vítimas, se nada for feito, tornar-se-á muito difícil que as metas da Agenda 2030, de erradicação do trabalho infantil em 2025 e a eliminação de todas as piores formas de trabalho em 2030, venham a ser atingidas com sucesso. Por isso, a luta contra a violação dos direitos humanos tem de continu- ar. De vários quadrantes nos chegam alertas da necessidade da adopção, pelas autoridades e organismos nacionais e internacionais responsáveis, de acções rápidas e medidas eficazes para a erradicação deste flagelo, concluindo-se este trabalho com a recomendação de algumas políticas que visam contribuir de forma positiva para a melhoria e dignificação do trabalho infantil e não só.

Palavras-chave: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável; direitos humanos; trabalho digno; escravidão moderna;

2019S00M1277

Adriana Elisa Bozzetto | UP

Denúncias de violações e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos: a atuação da organização no Brasil entre 1970 e 1975

Com esta proposta de artigo, viso retratar a atuação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) frente às denúncias recebidas sobre as violações aos direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro durante o período da ditadura militar. Para que tal pesquisa pudesse ser realizada, foi feita uma revisão bibliográfica e a análise documental de cartas trocadas acerca de alguns dos casos levados à CIDH entre 1970 e 1975, suas respectivas contextualizações e soluções apresentadas pela referida organização. O artigo é derivado de meu Trabalho de Conclusão de Curso, resultante da pesquisa começada em 2016, sob orientação do Dr. Bruno Boti Bernardi e financiada pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), durante minha graduação em Relações Internacionais. O artigo realiza uma abordagem acerca da CIDH e sua atuação no período da ditadura, utilizando como objeto de estudo os casos denunciados entre 1970 e 1975. A partir disso, foi avaliado o posicionamento da CIDH frente às denúncias recebidas e a efetividade da organização no que diz respeito à proteção aos direitos humanos. No período abordado pela pesquisa, vários foram os casos de perseguição política. Desses, houve casos em que ocorreram desaparecimentos forçados, geralmente acompanhados de prisão, tor- tura e morte e ocultamento de informações acerca do paradeiro da vítima. Foram então enviadas petições para a CIDH a fim de que a organização pressionasse o governo brasileiro a dar respostas para as ocorrências. Foram 13 casos anali- sados. Destes, apenas em dois ocorreu uma condenação ao Estado brasileiro (1683 e 1684), sendo que no caso 1684 a Comissão ignorou a existência de perseguições e torturas contra indígenas, além de ter ignorado duas mortes. Dois casos permaneceram sem resolução (1700 e 1897), mesmo que, no caso 1897, existissem indícios suficientes para se negar a inocência da atuação do Estado brasileiro. Por fim, foram 9 casos arquivados (1697, 1769, 1772, 1789, 1835, 1841, 1846, 1862 e 1999), o que significou não apenas ignorar o contexto sócio-político do Brasil. Dada a forma como parte desses casos foram concluídos pela Comissão, significou também tirar do Estado brasileiro a responsabilidade por desapareci- mentos, perseguições, mortes, torturas e prisões arbitrárias. Em um dos casos arquivados, o 1772, além de especificar locais em que ficavam encarcerados presos políticos e de apresentar as torturas cometidas pelo regime, o denunciante apresentou documentos que traçavam uma das formas oficiais de forjar mortes e desaparecimentos. Além disso, as própri- as respostas do governo do Brasil apresentavam provas de violação, por exemplo do direito à liberdade de expressão, ao justificar prisões pela posse de livros e distribuição de panfletos,, considerados como de conteúdos subversivos.

Palavras-chave: Comissão Interamericana de Direitos Humanos, direitos humanos, ditadura militar, Brasil 2019SP0M3278

Anne Michelle Schneider | UC

Democracia e direitos humanos da mulher

O trabalho pretende discutir o tema da democracia à luz dos direitos humanos, em especial dos direitos humanos das mulheres e a sua efetividade. O objetivo é cotejar o conceito de democracia contemporânea e os diplomas legais que gar- antem direitos humanos às mulheres com os dados referentes à partilha dos bens da vida entre as pessoas, para perceber como as mulheres participam desses processos e em que grau. Foram utilizados os métodos qualitativo e quantitativo, com abrangentes fontes de pesquisa, que vão desde a documentação bibliográfica e legislativa, passando pelos principais tratados internacionais e demais fontes de direito internacional dos direitos humanos e do direito internacional human- itário, aos documentos produzidos pelos órgãos e comissões das Nações Unidas e instituições como o Fórum Econômico Mundial. Como resultados parciais, pode-se afirmar que a democracia contemporânea assegura a possibilidade de con- testação pública com a efetiva participação em igualdade de condições e se configura como um verdadeiro modo de vida, que pretende conjugar inteligência e educação para a realização plena de todas as capacidades humanas. Essa partici- pação é garantida por diversos tratados de direitos humanos, dentre os quais se verificam aqueles que, tendo em conta as desigualdades de fato, objetivam proteger de modo particular alguns grupos socialmente vulneráveis, dentre os quais, as mulheres. Todavia, ao analisar dados empíricos da atualidade, observa-se que as declarações de direitos humanos especificamente voltados à proteção das mulheres, embora sejam importantes marcos discursivos, não são capazes de assegurar, por si só, a participação equitativa das mulheres na sociedade.

2019S00M1279

Ana Paula Barros Conte | UNIFOR Diego Ximenes Vieira Silva | UNIFOR André Araújo Almeida | UNIFOR

Integração entre blocos econômicos: uma reflexão sobre cooperação regional e direitos humanos

Através do ordenamento jurídico, a sociedade se organiza com regras que orientam as diversas relações existentes. Na formação de uma comunidade internacional necessita-se também o estabelecimento de regras. Percebe-se que essa co- munidade internacional busca a integração. A integração é um meio pelo qual os Estados visam garantir a observância dos direitos humanos, bem como a paz mundial, o combate às injustiças sociais entre outros temas. A integração entre os Esta- dos se dá por meio da formação de blocos econômicos. Percebe-se, contudo, que ainda existe um desnível na sociedade internacional, bem como nos blocos regionais, que levam a modelos de integração diversos. Diante disso, este trabalho objetiva observar vantagens e desvantagens da integração inter-blocos, tendo como referência a relação UE-Mercosul. Baseou-se, metodologicamente, na revisão da literatura a respeito a partir da obra de Diego Pereira Machado e Florisbal de Souza Del’Olmo intitulada “Direito da Integração, Direito Comunitário, Mercosul e União Européia”. A investigação parte da compreensão dos conceitos-base da integração: Intergovernamentalidade e Supranacionalidade (Soberania Compar- tilhada). Quanto a intergovernabilidade, no bloco regional MERCOSUL as decisões são tomadas mediante consenso entre os governos, havendo necessidade, como afirmam Machado e Del’Olmo, de uma “boa vontade política”. Quanto a supranacionalidade, no caso da União Européia (UE) existem instituições superiores em que a norma da Comunidade está hierarquicamente acima das normas nacionais, o que proporciona um sistema de tomada de decisões mais seguras. Ao observarmos a relação entre blocos tão distintos, são fundamentais negociações e acordos visando a aproximação birregional. O Acordo Econômico entre UE-Mercosul, por exemplo, envolve concessões significativas nas áreas econômi- cas mais sensíveis para ambos, como agricultura, serviços e investimentos. As experiências de cooperação inter-blocos, contudo, apresentam resultados aquém em aspectos não-econômicos, como por exemplo os direitos laborais. Segundo os autores, enquanto no Mercosul as ações trabalhistas são mais restritas, na UE há uma ampliação maior desses direitos. Essas discrepâncias trazem limitações a uma das características mais importantes da integração: a livre circulação de tra- balhadores e de serviços; e não apenas de produtos e capitais. A formação de blocos regionais está além do que apenas a almejada estabilidade econômica; visa outras metas, como garantir os investimentos externos e ampliar a participação de membros dos blocos na economia global. Um bloco regional sem integração comercial deixa de ser um bloco conforme os contornos atuais do sistema capitalista. Contudo, um bloco regional unicamente econômico, que não atenta para os va- lores da pessoa humana, para os direitos humanos, para os valores sociais do trabalho, deixa de ser um avanço e começa a ganhar ares de retrocesso. Para que essas regiões atinjam sucesso em suas intenções integracionistas, é imprescindível a revisão do conceito de soberania e a harmonização das políticas e das legislações internas dos países integrantes dos blocos. Portanto, como sugerem os autores estudados, é importante que nem sempre as políticas sejam igualitárias, já que cada nação possui suas peculiaridades. Essa pode ser a chave para o fortalecimento do conceito de integração.

2019S07M1281

Carolina Soares Hissa | ESUP

Refugiados, vulnerabilidade e heteronormatividade: a (não) proteção da mulher na concessão de refúgio no Brasil

O presente trabalho tem por objeto a análise do instituto internacional refúgio no que concerne à proteção das pessoas solicitantes quando pautada na fundamentação da perseguição de grupo social por razões de violência sexual ou de gênero. Relevante na medida em que os documentos internacionais que tratam da proteção ao refúgio não fazem menção à esta possibilidade e a possibilidade de interpretação extensiva do conceito de perseguição por grupo social se dá por meio de documento da agência da Organização da Nações Unidas (ONU) – o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Partindo da premissa que a situação da migrante mulher, por mais que tenha uma razão genérica igual a do homem, é diferente e mais complexa, pois envolvem questões que aumentam a situação de vulnerabilidade, a exemplo da existência da violência sexual no país de origem, durante o percurso ou no lugar de destino; a dificuldade de se inserir no mercado de trabalha, especialmente de maneira qualificada, o que acaba levando aos caminhos do uso do corpo para a manutenção de sua existência; bem como a maternidade, já que a existência de uma gestação ou filhos menores e/ou dependentes dificulta ainda mais o processo de migração e inserção na nova realidade social do país acolhedor.

Desta forma, a metodologia utilizada foi indutiva haja vista que se fez necessária a observação da realidade concreta para criação de constatações particulares. A natureza da pesquisa é básica, pois busca gerar conhecimentos para o avanço da ciência jurídica; quanto à abordagem quantitativa, em razão dos números e informações trabalhadas; com finalidade exploratória, feita dor meio bibliográfico, revistas e livros especializados e na legislação afeta à matéria e pura quanto à utilização dos resultados.

As questões que envolvem a relação gênero e refúgio são pouco evidenciadas. Instrumentos normativos existem, mas na maioria das questões que envolvem essa relação estamos diante de normas de cumprimento não obrigatório pelos Estados, e mais que isso, muitos sequer sabem implementar políticas públicas específicas para a demanda, ou quando as fazem não a realizam de forma correta ou não coletam os dados de forma satisfatória.

No Brasil, a questão de gênero e refúgio não foi superada e ainda se encontra caminhando a passos lentos na efetivação dos direitos humanos dessas pessoas. Não adianta ser signatário de diversos documentos internacionais, muito menos criar legislações internas protetivas a essas pessoas se, na prática, as políticas públicas existentes são poucas e os dados coletados praticamente inexistentes. Estas precisam amplas a ponto de inseri-las em um patamar de igualdade às outras brasileiras, que gerencie melhor a questão da vulnerabilidade, para que não se agrave ainda mais uma situação tão deli- cada.

É preciso saber acolher, mais que isso é necessário acolher bem sem preconceito, sem discriminação, com mecanismos que diminuam a vulnerabilidade das pessoas solicitantes de refúgio e com o compromisso da garantia do exercício da cidadania em sentido amplo, aquele que garante a proteção e o exercício dos direitos inerentes à pessoa humana.

2019S00M1282

Ricardo Bazzaneze | PUCPR

O abuso de direitos humanos em relações contratuais – a violação da concorrência

No cenário internacional, as diretrizes das Nações Unidas não autorizam os Estados e as empresas a desrespeitar os Princípios Orientadores ou deixar de segui-los. É dever dos Estados controlar e fiscalizar as atividades das empresas para que respeitem os direitos humanos no local em que exercem suas atividades.

Em que pese a ausência de enforcement das legislações internacionais, nas relações contratuais celebradas dentro do ordenamento jurídico brasileiro, existe o dever premente de respeito aos direitos humanos. Esta premissa decorre da con- stitucionalização do direito civil, ocorrida a partir a evolução social que consagrou a prevalência da dignidade da pessoa humana como norte programático das atividades públicas e privadas.

Atento aos valores fundamentais da República brasileira, o Supremo Tribunal Federal acolheu o Pacto de San José da Costa Rica e lhe atribuiu o status de Emenda Constitucional, ou seja, supralegal (STF, RE466.343/SP). Assim, no que não houver divergência com a Constituição Federal, os postulados de direitos humanos estabelecidos pelo Pacto deverão, tal como os demais princípios Constitucionais, permear todo o sistema jurídico, inclusive, os contratos interempresariais. Na medida que os princípios de direitos humanos fazem parte do plano Constitucional, sua aplicação deve se dar de for- ma imediata e com eficácia horizontal, vinculando todo o ordenamento jurídico (STF, RE 201.819) de modo que nenhuma atividade privada pode ser exercida ao arrepio dos direitos e garantias fundamentais, inclusive, dos direitos humanos. Assim, este trabalho se propõe a analisar uma nova perspectiva para proteção dos direitos humanos dentro do direito con- tratual empresarial, onde os contratos se apresentam como efetivos instrumentos de proteção e preservação dos direitos humanos. Adiante disto, questiona-se se as práticas contratuais interempresariais que violarem direitos humanos podem se enquadrar como efetivo abuso de poder (posição dominante) e os seus reflexos no direito concorrencial, sobretudo, com a possibilidade de punição das empresas violadoras de direitos humanos no âmbito administrativo por violação da concorrência (art. 36 da Lei 12.529/11).

Para enfrentar a problematização, utiliza-se do método hipotético-dedutivo, expondo-se o atual estágio dos sistemas inter- nacionais de regulação das atividades empresariais para proteção dos direitos humanos e quais as possíveis soluções no âmbito do direito contratual empresarial que se encontram reverberadas no arcabouço jurídico.

Esta perspectiva surge da consideração de os contratos serem instrumentos que servem não somente para garantir os processos de troca e o fluxo econômico, mas, sobretudo, o desenvolvimento econômico e social. Em que pese a busca pelo lucro ser uma diferencial marcante, a função socioeconômica estabelece que as partes reconheçam que a liberdade contratual e a autonomia privada sejam exercidas dentro dos limites e termos da função socioeconômica com efeitos pos- itivos para a sociedade.

Esta característica dos contratos empresariais ganha maior relevância partir da Opinião Consultiva 23/17 da Corte Inter- americana de Direitos Humanos, que reconheceu às empresas, relevantes atores internacionais, a capacidade de violar- em direitos humanos e, da mesma forma, serem responsáveis por respeitá-los e repará-los.

Assim, em que pese vácuo de obrigações de hard law para proteção dos direitos humanos por empresas, o direito concor- rencial brasileiro pode se tornar um importante instrumento para esta finalidade. Como decorrência desta nova ordem de aproximação entre as empresas e os direitos humanos, verifica-se que há uma crescente preocupação das empresas com a conduta de seus fornecedores e parceiros contratuais, afastando-se e punindo aqueles que, de alguma forma, possam estar violando direitos humanos.

Portanto, a partir da incorporação dos direitos humanos na Constituição e, respectivamente, da convencionalização do direito civil, o respeito aos direitos humanos deve permear todas as relações contratuais entre empresas, de modo que a inobservância deverá ser apreciada como prática anticoncorrencial e, respectivamente, punida pelo órgão administrativo competente (CADE).

2019S03M1283

Maria Amelia Reis | PPG-PMUS UNIRIO/MAST Maria do Rosário Pinheiro | FPCEUC

Direitos humanos e educação pela práxis em museus: desafios e avanços rumo a uma educação emancipatória, intercultural e transformadora

A diversidade cultural como dimensão do diálogo intercultural nos possibilita afirmar as possibilidades orgânicas do ex- ercício eficaz das liberdades e dos Direitos Humanos como fortalecedores da coesão social e dos princípios da gestão de- mocrática. Elaborado a partir da pesquisa em desenvolvimento no âmbito do Programa de Pós-graduação em Museologia e Patrimônio da UNIRIO com apoio financeiro da FAPERJ. Partimos para a escritura da análise de três experiências educa- tivas-culturais oriundas de atividades de aula em cursos da disciplina que lecionamos sob o tema Educação, Museologia e Patrimônio, de modo a compreender coletivamente sobre o capital metodológico que atua como pano de fundo nas ações educativas desenvolvidas nos museus selecionados por estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro da Universidade de Córdoba na Argentina que nos servem de pistas para compreender a importância da diversidade e da pluralidade sociocultural a partir dos esforços para ações interculturais educativas nos museus. Este trabalho ao relacio- nar educação em museus e os desafios contemporâneos com vistas a uma sociedade libertadora analisa quais saberes metodológicos são efetivamente mobilizados para ações educativas sistematizadas, tomando por pressupostos os princí- pios teóricos e metodológicos que fundamentam a metodologia da práxis educativa para assim responder-se às questões: Qual o papel da educação e de sua inscrição nos museus na contemporaneidade? Que saberes, rituais, expressões artísticas e lúdicas, memórias e identidades refletem processos culturais vivos e referenciam as necessidades locais e regionais com efetividade nos museus? Quais dimensões das culturas se mantêm e quais se podem perder nos processos educativos em museus? Sob quais condições se educa social e politicamente as populações a partir dos museus? Como os museus e as práticas educativas por eles efetivadas contribuem para a construção de uma sociedade emancipada das amarras que silenciam e discriminam os ” diferentes dos padrões hegemônicos? Deste modo, ao problematizar sobre

No documento Organização: Parceiros da CEDH2019 (páginas 165-174)