Com maior participação da sociedade civil, esta plenária decidiu que o GT deveria ser ampliado, agregando outros segmentos da
sociedade civil, e a proposta do Regimento Interno revisto.
Depois de formalizadas as indicações dos novos membros, foram realizadas mais três reuniões, quando se revisou todo o texto da proposta do Regimento Interno.
Nessa ocasião, tomando-se conhecimento da Deliberação do Ceivap no 08, de dezembro de
2001 que institui a cobrança pelo uso da água do Rio Paraíba do Sul, a partir de 2002, desde cumpridas algumas etapas, entre elas, o estabelecimento de critérios para cobrança de todos os usos, o que inclui a derivação para o Rio Guandu.
Ainda cumprindo com o que é mencionado na Resolução nº 05, buscou- se as assinaturas de
prefeitos dos municípios de bacia, dirigentes de
Secretaria de Estado e órgãos públicos estaduais afins, bem como de representantes da
Sociedade Civil e Usuários, em documento de declaração do interesse na constituição do Comitê Guandu. Interessados em participar do processo de definição dos critérios de cobrança pela derivação e do destino dos recursos financeiros a serem arrecadados, os usuários solicitaram ao GT, urgência no andamento do processo para instituição do Comitê Guandu.
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Dessa forma, foi apresentado ofício ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos, solicitando análise da proposta de instituição do Comitê Guandu,
ad referendum da regulamentação da Lei no 3.239.
Este, o Conselho, em reunião realizada em dezembro de 2001, acatou o pedido de urgência e encaminhou a proposta para a Câmara Técnica Institucional e Legal, utilizando procedimento
especial, tendo em vista que, ainda não se conta com a regulamentação da Lei Estadual para este assunto. A Câmara Técnica, em reunião realizada no dia 18 de fevereiro ultimo, aprovou a proposta e deverá apresentar parecer técnico ao Conselho na próxima, reunião que deverá ocorrer em março próximo.
Com a aprovação do Conselho, os próximos passos serão: formalização, através de Decreto do Excelentíssimo Governador do Estado e
preenchimento das cadeiras, de acordo com os critérios definidos no Regimento Interno.
É mencionado em um dos artigos do texto do Regimento Interno, que este texto deverá ser revisto após um ano de trabalho do Comitê, podendo ser modificado. CONSELHO GESTOR da CONSELHO GESTOR da CONSELHO GESTOR da CONSELHO GESTOR da CONSELHO GESTOR da BAÍA DE GUANABAR BAÍA DE GUANABAR BAÍA DE GUANABAR BAÍA DE GUANABAR BAÍA DE GUANABARAAAAA Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução
O Estado do Rio de Janeiro, em função de suas características morfológicas, resultantes do processo geológico de formação, apresenta diversas lagoas e lagunas. Estes corpos de água merecem especial atenção em função de sua beleza e fragilidade, tendo sido lembrados na Lei Estadual das Águas,
no 3.239, de 02 de agosto de 1999. Nos artigos no 14
e 15 é mencionado que nos Planos de Bacia Hidrográfica, deverá ser incluído o Plano de Manejo de Usos Múltiplos de Lagoa ouLaguna.
Reforçando o interesse na gestão desses corpos de água, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semads, vem incentivando a criação de Conselhos Gestores, comO é o caso dos sistemas lagunares de
Piratininga e Itaipu e da Lagoa Rodrigo de Freitas, já formalizados por Decreto do Governador do Estado. Os membros desses Conselhos Gestores estudam, no entanto, as áreas de abrangência dos Conselhos, e ainda, se devem permanecer como conselhos ou se devem ser transformados em comitês.
Outro aspecto peculiar do Estado do Rio de Janeiro, é sua linha de costa recortada,
apresentando enseadas e baías. Esses corpos de água têm grande beleza cênica, recebem poluição das áreas interiores, e são objeto de intensa atividade econômica e turística.
As principais baías são: de Guanabara, de Sepetiba e de Ilha Grande. Como corpos de água costeiros, estão inseridos no Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro.
A inclusão desses corpos de água na área de abrangência de um grande comitê das bacias drenantes a estas baías não seria muito simples e eficaz:
.
Primeiramente, tratar-se-ia de duas políticas diferentes: a das águas interiores e das águas cos- teiras;.
No que se refere às bacias hidrográficas drenantes à baía, é possível que formem mais do que comitê;.
Outro aspecto importante é que os interesses são muito distintos, existindo aspectos muito específi- cos no gerenciamento de uma baía.Organismos
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Por outro lado, não é previsto na legislação de gerenciamento costeiro, um organismo com essa configuração ( os planos de gerenciamento costeiro são realizados para o país, para os estados e para os municípios ). O Conselho Gestor da O Conselho Gestor da O Conselho Gestor da O Conselho Gestor da O Conselho Gestor da Baía de Guanabara Baía de Guanabara Baía de Guanabara Baía de Guanabara Baía de Guanabara
Buscando uma solução para a gestão e
considerando a importância econômica da Baía de Guanabara, cartão postal do Estado do Rio de Janeiro, seu estado de degradação e os diversos usos e possibilidades / alternativas de recuperação e conservação, o Governador do Estado baixou o Decreto no 26.174, de abril de 2000, criando o
Conselho Gestor da Baía de Guanabara.
A idéia foi muito bem aceita por todos. Só não gostaram de não ter participado do processo de proposição.
Não concordando com alguns aspectos do Decreto, uma das primeiras decisões dos membros do Conselho foi aprovar o Regimento Interno com texto simplificado que deveria ser revisto após um
ano de trabalho do Conselho.
Na mesma reunião, decidiram criar duas Câmaras Técnicas, sendo uma para definir a área de atuação do Conselho Gestor e a outra para propor nova redação do Decreto de criação do Conselho. Os membros das duas Câmaras Técnicas analisaram os instrumentos legais, estudos e propostas existentes, procederam a levantamentos de campo e após diversas reuniões e sadios
debates, chegaram às respectivas propostas, com as justificativas.
As duas propostas deverão ser apresentadas à plenária do Conselho, em reunião extraordinária agendada para o início de março, especialmente para este fim.
A área de atuação do Conselho, segundo a proposta, abrange o espelho d’água da Baía, as ilhas e um trecho em terra ao longo da linha da costa da Baía. Procurou-se não superpor com as áreas dos futuros comitês de bacias para não haver conflito de atuação. Estas áreas ao longo do litoral são as áreas de interface entre os futuros comitês e o Conselho Gestor.
Anexo a este documento seguem os textos do Decreto de criação do Conselho Gestor original e aquele que apresenta as propostas de modificação.
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Paulo Roberto Goulart Marinho
Secretário Executivo no Consórcio