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merrillae

Izaura Bezerra Francini1* Klilton Barbosa da Costa2 e Gislene Almeida Carvalho-Zilse3

1Programa de Pós-graduação em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Grupo de Pesquisas em Abelhas (GPA), Manaus, Amazonas, Brasil

2

Programa de Pós-graduação em Entomologia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Grupo de Pesquisas em Abelhas (GPA), Manaus, Amazonas, Brasil

3

Instituto Nacional e Pesquisas da Amazônia (INPA), Grupo de Pesquisas em Abelhas (GPA), Manaus, Amazonas, Brasil.

*Autor correspondente: ibfrancini@yahoo.com.br

Resumo

Estudamos o mecanismo de determinação do sexo das abelhas sem ferrão

Melipona interrupta manaosensis e Melipona seminigra merrillae, quantificando a

segregação do loco de determinação do sexo (SDL). Monitoramos 64 novas colônias, 32 de cada espécie, de populações urbanas, em Manaus, Amazônia, Brasil, de maio a novembro de 2007. Amostramos 2020 indivíduos de M. interrupta

manaosensis e 2995 de M.seminigra merrillae. O tempo médio para formação de

rainhas foi de 10,25 dias para M. interrupta manaosensis e 7,42 dias para

M.seminigra merrillae. A distribuição de postura foi, em média, de 12,7 ovos/dia para M.seminigra merrillae. Observamos o comportamento das operárias, em colônias

com segregação 1:1, característica da produção de macho diplóide, e validamos citogeneticamente a diploidia dos machos. Foto documentamos as operárias de M.

interrupta manaosensis matando os machos e a rainha mãe, em colônias com

segregação 1macho: 1fêmea, o que não foi observado em M. seminigra merrillae. Estimamos a variabilidade genética das duas espécies, através da produção de machos diplóides, usando a equação de Laidlaw n=2M(N+1)/(H+1) para calcular a riqueza de alelos csd. Encontramos de 22 a 88 alelos em M. interrupta manaosensis e 13, 2 a 52,8 em M. seminigra merrillae, dependendo do número de machos que inseminaram as rainhas. Em M. interrupta manaosensis 87,51% dos cruzamentos ocorreram com apenas um macho, enquanto, em M. seminigra merrillae isto ocorreu em 46,88 % dos casos. As duas espécies apresentaram alta variabilidade genética e se encontram sob Determinação Complementar do Sexo (CSD), o que tem

implicações na Meliponicultura. Especulamos que o comportamento de M. seminigra

merrillae pode resultar da poliandria e da maternidade dos machos pelas operárias.

Abstract

We studied the sex determination mechanism of the stingless bees Melipona

interrupta manaosensis and Melipona seminigra merrillae by quantifying segregation

of the sex determination locus (SDL). We monitor 64 new hives, 32 of each species, of urban populations, in Manaus, Amazônia, Brazil, from May 2007 to November 2008. We sampled 2020 individuals of M. interrupta manaosensis and 2995 of

M.seminigra merrillae. The average time to queen development was of 10.25 days

for M. interrupta manaosensis and 7.42 days for M.seminigra merrillae. The laying distribution was of 12,7 egg/day in mean to M. seminigra merrilla. We observed workers behavior principally in hives with segregation of 1male:1female, which is diploid male production characteristics, and validate the diploidy of the males by cytogenetic analysis. We photo documented workers of M. interrupta manaosensis killing males and the queen mothers in hives with segregation 1male:1female, but we didn’t observe this behavior in M. seminigra merrillae. We estimated the genetic variability in these two species, through diploid male production, utilizing the Laidlaw’s equation that is n=2 M (N+1) / (H+1) to calculate allelic richness in sex determination locus. We found from 22 to 88 alleles in M.interrupta manaosensis and 13.2 to 52.8 in M. seminigra merrillae, depending of the number of males that

inseminated the queens. In M.interrupta manaosensis the queens were fertilized for at least one male in 87.51% of the crosses, while in queens of M. seminigra merrillae it occurs only in 46, 88% of the cases. These two species have high genetic

variability and both are under Complementary Sex Determination (CSD), what has implications in Meliponiculture. We speculate that M. seminigra merrillae behavior may results from polyandry and also of the male maternity by workers.

Introdução

A determinação do sexo em aproximadamente 200,000 espécies de

Hymenoptera (formigas, abelhas, vespas e Symphyta) ocorre prevalentemente por haplodiploidia ou partenogênese arrenótoca. Por este mecanismo, as fêmeas férteis põem ovos fertilizados e ovos não fertilizados, os quais se desenvolvem em fêmeas e em machos (haplóides), respectivamente (Dzierzon 1845; Crozier 1977; Cowan e Stahlhut 2004). A diversidade de mecanismos de determinação do sexo, conhecida para insetos, inclui heterogamia, haplodiploidia, perda do genoma paterno (Bull 1979) e eliminação do cromossomo X (Sanchez e Perondini 1999). Além do nível de ploidia existem outros mecanismos de determinação do sexo, como por exemplo, a Determinação Complementar do Sexo (CSD – Complementary Sex Determination) (Whiting 1943). Sob este sistema o sexo depende da composição alélica no loco de determinação do sexo (SDL – Sex Determination Locus), que é a região do genoma que abriga genes relacionados com a determinação do sexo, tais como, o csd (complementary sex determiner) e o fem (feminizer) (Hasselmann et al. 2008). Em espécies sob CSD a heterozigose do csd controla o desenvolvimento de fêmeas e a homozigose determina o desenvolvimento de machos diplóides. A homozigose do

csd ocorre quando a fêmea fértil compartilha um mesmo alelo csd com o macho

(Whiting 1943), resulta de endocruzamento ou de baixa diversidade alélica. Nestes cruzamentos 50% dos descendentes são machos diplóides, efetivamente estéreis, levando a perda de metade dos indivíduos da colônia por geração (Mackensen 1951; Woyke 1980; Crozier 1977; Cook e Crozier 1995; Kerr 1987; Carvalho 2001; Wilgenburg et al. 2006). Quando os machos diplóides são viáveis produzem

espermatozóides diplóides e consequentemente fêmeas triplóides (El Agoze 1994; Cowan e Stahlhut 2004). Populações muito pequenas em espécies sob CSD não

podem manter a diversidade alélica mínima para evitar a produção de machos diplóides (DMP) em alto nível (Yokoyama e Nei 1979; Cornuet 1980). Para muitas espécies isto é uma evidência genética do declínio e extinção da população em poucas gerações (Carvalho 2001).

Abelhas sem ferrão (Apidae, Meliponini) são insetos eussociais avançados, têm distribuição tropical e subtropical, em todo o mundo. A riqueza, de indivíduos e de espécies, destas abelhas é proeminente em muitas áreas limitadas do Brasil e da América tropical, o que indica que são os principais polinizadores da flora nativa (Michener 2007). No Brasil as abelhas sem ferrão ocorrem em todos os estados, sendo abundantes na Amazônia (Nogueira-Neto 1997; Moure 2007), onde muitas espécies, que ainda não foram identificadas, estão sob risco de extinção devido ao desmatamento (Silveira et al. 2002). Nos ecossistemas brasileiros cerca de 30 a 90% da flora nativa é polinizada por abelhas sem ferrão (Kerr et al. 2001)

demonstrando seu papel vital na manutenção da biodiversidade. Pelo menos nove espécies de abelhas sem ferrão, incluindo espécies do gênero Melipona, têm potencial para uso em programas de polinização de plantas nativas da Amazônia, cultivadas pelo valor comercial, tais como: Theobroma grandiflorum (cupuaçu), Bixa

orellana (urucum), Euterpea oleracea (açaí) e Paullinia cupana (guaraná) (Castro et

al. 2006). A despeito do atual desafio que é a criação destas abelhas em escala comercial, a Meliponicultura tem sido considerada uma atividade significante para a conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento da agricultura sustentável, gerando novas possibilidades econômicas (Cortopassi-Laurino et al. 2006).

Melipona interrupta manaosensis Schwarz, 1932, conhecida como jupará, e

Melipona seminigra merrillae Cockerell, 1919, a jandaíra-da-Amazônia, são abelhas

Kerr et al. 1967). Estas têm papel importante como polinizadores de plantas nativas, estão entre as espécies mais criadas pelos meliponicultores locais, porque

produzem e armazenam mel e pólen (Kerr et al.1994).

Monitoramos o loco de determinação do sexo em M. interrupta manaosensis e

M. seminigra merrillae, em populações de meliponário urbano, objetivando conhecer

a variabilidade genética, o mecanismo de determinação do sexo e o comportamento associado.

Material e Métodos

Monitoramos 64 novas colônias (órfãs) de abelhas sem ferrão, 32 de

Melipona interrupta manaosensis e 32 de Melipona seminigra merrillae, em

populações urbanas, no GPA/INPA (Grupo de Pesquisas em Abelhas/Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) (3º 05.838’ S and 059º 59.103’ W), Manaus, Amazônia, Brasil, de maio de 2007 a novembro de 2008. Obtivemos as colônias para monitoramento pela multiplicação daquelas existentes no meliponário do GPA/INPA, empregando o método de Perturbação Mínima (Oliveira e Kerr 2000; Kerr et al. 2001). Este método consiste na seleção de colônias fortes (nota ≥ 7.0, em uma escala de 1 a 10) para serem divididas. Estas apresentam o ninho e o

sobreninho completamente ocupados, com crias (discos de postura, discos de cria nova e cria nascente) e potes com alimento (mel e pólen) distribuídos, lateralmente, ao redor dos discos de cria (Carvalho, 1996; Kerr et al. 1996). Após a divisão cada colônia originou duas: a colônia mãe, que permaneceu com a rainha fecundada (fisogástrica) e parte das crias; e a colônia filha (órfã), que recebeu a cria nascente e as campeiras (abelhas forrageiras), em geral, ficou no lugar de origem.

Comparamos a duração do tempo de formação de rainhas entre as amostras de Melipona interrupta manaosensis e de Melipona seminigra merrillae usando o teste não paramétrico de Mann-Whitney para amostras independentes do programa Biostat 5.0 (Ayres et al. 2007) já que os dados da amostra de M.interrupta

manaosensis mostraram-se significativamente diferentes da normalidade pelo teste

de Lilliefors (n= 32; desvio máximo = 0,1665; p < 0,05).

Com base na técnica de Kerr (1987) marcamos as novas rainhas no pronoto com tinta branca (corretivo escolar errorex) para monitorar a segregação de sexos dos descendentes. Amostramos de 30 a 100 células, do primeiro disco de postura, de M. interrupta manaosensis e M. seminigra merrillae. Mantivemos os discos em estufa a 28º C para completar o desenvolvimento, quando necessário (Carvalho 1996). Desoperculamos as células, identificamos os machos e as fêmeas e

estimamos a razão sexual (RS). Utilizamos o teste G para verificar se as freqüências observadas estavam de acordo com as esperadas, para segregação 1:1, 1:3 e 3:7 de machos e de fêmeas, respectivamente. Em colônias com segregação 1:1, que é característica da produção de macho diplóide documentamos o comportamento das operárias, por fotografia, e fizemos análise citogenética para confirmar a diploidia dos machos.

Para a caracterização citogenética empregamos a técnica de Imai et al. (1988), utilizando gânglios cerebrais de pupas de olho rosa para obtenção de metáfases mitóticas. As pupas foram lavadas em água destilada e dissecadas em solução de colchicina hipotônica 0,005% (0,5 mL de solução de colchicina 0,1%/ 9,5 mL de solução de citrato de sódio a 1%), sob estereomicroscópio (40X), para

retirada dos gânglios cerebrais. Fizemos hipotonização, destes por 1h, em solução de colchicina 0,005%, dissociamos em lâmina para microscopia e fixamos. Coramos

as lâminas com Giemsa a 5% por 20 minutos. Observamos as metáfases com microscópio óptico (100X) e fotografamos com câmera digital (Sony DSC – W150).

Para estimar a variabilidade genética destas espécies, nas populações estudadas, calculamos a riqueza alélica do gene csd (csd - complementary sex

determiner), utilizando a equação de Laidlaw et al. (1956) (modificada por Carvalho

2001) que é n = 2M(N+1)/(H+1), onde n significa o número de alelos csd, N é o número de colônias amostradas, H representa as colônias que produziram macho diplóide e M é o número de machos que inseminaram a rainha.

Resultados

Amostramos 2020 indivíduos de M. interrupta manaosensis e 2995 de M. seminigra

merrillae. O tempo médio, em dias, para formação de rainhas (Tabelas 1 e 2) em M. interrupta manaosensis foi de 10,25 dias (DP=6,5056) e para M. seminigra merrillae

foi de 7,42 (DP=3,9308). Os dados de M. seminigra merrillae mostraram distribuição normal, o que não verificamos para M. interrupta manaosensis. Comparamos o tempo de formação de rainhas entre as amostras de M. interrupta manaosensis e de

M. seminigra merrillae usando o teste de Mann-Whitney para amostras

independentes, o que não foi significativamente diferente (Mann-Whitney U = 390,00; Z(U) = 1.4573; p = 0,1450). A distribuição do número de ovos por dia para

M. seminigra merrillae (Tabela 3) foi normal (Teste de Lilliefors; desvio máximo

0,1429; p > 0,05), variou entre 5 e 16 ovos/dia com média de 12,7 ovos/dia (DP=2,70). Para M. interrupta manaosensis utilizamos a média de 5 ovos/dia

conforme proposto por Kerr (1987) para M. compressipes fasciculata. Os resultados da segregação de machos e de fêmeas, os cálculos da razão sexual e do teste G foram descritos nas tabelas 4 e 5. Para M. interrupta manaosensis (Tabela 4)

registramos segregação igual a 1macho:1fêmea em duas colônias, 1macho:3fêmea em três colônias e 3macho:7fêmea em uma colônia. A análise da segregação de sexos, descrita para M. seminigra merrillae (Tabela 5) revelou que das 32 colônias monitoradas quatro produziram segregação 1macho:1fêmea, sete segregaram 1macho:3fêmea e em dez obtivemos 3macho:7fêmea.

Em colônias de M. interrupta manaosensis que segregaram 1macho:1fêmea, documentamos as operárias atacando e matando os machos, logo após emergirem, e também a rainha mãe (Figura 1 a e b). Em uma destas colônias as operárias mataram a segunda rainha eleita, porque esta também produziu macho diplóide. As operárias de M. seminigra merrillae não mataram a rainha em colônias com

segregação 1:1 e não observamos atacarem os machos.

Em M. interrupta manaosensis estimamos 22 alelos csd quando rainhas foram inseminadas por um macho, 44 se inseminadas por dois machos e 88 quando

inseminadas por quatro machos. Para M. seminigra merrillae encontramos uma riqueza alélica igual a 13,2 alelos quando as rainhas foram inseminadas por um macho, 26,40 alelos por dois machos e 52,8 alelos por 4 machos.

Discussão

As colônias com segregação 1:1 evidenciaram a produção de macho diplóide, indicando que nestas as rainhas compartilhavam um alelo sexual com o macho que a inseminou, produzindo a homozigose do csd (Whiting 1943; Hasselmann et al. 2008). Portanto, as duas espécies estão sob Determinação Complementar do Sexo (CSD), o que tem implicações na Meliponicultura (Carvalho 2001), assim como, para o estabelecimento de estratégias de conservação das populações naturais (Zayed et al. 2003).

De acordo com a visão corrente, em insetos sociais, a produção de macho diplóide dizima a força operária e reduz o potencial de produção de rainhas (Zayed e Packer 2005). Em Melipona as operárias matam os machos, após emergirem e rainha que os produziu (Camargo 1979; Kerr 1987; Carvalho 2001), conforme documentamos para M. interrupta manaosensis. Mas, não observamos este padrão de comportamento para M. seminigra merrillae como predito por estudos prévios.

Em colônias que segregaram 1:3 e 3:7 a rainha foi fertilizada por pelo menos dois e quatro machos, respectivamente. Nestes casos, a rainha compartilha um alelo com pelo menos um macho. Rainhas M. interrupta manaosensis foram inseminadas por pelo menos dois e quatro machos em 9,37% e 3,12 % dos cruzamentos,

respectivamente. Enquanto as rainhas de M. seminigra merrillae foram inseminadas por dois machos em 21,87% dos cruzamentos e por quatro machos em 31,25% destes. Portanto, as rainhas de M. interrupta manaosensis foram inseminadas por 1 macho em 87,51% das colônias e as rainhas de M. seminigra merrillae em apenas 46, 88% destas. Não encontramos segregação característica de cruzamento da rainha com até três machos, um deles compartilhando um alelo csd com a rainha.

As duas espécies apresentaram alta variabilidade genética, considerando o acentuado polimorfismo do csd, mesmo em população de cativeiro (meliponário urbano), onde o grau de parentesco entre as colônias é elevado, aumentando a chance de homozigose por origem comum.

Especulamos que as estratégias evolutivas selecionadas por M. seminigra

merrillae para evitar os efeitos deletérios da produção de macho diplóide, estão

associadas à poliandria e à reprodução das operárias.

O conhecimento dos mecanismos genéticos da biologia da reprodução destas espécies, assim como, do comportamento associado ao sistema de determinação do

sexo, é fundamental para o manejo adequado destas abelhas, tanto em

meliponários como no ambiente natural. Entendemos que a exploração racional dos ecossistemas naturais, depende da transmissão deste conhecimento às populações locais, o que pode ser um bom caminho para a preservação da Amazônia.

Agradecimentos

Agradecemos ao Dr.GAR Melo, pela identificação taxonômica. Este trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Amazônia (FAPEAM), pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e pelo Banco Real.

Legenda de Figuras

Figura 1. Melipona interrupta manaosensis – operárias atacando e matando macho em

colônia com segregação 1macho:1fêmea

Figura 2. Melipona interrupta manaosensis - operárias atacando e matando a rainha mãe

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Figura 1

Figura 2 Francini, IB 2007

Tabela 1 Tempo, em dias, para formação de rainhas em Melipona interrupta

manaosensis - (IP=Início da postura; ∆t/dias=tempo de formação) Colônia Formação IP ∆t/dias

72-01-07 21-05-07 12-06-07 22 73-01-07 21-05-07 24-05-07 03 74-01-07 21-05-07 05-06-07 15 75-01-07 21-05-07 13-06-07 23 76-01-07 21-05-07 04-06-07 14 77-01-07 21-05-07 13-06-07 23 78-01-07 21-05-07 24-05-07 03 79-01-07 21-05-07 28-05-07 07 80-01-07 02-07-07 13-07-07 11 81-01-07 02-07-07 11-07-07 08 82-01-07 02-07-07 12-07-07 09 83-01-07 12-07-07 18-07-07 06 84-01-07 16-07-07 20-07-07 04 85-01-07 16-07-07 23-07-07 07 86-01-07 18-07-07 07-08-07 20 87-01-07 30-07-07 06-08-07 07 88-01-07 30-07-07 06-08-07 07 89-01-07 30-07-07 07-08-07 08 91-01-07 28-08-07 31-08-07 03 92-01-07 28-08-07 11-09-07 14 93-01-07 29-08-07 13-09-07 15 94-01-07 30-08-07 05-09-07 05 95-01-07 02-09-07 13-09-07 11 96-01-07 14-09-07 25-09-07 11 97-01-07 14-09-07 22-09-07 08 98-01-07 14-09-07 16-09-07 02 99-01-07 14-09-07 02-10-07 18 300-01-07 19-09-07 03-10-07 14 301-01-07 19-09-07 08-10-07 19 302-01-07 19-09-07 21-09-07 02 303-01-07 19-09-07 27-09-07 08 304-01-07 19-09-07 20-09-07 01

Tabela 2 Tempo, em dias, para formação de rainhas em Melipona seminigra

merrillae - (IP=Início da postura; ∆t/dias=tempo de formação)

Colônia Formação IP ∆t/dias

163-01-07 25-08-07 07-09-07 13 164-01-07 25-08-07 30-08-07 5 165-01-07 25-08-07 26-08-07 1 166-01-07 25-08-07 05-09-07 11 157-01-07 29-08-07 01-09-07 3 158-01-07 31-08-07 08-09-07 8 HE-01-07 03-09-07 07-09-07 4 159-01007 03-09-07 18-09-07 15 160-01007 03-09-07 08-09-07 5 161-01-07 27-09-07 05-10-07 7 162-01-07 27-09-07 05-10-07 7 167-01-07 05-10-07 12-10-07 7 169-01-07 20-11-07 27-11-07 7 172-01-08 06-06-08 08-06-08 2 174-01-08 10-06-08 27-06-08 17 175-01-08 10-06-08 19-06-08 9 176-01-08 10-06-08 19-06-08 9 177-01-08 25-06-08 29-06-08 4 178-01-08 25-06-08 03-07-08 8 179-01-08 26-06-08 03-07-08 7 180-01-08 29-06-08 03-07-08 4 181-01-08 29-06-08 12-07-08 13 182-01-08 29-07-08 01-08-08 3 184-01-08 30-07-08 08-08-08 9 185-01-08 31-07-08 09-08-08 9 186-01-08 01-08-08 04-08-08 3 187-01-08 10-08-08 12-08-08 2 188-01-08 11-08-08 21-08-08 10 189-01-08 30-08-08 10-09-08 11 190-01-08 30-08-08 08-09-08 9 191-01-08 13-09-08 21-09-08 8

Tabela 3 Melipona seminigra merrillae – postura média por dia (IP=Início da postura)

Colônia Formação IP ovos/dias

163-01-07 25-08-07 07-09-07 13 164-01-07 25-08-07 30-08-07 13 165-01-07 25-08-07 26-08-07 15 166-01-07 25-08-07 05-09-07 13 157-01-07 29-08-07 01-09-07 5 158-01-07 31-08-07 08-09-07 16 HE-01-07 03-09-07 07-09-07 15 159-01007 03-09-07 18-09-07 12 160-01007 03-09-07 08-09-07 14 161-01-07 27-09-07 05-10-07 8 162-01-07 27-09-07 05-10-07 10 167-01-07 05-10-07 12-10-07 15 169-01-07 20-11-07 27-11-07 16 172-01-08 06-06-08 08-06-08 12 174-01-08 10-06-08 27-06-08 9 175-01-08 10-06-08 19-06-08 11 176-01-08 10-06-08 19-06-08 14 177-01-08 25-06-08 29-06-08 15 178-01-08 25-06-08 03-07-08 16 179-01-08 26-06-08 03-07-08 12 180-01-08 29-06-08 03-07-08 11 181-01-08 29-06-08 12-07-08 14 182-01-08 29-07-08 01-08-08 10 184-01-08 30-07-08 08-08-08 15 185-01-08 31-07-08 09-08-08 14 186-01-08 01-08-08 04-08-08 12 187-01-08 10-08-08 12-08-08 14 188-01-08 11-08-08 21-08-08 16 189-01-08 30-08-08 10-09-08 8 190-01-08 30-08-08 08-09-08 13 191-01-08 13-09-08 21-09-08 12

Tabela 4. Melipona interrupta manaosensis: segregação de ♂ e ♀; razão sexual (RS);

Hipóteses nulas: * RS1 0,50:0,50 (1:1); ** RS2 0,25:0,75 (1:3); *** RS3 0,125:0,875 (3:7); * **

*** RS1, RS2 e RS3; valor crítico para o teste de G = 3,841 (1 gl., p=0,95, alfa 0,05); S =

significativo; NS = não significativo.

Colônia Início da postura Amostragem Amostra ♂ ♀ SR Teste G Hipótese nula

072-1-07 12-06-07 23-07-07 74 00 74 0,00 : 1,00 S * ** *** 073-1-07 24-05-07 04-07-07 36 00 36 0,00 : 1,00 S * ** *** 074-1-07 05-06-07 16-07-07 63 00 63 0,00 : 1,00 S * ** *** 075-1-07 13-06-07 23-07-07 31 00 31 0,00 : 1,00 S * ** *** 076-1-07 04-06-07 16-07-07 53 00 53 0,00 : 1,00 S * ** *** 077-1-07 13-06-07 21-07-07 69 00 69 0,00 : 1,00 S * ** *** 078-1-07 24-05-07 04-07-07 81 00 81 0,00 : 1,00 S * ** *** 079-1-07 28-05-07 09-07-07 40 08 32 0,20 : 0,80 NS ** 080-1-07 13-07-07 23-08-07 83 05 78 0,06 : 0,94 NS *** 081-1-07 11-07-07 23-08-07 95 39 56 0,41 : 0,59 NS * 082-1-07 12-07-07 23-08-07 65 00 65 0,00 : 1,00 S * ** *** 083-1-07 18-07-07 28-08-07 84 00 84 0,00 : 1,00 S * ** *** 084-1-07 20-07-07 29-09-07 65 01 64 0,02 : 0,98 S * ** *** 085-1-07 23-07-07 03-09-07 57 00 57 0,00 : 1,00 S * ** *** 086-1-07 07-08-07 17-09-07 63 01 62 0,02 : 0,98 S * ** *** 087-1-07 06-08-07 17-09-07 72 13 59 0,18 : 0,82 NS ** 088-1-07 06-08-07 17-09-07 62 11 51 0,18 : 0,82 NS ** 089-1-07 07-08-07 17-09-07 88 00 88 0,00 : 1,00 S * ** *** 091-1-07 31-08-07 10-10-07 69 03 66 0,04 : 0,96 S * ** *** 092-1-07 11-09-07 22-10-07 78 00 78 0,00 : 1,00 S * ** *** 093-1-07 13-09-07 23-10-07 46 00 46 0,00 : 1,00 S * ** *** 094-1-07 05-09-07 15-10-07 60 03 57 0,05 : 0,95 S * ** *** 095-1-07 13-09-07 23-10-07 53 00 53 0,00 : 1,00 S * ** *** 096-1-07 25-09-07 08-11-07 58 00 58 0,00 : 1,00 S * ** *** 097-1-07 22-09-07 01-11-07 64 00 64 0,00 : 1,00 S * ** *** 098-1-07 16-09-07 26-10-07 51 00 51 0,00 : 1,00 S * ** *** 099-1-07 02-10-07 12-11-07 57 00 57 0,00 : 1,00 S * ** *** 300-1-07 03-10-07 13-11-07 63 01 62 0,02 : 0,98 S * ** *** 301-1-07 08-10-07 19-11-07 48 00 48 0,00 : 1,00 S * ** *** 302-1-07 21-09-07 31-10-07 63 00 63 0,00 : 1,00 S * ** *** 303-1-07 27-09-07 06-11-07 79 00 79 0,00 : 1,00 S * ** *** 304-1-07 20-09-07 20-10-07 50 21 29 0,42 : 0,58 NS *

Tabela 5. Melipona seminigra merrillae: segregação de ♂ e ♀; razão sexual (RS); Hipóteses

nulas: * RS1 0,50:0,50 (1:1); ** RS2 0,25:0,75 (1:3); *** RS3 0,125:0,875 (3:7); * ** *** RS1,

RS2 e RS3; valor crítico para o teste de G = 3,841 (1 gl., p=0,95, alfa 0,05); S = significativo;

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