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- Muitos correram a pé, e chegaram lá antes deles: É interessante notar esta fome e sede da Palavra de Deus; o desejo de ouvir Jesus e estar com ele. A multidão “corre” e consegue chegar antes de Jesus e seus discípulos.

- Foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado: O barco é o meio que permite

isolar-se da multidão. O deserto, que não é oásis de delícias, mas êxodo, caminho duro em que se

luta pela vida e pela liberdade. Só aí, na intimidade com Jesus, que a solidão do deserto propicia,

podemos encontrar o verdadeiro repouso. O lugar deserto seria o porto seguro, porém a multidão

vinda de todos os lugares corre para chegar lá também.

Jesus, na verdade, é aquele que convoca para o êxodo e convida ao deserto. A sua palavra (Os

2,16-22) e o seu pão (Mc 14,22ss.) constituem a nova lei e o novo maná. A Dei Verbum nos ensina

que o povo de Deus se nutre da Mesa da Palavra e da Mesa do Pão (DV 21). Os discípulos, - Porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas: O povo tem fome da Palavra e fome de pão. O sistema religioso e político nega este direito básico ao povo, deixando as multidões desamparadas. Primeiro, Jesus ensina, transmite a palavra. Esta é a primeira mesa. Assim Jesus prepara o povo para a segunda mesa: a mesa do pão.

- Os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado: Como se fosse uma prestação de contas; ou como os servos que, ao final do dia, informam ao patrão as tarefas que realizaram. Jesus ouve o que eles contam. Precisamos imaginar a cena e ver cada dupla narrando o resultado do trabalho missionário.

- Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão: A iniciativa é exclusiva de Jesus que vê as multidões e sente compaixão diante da fome das multidões. Comover-se é sentir com as

entranhas (verbo splangxnizomai em grego), um sentimento que os evangelistas reservam para

Jesus e para Deus. Vendo as multidões, Jesus se comove. Só quem vê, pode se compadecer e então agir para solucionar o problema.

- “Vinde sozinhos para um lugar deserto, e descansai um pouco”: Jesus e também os Apóstolos são pessoas humanas, sujeitas ao cansaço, merecedoras do descanso, o repouso que restaura as forças. A preocupação de Jesus é com os seus, por isso, quer distanciá-los da multidão. É uma preocupação muito humana de Jesus. O repouso é necessário e indispensável, é o tempo da reflexão e restauração, indispensáveis a todo ser humano, inclusive os operários do Evangelho.

E

o retorno da missão dos apóstolos que foram enviados dois a dois em missão. Jesus os

reúne num lugar deserto para que repousem um pouco. Depois da primeira semeadura (Mc 6,6b-12), ele os conduz ao lugar em que lhes dará o pão. Estes versículos, com efeito, têm a intenção de preparar o leitor para o episódio da multiplicação dos pães para a multidão faminta (Mc 6,34-43). 5 25 75 95 100

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16º Domingo do T

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chamados para estarem com ele e serem por ele enviados (Mc 3,13-19), vão se tornando uma comunidade que faz dele o centro do próprio agir, do próprio pensar e do próprio falar! O Evangelho nos orienta para estarmos atentos a estas duas dimensões pastorais: 1) saber descansar, partilhar, restaurar as forças depois da missão; 2) estarmos atentos e ter compaixão das multidões que têm fome da palavra e fome de pão!

Frei Carlos Mesters O acolhimento dado aos discípulos

JESUS ESQUECEU O DESCANSO E COMEÇOU A CUIDAR DO POVO

O acolhimento dado ao povo

Então Jesus começou a ensinar muitas coisas para eles

O evangelho de Marcos muitas vezes informa que Jesus ensinava. O povo ficava impressionado: “Um novo ensinamento! Dado com autoridade! Diferente dos escribas!” (Mc 1,22.27). Ensinar era o que Jesus mais fazia (Mc 2,13; 4,1-2; 6,34). Era o costume dele (Mc 10,1). Por mais de quinze vezes Marcos diz que Jesus ensinava, mas raramente diz o que ele ensinava. Será que Marcos não se interessava pelo conteúdo? Depende do que a gente entende por conteúdo! Ensinar não é só uma questão de ensinar verdades novas para o povo decorar. O “Os apóstolos se reuniram com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Havia aí tanta gente que chegava e saía, a tal ponto que Jesus e os discípulos não tinham tempo nem para comer. Então Jesus disse para eles: Vamos sozinhos para algum lugar deserto, para que vocês descansem um pouco" Estes versículos mostram como Jesus formava seus discípulos. Ele se preocupava não só com o conteúdo da pregação, mas também com o descanso. Levou-os a um lugar mais tranquilo para poder descansar e fazer uma revisão.

O povo percebeu que Jesus tinha ido para o outro lado do lago, e eles foram atrás dele procurando alcançá-lo andando por terra até o outro lado. “Quando saiu da barca, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão, porque eles estavam como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar muitas coisas para eles”. Ao ver aquela multidão, Jesus ficou com dó, “pois eles estavam como ovelhas sem pastor”. Ele esqueceu o descanso e começou a ensinar. Ao perceber o povo sem pastor, Jesus começou a ser pastor. Começou a ensinar. Como diz o Salmo: “O Senhor é meu pastor! Nada me falta! “Ele me guia por bons caminhos, por causa do seu nome. Embora eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei, pois junto a mim estás; teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo. Diante de mim preparas a mesa, à frente dos meus opressores” (Sl 23,1.3-5).” Jesus queria descansar junto com os discípulos, mas o desejo de atender à necessidade do povo levou-o a deixar de lado o descanso. Algo semelhante aconteceu quando ele se encontrou coma a samaritana. Os discípulos foram buscar comida. Quando voltaram, disseram a Jesus: “Mestre, come alguma coisa!” (Jo 4,31), mas ele respondeu: “Eu tenho um alimento para comer que vocês não conhecem” (Jo 4,32). O desejo de atender à necessidade do povo samaritano levou-a a esquecer da fome. “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4,34). Em primeiro lugar o atendimento ao povo que o procurava. A comida vem depois. 5 25 75 95 100

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Segunda-feira da 16ª Semana do T

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conteúdo que Jesus tinha para dar transparecia não só nas palavras, mas também nos gestos e no próprio jeito de ele se relacionar com as pessoas. O conteúdo nunca está desligado da pessoa que o comunica. Jesus era uma pessoa acolhedora (Mc 6,34). Queria bem ao povo. A bondade e o amor que transparecem nas suas palavras faziam parte do conteúdo. Eram o seu tempero. Conteúdo bom sem bondade é como leite derramado. Este novo jeito de ensinar de Jesus manifestava-se de muitas maneiras. Jesus aceita como discípulos não só homens, mas também mulheres. Ensina não só na sinagoga, mas em qualquer lugar onde houvesse gente para escutá-lo: na sinagoga, em casa, na praia, na montanha, na planície, no caminho, no barco, no deserto. Não cria relacionamento de aluno-professor, mas sim de discípulo-mestre. O professor dá aula e o aluno está com ele só durante o tempo de aula. O mestre dá testemunho e o discípulo convive com ele 24 horas por dia. É mais difícil ser mestre do que professor! Nós não somos alunos de Jesus, mas sim discípulos e discípulas! O ensino de Jesus era uma comunicação que transbordava da abundância do coração nas formas mais variadas: como conversa que tenta esclarecer os fatos (Mc 9,9-13), como comparação ou parábola que faz o povo pensar e participar (Mc 4,33), como explicação do que ele mesmo pensava e fazia (Mc 7,17-23), como discussão que não foge do polêmico (Mc 2,6-12), como crítica que denuncia o falso e o errado (Mc 12,38-40). Era sempre um testemunho do que ele mesmo vivia, uma expressão do seu amor! (Mt 11,28-30).

Memória histórica: Morte de Benito Juárez (México, 1872).

Santos do dia: Sinforosa e seus Sete Filhos (I século); Arnulfo de Metz (582-640); Arnoldo de

Arnoldsweiler (VIII século); Frederico de Utrecht (780-838). Answer de Ratzeburg (1035-10066). Bruno de Segni (1047-1123); Simão de Lipnica (1438-1482).

Testemunhas do Reino: Carlos de Dios Murias e Gabriel Longueville (Argentina, 1976). Gabriel

Pimenta (Pará, 1982).

Efemérides: Dia Mundial dos Veteranos de Guerra. Dia Nacional da Espanha. Dia do Trovador.

19 SEGUNDA-FEIRA DA 16ª SEMANA DO TEMPO COMUM

(Cor verde - Ofício do dia de semana)

É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício, e dar graças ao vosso nome, porque sois bom.

Animador(a) - Escribas e fariseus querem um sinal. Um sinal divino que os faça crer. Isso Deus não fará jamais. Ele é livre; nós somos livres; e a fé é um ato livre. Aliás, sinais não faltam. Mas, para quem não quer ver, nenhum sinal é suficiente. Peçamos olhos atentos e corações abertos.

Antífona da entrada - Sl 53,6-8

Leitura - Ex 14,5-18 Leitura do Livro do Êxodo Oração do dia

Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos.

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Naqueles dias: Foi anunciado ao rei dos egípcios que o povo tinha fugido. Então, mudaram-se contra ele os sentimentos do Faraó

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Salmo responsorial - Ex 15,1-2.3-4.5-6 (R. 1a)

R. Ao Senhor quero cantar, pois fez

brilhar a sua glória!

e dos seus servos, os quais disseram: "Que fazemos? Como deixamos Israel escapar,

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privando-nos assim dos seus serviços?" O Faraó mandou atrelar o seu carro e levou

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consigo o seu povo. Tomou seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito, com os

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respectivos escudeiros. O Senhor endureceu o coração do Faraó, rei do Egito, que foi no encalço dos filhos de Israel, enquanto estes

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tinham saído de braço erguido. Os egípcios perseguiram os filhos de Israel com todos os cavalos e carros do Faraó, seus cavaleiros e seu exército, e encontraram-nos acampados junto do mar, perto de Fiairot, defronte de Beel-Sefon.

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Como o Faraó se aproximasse, levantando os olhos, os filhos de Israel viram os egípcios às suas costas. Aterrorizados, eles clamaram ao

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Senhor. E disseram a Moisés: "Foi por não haver sepulturas no Egito que tu nos trouxeste para morrermos no deserto? De que nos valeu

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ter sido tirados do Egito? Não era isso que te dizíamos lá: 'Deixa-nos em paz servir os egípcios?' Porque era muito melhor servir aos

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egípcios do que morrer no deserto". Moisés disse ao povo: "Não temais! Permanecei firmes, e vereis o que o Senhor fará hoje para vos salvar; os egípcios que hoje estás vendo, nunca mais

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os tornareis a ver. O Senhor combaterá por

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vós, e vós, ficai tranquilos". O Senhor disse a Moisés: "Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em

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marcha. Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar.

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De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu serei glorificado às custas do Faraó, e de todo o seu

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exército, dos seus carros e cavaleiros. E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do Faraó, dos seus carros e cavaleiros". - Palavra do Senhor.

1. Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar

a sua glória: precipitou no Mar Vermelho o Cavalo e o cavaleiro! O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar, pois foi ele neste dia para mim libertação! Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai e o honrarei. + R.

2. O Senhor é um Deus guerreiro, o seu

nome é "Onipotente": os soldados e os carros do Faraó jogou no mar. R.

3. Vagalhões os encobriam: mergulharam

nas profundezas como pedra. Tua destra, Senhor, destroça o inimigo. R.

Aclamação ao Evangelho - Sl 94(95), 8ab R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Evangelho - Mt 12,38-42

V. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! R.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

Irmãs e irmãos! O maior sinal da ação de Deus na história é a ressurreição de Jesus. Peçamos ao Pai que ilumine e fortaleça nossa

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Naquele tempo: Alguns mestres da Lei e fariseus disseram a Jesus: "Mestre, quere-

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mos ver um sinal realizado por ti". Jesus respondeu-lhes: "Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será

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dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. Com efeito, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no

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seio da terra. No dia do juízo, os habitantes de Nínive se levantarão contra essa geração e a condenarão, porque se converteram diante da pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do

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que Jonas. No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará contra essa geração, e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão". - Palavra da Salvação.

Preces dos fiéis

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fé na ressurreição do seu bem-amado Filho, dizendo: R. Sede a nossa força, Senhor.

Oração sobre as oferendas

Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e 4. Senhor, dai às nossas famílias viver aque-la união baseada no vosso amor e na vossa lei.

Pr. - Acolhei, Deus vivo e verdadeiro, a nossa

oração e dai-nos seguir o Senhor Jesus, para formar ao redor dele uma única família.

2. Senhor, ajudai-nos a construir juntos uma nação livre e solidária, nós vos pedimos.

(A comunidade acrescenta suas próprias preces) 1. Senhor, lembrai-vos da vossa Igreja: aju-dai-a a crescer na unidade, nós vos pedimos. R.

3. Senhor, dai-nos olhos para ver nas pes-soas a vossa própria imagem, nós vos pedimos.

perfeito, levastes à plenitude os sacrifícios da Antiga Aliança, santificai, como o de Abel, o nosso sacrifício, para que os dons que cada um trouxe em vossa honra possam servir para a salvação de todos.

Ó Deus, permanecei junto ao povo que iniciastes nos sacramentos do vosso reino, para que, despojando-nos do velho homem, pas-semos a uma vida nova.

Antífona da comunhão - Sl 110,4-5

Oração depois da comunhão

O Senhor bom e clemente nos deixou a lem-brança de suas grandes maravilhas. Ele dá o alimento aos que o temem.