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- A caminho de Jerusalém, uma casa acolhe Jesus. Mas há duas maneiras de acolhê-lo. Uma é a de Marta; outra, a de Maria. Marta, a mais velha, simboliza um lado de Israel. Ocupada em fazer muitas 'obras' por aquele a quem chama “Senhor”, observa religiosamente os 613 preceitos para preparar-se para o encontro com ele. Vive tão atarefada no cumprimento da Lei que nem se apercebe que o Senhor chegou. Maria, a irmã mais nova, por outro lado, é aquela porção de Israel que conhece a visita do Senhor. Ao seu chamado, responde “eis-me aqui” e acolhe a Palavra. Interrompe os seus afazeres para fruir da presença do Esposo, cuja alegria consiste na alegria da esposa. Senta-se aos seus pés – como o típico discípulo – e bebe de suas palavras. Chegou o dia das núpcias (cf. Lc 5,34) e a discípula da Lei torna-se discípula do próprio Senhor.

- Acolhido, Jesus acolhe e ensina o mistério da acolhida do Pai nos irmãos e irmãs, que são seus filhos e filhas. Aqui, na casa de Marta – enquanto casa de Maria! – Jesus revela o mistério do o Evangelho de Lucas, Jesus é recebido duas vezes na casa de pecadores (Lc 5,27ss.;

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19,1ss.) e duas vezes em casa de fariseus (Lc 7,36ss.; 14,1ss.). Os primeiros o recebem

com alegria; os segundos, com crítica. Na casa de Marta e Maria, tem-se a impressão que pecadores e fariseus se encontram – personificados por Maria e Marta – num misto de alegria e crítica. Marta hospeda Jesus e até se dá ao trabalho por ele, mas a verdadeira acolhida vem de Maria, que Marta critica e Jesus defende (cf. Lc 7,36ss.).

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Dia 30 de Julho

Sexta-feira da 17ª Semana do T

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- Esta Maria, que não é a Madalena, mas a irmã de Lázaro, é a mesma que, em Jo 12,3, unge Jesus em Betânia (cf. Mc 14,3-9; Mt 26,6-13). Poderia – mas nenhum texto o diz – ser a Maria de Lc 7,36ss., que banha os pés de Jesus com suas lágrimas e enxuga com seus cabelos. Beija e perfuma os pés daquele que caminhou do céu à terra e caminhou a terra inteira para chegar até ela. Agora, reconciliada, oferece sua casa para acolher aquele que não tem uma pedra sequer onde reclinar a cabeça (Mt 8,20). Essa casa não é só aquela 'hospedaria' que ficava entre Jericó e Jerusalém (cf. Lc 10,35), mas ela mesma. Seus olhos engolem seu rosto, seus ouvidos escancaram-se à sua palavra. Maria está como que magnetizada por Jesus e delicia-se do seu amor. Nem nota o desapontamento de Marta aquela que, antes, não se importou com o de Simão, em cuja casa entrou com a soberana liberdade do amor. Pode ninguém aprová-la; não importa. Jesus a aprova, e isso lhe basta.

Pai e do Filho a quem o escuta. Cura-o com o bálsamo da sua presença, inebria-o com o vinho da sua palavra, para que possa segui-lo no caminho que ele abre e aponta a caminho de Jerusalém.

- A presença de Jesus tem efeitos contrários nas duas. É alegria para Maria, é peso para Marta. As duas – que são irmãs – não estão em oposição. A contraposição só é ressaltada por aquela (Marta) que quer chamar a outra (Maria) ao dever. Diante da situação criada, Jesus também será chamado a posicionar-se. E o fará com a liberdade do amor. Convidará Marta a transformar-se em Maria, a lei a ceder o passo ao amor.

Não se trata – como se fez tantas vezes – de contrapor Marta e Maria como ação e contemplação. O que o evangelista pretende é purificar a ação na contemplação. A fonte da ação de Maria é a escuta e a alegria do Esposo. Estando próxima a ele, será capaz de fazer o que ele faz e ensina: “Vai e faz o mesmo” (Lc 10,37). Aí está o fundamento do discipulado: não consiste no que fazemos – que, sem dúvida, é importante – mas em acolher o Senhor, demorar-se a assimilá-lo, beber de sua boca, ouvi-lo.

Efemérides: Dia da Identificação. Fundação de Santa Marta, Colômbia, uma das cidades mais

antigas da América Latina (1525). Nascimento da Princesa Isabel (1846). Dia da Identificação.

Santos do dia: Marta de Betânia (I século). Simplício, Faustino e Beatriz (+305). Lupus (Lobo)

(383-479). Ladislau da Hungria (1040-1095). Urbano II (1040-1099).

30 SEXTA-FEIRA DA 17ª SEMANA DO TEMPO COMUM

(Cor verde - Ofício do dia de semana)

Antífona da entrada Sl 67,6-7.36

Deus habita em seu templo santo, reúne Animador(a) - Ficar admirado com os milagres e a extraordinária sabedoria de Jesus é um bom começo. O Jesus pequeno, simples e pobre, porém, pode nos pôr em crise. Deus gran-de, onipotente, onisciente, onipresente, tudo isso cabe na nossa cabeça. Aceitar um Deus do tama-nho de Jesus, se choca com a nossa imaginação!

Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conos-co, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam.

seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo.

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Dia 30 de Julho

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Leituras - Lv 23,1.4-11.15-16.27.34b-37 Leitura do Livro do Levítico

1 O Senhor falou a Moisés, dizendo: "São 4

estas as solenidades do Senhor em que convocareis santas assembleias no devido

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tempo: No dia catorze do primeiro mês, ao

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entardecer, é a Páscoa do Senhor. No dia quinze do mesmo mês é a festa dos Ázimos, em honra do Senhor. Durante sete dias comereis

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pães ázimos. No primeiro dia tereis uma santa assembleia, não fareis nenhum trabalho servil;

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oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo durante sete dias. No sétimo dia haverá uma santa assembleia, e não fareis também nenhum

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trabalho servil". O Senhor falou a Moisés,

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dizendo: "Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra que vos darei, e tiverdes feito a colheita, levareis ao sacerdote um feixe de espigas como primeiros frutos da

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vossa colheita. O sacerdote elevará este feixe de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja favorável: e fará isto no dia seguinte ao

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sábado. A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o feixe de espigas para ser apresentado, contareis sete

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semanas completas. Contareis cinquenta dias até o dia seguinte ao sétimo sábado, e

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tareis ao Senhor uma nova oferta. O décimo dia do sétimo mês é o dia da Expiação. Nele tereis uma santa assembleia, jejuareis e

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cereis ao Senhor um sacrifício pelo fogo. No dia quinze deste sétimo mês, começa a festa das Tendas, que dura sete dias, em honra do

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Senhor. No primeiro dia haverá uma santa assembleia e não fareis nenhum trabalho servil.

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Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo. No oitavo dia tereis uma santa assembleia, e oferecereis ao Senhor um sacrifício pelo fogo. É dia de reunião festiva: não

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fareis nenhum trabalho servil. Estas são as solenidades do Senhor, nas quais convocareis santas assembleias para oferecer ao Senhor sacrifícios pelo fogo, holocaustos e oblações, vítimas e libações, cada qual no dia prescrito".

- Palavra do Senhor.

Salmo responsorial - Sl 80(81),3-4. 5- 6ab. 10-11ab (R/. 2a)

R. Exultai no Senhor, nossa força. 1. Cantai salmos, tocai tamborim, harpa e

lira suaves tocai! Na lua nova soai a trombeta, na lua cheia, na festa solene! R.

2. Porque isto é costume em Jacó, um

preceito do Deus de Israel; uma lei que foi dada a José, quando o povo saiu do Egito. R.

3. Em teu meio não exista um deus

estra-nho nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei. R.

Aclamação ao Evangelho - 1Pd 1,25 R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.

V. A palavra do Senhor permanece eterna-mente, e esta é a palavra que vos foi anunciada. R.

Evangelho - Mt 13,54-58

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

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Naquele tempo: Dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: "De onde lhe vem

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essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José,

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Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?"

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E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: "Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua

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família!" E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. - Palavra da

Salvação.

Preces dos fiéis

Irmãs e irmãos! Jesus foi um dia à sua terra e falou na sinagoga, mas os seus conterrâ- neos, que o conheciam desde a infância, não

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2. Pelos bispos, presbíteros e diáconos, para que, ouvintes da Palavra, sejam seus anuncia-dores, oremos.

conseguiram reconhecê-lo como o Messias esperado. Peçamos a graça de reconhecê-lo, dizendo: R. Dai-nos vossa luz, ó Pai.

3. Pelos catecúmenos, para que se deixem envolver pelo mistério de Jesus e sejam por ele transformados, oremos.

(A comunidade acrescenta suas próprias preces)

1. Pelo papa, para que, como Pedro, pro-clame às multidões que Jesus é o Messias, o Filho de Deus vivo, oremos. R.

Pr. - Senhor Jesus, que vos esvaziastes de

toda a glória em vossa vida terrena, guiai-nos pelos mesmos caminhos. Vós que sois Deus 4. Pelos membros da nossa comunidade, para que a participação nos Grupos de Vivência purifique a sua fé, oremos.

Recebemos, ó Deus, este sacramento, me-morial permanente da paixão do vosso Filho; fazei que o dom da vossa inefável caridade possa servir à nossa salvação.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não esqueças nenhum de seus favores!

com o Pai na unidade do Espírito Santo.

Antífona da comunhão - Sl 102,2

Oração depois da comunhão

Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos de vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei que estes santos mistérios, pela força da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam à eterna alegria.

Oração sobre as oferendas