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1. O currículo específico individual pressupõe alterações significativas no currículo comum, podendo as mesmas traduzir -se na introdução, substituição e ou eliminação de objectivos e conteúdos, em função do nível de funcionalidade da criança ou do jovem.

2. O currículo específico individual inclui conteúdos conducentes à autonomia pessoal e social do aluno e dá prioridade ao desenvolvimento de actividades de cariz funcional centradas nos contextos de vida, à comunicação e à organização do processo de transição para a vida pós -escolar.

3. Compete ao órgão de gestão e ao respectivo departamento de educação especial orientar e assegurar o desenvolvimento dos referidos currículos.

Artigo 132º

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(Cooperação e parceria)

O agrupamento de escolas deve desenvolver parcerias com outras instituições, designadamente centros de recursos especializados, ou outras, visando os seguintes fins:

a) A referenciação e avaliação das crianças e jovens com necessidades educativas especiais de carácter permanente;

b) A execução de actividades de enriquecimento curricular, designadamente a realização de programas específicos de actividades físicas e a prática de desporto adaptado;

c) A execução de respostas educativas de educação especial, entre outras, ensino do Braille, do treino visual, da orientação e mobilidade e terapias;

d) O desenvolvimento de estratégias de educação que se considerem adequadas para satisfazer necessidades educativas dos alunos;

e) O desenvolvimento de acções de apoio à família;

f) A transição para a vida pós -escolar, nomeadamente o apoio à transição da escola para o emprego;

g) A integração em programas de formação profissional;

h) Preparação para integração em centros de emprego apoiado;

i) Preparação para integração em centros de actividades ocupacionais;

j) Outras acções que se mostrem necessárias para desenvolvimento da educação especial, nomeadamente a nível da terapia da fala, terapia ocupacional, avaliação e acompanhamento psicológico, treino da visão e intérpretes de língua gestual portuguesa.

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Artigo 133º

(Objectivos e competências)

1. Os objectivos das actividades de orientação escolar e profissional e as competências dos respectivos profissionais centram-se, essencialmente, sobre o desenvolvimento psicológico dos alunos, sobre o aperfeiçoamento do sistema de relações interpessoais na comunidade educativa e sobre o apoio, de natureza psicológica e psicopedagógica, às actividades das escolas, com vista ao sucesso escolar.

2. O p s i c ó l o g o i n t e g r a - s e n a e s c o l a c o m o a g e n t e d e desenvolvimento pessoal, interpessoal e comunitário.

a) Entende-se, neste contexto, o desenvolvimento pessoal do aluno, não apenas a sua componente de sujeito cognitivo, capaz de aquisições intelectuais, mas como sujeito de acção modeladora e criadora sobre o meio envolvente, capaz de orientar as suas escolhas para a construção de um projecto de vida próprio.

Artigo 134º

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(Funcionamento)

O horário do psicólogo de Orientação Escolar é de 35 horas semanais.

O seu horário deve ser afixado em placard próprio junto ao gabinete de que dispõe.

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Artigo 135º

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(Competências)

1. Contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos e para a construção da sua identidade pessoal;

2. Participar na definição de estratégias e na aplicação de p r o c e d i m e n t o s d e o r i e n t a ç ã o e d u c a t i v a p a r a o acompanhamento do aluno, ao longo do seu percurso escolar;

3. Intervir, a nível psicológico e psicopedagógico, na observação, orientação e apoio dos alunos, promovendo a cooperação de professores, pessoal não docente, pais e encarregados de educação, em articulação com os recursos da comunidade;

4. Participar nos processos de avaliação multidisciplinar e, tendo em vista a elaboração de programas educativos individuais, acompanhar a sua concretização;

5. C o n c e b e r e d e s e n v o l v e r p r o g r a m a s e a c ç õ e s d e aconselhamento pessoal e vocacional, a nível individual ou de grupo;

6. Colaborar no levantamento de necessidades da comunidade educativa, com o fim de propor as medidas educativas adequadas;

7. Participar em experiências pedagógicas, bem como em projectos de investigação e em acções de formação de pessoal docente e não docente, com especial incidência nas modalidades de formação centradas na escola;

8. Acompanhar o desenvolvimento de projectos e colaborar no estudo, concepção e planeamento de medidas que visem a melhoria do sistema educativo;

9. Colaborar com os órgãos de administração e gestão da escola;

10.Elaborar o respectivo Regimento Interno e divulgá-lo à comunidade educativa;

11.Elaborar o plano de actividades dos serviços e submetê-lo a apreciação do Conselho Pedagógico;

12.Apoiar os elementos da comunidade educativa no diagnóstico de situações problemáticas referentes a discentes e, em conjunto, definir formas de actuação adequadas;

13.Outras tarefas decorrentes das funções de psicólogo relacionadas com os discentes.

Artigo 136º

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(Regras de atendimento a alunos)

1. A anuência do encarregado de educação, assim como o voluntariado do aluno, são condições imprescindíveis para que se realize qualquer tipo de atendimento;

2. Os pedidos de atendimento devem ser feitos directamente ao psicólogo, em exercício de funções por forma a que se possa preencher, de imediato, a ficha de pedido e proceder à recolha de todos os dados relevantes acerca do aluno;

3. A iniciativa de qualquer pedido poderá partir dos próprios alunos, dos pais ou encarregados de educação, dos professores ou de qualquer outro elemento da comunidade educativa;

4. Quando esse pedido seja efectuado por um professor que não o Director de Turma do aluno em causa, a este último deverá ser dado conhecimento antecipado da situação para que possa, assim que lhe seja possível, deslocar-se ao Serviço de Psicologia e trocar as informações necessárias sobre o aluno em questão;

5. O registo na acta de qualquer reunião ou no Plano Educativo Individual de um aluno, da necessidade de acompanhamento deste, não é condição suficiente para se considerar o pedido efectuado. Deverá o director de turma cumprir o disposto na alínea 2;

6. Os atendimentos processar-se-ão após a análise sumária das situações, de acordo com os seguintes critérios: urgência do acompanhamento requerido, disponibilidade de horário de ambas as partes (do aluno e do Serviço de Psicologia) e ordem de chegada dos pedidos;

7. Sempre que haja necessidade de apresentação de relatório de qualquer atendimento, este deverá ser solicitado pelo respectivo director de turma, com a antecedência mínima de 2 semanas.

Salvaguarda-se sempre a possibilidade de a natureza confidencial dos atendimentos não permitir a divulgação de algumas ou da totalidade das informações, sendo então emitido um parecer psico-pedagógico e não um relatório completo da situação em acompanhamento;

8. 8-Os relatórios ficarão, na maioria dos casos, pertencendo unicamente aos arquivos do Serviço Psicologia e 0rientação, não podendo circular "em mão", e estando disponíveis para consulta, por quem o Psicólogo em exercício de funções considerar conveniente. A relevância de alguns processos poderá justificar que o psicólogo coloque no processo individual do aluno, na secretaria da escola, um relatório de informação psico-pedagógica da situação acompanhada;

9. Ao director de turma será dado conhecimento de todas as situações que se encontrem em acompanhamento individual, bem como dos diversos encaminhamentos para outros serviços (por ex., situações que estejam fora do âmbito do S.P.0. da escola e sejam remetidas para Serviços de Psicologia Clínica e/ou outros);

10.O director de turma será também informado sempre que, por diversas razões, não for possível dar seguimento aos pedidos de atendimento individual efectuados;

11.Apresentar relatório das actividades desenvolvidas, bem como de todos os alunos observados.

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SECÇÃO II – DEPARTAMENTO DE APOIOS EDUCATIVOS

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Artigo 137º (Definição)

O Departamento de Apoio a Alunos com Necessidades Educativas Especiais é um serviço de apoio às solicitações da comunidade educativa, no que se refere a alunos integrados no sistema educativo corrente, promovendo a existência de condições que assegurem uma resposta articulada e integrada aos problemas e necessidades sentidos pelos respectivos docentes, preconizando a possibilidade de articular apoios educativos diversificados necessários à integração das crianças com necessidades educativas especiais.

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Artigo 138º

(Composição)

O Departamento de apoios Educativos é composto por docentes do núcleo de apoio educativo, apoio sócio-educativo e intervenção precoce.

Artigo 139º

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(Atribuições/ Funcionamento)

De acordo com a legislação em vigor, o regulamento interno da escola e o regimento do Departamento.

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Artigo 140º

(Apoio Educativo)

O Apoio Educativo será facultado, individualmente ou em grupos, aos alunos que preencham algum dos seguintes requisitos, de acordo com a legislação em vigor:

1. Portadores de deficiência física ou intelectual, devidamente comprovada através de relatório da equipa multiprofissional, ou através de relatório médico;

2. Não terem sido leccionadas, no ano anterior, pelo menos dois terços do número de aulas curriculares previstas;

3. Revelarem por quaisquer outros motivos dificuldades ou carências de aprendizagem que se tor nem impeditivas de um desenvolvimento adequado do processo ensino-aprendizagem;

4. Alunos provenientes de países estrangeiros em que a língua portuguesa não é a língua materna.

5. Após o levantamento da situação e aplicação dos testes de diagnóstico, o Director, ouvido o Conselho Pedagógico, definirá o tipo de apoio educativo a ser facultado aos alunos, tendo em conta os seguintes factores:

a) Disponibilidades da escola em termos de espaços;

b) Definição de prioridades das situações em causa;

c) Definição dos conteúdos das aulas suplementares, de acordo com os grupos de nível de proficiência linguística;

d) Determinação do número total de aulas de apoio educativo a atribuir para cada situação, bem como o número de aulas semanais;

e) Indigitação dos professores que prestarão o apoio, com preparação pedagógico-didáctica adequada.

6. Por razões pedagógicas que passam pelo relacionamento interpessoal, por um melhor conhecimento do aluno e das suas dificuldades específicas, as aulas de apoio educativo devem ser leccionadas preferencialmente pelo professor curricular.

7. A frequência das aulas de apoio educativo é obrigatória para os alunos que delas vierem a beneficiar, mediante concordância dos respectivos encarregados de educação.

8. Perderão o direito à sua frequência, se as faltas dadas sem justificação devidamente fundamentada, excederem o número de três.

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VIII - OUTRAS ESTRUTURAS DE APOIO EDUCATIVO

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