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- Se em algum lugar não vos receberem: A possibilidade de rejeição e má acolhida está

O

Evangelho de hoje relata o envio dos Doze em missão. O itinerário dos Doze é progressivo:

primeiro, foram chamados um a um (Mc 1,16-20; 2,14); depois, foram constituídos comunitariamente para “estarem com ele” (3,14); agora, são enviados dois a dois (6,7). Esses passos são, na verdade, três níveis de uma mesma vocação: da dispersão ao seguimento; do seguimento à comunhão com Jesus; da comunhão com Ele à missão para todos. Com isso, Jesus não está mais só: é o primeiro de muitos irmãos e irmãs, uma semente que se multiplicou em muitas.

- Dois a dois: A lei judaica estabelecia que eram necessários dois testemunhos para dar autenticidade a uma afirmação (Dt 19,15) e que será seguida pelos cristãos (2Cor 13,1; 1Tm 5,19). Porém, é possível que o motivo seja outro. Estando em dois eles se sentem mais fortes, formam fraternidade, darão testemunho de uma fé já vivida. Esta prática será seguida pela comunidade cristã: Pedro e João (At 3,1; 4,13); Paulo e Barnabé (At 13,2); Judas e Silas (At 15,22); Paulo e Silas (At 15,40).

- Quando entrardes numa casa: A hospitalidade era uma prática judaica muito estimada. O peregrino devia ser bem acolhido. Assim, como a casa se tornou lugar de acolhida e local para ouvir a mensagem de Jesus, as casas tornam-se lugar do acolhimento da mensagem do Reino que os missionários transmitem.

- Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho: Os Apóstolos devem levar apenas o necessário para viver, sem acumular. Só Marcos indica que devem levar sandálias e cajado. São os equipamentos necessários para o viajante e que eram prescritos na celebração da Páscoa, antes da saída do Egito (Ex 12,11). Os missionários devem trabalhar de graça. Eles foram beneficiados gratuitamente e, da mesma forma, devem generosamente dar. O Reino de Deus não se compra, não é uma casa de negócios, mas é gratuidade. É assim que o Pai age, é assim que Jesus trabalha e é assim que a Igreja deve servir ao Reino.

- E Jesus começou a enviá-los: Jesus envia os discípulos em missão, com poder de realizar todos os sinais que Ele mesmo realiza. Ao mesmo tempo, a missão é de anunciar que o Reino de Deus está próximo, isto é, começa a se realizar. O tempo da graça de Deus chegou! A iniciativa é de Jesus que associa os seus apóstolos à sua missão.

- Deu-lhes poder: O poder conferido aos Doze é o mesmo que Jesus possui e já manifestado anteriormente. Este poder foi anunciado quando da sua constituição (3,15). Este mesmo poder

será conferido a etapa definitiva da missão, após a ressurreição (16,15-20).n

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Dia 11 de Julho

15º Domingo do T

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- Os doze partiram e pregaram: A Boa Nova do Reino precisa ser anunciada e proclamada para que se torne conhecida, para que haja conversão e adesão ao projeto de Jesus. É esta a primeira tarefa dos missionários.

presente em toda missão. Jesus orienta para este risco. E onde não forem bem acolhidos devem sacudir a poeira dos pés em sinal de testemunho. Este gesto era muito tradicional no Oriente, manifestando o descontentamento com a falta de acolhida. A recusa ao Evangelho será considerada como uma impuridade.

O Evangelho de hoje é um grande convite para seguirmos o exemplo de Jesus. Convite para irmos em missão; convite para ir anunciar ao mundo a boa nova de Jesus, sobretudo aos mais necessitados, anunciar gratuitamente que o Reino de Deus está próximo; convite à doação gratuita da vida a serviço do projeto de Deus. O Apóstolo Paulo ensinará mais tarde que: “Deus ama a quem dá com alegria” (2Cor 9,7). Vivemos um tempo em que somos chamados à conversão, constante vigilância e a urgência do anúncio. Hoje também nós somos chamados e enviados por Jesus para anunciar a boa notícia do Reino.

- Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes: São sinais de que o Reino anunciado está chegando. Libertar as pessoas dos seus males físicos e psíquicos. Ungir com óleo significa a eficácia da Palavra de Deus que age sobre os doentes. A Carta de Tiago recomenda que

quando houver doentes que se chamem os presbíteros para ungir os doentes com óleo (esta

prática será adotada pela Igreja como o sacramento da Unção dos Enfermos).

Papa Francisco “Na Palavra de Deus, aparece constantemente este dinamismo de «saída», que Deus quer provocar nos crentes. Abraão aceitou a chamada para partir rumo a uma nova terra (cf. Gn 12,1-3). Moisés ouviu a chamada de Deus: «Vai; Eu te envio» (Ex 3,10), e fez sair o povo para a terra prometida (cf. Ex 3, 17). A Jeremias disse: «Irás aonde Eu te enviar» (Jr 1,7). Naquele «ide» de Jesus, estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova «saída» missionária. Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho.

UMA IGREJA «EM SAÍDA»

A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária. Experimentam-na os setenta e dois discípulos, que voltam da missão cheios de alegria (cf. Lc 10,17). Vive-a Jesus, que exulta de alegria no Espírito Santo e louva o Pai, porque a sua revelação chega aos pobres e aos pequeninos (cf. Lc 10,21). Sentem-na, cheios de admiração, os primeiros que se convertem no Pentecostes, ao ouvir «cada um na sua própria língua» (At 2,6) a pregação dos Apóstolos. Esta alegria é um sinal de que o Evangelho foi anunciado e está a frutificar. Mas contém sempre a dinâmica do êxodo e do dom, de sair de si mesmo, de caminhar e de semear sempre de novo, sempre mais além. O Senhor diz: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim» (Mc 1,38). Ele, depois de lançar a semente num lugar, não se demora lá a explicar melhor ou a cumprir novos sinais, mas o Espírito leva-O a partir para outras aldeias.

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15º Domingo do T

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A Igreja «em saída» é a comunidade de discípulos missionários que «primeireiam», que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. Primeireiam – desculpai o neologismo –, tomam a iniciativa! A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, precedeu-a no amor (cf. 1 Jo 4,10), e, por isso, ela sabe ir à frente, sabe tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos. Vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa! Como consequência, a Igreja sabe «envolver-se». Jesus lavou os pés aos seus discípulos. O Senhor envolve-Se e envolve os seus, pondo-Se de joelhos diante dos outros para os lavar; mas, logo a seguir, diz aos discípulos: «Sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13,17). Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – abaixa-se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o «cheiro das ovelhas», e estas escutam a sua voz. Em seguida, a comunidade evangelizadora dispõe-se a «acompanhar». Acompanha a humanidade em todos os seus processos, por mais duros e demorados que sejam. Conhece as longas esperas e a suportação apostólica. A evangelização patenteia muita paciência, e evita deter-se a considerar as limitações. Fiel ao dom do Senhor, sabe também «frutificar». A comunidade evangelizadora mantém-se atenta aos frutos, porque o Senhor a quer fecunda. Cuida do trigo e não perde a paz por causa do joio. O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reações lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova, apesar de serem aparentemente imperfeitos ou defeituosos. O discípulo sabe oferecer a vida inteira e jogá-la até ao martírio como testemunho de Jesus Cristo, mas o seu sonho não é estar cheio de inimigos, mas antes que a Palavra seja acolhida e manifeste a sua força libertadora e renovadora. Por fim, a comunidade evangelizadora jubilosa sabe sempre «festejar»: celebra e festeja cada pequena vitória, cada passo em frente na evangelização. No meio desta exigência diária de fazer avançar o bem, a evangelização jubilosa torna-se beleza na liturgia. A Igreja evangeliza e se evangeliza com a beleza da liturgia, que é também celebração da atividade evangelizadora e fonte dum renovado impulso para se dar.” (Evangelii gaudium 20-24)

A intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante, e a comunhão «reveste essencialmente a forma de comunhão missionária». Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo. A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo» (Lc 2,10). O Apocalipse fala de «uma Boa Nova de valor eterno para anunciar aos habitantes da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos» (Ap 14,6).

A Palavra possui, em si mesma, uma tal potencialidade, que não a podemos prever. O Evangelho fala da semente que, uma vez lançada à terra, cresce por si mesma, inclusive quando o agricultor dorme (cf. Mc 4,26-29). A Igreja deve aceitar esta liberdade incontrolável da Palavra, que é eficaz a seu modo e sob formas tão variadas que muitas vezes nos escapam, superando as nossas previsões e quebrando os nossos esquemas.

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Dia 12 de Julho

Segunda-feira da 15ª Semana do T

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Santos do dia: Pio I (+155). Bento de Núrsia (Norcia) (480-547); Sigisberto de Disentis

(séculos VII/VIII). Hildulfo de Trier (+707); Plácido (+720); Olga (Helga) (890-970); Olivério Plunket (1629-1681).

Testemunhas do Reino: Carlos Ponce de León (Argentina, 1977).

Efemérides: Fundação do Movimento Índio dos Estados Unidos (1968). Dia do Mestre de

Banda. Dia Nacional dos Trabalhadores Telefônicos. Dia do Rondonista. Dia Mundial da População (ONU).

12 SEGUNDA-FEIRA DA 15ª SEMANA DO TEMPO COMUM

(Cor verde - Ofício do dia de semana)

Antífona da entrada - Sl 16,15

Animador(a) - No Evangelho de hoje, Jesus conclui seu discurso missionário. Mostra a imagem do discípulo que Jesus envia para levar, até os confins do mundo, a missão que teve início no seio do Pai. Peçamos que nós, seus discípulos-missionários, possamos ter os traços do Filho, que é o reflexo do Pai, para poder dar teste-munho da missão de Jesus.

Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retornarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo que é digno deste nome.

Leitura do Livro do Êxodo

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Naqueles dias: Surgiu um novo rei no Egito,

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que não tinha conhecido José, e disse ao seu povo: "Olhai como o povo dos filhos de Israel

é mais numeroso e mais forte do que nós.

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Vamos agir com prudência em relação a ele,

Leitura - Ex 1,8-14.22

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória.

Oração do dia

para impedir que continue crescendo e, em caso de guerra, se una aos nossos inimigos,

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combata contra nós e acabe por sair do país". Estabeleceram inspetores de obras, para que o oprimissem com trabalhos penosos; e foi assim que ele construiu para o Faraó as

cidades-12

entrepostos Pitom e Ramsés. Mas, quanto mais o oprimiam, tanto mais se multiplicava e

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crescia. Obcecados pelo medo dos filhos de Israel, os egípcios impuseram-lhes uma dura

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escravidão. E tornaram-lhes a vida amarga pelo pesado trabalho da preparação do barro e dos tijolos, com toda espécie de trabalhos dos campos e outros serviços que os levavam a fazer

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à força. O Faraó deu esta ordem a todo o seu povo: "Lançai ao rio Nilo todos os meninos hebreus recém-nascidos, mas poupai a vida das meninas". - Palavra do Senhor.

Salmo responsorial - Sl 123(124),1-3. 4-6.7-8 (R/. 8a)

R. Nosso auxílio está no nome do

Senhor.

1. Se o Senhor não estivesse ao nosso

lado, que o diga Israel neste momento; se o Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os homens investiram contra nós, com certeza nos teriam devorado no furor de sua ira contra nós. R.

2. Então as águas nos teriam submergido, a

correnteza nos teria arrastado, e então, por sobre

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Segunda-feira da 15ª Semana do T

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R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Evangelho - Mt 10,34 - 11,1

V Felizes os que são perseguidos, por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há de ser deles! R.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus

dis-34

cípulos: "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada.

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De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha

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de sua mãe, a nora de sua sogra. E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares.

37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a

mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de

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mim. Quem não toma a sua cruz e não me

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segue, não é digno de mim. Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.

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Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me

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recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de

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justo. Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não

11,1

perderá a sua recompensa". Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu daí, a fim de ensinar e pregar nas cidades deles. - Palavra da Salvação. nós teriam passado essas águas sempre mais impetuosas. Bendito seja o Senhor, que não deixou cairmos como presa de seus dentes! R.

Aclamação ao Evangelho - Mt 5,10

+Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

3. Nossa alma como um pássaro escapou

do laço que lhe armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, e assim nós con-seguimos libertar-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e fez a terra! R.

(A comunidade acrescenta suas próprias preces)

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor.

Preces dos fiéis

4. Senhor, Deus de amor, lembrai-vos de nossas famílias. Que o afeto dos esposos, dos filhos e dos amigos seja sinal vivo do vosso amor. Jesus, nós vos pedimos.

Pr. - Acolhei, Senhor, a nossa oração e

mandai o vosso Espírito transformador, para que, seguindo o vosso Filho, nos tornemos sinais da vossa paz. Vós que sois bendito nos séculos dos séculos.

Oração sobre as oferendas

Antífona da comunhão - Jo 6,57

2. Senhor, Deus de justiça, lembrai-vos dos que vos procuram. Que eles vos prestem o culto que vos é agradável, servindo-vos nos peque-nos. Jesus, nós vos pedimos.

3. Senhor, Deus fiel, lembrai-vos dos nos-sos jovens. Que eles deixem germinar em seus corações o desejo de entregar-se totalmente a vós. Jesus, nós vos pedimos.

Irmãs e irmãos! Peçamos ao Pai a graça de ser fiéis à nossa vocação de discípulos mis-sionários de Jesus, o missionário do Pai, dizen-do: R. Acolhei, Senhor, a nossa prece.

Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em oração, e fazei crescer em santidade os fiéis que participam deste sacrifício.

1. Senhor, Deus ciumento, lembrai-vos da vossa Igreja. Que ela saiba testemunhar, pela palavra e pela vida, o amor total e fiel ao seu Esposo. Jesus, nós vos pedimos. R.

5. Senhor, Deus da paz, lembrai-vos dos que reunis ao redor desta mesa. Que apren-damos que a paz é fruto da liberdade e da justiça. Jesus, nós vos pedimos.

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Segunda-feira da 15ª Semana do T

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Oração depois da comunhão

Alimentados pela vossa Eucaristia, nós vos

pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa salvação cada vez que celebramos este mis-tério.